A Garota da Capa Vermelha escrita por GillyM


Capítulo 3
A hora da verdade


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo tudo acontece! As coisas começam a ficar mais sérias e mais interessantes a partir de agora!Divirtam-se!



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Valerie não podia acreditar que Peter fosse capaz de tudo aquilo, ele prometera para ela que ficaria longe do vilarejo durante a lua cheia, ele era doce e seu coração era nobre, eles se amavam. Peter não faria mal a ninguém do vilarejo, principalmente por que ele sabia que todos a culpariam.

No fundo ela duvidava de que fosse Peter, ela estava certa de que um novo lobo habitava as redondezas. Valerie se lembrou das antigas visitas que Peter fazia a ela, e das histórias que ele contava, de que havia mais lobos espalhados pelo mundo, ele a prometeu que enquanto estivesse vivo, nenhum lobo atacaria Daggerhorn. Naquele momento Valerie teve certeza de que Peter havia morrido.

Ela correu até o vilarejo, não sabia o que faria lá, nem o que diria as pessoas, apenas corria. Ao chegar ao vilarejo, ela encontrou sua mãe, que a esperava as prantos.

- Valerie querida! – Sua mãe lhe acariciava a face – Não foi boa idéia ter vindo aqui!

- Por que não? – Valerie perguntou perplexa com a situação que se deparava – Eles vão culpar você por tudo isso!

- O que? – Valerie se enraiveceu – Não deixarei que façam isso mamãe.

Ela ignorou os pedidos de sua mãe para não entrar no vilarejo, determinada, e caminhou até o centro da vila,quando parou e olhou ao seu redor, todos a estavam encarando-a. Ela perdeu a fala por um instante, mas respirou fundo e ergueu a cabeça.

- Todos virão o que aconteceu, bruxa – Dona Sophia, mãe de Letice, gritou em meio à multidão – Todos viram você discutindo com minha filha na tarde passada!

- Eu não matei sua filha! – Valerie respondeu – Você e nem ninguém tem o direito de julgar minha mãe ou a mim!

A multidão ficou inquieta, as pessoas falavam entre si, não podia se entender qualquer coisa que diziam.

- Valerie vamos embora daqui! – Disse Roxanne – Se as pessoas perderam o controle, pode ser muito perigoso!

- Minha filha era querida por todos – Dr. Albert, pai de Letice, argumentou – Você foi a única que a afrontou. Aqui, diante de todos nós.

- Isso não é verdade! – Valerie tentou explicar-se – Não tinha nada contra sua filha, até éramos amigas.

- Até você virar bruxa – Prudence gritou, se destacando em meio a multidão – Bruxa! Bruxa! Queimem a bruxa!

Em poucos segundos a praça foi tomada pelo grito da multidão, todos a condenavam. A mãe de Valerie, junto a Roxanne e Claude, correram ao lado dela, colocando a mão em seus ouvidos, tentando protege-lá das acusações.

- Calem-se todos! – Henry surgiu em cima de seu cavalo que encontrara momentos antes perdido na floresta – Calem-se!

A presença de Henry colocou fim a gritaria, e só com a presença dele, as pessoas se acalmaram. Ele se aproximou a Valerie, olhou em seus olhos e deu um sorriso de cumplicidade.

- Ninguém será queimado aqui! – Ele gritou aos moradores – Ninguém julgará ninguém!

- Ela é uma bruxa! – Um morador gritou em meio a multidão – Queime a mãe dela também!

- Cala-se! – Henry esbravejou – Vamos para a igreja! Todos!

Os moradores caminharam até a igreja, estavam desconfiados e se sentindo ameaçados pela presença de Valerie.

- Voce está bem? – Ele perguntou a ela.

- Obrigada! – Valerie respondeu.

Já na igreja, todos esperavam por Henry, ele havia se tornado o líder do local, ele quem resolvia todos os problemas que ocorriam na vila, as pessoas o respeitavam, pela sua coragem e pelo seu o nome que carregava. Seu pai era muito querido e respeitado, não poderia ser diferente com Henry.

