Demigod At Hogwarts escrita por Broken


Capítulo 35
Ômega - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, eu queria agradecer aos reviews do capítulo anterior e avisar que a fic está chegando ao fim, esse é o penúltimo capítulo :'(
O último já foi escrito, e com muitos reviews eu logo irei postar para vocês, por isso o nome é do capítulo é 'Ômega', que é a última letra do alfabeto grego, portanto, fim. Eu fiz o capítulo enorme,cheio de surpresas, talvez uma que vocês nem sonhavam...
Então... enjoy!



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Assim que o elevador abriu as portas nós a atravessamos em direção as filhas de Ares que já estavam sem paciência nos aguardando.

- Até que em fim vocês chegaram! – Clarisse falou. – Cadê os garotos?

- Nós estamos aqui! – Percy falou saindo de um outro elevador.

- Estão todos prontos? – Annabeth perguntou, todos assentiram.

Nós atravessamos a sala e estava tudo limpo, bem, até que a gente encontra dois caras caídos no chão, acho que esses foram os que estavam montando guarda aqui. Assim que paramos na frente da porta eu hesitei em abrir-lá, mas então de que adiantaria eu ir aquele lugar e não fazer nada? Ergui minha mão e girei a maçaneta.

Assim que entramos o local era completamente diferente do que eu imagina, não tinha só um circulo com doze portas, haviam vários círculos com doze portas.

- Ok, qual desses é o que estamos procurando? – a Nathale perguntou.

- Eu não faço à mínima – respondi ainda estupefata, e eu achando que isso seria fácil.

- Vamos ter que nos dividir – a Annabeth estava falando. Eu me encaminhei para um desses círculos, eles eram tão idênticos que pareciam ser o reflexo um do outro, um sorriso brincou em meus lábios.

 - Idênticos? Reflexo? – murmurei tocando um desses.

- Eve? – Percy chamou.

- Nós não precisamos nos dividir – falei atraindo a atenção de todos.

 - Mas olha a quantidade, iríamos demorar horas vasculhando e descobrindo qual é o correto – a Annabeth disse.

- Olhem, todos eles são tão idênticos, simétricos, que chegam a parecer que são somente reflexos, que dizer, são reflexos – falei tocando um deles fazendo a minha mão atravessá-lo.

  - Agora só precisamos achar o original – Percy falou.

  - Eu acho que posso dar um jeito nisso – Peter falou retirando a sua varinha e apontando para o teto. – Finite Incantatem.

  Rapidamente os reflexos foram desfazendo-se graças ao feitiço produzido por Peter, restando apenas um, o último.
            Nós nos encaminhamos rapidamente para este, as doze portas estavam dispostas lá, e na minha frente estava essa que tinha um ‘X’.

  - Então...? – falei.

 - Somente você e o Mackenzie poderão entrar nela, pois deverá haver a mistura dos dois sangues correndo em sua veia – a Annabeth falou como se houvesse decorado aquilo, o que eu não duvidava nem um pouco.

Mackenzie postou-se ao meu lado segurando a varinha em uma mão e a sua arma grega na outra, uma espada. Eu fiz o mesmo.

 - Vocês deveram pegar o medalhão e destruí-lo ainda aí dentro, entendido? – Annabeth perguntou. – Boa sorte, nós iremos dar cobertura para vocês.

   Assim que a porta fora aberta, nós adentramos sem hesitar. A sala estava completamente escura depois que a porta fora fechada atrás de nós causando um barulho que fora ecoado naquela sala, mas havia do outro lado um tipo de objeto que emitia uma luz dourada.

Mack e eu nos entreolhamos e aquilo fora o suficiente para sabermos do que se tratava: o medalhão. Mack puxou a varinha das vestes e murmurou:

- Lumus! – um feixe azul claro irrompeu da ponta da varinha e iluminou o caminho, que aparentemente estava livre.

Estranho.

Geralmente feitiços de proteção são lançados em volta de objetos preciosos, talvez eles acharam que não era nada de mais e somente o colocaram ali, mas não deixa de ser algo estranho. Me pareceu que Mack estava pensando o mesmo que eu, pois ele logo lançou um outro feitiço.

- Finite Incantatem! – um feixe branco percorreu toda a sala. Ele deu o primeiro passo em direção ao corredor no qual o medalhão encontrava-se. Ele ergueu uma mão sinalizando para eu continuar onde estava, enquanto ele ia na frente com passos cautelosos e a varinha empunhada. Ele parou assim que a distancia entre ele e o medalhão era apenas um erguer do braço.

