Capítulo 14

Pov. Bella

Alguns anos havia se passado desde que todas as pessoas que eu amava retornaram para a terra, eu havia pedido que meu Pai não me dissesse nada sobre o que estava acontecendo com eles, pois eu queria conhecê-los nessa nova vida e não saber tudo o que se passara em suas vidas sem nunca ter falado com eles.

Seth e Anthony não ficaram muito felizes quando eu disse onde nossa família estava, mas acabaram por aceitar com a condição de poder saber tudo que acontecia na vida deles.

No final das contas, apenas uma alma escapou. Ela se chamava Katherine e tenho uma certa impressão que nossa missão na terra será trazê-la de volta para o inferno devido aos inúmeros assassinatos que cometeu durante sua primeira vida terrena.

Hoje, eu iria retornar para Forks. Eu não sabia bem o que esperar daquela visita à cidade, mas tinha certeza que muitas surpresas ainda me esperavam dentro de Forks.

-Lembre-se filha, ninguém lhe conhece. Você entrará no meio do segundo semestre no Segundo Ano do Ensino médio. Graças a uma pequena ajudinha minha, consegui que todos ficassem na mesma sala, já que diferentemente da primeira vez, agora todos tem 17 anos. Tome cuidado minha pequena.- disse meu Pai.

-Eu sempre tomo pai.

Antes de fazer minha viagem para a terra, resolvi dar uma passada para ver meu genro e meu neto antes de voltar, não sei como aguentaria passar tanto tempo sem eles.

Ao me aproximar da porta, consegui ouvir um pedaço da conversa que os dois estavam tendo:

-Filho, estou com medo da reação de sua avó, quando descobrir no que nossa família se tornou.

-Eu sei. Nem eu os reconheço!

-Só espero que ela vá logo não sei se meu amor irá aguentar muito tempo, agora que Alice a expulsou de casa.

Com aquelas simples palavras eu estaquei. O que eu ainda estava fazendo ali? Minha filha estava precisando de mim, e eu iria ajudá-la.

Imediatamente, retornei para a Forks. Li precisava de mim e eu iria ajudá-la.

Ao chegar lá, comecei a procura-lá em uma busca que já começava a parecer sem sentido, já que eu não a encontrava em ligar algum.

-Onde você pode estar, minha filha?- perguntei para o nada.

Mas qual foi a minha surpresa ao receber como resposta um grunhido vindo da lata de lixo. Rapidamente, me apressei para ver o que havia dentro daquele lixo e a encontrei.

Ela estava com a roupa rasgada e inconsciente. Algo que provavelmente se devia a algum assalto sofrido pela mesma. Fora isso, ela estava relativamente normal. Ainda tinha suas características madeixas castanhas avermelhadas e sua beleza natural, que não necessitava de

nenhuma maquiagem para se tornar mais bela.

Mesmo assim, ainda era possível perceber suas olheiras e seus claros sinais de que havia passado fome. O que será que havia dado em Alice, para ela cometer tal atrocidade? Ou melhor, quem a educou para ser esta mulher cruel e egoísta? Agora eu entendia o que Seth e Anthony haviam ditos, eu nunca os reconheceria nesta nova vida.

Deixando de lado minhas dúvidas, usei um pouco da minha força para retirar aquele corpo do lixo e o levei para a casa de Charlie, que eu havia reformado e que agora mais parecia com a dos Cullen.

Coloquei Li em uma cama e tratei de cuidá-la: limpei seus ferimentos, dei banho, troquei suas roupas e a mantive quente e confortável em uma dos quartos da casa. Não havia nada mais a ser feito a não ser esperar que aquela que eu tanto estimava acordasse, e aceitasse a minha ajuda financeira e psicológica.

Pov. Lilith

Estava me sentindo tão bem.

Depois que fui assaltada e jogada naquele lixo, eu senti alguém me levando para um local maravilhoso, onde eu percebi que cuidaram de mim com muito amor. Eu sabia que já podia acordar, mas eu tinha medo. Desde que eu e minha irmã se emancipamos ninguém mais cuidou de mim. Eu não tinha família e nem amigos.