A igreja mais parecia um tribunal, quando Valerie e sua mãe entraram, as pessoas ficaram eufóricas. A pedido da mãe de Valerie, Roxanne e Claude ficaram de fora, ela temia que os jovens também sofressem retaliações. Quando Henry finalmente entrou na igreja a reunião começou, Valerie se lembrou da ultima vez em que estivera naquela situação, ela foi presa e sua punição foi servir de isca ao lobo. Ela pensou na possibilidade deles fazerem o mesmo, mais sabia que era uma possibilidade bem remota, Henry jamais permitira isso.

- Eu sei que estão todos pavorosos, mas é preciso calma! – Henry começou a discursar – Este lobo existe bem antes de Valerie nascer!

- Alguem tem que ser punido! – Sr. Albert disse em voz alta, olhando para Valerie e sua mãe – Ela fala com lobos, ela o mandou matar minha filha!

- Valerie mandou matá-la porque Letice se aproximou de você! – Disse Prudence se aproveitando da situação – Todos sabiam que você pediria a mão de Letice!

- Isso é uma calunia! – A mãe de Valerie tentou protegê-la.

- É verdade! – Dona Sophia disse a Henry, enquanto enxugava as lagrimas de seu rosto – Valerie nunca se conformou por te perder! Ela deve ter ficado sabendo que você a pediria em casamento esta noite, e não perdeu um segundo se quer.

Valerie olhou para ele incrédula, um nó formou em sua garganta, Henry a olhou nos olhos e depois para o chão.

- Já sabíamos que ela falava com os lobos – disse Tina, uma das novas amigas de Prudence – Agora sabemos qual foi o motivo dela!

- Não podem me impedir de fazer justiça! – O pai de Letice gritou para todos.

- O senhor está bravo por sua perda – Henry disse – Só não permita que sua raiva o cegue! O lobo também levou a avó de Valerie e sua irmã. Ela também o mandou fazer isso? Sua própria família!

- Estão cegos! Ela não poderia cometer tamanha barbárie – Gregory, o amigo inseparável de Henry disse a favor de Valerie – Enquanto estamos aqui a julgando, ele está lá fora pronto para mais uma noite de lua cheia!

- Não temos certeza, ela vive naquela cabana sozinha! – Prudence a acusava novamente – Por que ele não a atacou? Ela era um alvo mais fácil que Letice!

- Como podemos saber o que ela fez ontem a noite? – Tina interferiu novamente.

Valerie olhou par sua mãe, ela realmente estava com medo do que pudesse lhe acontecer. Os moradores ficaram agitados novamente, as opiniões se dividiam. Henry e Gregory trocaram olhares por alguns segundos.

- Podemos saber! – Henry gritou, logo todos se calaram – Valerie estava comigo!

O silencio pairava na igreja, todos ficaram surpresos com a revelação que acabaram de ouvir. Valerie olhou para Henry, mas ele parecia fugir de seus olhares. No fundo ele se sentia envergonhado por mentir para ajudá-la, tinha medo de ela pensar que ele seria um tolo por ao fazer isso, tinha medo dela pensar que esta seria uma tentativa boba para ganhar seu coração. 

Para Valerie, a atitude de Henry para ajudá-la foi nobre, seu amor deveria ser verdadeiro, sem duvidas ele ganhou uns pontinhos a mais com ela. Depois das palavras de Henry, todos acreditaram em sua inocência, e todos voltaram para suas casas. Ele se desculpou coma família de Letice, que se sentiu injustiçada pela falta de lealdade dele com sua falecida filha, mas logo tudo ficou bem.

- Com Henry? Jura que você estava com ele? – Damon disse a Valerie, enquanto ela saia da igreja – O que fizeram juntos a noite toda?

- Você de novo! – Valerie disse, escondendo o arrepio de sua pele – Quem realmente você é?

- Damon. Damon Salvatore ao seu dispor – Ele disse a reverenciando.

- Ola, muito prazer! – a mãe de Valerie o cumprimentou.

- Bom dia, senhora ou senhorita? – Damon jogou seu irresistível charme – Senhorita, certo?

- Não, senhora! – Valerie disse chocada com os sorrisinhos de sua mãe – Esta é minha mãe!

- Logo pude ver – disse Damon – parece mais sua irmã!

