Ops Desculpe! escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 15
Você pode voar? - parte 2




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- Na verdade, Al ainda não me falou as regras – me virei para minha amiga, meus olhos quase brilhavam de medo de fazer a pior besteira do mundo.

         Susana – sério, percebi que ela é muito maliciosa – já sorriu.

- Ainda não? Em todo esse tempo que estavam juntos? Espero que não tenham feito algo comprometedor – disse. Fred e Jorge choravam de tanto rir, parabenizando ela. Vi Nev ficar vermelho de ciúmes por isso.

         Alicia virou um pimentão do meu lado.

- Você é muito pervertida, Susana Amy Bones! – chiou Al, indignada. Ah, então esse era o tal nome do meio de Su? Interessante... De acordo com Hermione, quando me falara sobre o tal “amaldiçoado nome”, era porque sua tia era Amélia e sua mãe Sheryl.

         Esta, por sua vez, torceu a cara em desagrado, obviamente não gostava do nome do meio.

- Humpf – foi o único som que saiu da boca de Susana, e todos riram.

         Eram raras as vezes que alguém dava uma resposta à la Susana Bones e fazia esta ficar emburrada, como dizia Gina.

Pov’s Autora:

         Alicia, com ajuda de Fred e Jorge – tudo bem, não era bem ajuda – explicaram a Harry as regras do Quadribol e o que ele teria de fazer sendo apanhador.

- Com certeza você vai ser bom, Pontas – incentivou Alicia, quando terminaram.

- Bom – começou Fred.

- Melhor do que o que tínhamos antes e se formou – continuou Jorge, sorrindo.

- Mike Schmitzel era horrível, mas nossa única opção – terminaram juntos, em perfeita sincronia. Estranho.

         Esse comentário não fez Harry se sentir melhor, mas agora não tinha jeito. As pessoas sentaram na grama mesmo, com preguiça de ir até a arquibancada.

         Um Neville corado sentou-se perto de Susana, que nada reparou enquanto conversava com Gina e Hermione, que mostrava-se um tanto brava por Rony nem reparar que ela queria que ele sentasse ao seu lado e não ao lado dos gêmeos para conversar. Tiago, Lílian, Sirius e Marlene assistiam a tudo isso com sorrisos bobos. E Remo ria de como eles adultos ainda pareciam na época de Hogwarts.

- Vamos Harry – ainda incentivava Alicia – isso, é, passe sua perna pela vassoura, aham, agora, dê um pequeno impulso, sim, assim mesmo, e depois... HARRY!

         Harry estava fazendo tudo que sua amiga falava, mas depois do “impulso”, ele simplesmente tirou os pés do chão, e sua vassoura saiu em disparada para cima e, para sua surpresa, a sensação não podia ser melhor, ele se sentia tão livre quanto quando voava como fênix.

         O vento batia em seu rosto, em alta velocidade. Ele segurou-se na vassoura e quase deitou-se nela para ir mais rápida, subindo até o céu, e descendo em alta velocidade, puxando-se para cima quando estava prestes a bater na grama. Fez loops e manobras radicais. Estava adorando aquilo!

         Parando no ar, bem no meio do campo, viu Alicia sorrindo lá embaixo, enquanto gritava logo depois:

- Eu sabia que você ia conseguir Pontas! – ela sorriu mais – Afinal, ninguém voa numa vassoura melhor do que você!

         Harry ouviu seu padrinho gritar: - Exceto eu! – e riu.

         Alicia gritou novamente: - Agora vou soltar o Pomo de Ouro, dê algum tempo e tente pegá-lo o mais rápido possível, ok?

- Tá! – gritou lá de cima, vendo a amiga abrindo a caixa com as bolas de Quadribol e soltando a pequena bolinha dourada.

         Ele acompanhou com os olhos enquanto o pomo se afastava velozmente, batendo suas asinhas prateadas e sumindo no céu. Enquanto esperava, pensou em como fora tolo em sentir medo de fracassar, se sentia tão à vontade numa vassoura quanto se sentia a vontade sentado num sofá.