Acabei por resolver despertar, já que o pior que poderia acontecer é eu descobrir que tudo isto não aconteceu. Aos poucos fui abrindo os meus olhos e percebendo que estava em um quarto que não estava muito iluminado pelo fato de já ser de noite. Além disso, eu sentia o calor que vinha de um cobertor que alguém colocou em mim e uma respiração lenta, provavelmente da mesma pessoa que me colocara o cobertor e que agora estava dormindo.

-Li...

Não demorou muito para eu perceber que a respiração lenta da moça era seu jeito de respirar normal e não dormindo. Mas fora isso, me perguntei como ela sabia meu nome.

-Estava na sua carteira de identidade.- ela respondeu como se lesse meus pensamentos.- Por sinal, meu nome é Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella.

Ela me deu a mão como que para eu dar um aperto de mão, que logo se tornou um abraço formado por uma Bella chorando e uma Li aturdida.

-Desculpa. Desculpa. Desculpa.- Era o que ela insistia em repetir.

-Ei, tudo bem.- disse segurando seu queixo.- Eu te perdoo. Mas antes me diga o que eu tenho que perdoar, já que foi você que me tirou da lata de lixo.

-Nada. Mas você deve estar com fome. Eu preparei uma canja para você comer lá embaixo.

Prontamente, me levantei, mas só para constatar que estava usando uma roupa da Chanel e que ela ficava perfeita em mim. Porém, resolvi não fazer nenhum comentário e acompanhar aquela bela moça que estava me ajudando.

Bella me serviu e se sentou numa cadeira ao lado da que ela havia me indicado para sentar, e

se propôs logo a falar:

-Eu vou te fazer um pedido e você tem até amanhã à noite para e responder.- eu assenti- Eu gostaria que você morasse comigo. E não se preocupe com dinheiro que isto eu tenho de sobra.

-Mas o que te leva a pedir uma garota que você encontrou no lixo para morar contigo?- perguntei.

-Eu só sei que você não vai fazer nenhum mal para mim. Além disso, desde que meus pais morreram eu venho me sentindo muito sozinha, ia ser legal ter alguém para dividir esta casa enorme.

-Ei! Agora eu me lembro de você. É a garota nova que todos estão loucos para conhecer!

-Retirando a atenção de mim e indo para você, então aceita?

-Aceito.

-Bom, agora que ambas estamos felizes, eu gostaria de saber sobre a sua família, o pessoal da escola, a cidade...

-Calma, eu posso falar absolutamente tudo sobre Forks, mas antes tenho que terminar meu

café.

Então, ela come duas panquecas com calda e um copo de leite, depois nos dirigimos para a sala onde eu percebi que ela se sentiu um pouco acanhada, e pelo pouco que eu a conhecia já poderia dizer que ou ela não estava confortável ou gostaria de fazer uma pergunta.

-Lembre-se a minha casa é a sua casa, e não se acanhe em fazer perguntas.

-Onde você morava antes de vir para cá?- ela perguntou.

-Na Europa. Não em um lugar definitivo, mas viajando pelos países. Na verdade este é o primeiro ano que eu mantenho um estabelecimento fixo.

-OMG! O que leva uma pessoa a desistir de tudo isto para vir para este buraco que chamamos de Forks?!

-Bem,quando eu era pequena meus pais viajavam muito e eu ficava com a babá, mas depois de um tempo a mulher que cuidava de mim morreu em um acidente de carro, e meuspais tiveram que me levar com eles para as suas viagens. Depois disso, nós nos aproximamos e se apaixonamos um pelo outro, mas aí veio o acidente de avião. Neste dia eu tinha resolvido ficar mais um dia em Paris, para poder ir a um desfile e eles já estavam indo para Lisboa, o problema é que o avião deles caiu e eu fiquei sozinha.