Damon usava a mãe de Valerie para se aproximar dela. Ele sempre era enigmático, ninguém sabia dele, sua origem ou família, simplesmente só sabiam seu nome e que tinha muitas posses, não demorou a se tornar um pretendente cobiçado pelas moças do vilarejo, ele perdia só para Henry é claro, mas isso era só porque ele queria, ele era dono de uma beleza incomparável. Damon não escondia seu interesse por Valerie, ele sempre perguntava dela para todos da vila, isso deixava as moças enfurecida, pois os melhores pretendentes disponíveis só tinham olhos para uma mulher. Contudo,ele sempre tentava passar despercebido, não opinava em nada, apenas observava o vilarejo e parecia se divertir com a vida humilde das pessoas.

- Por que não me contou sobre Henry? – a mãe de Valerie a questionou.

- Não era para ninguém saber! – Ela preferiu manter a mentira, pois isso a livraria das perguntas da mãe.

- Estou tão feliz, fez a escolha certa! – Sua mãe completou.

- Valerie! Por que não me contou? – Roxanne repetiu a mesma pergunta – Pensei que fossemos amigas?

A mãe de Valerie se afastou, as deixando a sós. Roxanne olhou para o lado, viu que estavam realmente sozinhas e disse:

- Não é verdade, é? – Perguntou, mesmo sabendo já sabendo da resposta.

- Você vai contar? – Valerie perguntou, seu rosto estava tenso.

- Se prometer me contar a verdade, sim! – Roxanne disse apertando a mão de Valerie – Eu sempre disse que poderia contar comigo!

Valerie não podia duvidar da lealdade de Roxanne, as duas eram amiga delonga data e estava muito claro que Roxanne já esperava por grandes revelações. Então ela decidiu confiar seu maior segredo a sua única amiga.

- Passe em casa mais tarde, vou lhe contar a verdade! – Valerie estava certa de seus atos.

- Onde vai? – Roxanne perguntou. Seu coração estava feliz pela consideração de Valerie.

- Preciso falar com Henry! – Ela sorriu – Vou resolver tudo isso!

Valerie caminhou até o estábulo onde estava Henry, ele ficou surpreso com a presença dela. Ela achou que ele estava bravo, mas na verdade ele só estava envergonhado e pensativo. Havia algo no coração de Henry que o fazia desconfiar das atitudes dela, ele não a culpava, mas sabia que existia algo que ela escondia de todos.

- Obrigada Henry! – Ela disse – Sei que foi difícil para você mentir.

- Menti porque sabia que você não é culpada – Havia uma ponta de ressentimento em sua voz – Mas não havia outro jeito de inocentá-la.

Valerie pensou bem no que iria dizer, tinha que ser claro e direto, porque talvez não tivesse mais coragem de repetir aquelas palavras. Ela não tinha certeza do que estava fazendo, mas sabia que era o mais sensato a se fazer. Peter estava morto e ela tinha que seguir em frente, certa vez, ele lhe disse que sentia muito orgulho de Henry, pelo que ele tinha se tornado. Então não haveria problemas, e Roxanne estava certa de que ela iria aprender a amá-lo.

- Henry! Eu não estava ao seu lado ontem a noite – Ela tomou fôlego e terminou – mas queria estar!

Henry mal acreditava no que estava a ouvir, sua respiração mudou, o coração bateu mais acelerado, ele esperara muito tempo para ouvir aquilo e finalmente aconteceu. Mas ele não parecia feliz, se manteve todo o tempo frio e sua expressão não mudou.

- Mas tarde passo em sua cabana, então conversaremos – Ele disse com frieza – As coisas não são tão simples assim.

Roxanne foi até a casa de Valerie, as duas tiveram uma longa conversa, muitas revelações foram feitas, muitos segredos foram revelados. Roxanne ouvia a tudo em silencio, seu rosto demonstrava a perplexidade de sua alma, o que Valerie lhe contara, estava muita além de suas desconfianças, mas lentamente as peças foram se encaixando. Ao término da conversa, Roxanne ficou em silencio, as informações ainda estavam sendo processadas, e depois de um momento sem nenhuma reação, ela falou:

- Eu preferiria não saber – Disse olhando para Valerie, mas um sorriso escapou de seus lábios – como pode viver com isso sozinha por todo esse tempo?