         Correu os olhos rapidamente pelo campo e não se decepcionou quando viu o pomo de ouro voando rapidamente perto dos aros do lado direito. Impulsionou a vassoura para frente – sentindo como era boa a velocidade dela – e esticou o braço, mas o pomo moveu-se para cima, e ele imitou o movimento. O pomo voou velozmente para baixo, numa descida de quase noventa graus, e Harry imitou, novamente, o movimento.

         Seus dedos estavam a milímetros de alcançar a bolinha, inclinou-se um pouquinho para frente e pegou-a, levantando o cabo da vassoura a tempo de não bater no chão. Satisfeito, voltou com o pomo de ouro na mão direita e aterrissou ao lado de Alicia, que só faltava chorar de animação.

         Harry saiu da vassoura e logo foi abraçado.

- Eu disse que você é o melhor! – choramingou sua amiga, contra seu ombro, obviamente emocionada com tudo isso – Mas o que você tinha na cabeça quando desceu daquele jeito? Quer quebrar o pescoço?

         Está aí uma coisa que Harry não entende nas meninas: em um momento, lhe abraçam e dizem que te adoram ou que você é o máximo, no outro repreendem você. Isso não faz muito sentido.

- Já temos nosso apanhador! O melhor do século, com certeza! – comemorou Rony, dando tapinhas no ombro do amigo.

         Tiago recebia cinco sicles de Sirius, que parecia falsamente resignado.

- Eu disse! – falou o Potter, brincando de ser arrogante novamente.

- Já sei! – repetiu Sirius, cansando de que o amigo falasse em como o filho era bom em Quadribol.

         Os gêmeos chegaram festejando e falaram: - O primeiro jogo da temporada já aconteceu, Lufa-Lufa contra a Corvinal, e os Lufos ganharam. O próximo é Grifinória contra Sonserina, na semana que vem, e com certeza vamos ganhar!

         Harry não deixava de ficar impressionado em como os gêmeos Weasleys conseguiam falar em tal sincronia.

Pov’s Harry:

- Você devia comer alguma coisa, Pontas – chiou, pelo que parecia a milionésima vez comigo, Alicia.

         Mas a comida entalava na minha garganta, eu acho que não conseguiria nem tomar um copo de suco sem vomitar. Era sábado, 13 de Novembro. Ou seja, o primeiro dia que a Grifinória jogava – e a primeira vez que Harry jogava. E ele se sentia enjoado.

         Não pensei nisso a semana inteira. Gostava dos treinos – por mais que estivesse lotado de deveres de casa – mas, analisando agora, a coisa toda parecia um pesadelo. Só gostava da sensação de voar, com os meus amigos tudo bem, mas... Com toda uma platéia?

- Boa sorte, Potter, vai precisar – falou, desdenhoso, Snape, enquanto passava pela mesa da Grifinória para ir a mesa dos professores. Bláh, aquele cara era um amargurado, se você quer saber bem.

         Seguindo com os olhos o caminho de Snape, meus olhos bateram na minha mãe, na minha madrinha e em Remo, ambos sorriram e acenaram, como faziam todo dia. Felizmente, meu pai e meu padrinho tinham ido trabalhar no Quartel de Aurores e não iriam ver minha desgraça, e, sim, eu adoro um drama.

         Nessa semana toda, eu pude descobrir tudo sobre a Sonserina. O capitão era Marcos Flint, do sétimo ano, um brutamonte e era artilheiro. O goleiro era Malcolm Forcaoc, que, de acordo com Rony, era uma dos mais exagerados em relação a puro-sangue e sangues-ruins. Os batedores eram Crabbe e Goyle, aqueles gorilas, facilitara Gina. Os outros dois artilheiros eram Petterson Walks e Alex Pannisan, dois Sonserinos qualquer. Além de seu maior “inimigo”, Blásio Zabine.