-Minhas condolências Bella. Mas para te fazer feliz, vamos lá vou contar a minha história. Pois bem, quando eu e a minha irmã Alice tínhamos uns cinco anos nós ficamos órfãs de pai e mãe e fomos para m orfanato. Só que quando a gente fez 17 anos, conseguimos que fôssemos emancipadas e pudéssemos usufruir da nossa herança, só que eu acho que o poder chegou à cabeça da Alice e ela me expulsou de casa, porque eu pedi um dinheiro para comprar um vestido de baile, e ela disse que já tinha me dado o suficiente e então começamos a brigar por que ela realmente já havia me dado um dinheiro mas eu precisava de mais cem para completar e comprar o que eu queria e aí Alice disse que eu só sabia gastar dinheiro e me expulsou.

-Quem esta menina pensa que é?- gritei.- Você também tem direitos a essa herança! Eu vou mandar é alguém dar uma gravata nela!

-Não, Bella, você não vai fazer nada. Agora eu vou te explicar como é que funciona a sua nova escola e você vá se sentar.- ela me fez sentar mesmo que muito emburrada.- Tudo bem. O que você precisa saber sobre a escola é que ela tem quase que uma hierarquia no Segundo ano. Em lá no topo tem os populares compostos por Alice, Jasper Hale, Damon e Stefan Salvatore, Katherine Winchester e Renesmee Cullen.

-Espera, você disse Renesmee Cullen?

-Sim. Ela é filha dos médicos Esme e Carlisle, e agora que você chegou é a segunda família mais rica da cidade.- Li falou.

Agora, eu estava chocada. Com certeza isto foi obra do meu Pai, porque eu nem pensava em trazê-los de volta. Então, alguma coisa eles irão ajudar ou atrapalhar.

-Continue.

-Pois bem, no último da lista temos os Sonegados, que na verdade são só alunos nerds, mas que tem muita coisa para mostrar, entre eles temos eu, Elena Cullen e Rosalie Hale. Além disso, só temos os no muro Jacob Black e Emmett Cullen, mas no fundo eles só são sonegados mais legais.

-Mas isto está errado! Quer saber eu não dou um mês para eu fazer todo mundo se juntar e acabar com esta hierarquia, e eu aposto 100 dólares nisso. Agora nós temos que se arrumar por que as aulas começam em cinco horas, e você vai ser minha bonequinha.

-Eu tenho escolha?

Fiz um aceno com a cabeça negando e subi com a mesma para o meu quarto, onde passamos longas 3 horas se arrumando. Mas conseguimos um ótimo resultado.

Pra Li, eu coloquei algo bem simples, só uma calça jeans apertadíssima para que mostrasse todas as suas curvas, uma blusa branca e uma jaqueta de couro preta, acompanhada do bom e velho

salto.

Pra mim, resolvi abusar do corpinho que Papai me deu,e coloquei um tubinho preto com um

salto também preto que contrastava com o meu casaquinho florido que coloquei por cima para não ficar muito balada.

Ambas fizemos uma maquiagem bem leve, mas só Li prendeu seu cabelo em um rabo-de-cavalo alto. Saímos para a garagem já armadas de nossas bolsas e mochilas, e com certeza ela se espantou com a minha garagem com capacidade para 20 carros, totalmente lotada.

-Cuidado para não babar, pode escolher o carro que você vai.

-Tudo bem. Eu quero o Volvo Amarelo.

-Já vi que herdou o meu estilo para carros nem um pouco chamativos.- joguei a chave para ela- Pega, vou ir na minha Ferrari vermelha conversível.

-Primeiro, a Ferrari só fez um desses carros, como você conseguiu?

-Pois bem, fui eu que pedi pra o Luca uma.

-Você conhece Luca de Montezolo?

-Claro. Mas alguma pergunta?

-Você não vai no mesmo carro que eu?

-Não. Tenho que visitar alguns amigos antigos depois da escola. Então, você vi ter tempo de torrar o seu cartão ilimitado.

-Lógico, agora você vai ser minha filha e acredite eu posso ser muito super-protetora.

-Tá. Você me segue que eu te mostro onde é a escola.

Entramos em nossos carros e fomos para aquela escola mais que conhecida para mim.