- Foi preciso – Ela respondeu – Agora não me sinto mais só.

Valerie se jogou num abraço bem apertado, e Roxanne prometeu guardar seu segredo. As duas foram interrompidas pela chegada de Henry, elas se despediram e Valerie ficou sozinha para dar mais um passo em sua vida.

- Como está? – Henry perguntou lhe entregando um Lírio – Hoje foi um dia cheio!

- Sim, foi sim – Valerie o convidou para sentar-se – Mas tudo acabou bem!

Henry se sentou na cadeira, mas logo se levantou. Estava muito ansioso e queria falar de uma vez, tudo o que tinha para ser dito.

- Eu me casaria com Letice, se ela estivesse viva – Ele foi bem direto – Nunca tive duvidas sobre os sentimentos dela.

- Eu sei – Valerie disse com a cabeça baixa, escolhendo as palavras que dizia – Serei franca com você.

- É o que espero – Henry completou – Quero que seja franca, como nunca foi.

- Desde criança que meu coração pertencia a Peter – Disse ela, olhando no fundo dos olhos dele desta vez – Enquanto ele estivesse em meu coração não seria capaz de te amar.

- Eu só concordei com o casamento arranjado, porque amava você – ele enfatizou – A princípio achei que me casaria com Lucy, fiquei surpreso com a escolha deles.

- Isso não faz diferença agora! – Valeria dizia enquanto sacudia a cabeça negativamente – As coisas mudaram e nós amadurecemos!

- Nada mudou em mim – Henry deu um passo à frente – O que mudou em você?

- Meu coração não pertence mais a Peter! – Valerie concluiu.

Henry a tomou em seus braços, como sempre sonhara, lhe deu um beijo apaixonado, mas cheio de desejo. Num gesto firme ele a levantou e a levou para o quarto, Valerie descobriu uma parte de Henry, que ela jamais havia imaginado existir, definitivamente ele não era mais apenas o garoto rico do vilarejo.

Ele deslizou uma de suas mãos para dentro do vestido de Valerie, a outra mão segurava firmemente seu cabelo. Seu toque era delicado, mas a medida que seu desejo aumentava, ele ficava mais agressivo em seus movimentos. Ele abriu os botões de seu vestido, mas quando ele tocou sua nuca, sentiu algo estranho.

- Valerie! – Ele sussurrou – O que é isto?

Valerie passou a mão em sua nuca, mas não parecia identificar aquele ferimento. Henry pegou uma peça das pratarias da cozinha, para ajudá-la a examinar melhor.

- Veja! – Disse ele – Meu deus isso parece...

- Uma mordida! – Valerie completou – É uma mordida!

Naquele instante Valerie se lembrou de tudo o que ocorrera na noite passada, seu coração acelerou e aquele medo que sentira antes tomou conta de seu corpo. Lembrou-se do cheiro adocicado, da figura parada ao lado da arvore, da neve, lembrou-se principalmente de Damon e do que eles haviam feito na floresta, ela se sentiu constrangida. Valerie analisou os fatos e concluiu, Damon era um lobo. Ela tentou avisar Henry, mas para sua infelicidade, ele também havia tirado suas próprias conclusões, e antes de sair da cabana, faltavam poucos minutos para a noite cair, ele olhou fixamente para ela e disse:

- Você é o lobo!

- Não! – Valerie gritou desesperada, tentado impedi-lo de partir, ela não tinha idéia do que aconteceria se ele dissesse aquilo a alguém – Eu juro! Não sou eu!

- Mentirosa! Assassina! – Ele gritou, antes de desaparecer entre as arvores.

Valerie caiu de joelhos, não acreditava no que estava lhe acontecendo, seu choro era triste e desesperador, temia por sua vida. Seu pranto foi interrompido por um barulho que vinha da floresta, ela se levantou, mas ficou parada a olhar fixamente as arvores que se balançavam com o vento. Então ele surgiu por de trás das arvores.

- Peter! – Por um segundo seu coração parou de bater – Peter!