- Vem, Eve, é seguro! – exclamou sorrindo.

Aquelas palavras que chegaram aos meus ouvidos não tinham nada de confortadoras, pelo menos para mim. “Seguro”. Nada é seguro quando se esta perto de algo que possa destruir sua vida. Eu ordenava-me mentalmente para prosseguir, porém, o meu corpo recusava-se a obedecer tal norma. Com muita relutância – e com o terror estampado em minha face – eu consegui seguir por aquele corredor que não me parecia agora tão pequeno.

Mackenzie continuava a me fitar, esperando que eu falasse algo, então ele quebrou o silencio que havia formado-se entre nós.

- Eu pego o medalhão e nós destruímos no juntos, ok? – perguntou.

- Não! – exclamei. – Acho melhor tentarmos um feitiço convocatório.

- Tudo bem, mas se não funcionar, nós fazemos do meu jeito – ele falou dando de ombros. Preparei minha varinha e gritei:

- Accio!

Nenhum movimento. Eu abaixei a varinha frustrada, eu sempre fora boa em feitiços.

- Tudo bem, Eve, talvez tenha algum tipo de proteção ou algo do tipo – reconfortou-me. Ele estendeu os braços e por alguma razão eu sabia que aquilo não era algo muito bom.

Ao longe, percebi quando seus dedos roçaram o medalhão e aos poucos envolvera sua mão, seus músculos enrijeceram, e logo após um tempo, ele fitava o medalhão de uma forma diferente. Desejo. Então aquele medalhão era mais poderoso (e perigoso) do que imaginei.

- Mack? – chamei. Ele não me respondeu, mas vi quando um sorriso de escárnio formou-se em seus lábios rosados. – Mackenzie!

Agora ele havia virado para mim, o que me fez recuar um passo. Aquele não era o Mackenzie. As suas íris estavam vermelhas e entravam em contraste com as pupilas negras dilatadas, o que tornava tudo mais medonho.

- Você está bem? – sussurrei, o medo era presente em minha voz.

- E por que não estaria? – respondeu-me com outra pergunta. O tom de sua voz? Uma mistura de ódio, poder e segurança. Assim que avançou um passo em minha direção, recuei um, indo de encontro à parede.

- Você está... zangado? – perguntei lembrando-me de quando ele me falou que a cor de seus olhos ficavam mudando de cor de acordo com seu humor.

- Talvez – ele ergueu uma sombracelha.

- Mack, vamos acabar com isso logo – falei tomando coragem e me aproximando dele.

- Acaba? Mas ainda nem comecei!

- Você não está percebendo?

- O quê? A minha força sobre-humana? Sobre-bruxa? Eu me sinto mais poderoso, Eve – falou.

- Não! – exclamei indignada observando o que o poder causava nas pessoas. -  Esse medalhão está fazendo isso! Ele quer destruir você, pois o ódio, o egoísmo e o mal destroem suas raízes. Nós precisamos destruí-lo!

- NÃO! – gritou.

- Sim! – falei. – É para o seu bem!

- O meu bem é com ele! – ele ergueu o medalhão em suas mãos.

- Me dê isso! – eu avancei em sua direção, mas algo me impedia, e eu tinha quase certeza de que esta coisa era o Mackenzie. Senti minha varinha e minhas espadas serem tiradas de mim.

Mackenzie me movia somente com a força de seu pensamento me colocando na parede, literalmente, então disse com e desejo pelo poder fervilhando em si, suas palavras saíram pausadamente, ásperas, rígidas:

- Você. Não. Irá. Tirá-lo. De. Mim – ele ergueu uma mão e começou a fechá-la, a princípio não entendia muito bem, então senti algo como uma mão apertando a minha garganta, impedindo a entrada de qualquer ar.

Eu tentava pedir para ele parar, mas todos os meus esforços eram em vão pois não encontrava a minha voz.

- Você não pode tirá-lo de mim! – repetiu entre os dentes. A cada segundo sentia maior dificuldade para respirar, não sentia mais meus pés tocando o chão, e minhas mãos estavam envolta de minha garganta tentando parar aquilo, mais alguns minutos e seriam suficientes para o meu corpo ficar frio e sem vida. – Veja só, Srta. Miller, eu agora não preciso de minha varinha para fazer magia, se você ficar ao meu lado, prometo que não irei matá-la, caso não... – ele apertou ainda mais.

