Lua de Sangue escrita por DarkCountess


Capítulo 19
Dr. Jacques É Um Livro Aberto


Notas iniciais do capítulo

Mais um, especialmente pra você meus leitoreees! Com todo carinho, espero que gostem! Entonces, me deixem REVIEWS!!!
Besos♥



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Capítulo 19 – Dr. Jacques É Um Livro Aberto

Dormi tão bem noite passada que quase não consigo acordar pro estágio. O cheiro de Joseph ainda permanecia em minha pele. Questionei a mim mesma se iria tomar banho, porque aquele cheiro fazia com que meu peito se enchesse de emoção a cada respiração. Mas isso seria muita imundice da minha parte, sem falar que eu não ia suja pra “encontrar” com o gato, digo, vampiro do doutor Jacques. Tomada a decisão, fui para o banho, gelado, só pra constar. Me arrumei, tomei meu café e peguei o busão. Minha playlist escolhida para o dia de hoje era dos Backstreet Boys, é podem rir ou achar piegas ou ridículo, mas eu estava num momento romântico e eu gosto, e gosto não se discute, ponto final (xP). No caminho, maquinava alguma coisa pra descobrir algo a mais sobre o doutor. Mas tudo no que eu conseguia pensar era em Joseph, nos olhos dele, na boca dele, no corpo dele, no cheiro dele, no beijo dele...

EU: Ah, acorda Miranda! – dei um tapa em minha testa na esperança de me desligar daqueles pensamentos sobre Joseph. “Tenho que achar uma maneira de conseguir mais informações!”, pensava comigo mesma, “Sem dar bandeira!”. Me sentia o Charlie Sheen pelas caretas que estava fazendo. O trânsito estava lindo no dia de hoje, sem engarrafamentos e sem nenhum palerma pra atrapalhar o fluxo. Com isso cheguei bem mais cedo do que o de costume. Dr. Jacques nem estava lá ainda, então bati um papinho rápido com Lynn e fui pra “sala de tortura” arrumar tudinho, pois sempre tinha alguma coisa fora do lugar, só pra puxar o saco, sabe? Brincadeira! Fiz isso porque sou uma profissional competente. E também porque queria o doutor de muito bom humor hoje, por razões óbvias. Não demorou muito ele chegou.

JACQUES: Ah, mas que surpresa! – falou abrindo a porta, realmente surpreso. Estava com óculos escuros, o mesmo casaco de couro marrom de sempre e uma pasta transpassada preta, que provavelmente ele levava seus objetos pessoais. O colar estava em seu pescoço, como eu suspeitava.

EU: Surpresa BOA né? – brinquei.

JACQUES: Claro... O que trouxe você aqui tão cedo? – eu tava me segurando pra não falar “O ônibus!”, mas me contive. Ele tirou os óculos, que charme!

EU: O trânsito estava a meu favor hoje. Não sei por que milagre!

JACQUES: Ah, que ótimo... – examinou o lugar – E que ótima essa arrumação, hein! – sorriu, ele estava de fato contente de não ter que arrumar tudo aquilo.

EU: É, já que não tinha nada pra fazer então resolvi dar uma arrumadinha...

JACQUES: Fez muito bem! Isso me poupou... Um bom tempo...

EU: Que bom!

JACQUES: Bom, vou me trocar e começamos a diversão, ok?!

EU: Ah... Gostei do colar! – na tentativa de ele desembuchar algo útil sobre para me ajudar na minha investigação.

JACQUES: Hum... – olhou para o colar que pendia de seu pescoço, uma expressão diferente apareceu em sua face – Foi presente... De uma pessoa que eu gostava muito e que já se foi... – seu olhar ficou perdido por poucos segundos.

EU: Ah, doutor, eu sinto muito... De verdade!

JACQUES: Eu sei... Tudo bem, não tem do que se desculpar – esboçou um sorriso fraco – Não tinha como você saber! – piscou e foi se trocar. Depois de uns dois minutos ele volta, todo pronto, da cabeça aos pés (literalmente) – Vamos nos divertir um pouquinho?! – abriu uma das gavetas onde ficam os cadáveres, dando um sorriso de cientista maluco (o que ele é, praticamente), só que um pouco retraído. Acho que o assunto do medalhão tinha mexido de verdade com o emocional dele. Mas eu não podia fazer nada, tinha que descobrir mais a respeito!