- Antes era Draco Malfoy, mas ninguém sabe porque ele desistiu esse ano – explicou Susana, quando já estavam no vestiário, se preparando.

- Com certeza para virar um Comensal – sugeriu Fred, aparentemente pouco ligando para Draco Malfoy.

Pov’s Autora:

         Quando Harry olhou pela porta do vestiário, viu todas as torcidas, além de um grande cartaz com letras que mudava de cor, escrito: “Grifinória arrasa!” na torcida vermelha e dourada. Viu Hermione e Neville lá, gritando e torcendo pelo jogo que ainda nem começara. Viu Dumbledore na arquibancada dos professores.

         Virou-se para seus amigos, sentindo-se levemente enjoado, mas não podia desistir, não podia decepcioná-los. Quem narrava era Lino Jordan, amigo dos gêmeos.

- E lá vem a Sonserina: Flint, Walks, Pannisan, Forcaoc, Crabbe, Goyle e Zabine! – não veio com muita animação. A torcida Sonserina urrou quando os jogadores entraram, as outras torcidas vaiavam.

- E aí vem o time da Grifinória: nosso trio de artilheiras, Black, Bones, Weasley, os batedores, Weasley e Weasley, o goleiro Weasley e o mais novo e melhor apanhador... Potter! – isso veio seguido de urros de “Viva!” das outras casas, abafando a vaia da Sonserina.

- Jordan! – reclamou McGonagall, diante a empolgação exagerada do menino.

- Desculpe, professora McGonagall, desculpe! – mas Lino não parecia nenhum pouco arrependido – E os capitães apertam as mãos, e começa a partida! Black pega a goles, vai em direção aos aros, Flint chega pela direita, Pannisan pela esquerda, vão fechar a Black...! Mas ela foge e marca o gol! Dez a zero para a Grifinória!

         Harry via o jogo se estender a sua frente, com Alicia, Susana e Gina marcando vários gols, Fred e Jorge tacando, com sorriso e força, balaços nos Sonserinos, Rony defendendo muito bem. Mas o time das cobras trapaciava muito, batendo com mais violência do que seria necessária e tacando balaços onde nem seria permitido.

- Pronto para perder, Potter? – falou uma voz a seu lado e, virando-se, viu Zabine. Apesar disso, o jogo estava 90 a 40 para a Grifinória.

- Tanto faz – falou, distraído, Harry.

         Ele seguiu Alicia com os olhos, ela segurava a goles e voava rapidamente em direção aos aros da Sonserina. Comemorou quando marcou gol para a Grifinória.

         Viu um brilho dourado lampejar perto dela. Ignorou totalmente o que Zabine se gabava e voou calmamente para lá. Ninguém prestava atenção nele.

- Oi, Al – falou, quando chegou perto dela. Ela já estava saindo para ajudar Gina, que saía atrás da goles na mão de Walks.

- Hã? – falou distraída, e depois surpresa por vê-lo ali – Olá, Pontas. Mas você sabe que estamos no meio de um jogo de Quadribol, não sabe?

         Harry sorriu.

         Zabine gritou lá de cima: - Parando para conversar com a namorada, Potter! – e com isso pareceram, finalmente, se tocar que Harry estava ali, conversando calmamente com Alicia Black.

- Mas o que é isso, minha gente, por que Potter parou de procurar o pomo? – irradiava Lino Jordan, contra o microfone. Todas as torcidas mostravam-se confusas.

         Harry, sem se abalar, virou-se para Zabine e gritou, todos ouvindo:

- Não, só para pegar o pomo e ganhar de você! – e, com isso, virou-se novamente para Alicia, tirando o pomo de trás da orelha direita dela, onde nem percebera que estava.

         Soou o apito de Madame Hooch: - Grifinória ganhou!

         A partir daí foi uma confusão, a única coisa que Harry ouviu, e entendeu, foi sua melhor amiga dizendo:

- Eu não disse que você podia voar, Pontas?

         E sorriu.


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