- NUNCA! – consegui falar com a voz rouca, e foi nesse momento que eu caí de quatro e um  outro baque também foi escutado, supus que este fora o corpo do Mack.

Eu tentava respirar o máximo que meus pulmões conseguia, e ainda não entendia nada do que estava acontecendo ali. Mas como o Mack caiu? Essa pergunta fora respondida assim que percebi os braços de alguém ao meu redor me ajudando a ficar em pé, pelo físico supus ser um garoto.

- Você está bem? – Oh My Merlin! A voz dele fez com que os pelos de minha nuca eriçassem, bem, se antes eu estava assustada, nada comparava-se ao que eu sentia agora.

- Sim, Nico – murmurei rouca, ainda envolta em seus braços.

- Tem certeza? – ele ainda não parecia convencido, eu o fitei pela primeira vez em dias aquelas escuridão negra que era o seu olhar e assenti me desvencilhando de seus braços, que me davam segurança.

Ele abaixou-se, recolheu e me entregou a minha varinha e as minhas espadas, eu logo guardei a minha varinha e assim que voltei a olhar para Nico, ele debatia-se no chão com as orbes completamente brancas, logo avistei o causador de tal problema, eu chutei o medalhão para longe de Nico, que logo parou-se de debater, seus olhos fechados, e a respiração lenta.

Lágrimas correram pelo meu rosto, primeiro o Mack, agora o Nico eu me deitei sobre o seu peito e permiti que as lágrimas encharcassem a sua camisa. Tudo por culpa desse maldito medalhão!

Uma súbita raiva tomou conta de mim e ergui-me enxugando as lágrimas e indo em direção ao medalhão com uma espada erguida. E assim coloquei todas as minhas forças enquanto a cravava no medalhão, assim que o metal tocou o Ômega um fumaça negra começou a sair.


POV NATHALE MOORE

Já fazia um bom tempo que a Eve e o Mackenzie entraram nessa sala, eu já estou começando a achar que algo deu errado, afinal, era somente um medalhão!

- Percy, Peter e Todd! - Annabeth falou autoritária fazendo os três garotos tombarem um no outro.

- Eu estou preocupando, Annie! – Percy falou. O desespero era um tom presente em sua voz.

- Eu acho que nós deveríamos entrar aí! – Todd falou impaciente.

- Eu concordo! Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com a Eve – Percy falou. Peter era o único que estava perdido em seus pensamentos, mas eu sabia que ele não estava muito diferente dos outros, só pela sua expressão.

- Eu irei! – falei atraindo a atenção de todos.

- Acontece que não é tão fácil assim, Nathale – Annabeth disse. – Essa porta tem algum encantamento...

- EU NÃO LIGO! – gritei com os olhos marejados pela possibilidade da Eve está morta. – Me desculpe, Annabeth, mas amigos sempre vão tentar te ajudar, mesmo quando não puderem.

Eu passei correndo e ignorando os gritos de protestos e atravessei a barreira. Assim que avistei dois vultos caídos me desesperei, mas aí, eu a vi.

Ela estava tentando acabar, ou destruir, ou exterminar, sei lá, alguma coisa. Eu ergui a minha varinha e gritei o primeiro feitiço que veio à minha mente.

- REDUCTO! – assim que o feitiço atingiu a sua meta, uma fumaça negra espalhou-se fazendo com que todos tossissem.


POV EVE TAYLOR MILLER

- REDUCTO! – essa voz era inconfundível, Nathale estava ali. Uma fumaça negra tomou conta do local, partindo de onde minutos antes estava o medalhão, eu não pude conter o sorriso quando a vi.

Ela estava diferente, usava uma túnica branca, com um corte ‘V’, os cabelos loiros estava presos em uma trança de lado, usava jóias de outro e sobre a sua cabeça estava um halo rosa em forma de pomba que emanava uma luz rosada por todo o corpo da garota.

Eu. Não. Creio.

Eu posso nunca ter visto isso, mas eu tenho quase que certeza de que a minha amiga é filha de Afrodite! Oh meus deuses!

- O que foi? – Nathale perguntou ao ver meu rosto de (suponho) pura incredulidade.

