Forest

- Vamos lá pessoal! Cantando junto!

- We go together to the forest...

- Isso! Estamos quase chegando ao acampamento pessoal, mantendo a alegria.

A alegria dominava o pequeno ônibus com uma fila de adolescentes.

O ônibus amarelo com a grande faixa ao lado com letras em caixa alta chamativa e desenhadas escritas “Camp Relic” estavam em destaque.

Ele passava devagar pela longa estrada até o acampamento.

Dentro do ônibus o instrutor Ronald, animava os jovens com velhas cantigas americanas de acampamentos. Numa situação normal meninos e meninas de dezessete anos jamais cantariam músicas de acampamentos, mas eles tentavam não pensar como adolescentes em uma viagem de uma hora e meia até o acampamento.

A menina com os longos cabelos loiros que desciam até o ombro com seus olhos azuis claros ria da pequena conversa que tinha com suas amigas.

Os meninos a encaravam. Amy era uma garota cobiçada em Virginia School.

Isso era um proveito para ela.

Tudo que fazia tentava ser o mais chamativa possível. Ela gostava se for o centro das atenções.

- Chegamos ao acampamento pessoal, agora façam uma fila e saiam com calma do ônibus.

Os adolescentes fizeram um fila com uma organização aceitável.

Todos desceram do ônibus em uma forma um tanto mais organizada.

Quando Amy desceu foi abordada por Scott.

- Amy... Oi. Olha, eu estava querendo falar com você... A sós.

A menina o encarou com seus lindos olhos.

- E sobre o que quer falar comigo? Posso saber? – ela perguntou dando-se de desentendida.

- Me encontre lá. – ele apontou para o pequeno vulto na floresta, mas ainda visível no acampamento. – Depois da contagem.

- Ok. – Amy respondeu balançando sua cabeça, tentando esconder um sorriso voltou o olhar para as amigas que começaram uma comemoração interna.

Quando a contagem foi feita Scott estava no pequeno vulto à espera de Amy, ele ensaiava o pequeno discurso que prepara para pedir Amy em namoro.

- O que está fazendo? – a voz da garota soou em seus ouvidos

- Ensaiando.

Amy se aproximou devagar até Scott, quando ela estava perto o bastante, Scott abriu sua boca para começar com o pequeno discurso que esperara um semestre inteiro para dizer, mas foi interrompido pelo barulho das folhas sendo agitadas.

- Que barulho foi esse? – Amy perguntou intimidada com o som rápido das folhas batendo entre si.

- Deve ter sido o vento. – Scott disse sem tirar os olhos das folhas.

- Vento? Acho que não. – Amy disse receosa- Vamos embora daqui.

- Dizem que... Nunca se deve ir à floresta... Ao entardecer. – a voz em sino e delicada pronunciou devagar.

Amy arfou em um susto e Scott se pôs a frente na esperança de protegê-la.

A linda garota pendurada de modo impossível à árvore observava o casal a baixo.

Seus olhos vermelhos passavam e observavam o sangue subindo e descendo pelas veias em velocidade.

O sangue com a adrenalina ficava bem mais interessante.

- Acho que isso não é o bastante. – sua voz se tornou rápida e fria demais.

Em um movimento rápido, em um ataque, Scott caiu ao chão.

Amy olhou ao chão vendo o corpo cair.

Ela soltou um grito ecoando pela grande floresta e tampando a boca em seguida.

Ela não sabia se gritava, corria ou chorava.

Resolver se salvar primeiro.

Ela começou a correr pela longa floresta na esperança de fuga.

Os sons de folhas batendo a deixava mais atordoada.

Ela continuou correndo, seus olhos nublados com as lágrimas e o desespero fazia seu coração disparar.

Ela começou a avistar o acampamento e seus passos atingiram a maior velocidade que conseguira.

Mas as mãos em seu corpo acabaram com a esperança que brotava.

- Escolha errada. – a fala final da mulher em seu ouvido antes de cravar os dentes no pescoço da jovem, o grito que a mesma soltava fora interrompido.

O corpo drenado caiu ao chão.

Sem vida e sem utilidade.

-Agora eu tenho o que preciso.