Eu abri os olhos devagar, esperando encontrar a decoração azul e bronze do meu quarto, a Nathale penteando o cabelo enquanto cantava uma música da Katy Perry.  Mas para minha surpresa nada estava desse jeito, eu estava sozinha em um quarto cinza, com decorações rock (N/A: vocês já viram o quarto).

Eu estava em casa.

-Bom dia, Mãe!- eu falei, enquanto ia em direção a sala para tomar café da manhã.

-Me parece que alguém teve uma boa noite de sono. – ela sorria amigavelmente para mim.

- Não tinha uma dessas há semanas, pois toda vez que eu dormia pesadelos tão... Reais eu tinha.

- Pesadelos? Você quer me contar como foi seu ano letivo em Hogwarts enquanto tomamos café?- Ela me fitou preocupada, definitivamente ela sabe de algo com respeito a mim que eu não sei, e além do mais é um bom momento para desabafar o que aconteceu e quem sabe descobrir o que aconteceu com meu pai.

- No começo, foi normal, aulas, Quadribol, aulas, sabe como é, - eu falei me sentando e começando a me servir – então já no último trimestre as coisas meio que ficaram, estranhas.

- Como assim estranhas?

- No último jogo de Quadribol, o pomo saiu da rota, me levando próximo ao lago negro, e lá eu vi um... como é nome, um Rifo, Figo, Gifo, não, a Nathale me falou o nome... é um.... Grifo. Isso um Grifo, ele ficava me encarando e mais estranho era que somente eu conseguia vê-lo. Aí teve meu sonho, eu estava correndo do Grifo, em uma colina, ele tentava me matar e a boca dele movia-se, mais eu não conseguia entender muita coisa, porque ele falava em outra língua, acho que era grego, mais eu consegui escutar ele falando "Έλα!Δώσε μουτο σκήπτροτουβασίλισσά μου!Ξέρω ότιέχετε"(N/A: "Vamos!Dá-meo cetroda minharainha!Eu sei que você o tem).- quando eu repeti o que ele falou os olhos da minha mãe transmitiram um olhar assustado.- aí um garoto sabe-se lá de onde apareceu para me ajudar e eu pude ver um portal.

- Um portal? Para onde? – ela me perguntou enquanto tomava um gole de sua xícara de café.

- Para um Acampamento Meio-Sangue. – quando eu pronunciei estas palavras ela se engasgou com o café. – Mãe! Você ta bem?

- Sim, o café estava muito quente. Mas e então, o resto do ano?

-Ah sim! A Nathale e o Peter estão namorando!

- Que ótimo!

- Mas não é só isso, quando nós fomos para Hogsmeade, uma Quimera começou a me perseguir, então a voz de um homem falou na minha cabeça, para eu atirar um feitiço quando ela rugir, então eu obedeci e ela simplesmente virou...pó.

- Esse homem se identificou? – ela perguntou preocupada   

- Não. – então eu me toquei com respeito a preocupação dela, ela ficava olhando para o sinal em forma de tridente que eu tinha no meu pulso – Isso tudo tem haver com meu pai?

- Não! –ela falou, mais ela mente muito mal, eu encarei ela. – Sim, tem haver com seu pai.

- E então, agora vou saber sobre ele? – eu perguntei, eu nunca gostei disso mais eu não posso negar que quando se é criada por apenas uma mãe você não tenha curiosidade de saber sobre seu pai.

- Eve... – ela começou e soltou um longo suspiro – eu não posso te contar agora. – eu ia interferir – Isso é para o seu bem, acredite em mim.

- Eu acredito mãe! Você que não acredita em mim! – eu frisei a última palavra com grande intensidade.

- Acredite você não irá compreender nada, pelo menos, não agora. E eu só faço isso para o seu bem.

-Mãe eu sou igual às outras pessoas?

- Claro que não, você é única.

- Não, eu quero saber se eu sou normal?

- Você é uma bruxa, para os trouxas você não é normal.

- E para o nosso povo, eu sou normal?

Ela ficou calada, entendi que isso como “Você é diferente até dos bruxos!”

- Nesse caso eu vou tentar falar com a Nathale. – eu me retirei da mesa, e fui para o meu quarto.

POV. NATHALE

Eu estava no meu quarto, na internet procurando pistas, sobre esse tal de Posídon, o pai da Eve, estranho não esse nome?   

