Lua de Sangue escrita por DarkCountess


Capítulo 5
Estou Prestes A Descobrir Um Mundo Novo


Notas iniciais do capítulo

Tô deixando mais um capítulo aqui gentem! Esse é pra vocês ficarem curiosas, tem um mistério. Espero que curtam o caps!Beijos ;*



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Capítulo 5 – Estou Prestes A Descobrir Um Mundo Novo

Passaram-se uns dez minutos e Diana veio até mim. Quando me viu, abriu um grande e caloroso sorriso, deu a volta no balcão e foi em minha direção. Uma música vinha da direção de que Diana havia vindo, mais precisamente da porta que ela saíra do lado do balcão, era música das boas, rock.

DIANA: Tava com tantas saudades Mi! – falou me dando um abraço apertado.

EU: Eu também Di, senti tanto a tua falta em todos esses anos – falei com os olhos a ponto de lagrimar.

DIANA: Ah, não chora se não eu também choro! – apertou minha bochecha e riu – Mas o que te traz aqui uma hora dessas? Tu não tava em aula?

EU: É, era pra ser isso, mas aconteceu, na verdade aconteceram coisas muito estranhas hoje e preciso muito te contar, desabafar sabe?

DIANA: Ah sei, entendo, mas acho que não tenho o tempo necessário pra te dar atenção nesse momento, meu show começa daqui a cinco minutos – falou desapontada.

EU: Não, tudo bem amiga eu espero até o final do teu show, ai conversamos, pode ser assim?

DIANA: Claro! Mas desculpa mesmo eu não poder falar contigo agora Mi.

EU: Eu já disse que é sem problema! Fico aqui bebendo umas e curtindo teu show, quero ver se tu es boa mesmo e se essa faculdade de música te serviu de alguma coisa! – falei brincando dando um tapinha no seu braço.

DIANA: Espere e verás! – falou empinando o nariz e rindo.

EU: Só quero ver mesmo! – gargalhei.

DIANA: Tá, agora tenho que ir... – falou pegando o violão que estava no lado de dentro do balcão e indo para o palco – Ah, Juanito não deixa ela beber muito, viu? – falou se dirigindo ao Barman que bateu uma continência.

EU: Não vai me envergonhar! – pisquei sorrindo, Diana mostrou a língua.

BARMAN: E ai mocinha, o que vai ser?

EU: “Cuba Libre”, por favor! – falei com sotaque español.

BARMAN: Ah, veo que hablas español señorita.

EU: Sí, !por supuesto!

BARMAN: !Juan Hibárra! – estendeu a mão.

EU: !Mucho gusto! – apertando sua mão – Tu não es do Brasil, né?

JUAN: Sou Costa Riquenho – disse com um sorriso alegre nos lábios.

EU: Ah, que legal! Sem querer me intrometer, mas já me intrometendo, o que trouxe pra cá pra Bilnóis?

JUAN: Alguns probleminhas com minha família... Essas coisas chatas que acontecem e nos fazem mudar de vida – seu sorriso agora desaparecera do rosto, dando lugar para um ar misterioso. Ao contrário do que muitos de vocês pensaram,       Juan não era aquele “Barman” loiro de olhos azuis, forte e musculoso e sim moreno, magrinho (mas não esquelético! Um magro bonito, tipo o Joseph só que sem ser definido), de cabelo preto, liso, cobrindo levemente os olhos também pretos e com um cavanhaque, os traços latinos fortes de Juan são de uma sensualidade particular.

EU: Entendo... Desculpa!

JUAN: Não, não tá tudo bem chica! – piscou.

EU: Me diz uma coisa?!

JUAN: Pode falar.

EU: Que música é essa? – franzi a testa.

JUAN: Vindo daqui de trás? – fez um sinal com o polegar apontando pra trás, por cima do ombro.

EU: É.

JUAN: É a Valhalla ensaiando.

EU: Que é isso?

JUAN: Uma banda! – riu.

EU: Não sabia que podiam ensaiar bandas aqui.

JUAN: A gente abre uma exceção pra eles, são “muy amigos”, já devem tá acabando de ensaiar, por que se eles não pararem vai atrapalhar o show da Diana.

EU: Pode crer, mas se tivesse um isolamento de som não teria problema.

JUAN: Verdade, mas eles só ensaiam aqui até achar um lugar apropriado.

EU: Ah tá! – nesse momento o telefone do bar, que ficava lá na parede do balcão toca, Juan me pede licença para atender. Logo após isso, a porta do “studio” improvisado se abre. De dentro dela sai um homem... Nossa! Senti uma coisa quando o olhei nos olhos, mas não consegui discernir o que era. Que sobrancelhas! Grossas e salientes, muito sexy, olhos cor de mel, uma boquinha linda, suavemente carnuda, cabelo castanho escuro, curto e desarrumado, bigode e barba mal feitos, novamente: nossa! Ele estava sorrindo, que sorriso lindo e o olhar, tão doce. Esse homem é a fofura em pessoa. Tomei um susto quando outro homem pulou em suas costas, dando cascudos em sua cabeça. Mas pera ai...