EU: Vamos lá! – esfregando uma mão na outra. Pensei mais um pouquinho e decidi checar se ele estava realmente bem – Doutor, o senhor, quer dizer, você está bem?

JACQUES: Tô...

EU: É sério, eu sei que não tem alguma coisa legal...

JACQUES: É que quando tocam nesse assunto, eu realmente fico abalado... Foi uma época muito difícil na minha vida...

EU: Desculpa, eu... – ele me interrompeu.

JACQUES: Shhh! – fez sinal para que eu me calasse – Não foi culpa sua, você não tinha como saber, já disse! – sorriu.

EU: Ok... É que... Só o achei muito bonito e interessante... O MEDALHÃO! – deixei bem claro que não estava falando do doutor (mas claro que ele é isso e muito mais!). Ele riu, percebendo o que eu estava tentando dizer.

JACQUES: É muito bonito mesmo, charmoso... E um ótimo acompanhante! Fica bem com todas as roupas, sabe?! – só depois que eu fui perceber que ele estava sendo sarcástico como se estivesse falando do medalhão, mas quando, na verdade, estava falando dele.

EU: Ah... É, eu imagino! – fiz uma pausa – É só que eu tenho muita curiosidade em saber mais da tua história, me parece ser interessante. Ainda mais que o senhor, quer dizer, VOCÊ é tão novo e com tanto sucesso e sabedoria. Queria saber qual é a “fórmula secreta”! Pra eu poder usar em meu favor, claro! – ele riu.

JACQUES: Bom, é uma longa história... – olhou para o teto – E quando digo longa, é porque é longa mesmo! – voltou seu olhar pra mim e sorriu de uma forma sombria, mas charmosa ao mesmo tempo. Tava na cara que ele é um vampiro, falando “longa mesmo”, deduz-se que ele seja – Se você quiser, podemos ir almoçar juntos e lhe conto um pouco da minha “história” – sugeriu.

EU: Ah, pode ser?! – dei um sorriso sem graça. Estava confusa. Será que esse “almoço” que ele estava mencionando era EU?! Meu deus! E agora? Que voy hacer, dios mio!

JACQUES: Tome isso como um almoço entre amigos, não estou te passando uma cantada barata ou coisa assim, se é o que você pensa! – sorriu, dando uma piscadela.

EU: Na... Não! Não pensei isso – Mentira! Pensei sim, mas caí na real! – Confio em ti... Tenho que confiar, né?! Porque enfim...

JACQUES: Pois é! – riu – É que a única hora vaga do dia que tenho é essa, no almoço. Quando posso me “desligar” um pouquinho do mundo real! – fez o gesto de aspas com as mãos – Pra tu teres uma noção, muita das vezes, eu troco uma “comida” por uma dormida! – soltou um riso curto.

EU: Entendo perfeitamente!

JACQUES: Essa vida de hoje em dia é tão corrida... – balançou a cabeça – Então? A senhorita aceita minha humilde oferta? – arquejou as sobrancelhas – Por minha conta! – botou a mão no peito. Opa! Já é malandro!

EU: Selado o pacote! – pus a mão na boca, retraindo-me em falar naquele linguajar em pleno ambiente de trabalho. Fiz uma expressão de quem acabou de falar uma grande besteira.

JACQUES: Relaxa, não te esquenta! Pode falar como quiser... Só não vale me xingar, viu?! – falou com uma cara séria. Até acreditei – Brincadeira! – tipo: pegadinha do Mallandro! Glu, glu, yeah, yeah!

EU: Beleza! – sorri amistosa. No que eu tava pensando? Aceitando um convite indecente pra morte certa? Só posso tá ficando maluca mesmo! Mas, se eu quiser descobrir mais fundo, terei de correr certos riscos, se não... Vou acabar na mesma, não ajudando em nada. Ainda mais Jacques me oferecendo de bandeja essas informações assim?! Ah, me desculpe, mas tenho que fazer isso, nem que ponha em risco minha própria vida.