- Olhe para si mesma – falei tentando manter a voz calma.

- AH! – gritou após ver as roupas e o halo que estava sobre a sua cabeça. Mas pela cara que fez ao ver as roupas, parecia que gostara delas. – Eu me pareço com aquelas deusas gregas de filmes trouxas! – exclamou maravilhada dando giros. – O quê é isso?

- Você é filha de Afrodite – falei.

- Repete – murmurou.

- Você é filha de Afrodite – revirei os olhos enquanto ela fazia a dança da vitoria, ou
simplesmente a coreografia de California Gurls, então eu me juntei a ela.

Nós paramos ao perceber que os garotos estavam acordando, nos encaminhamos em direção a eles. Eu estava na direção do Mack, mas uma força vindo de algum outro lugar ou alguém (lê-se Nathale Moore) me jogou na direção do Nico.

- Er... Oi – falei o ajudando a levantar-se.

- Oi. Acho que já tivemos encontros melhores – ele sorriu um pouco, e eu não pude deixar de corar levemente.

- Você... – tentei descontrair, mas como sempre, ele já sabia o que eu ia falar e logo respondeu:

- Sim. Só um pouco dolorido, mas bem – assenti.

- Eve? – Mack chamou ainda que fosse em um sussurro.

- Aqui – falei me postando ao seu lado. Seus olhos continuavam fechado para o mundo.

- Me desculpe por tentar... – ele interrompeu-se. – Eu não queria... Não era eu...

- Hey, pare, eu sei disso – falei tentando soar confortadora. Então percebi o sangue que escorria pelo local onde Nico deveria ter dado a coronhada. – Mack... você está sangrando – falei sentindo aquele líquido viscoso sobre a minha pele, ele soltou um gemido de dor assim que toquei o local. – Com o que você o atingiu? – perguntei para Nico.

- Com o punho da minha espada – Nico respondeu preocupado.

Ele ajudou Mack a se pôr de pé, o que parecia ser uma tarefa fácil, estava mais difícil do que achar uma pessoa sem Zonzóbulos na cabeça. Ele perdera muito sangue, provavelmente, quando o néctar e a ambriosa entrarem em seu corpo ocorrerá algum tipo de desmaio. Nós nos encaminhos em direção à porta, assim que atravessei a porta fui envolvida por braços, reconheci o cheiro de maresia que exalava de seu corpo, como se este fosse um perfume natural, o que na verdade era. ‘Percy’ pensei.

- Graças aos deuses você está bem!  - falou ainda abraçado a mim.

- Eve! – Todd exclamou. – Sai Jackson! – ele empurrou o Percy e me deu o abraço de que eu precisava depois disso. Percy não gostou muito disso.

- Eve! – Peter já chegou empurrando o Todd e girou-me no ar.

- AH! – o grito de Luce cortou aquele momento. – VOCÊ É MINHA IRMÃ! – ela correu para Nathale e a abraçou. – Eu sempre soube disso! Quer dizer, nem sempre.

- Onde está o Mackenzie? – Annabeth perguntou.

- Aqui – a voz do Nico soou arrastada e fria como sempre. Todos surpreenderam-se ao ver ele ali, ou talvez fosse a imagem do Mack inconsciente sendo carregado por ele, ou talvez os dois motivos.

Annabeth logo colocou um pouco de néctar na boca de Mackenzie, que logo conseguiu recobrir um pouco dos sentidos, mesmo ainda sentindo-se fraco ele ajudou a produzir uma mensagem de Íris para Quíron. Nós contamos sobre a missão, sobre como o medalhão possuíra Mack, como Nico apareceu para me ajudar, como a Nathale e eu, juntas, destruímos o Ômega, e claro, que o chalé de Afrodite acabará de ganhar mais uma campista.

Sem ao menos me despedir de minha mãe, voltamos ao Acampamento Meio-Sangue com ajuda das pérolas de Perséfone que Nico possuía. Segundo Luce, o chalé de Afrodite estava organizando uma festa em homenagem a missão.




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Notas finais do capítulo

E aí galera, o que acharam da volta do caverinha jr. ops, Nico? E do Mack? E da Nathale descobrindo que é filha de Afrodite? Espero comentários de todas(os) já que é o penúltimo capítulo. Fantasminhas please, comentem pelo menos nesses últimos. E como sempre, RECOMENDAÇÕES seram bem-vindas.
Besos...