EU: Joseph? – falei surpreendida. Joseph saltou das costas do “senhor fofura”, olhou pra mim e pôs se a rir.

JOSEPH: Miranda! – gritou animado vindo me cumprimentar com um abraço.

EU: O que tu tá fazendo aqui menino?

JOSEPH: Ensaiando, ué! – falou como se fosse uma coisa óbvia enquanto “senhor fofura” se aproximava – Eu não te disse isso, né? – fiz uma cara de “É né?” – Pois é, eu tenho uma banda – “senhor fofura” parou ao seu lado e colocou o braço no ombro de Joseph – Ah, esse aqui é o meu irmão, Shane! – Shane deu um sorriso amistoso e fez uma reverência estilo Lorde.

EU: Muito prazer Milorde! – retribuí a reverência especial rindo.

SHANE: É posso saber sua graça? – falou beijando minha mão.

EU: Miranda – contendo o riso.

JOSEPH: Não liga não, ele é assim mesmo... – fez um gesto com o dedo indicador, girando-o na cabeça. Shane deu um pedala em Joseph.

EU: Juan disse que vocês estão procurando um lugar pra ensaiar.

SHANE: Isso ai!

EU: Tem o Pub, lá um monte de bandas usa pra ensaiar, te lembras de lá Joseph?

JOSEPH: Sim, sim!

SHANE: O lugar da fila quilométrica? – Joseph o olhou com uma cara de “Affe!” – E da banda cover do Iron? – fez uma cara de quem quer se safar.

EU: É, esse mesmo.

JOSEPH: A gente passa lá qualquer dia desses pra ver qual é o esquema.

SHANE: Esquema? Parece malandro falando – disse fazendo graça com a cara do irmão que estava a ponto de surrar ele.

JOSEPH: Mas o que TU tá fazendo aqui?

EU: Eu vim falar com a Diana – nesse momento Diana começou seu show – ela é uma grande amiga.

SHANE: Firme! Nós somos amigos dela também.

EU: De onde vocês a conhecem? – nessa hora Juan que havia acabado de falar ao telefone vem até nós, se debruçando no balcão.

JUAN: Era aquele “cabrón” do Elias enchendo o saco de novo! – bufou.

JOSEPH: Vixe, aquele cara? – Juan fez uma expressão de cansaço.

EU: Quem é Elias?

SHANE: Uma longa história...

EU: Não tô com pressa – Juan me contou sobre a história do tal Elias, que era longa realmente e pelo o que eu ouvi ele era mesmo um “chute no culhão”. Depois disso ficamos conversando a noite toda, eu e mais três marmanjos, sobre várias coisas, de programas de televisão à o porque do nome da banda deles, até a hora do show da Diana terminar.

DIANA: Vejo que vocês já se conheceram! – todos assentiram – Melhor ainda, porque eu não tenho que fazer aquelas apresentações chatas.

EU: Preciso falar contigo, agora!

DIANA: Tá bom pode falar.

EU: É melhor a gente ir pra um lugar mais afastado.

DIANA: Tá okay – saímos do bar e fomos para os fundos.

EU: O que eu vou te contar é muito perturbador, por isso se quiseres não acreditar em mim tudo bem, eu vou entender.

DIANA: Conta logo! – contei tudo à ela desde o cara estranho até as coisas estranhas aparecendo em mim. Pra minha surpresa ela não ficou nem um pouco espantada com o que eu lhe disse, me puxou pra dentro do bar pelo braço e foi em direção aos rapazes que ainda estavam no mesmo lugar. Disse pra ela que tinha que ir ao banheiro, pois aquelas Cubas Libres haviam enchido minha bexiga (hahaha). Quando voltei, todos me olhavam com um ar sério, fiquei muito confusa.

EU: O que foi gente?

DIANA: Mi, temos que te contar uma coisa...

EU: O que foi? – assustada.

JUAN: Primeiro, tens que saber que aquilo tudo que vem acontecendo contigo é real.

SHANE: Não são alucinações, seres espectrais ou coisas do tipo.

EU: Gente pelo amor de deus, do que vocês estão falando? – entrando em pânico.

JOSEPH: Estamos falando sobre o que tu es.

EU: Como assim?

SHANE: Não podemos falar disso aqui é muito arriscado – eu estava à beira de um ataque dos nervos. Nos dirigimos para a porta ao lado do balcão, entramos. Juan trancou-a. Me sentei em um puf, tremendo e suando frio. Do que será que eles tavam falando? Será que era alguma coisa séria ou eles só tavam gozando com a minha cara?


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