JACQUES: Então tá combinado... – continuamos conversando sobre coisas do trabalho enquanto botávamos a mão na massa. A hora passou rápido e quando menos esperávamos já estava na hora do almoço. Nos trocamos – Brocar! – falou colocando os óculos. Me limitei a dar um sorriso e segui-lo ao estacionamento. Passamos por Lynn na recepção que me dirigiu um olhar como de quem quer dizer “Como assim?”, dei um tchauzinho. Acho que ela percebeu a situação – Depois que forrarmos o estômago te deixo em casa – agora andávamos pelo estacionamento a céu aberto do IML. O sol estava escaldante.

EU: Muito obrigada doutor, é muito gentil da sua par... – meu coração quase parou e meu queixo caiu. Meus olhos se arregalaram.

JACQUES: O que foi menina? – falou rindo – O que aconteceu? Tá se sentindo mal? – viu que eu estava paralisada.

EU: Ah... Na... Nada! É esse sol que frita meus miolos de vez em quando – mas que desculpa esfarrapada eu dei. Mas o que eu estava vendo era estupidamente intrigante: o Mustang... Pasme! Exatamente igual ao do meu sonho. Acho que mais um pouco poderia cair pra trás de tão espantada. Tudo o que havia naquele sonho estava aparecendo aos pouquinhos, pra me assustar ainda mais. Só queria saber qual seria a próxima surpresa – Mustang Eleanor, ano 67, preto com listras cinza? – perguntei boquiaberta.

JACQUES: É... – abriu um largo sorriso – Não sabia que entendia de carros!

EU: En... Tendo! – engoli a seco, chocada – Entendo sim, e gosto muito... Pra falar a verdade esse é meu carro dos sonhos! – tentei voltar à normalidade para o doutor não perceber minha agonia.

JACQUES: Então, faça-me o favor! – abriu a porta do carro pra mim. Entrei, me controlando pra não ter um faniquito lá mesmo. Fechei os olhos e respirei fundo. Fascinação e assombro estavam misturados em minha mente, fazendo com que parecesse que tinham borboletas voando dentro de meu estômago – É tão emocionante, não é? – sorriu alegremente – Foi assim que me senti quando comprei meu primeiro carro dos sonhos... Sensacional! – parecia que ele estava revivendo o momento de que estava falando, o brilho nos seus olhos era evidente – Então, aonde vamos? – botou as mãos no volante e deu um suspiro.

EU: Por mim... Qualquer lugar – já estava me recuperando do susto.

JACQUES: Ok, então vamos num lugar porrada! – ligou o carro. O motor roncou classicamente. Que carro ESPETACULAR! Se o doutor desse sopa no possante eu rapava na mesma hora. Tô brincando! Mas bem que eu queria... Após alguns minutos chegamos a um restaurante que eu nunca havia visto antes, um tal de “Prushnik’s”. Pareciam aqueles restaurantes de beira de estrada, mas relevei, afinal o doutor disse que era “porrada” e não se julga um livro pela capa – Cheguemo! – fez graça.

EU: Nunca tinha visto esse lugar...

JACQUES: É, é meio escondido, mas vale muito a pena! – passamos pela porta de vidro, fazendo o sininho que estava pendurado tocar. Havia um comprido balcão, várias mesas e um som, bem ao estilo norte americano. Normal. No balcão estava um homem de costas examinando umas garrafas de vodka – Yuri! – gritou, saudando o homem.

YURI: Jack, meu camarada! – se virou abrindo um sorriso amistoso. Yuri falou algo em uma língua diferente, que parecia ser russo, Jacques respondeu também, na mesma língua. Eu não tava entendendo bulhufas!

JACQUES: Como anda a vida companheiro?

YURI: Ah, você sabe... Na mesma! – o sotaque estava presente em sua pronúncia. Provavelmente o dono do lugar. Um homem bem alto, com feições fortes, barba por fazer, cabelos compridos loiros presos por um rabo de cavalo e olhos de um profundo azul escuro, assim como o cair da noite. Ambos os braços levavam tatuagens. A julgar por sua aparência mal cuidada, deduzi que sua vida não fora e nem continua sendo fácil. Mas, apesar de tudo é um homem vistoso – E quem ser está moça com cabelo roxo? – olhou pra mim dando um sorriso. Confesso que quis rir quando ele disse “com cabelo roxo”.

JACQUES: Miranda, minha mais nova aprendiz!