Ele parou e a examinou com os olhos, não parecia estar feliz como ela, ele estava incrivelmente lindo, sua postura era toda imponente e seus olhos eram ameaçadores. Valerie não parava de chorar, não tinha forças nem para abraçá-lo e declarar seu amor, ele se aproximou e a levou para dentro da cabana, lhe ofereceu um copo de água, mas não disse uma palavra. Valerie tentava se acalmar, enquanto bebia a água, ela não tirava os olhos dele, que estava parado bem em sua frente, mas seu olhar era indecifrável.

- Por que você demorou tanto? – Ela perguntou, sua voz estava tremula, como o restante de seu corpo – Henry acha que eu sou o lobo, ele vai voltar, você tem que ir embora daqui!

Peter a encarou.

- Depois eu cuido dele – Sua voz estava ainda mais grossa e marcante que antes – Há coisas maiores para me preocupar!

- Por quê? – Valerie estava confusa, mas não estava mais com medo – Por que matou Letice?

- Não a matei! – Peter levantou furioso – Eu sou o mesmo Peter de antes. Não sou como você!

- O que quer dizer com isso? – Ela perguntou enraivecida – Eu não mudei!

- O seu coração era meu, se lembra? – Ele se abaixou ao lado da cadeira dela – mas você o ofereceu a Henry!

- Não! Achei que estivesse morto – Sua voz ecoou na cabana – Eu esperei por você até hoje, mas não tinha noticias suas!

- Eu sempre amei você – Peter disse em voz baixa, quase que para ele mesmo.

- Mas você me deixou! – Ela completou – Por que me deixou?

Peter olhou para ela e logo se lembrou do que mais importava. A escuridão da noite tomou conta da floresta novamente. Valerie e Peter se olharam, sabiam o que estavam por vir.

- Preste bem atenção! – Peter a segurou pelos braços – Não matei Letice, foi outra pessoa, eu não sei o que é, mais vou descobrir. Tranque bem a porta e janela, não abra para ninguém, voltarei só pela manha.

Sem dar chance pára que ela responde-se ele desapareceu por entre as arvores, ela logo tratou de entrar e fechar todas as entradas da cabana. Ela não sabia em que pensar, estava com medo de tudo, do Henry, dos moradores, de algo acontecer a Peter, e se não basta-se agora temia algo desconhecido.

- Não se preocupe! – Alguém disse – Tudo ficará bem!

Valerie ficou espantada, cada parte do seu corpo estremeceu com aquela voz. Tudo estava trancado, então ninguém poderia entrar, pensou ela.

- Está com medo? – Ele perguntou com um sorriso enorme no rosto – Ontem à noite você não estava!

- Você matou Letice! – ela disse enquanto se afastava e andava para trás em direção a porta – Por quê?

- Eu a matei por sua causa! – Ele deu aquele sorriso irônico que ela tanto odiava – Você abriu meu apetite, querida!

- Do que está falando? – As lagrimas começaram a escorrer no rosto de Valerie- O que fez comigo?

- Bom, eu me alimentei um pouquinho de você ontem, mas não se preocupe você estava gostando e muito – Ele deu um meio sorriso – Teu sangue não foi suficiente para matar minha fome então parei para fazer um lanchinho à caminha de casa!

- Não! – Ela passou a mão sob a mordida em sua nuca – Você não é um lobo, você é um vampiro!

Valerie abriu rapidamente a porta, mas quando tentou fugir, Damon já estava parado do lado de fora da casa.

- Você não vai a lugar nenhum – Disse ele sorrindo, enquanto olhava para a lua – Não quer saber o que vou fazer com seu namoradinho?

- Você não fará nada ao Peter! – Valerie o enfrentou – Você sabe o que ele é, e ele vai matar você!

- Não era desse namoradinho que eu me referia – Ele disse e depois olhou novamente para a lua - Me referia ao seu novo namorado! Vou matá-lo, esta noite!

- Deixe-o em paz – Ela o enfrentou novamente – Henry não pode fazer nada a você!

- Vou matá-lo e não há nada que você possa fazer para salvá-lo – Ele a segurou pelos braços – mas quanto ao Peter...

- Você não vai matá-lo – Valerie tentou se soltar, então ele segurou ainda mais forte – Você até pode tentar!

- Eu não vou matá-lo! – Damon sorriu sarcasticamente – Você vai... Assim que eu a transformar!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então postem seus comentários, para eu saber se devo postar o próximo capitulo!Obrigada, por lerem!



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