Que nada, isso é normal comparado ao que eu achei:

 “Na mitologia grega, Posídon (em grego antigo Ποσειδῶν, transl. Poseidōn), também conhecido como Poseidon, Possêidon ou Posidão, assumiu o estatuto de deus supremo do mar, conhecido pelos romanos como Netuno possivelmente tendo origem etrusca como Nethuns. Também era conhecido como o deus dos terremotos e dos cavalos. Os símbolos associados a Posídon com mais frequência eram o tridente e o golfinho.

A origem de Posídon é cretense, como atesta seu papel no mito do Minotauro. Na civilização minóica era o deus supremo, senhor do raio, atributo de Zeus no panteão grego, daí o acordo da divisão de poderes entre eles, cabendo o mar ao antigo rei dos deuses minóicos.”

Estranho ou mera coincidência de que a Eve não conheça o pai, sendo que ele tem o nome de um deus grego olimpiano, ainda um dos três grandes, e segundo os gregos os deuses vinham a terra e meio que se apaixonavam por humanos e tinham filhos....

- E filhas! ­– eu praticamente gritei essa última parte.

- Nathale! Você está bem? – Minha mãe gritou

- Sim! – eu respondi.

Meu cérebro começou a trabalhar naquele momento, será possível.

Lista de evidencias:

*Primeira – a Eve não conheceu o pai, os semideuses não conhecia os pais.

*Segunda – a Eve começou a ser perseguida por monstros gregos, a primeira vez não vi, mas depois eu vi a quimera (N/A: a Nathale consegue ver através da névoa), os semideuses eram treinados para lutar contra os monstros.

* Terceira – Eles possuíam alguma marca que os identificava como filho de algum dos deuses, a Eve tem um sinal de nascença em forma de Tridente que ela herdou do pai dela, e o tridente era a marca de Poseidon.

*Quarta – a Eve tem 99,9% de chance de ser semideusa. OMM!

Eu preciso falar com a Eve agora, eu acho que isso foi um milagre, porque uma janelinha apareceu no canto da tela do PC.

Eve diz: Oie!

Eu vou falar pra ela, agora.

POV. EVE

Eu entrei no MSN, esperando ver a Nath on-line, ela estava, ótima, to precisando conversar com alguém.

Eve diz: Oie!

Nath Perry diz: E aí amore, como está?

Eve diz: Bem, e você?

Nath Perry diz: Ótima, lembra do que você me pediu?

Eve diz: O que?

Nath Perry diz: Para eu ver o que eu conseguia sobre o seu pai.

Eve diz: Ah sim! Você descobriu algo?

Nath Perry diz: Muita coisa. Eu vou enviar para você, é melhor que você veja isso com seus próprios olhos, ou melhor, leia. Aceita aí.

Lista de Evidencias.

Aceitar    Recusar

Eve diz: Pronto já aceitei.

- Eve! Nós precisamos comprar seu material escolar. Suas aulas começam amanhã. – Minha mãe disse.

- Ta bom. Um minutinho.

Eve diz: Preciso ir, bye!

Nath Perry diz: Tchau!

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Sabe aquela cena, garota nova desce do carro e chega à escola nova, foi essa que aconteceu comigo quando eu cheguei ao Instituto Goode.

Vários alunos, até que não pareciam malucos, estavam sorrindo, e lá estava a divisão da escola: Populares, CDF’s, Normais, tinham até umas crianças, acho que não é só ensino médio.

O diretor veio me receber juntamente com uma mulher alta loira sorridente.

- Seja Bem-Vinda ao Instituto Goode, Srta. Miller! A profª Ella Montgomery irá levá-la ao seu quarto.

- Venha Eve! Vamos conhecer seu quarto. – ela me guiou e foi mostrando toda a escola, ela era uma pessoa legal e gentil. – Então chegamos quarto 2J, você não terá ninguém para dividir o quarto, então fique a vontade. Eu preciso fazer a ronda agora. Este aqui é o seu horário. – ela me entregou um papel e as chaves do quarto.

 Eu fui desfazer minhas malas e até que o quarto tinha uma decoração legal, era parecido com o meu. Quando eu terminei de arrumar era umas 14h00min, eu estava sem fome, então resolvi dar uma volta nos terrenos da escola.

Conheci até meu professor de Historia, Sr. Brunner, ele era cadeirante, possui uma voz estrondosa, mas era um cara muito legal.

Eu jantei na escola mesmo, em uma mesa, sozinha, quando eu terminei fui para o meu quarto precisava descansar, amanhã começariam as aulas.