YURI: Ah! Ser muito bonita – pegou minha mão e a beijou.

EU: Que isso, muito obrigada! – falei sem graça num sorriso tímido.

JACQUES: O mesmo de sempre! – se sentou no banquinho do balcão. Acompanhei ele, sentando.

YURI: CHEESE BACON GORDURENTO COM FRITAS, GEORGE! –gritou pra dentro da cozinha. Meu deus, cheese bacon no almoço! Mas tudo bem é ele que vai ter uma overdose de gordura mesmo – E pra beber?

JACQUES: Uma das suas! – Yuri sorriu, levantando as sobrancelhas e logo se virou pra pegar uma garrafa de vodka.

YURI: Sempre a melhor pra você amigo! – serviu a bebida. Olhou pra mim – E você moça com cabelo roxo? O que vai querer?

EU: Ah... O mesmo?! – não tava com criatividade pra pedir, e apesar de não ser nenhum pouco recomendado comer um cheese bacon GORDURENTO, ainda mais à uma hora dessas, eu pedi. Na verdade, o que me enchia os olhos era a vodka.

YURI: Vodka também?

EU: Claro!

YURI: Ela não ser muito nova pra isso? – perguntou a Jacques.

JACQUES: Nem tão nova assim... Pode servir pra moça!

EU: Me chamou de velha mas tudo bem...

JACQUES: O que? Prefere ficar sem a vodka?

EU: Tenho artrite, artrose e osteoporose! – eles riram.

YURI: Ser bem humorada também, eu gostar disso! Boa qualidade, igual meu camarada aqui! – deu uns tapinhas no ombro de Jacques. Bom, se ele era mesmo um vampiro, por que ia comer comida? O organismo dos vampiros rejeita comida! Esse pensamento me tranquilizou de certa forma. Não demorou muito e nosso almoço chegou. Jacques devorava vorazmente o sanduíche, como se estivesse acabado de sair da prisão – Ele ter muito bom apetite, não? – riu. Ele comia tão rápido que quando me dei conta já tinha terminado.

JACQUES: Como sempre, ESPLÊNDIDO! – limpou a boca, suja de maionese. Sua mão estava gordurenta – Ah... Acho que tenho que ir dar um jeito nas minhas mãos! Vou aproveitar pra tirar a água do joelho... – eu e Yuri rimos. Pude notar que Jacques empalidecera um pouco.

YURI: Uma piada esse rapaz!

EU: Realmente... Mas me diz, como vocês se conheceram?

YURI: Ah, eu e Jack... Faz muito tempo! Foi na minha Rússia, passamos por poucas e boas lá...

EU: Deve ter sido interessante.

YURI: E foi! Velhos e bons tempos... Nunca voltar, mas tudo que temos a fazer é viver o agora, não é assim que se diz por aqui?

EU: É sim! Hehe – nessa hora Jacques voltou do banheiro um pouco corado. Parecia estar suando.

JACQUES: Bem melhor agora! – voltou a se sentar no banco – E ai? Começo por onde? – nesse momento Yuri se retirou pra atender outros clientes recém-chegados no recinto.

EU: Pelo começo, seria bom! – ri com a boca cheia. Sim, eu ainda estava comendo e não eu não sou mal educada!

JACQUES: Ok! Eu nasci na Ucrânia, cresci, vivi, morri e ponto!

EU: É sério!

JACQUES: Eu realmente nasci na Ucrânia, apesar de meu nome ser francês, minha mãe era francesa e meu pai ucraniano.

EU: Tá, isso explica... Continuando.

JACQUES: Eu vivi em muitos países ao longo dos anos, acho até que conheço quase todos...

EU: Sério?

JACQUES: Seríssimo. Fiz muitos estudos nessas minhas passagens pelos países, aprendi e vi muita coisa. Vim pra cá cerca de uns anos, e cá estou eu estabelecido, por enquanto...

EU: Quer dizer que ainda existe possibilidade de te mudares?

JACQUES: Sim, nunca se sabe o rumo que a vida toma...

EU: É, isso é verdade! – apesar de tudo aquele sanduíche estava realmente gostoso.

JACQUES: Pois é... Falo dez línguas, sou bonito, charmoso e muito atraente, o que mais quer saber?

EU: Deixa de graça!

JACQUES: Mas eu não tô mentindo! Sou bonito, charmoso e muito atraente... Ah... E falo dez línguas!

EU: Não brinca?! – fiquei extasiada.

JACQUES: Ainda não acredita que sou bonito, charmoso e muito atraente?

EU: Não, falas mesmo dez línguas?

JACQUES: Sim...

EU: Que demais! Quero chegar a esse nível algum dia... – falei sonhadora.

JACQUES: Chegará, se quiser e acreditar! – piscou.

EU: E tu tens irmãos ou irmãs?

JACQUES: Sim, tinha quatro...

EU: Como assim tinha?

JACQUES: Três morreram... – entristeceu.

EU: Meus pêsames! Mas e teu outro irmão ou irmã?

JACQUES: Meu irmão caçula... Ele tá por aí, é um nômade como eu... Faz um bom tempo que não o vejo!

EU: E como é o nome dele?

JACQUES: Nathanniel, vugo Nathan.

EU: Nome diferente, mas bonito. E ele é bonito como o nome?

JACQUES: Bom, alguns diziam que ele se parecia comigo outros que não se parecia... Então se for o primeiro caso, ele é bonitão! – se gabou.

EU: Ah, sei... - ri

JACQUES: Sabe, nossa família nunca foi tão unida, mas eu e Nathan éramos como carne e unha...

EU: E o que fez isso acabar?

JACQUES: Coisas da vida... Coisas para se contar em outro momento mais apropriado.

EU: Ok. Sem mais perguntas a respeito! – nesse momento meu celular toca, era Brenda. Pedi licença e atendi:

*Celular Mode On*

- Fala mana!

- Fala! O que foi?

- Não vai me perguntar se eu tô bem, não?

- Estás bem?

- Tô, muito obrigada por perguntar...

- Qual o motivo de sua ligação, à uma hora dessas, ainda por cima?

- Ah, credo gata! Não posso te ligar só pra saber das coisas?

- Claro que pode... Mas o que é?

- Tenho um harebabado fortíssimo pra te contar!

- É rápido?

- Por que?

- Porque eu tô meio o ocupada agora sabe...

- Com o que?

- Almoçando...

- Hum... Tas na tua casa?

- Não...

- Tas COM QUEM? Com o JOSEPH?

- Depois te falo [fechei a boca, cerrando os dentes, tentando falar baixo para que Jacques não escutasse]

- Ah, tá saquei... Então te ligo depois, ok?!

- Ok!

- Beijos na bunda irmã, te amo!

- Te amo também, tchau!

*Celular Mode Off*

JACQUES: Algum problema?

EU: Amigas! Você deve saber...

JACQUES: Ah sim... Sei sim! Bom se você tem mais alguma pergunta, faça. Porque eu já tenho compromisso daqui a pouco...

EU: Ah, não... Nada a perguntar por hoje!

JACQUES: Ótimo, então podemos ir?

EU: Claro!

JACQUES: Valeu irmão, a gente se fala! – gritou para Yuri e colocou o dinheiro no balcão. Dei um tcauzinho pra Yuri que me retribuiu com um sorriso meigo. Havíamos conversado de forma tão natural que nem parecia que estava fazendo um interrogatório pra saber segredos obscuros da vida de Jacques. Parecia mais um papo entre amigos se conhecendo um pouco melhor (eu sei que alguém pensou besteira! Mas não é nada disso, hehe). Já dentro do carro, Jacques se vira pra mim – Qualquer dia desses quer ir ver minha coleção de carros antigos?

EU: O que? – estava meio aérea, mais precisamente pensando no Joseph – Ah, eu não escutei, desculpa... Tava longe!

JACQUES: Perguntei se algum dia você gostaria de ir ver minha coleção de carros antigos!

EU: COLEÇÃO? CARROS ANTIGOS? – meus olhos brilharam. Carros antigos são minha paixão – Mas que pergunta... É CLARO!

JACQUES: Então tá combinado! Só não te levo agora por que tenho negócios a tratar...

EU: Não, tá beleza. Quando você quiser, estarei disponível para seus carros! – ele sorriu e o carro arrancou. Ah, a sensação em estar naquele carro era maravilhosa! Ainda mais bem acompanhada.


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