Eu voltei totalmente a minha antiga rotina, ia trabalhar com a Maria que agora deixou de ser minha secretaria para se tornar minha sócia com 30% das ações da empresa.

Já faz 1 mês que aconteceu o meu incidente com o Percy, ultimamente tenho sentido muita dor e tonturas, mas não vou pensar mais nisso, hoje será um ótimo dia, vou fazer um piquenique no parque com a Maria e com seu filho Mateus.

O Mateus é um garoto lindo, tem cabelo escuro e é gentil, adora brincar de futebol, eu convivi bastante com ele nos dois anos que passei aqui, sempre íamos ao clube ou íamos ao shopping.

Depois de tomar café olhei no relógio e vi que eram 14:00hrs, e faltava 1 hora para o piquenique, eu tomei um banho rápido e parti a encontro de Maria.

Depois de muito andar no parque eu os encontrei de baixo de uma arvore na parte mais calma do parque.

A Maria estava sentada olhando o Mateus brincar, me aproximei e me sentei ao seu lado.

_ E tão bom poder passar um tempo com ele – Falou ela

_ Também acho, ele é um amor de criança – Falei

_ Anne – Gritou Mateus quando me viu

_ Oi – Respondi

_ Você veio – Ele falou enquanto me abraçava

_ Claro, você acha que eu ia perder a oportunidade de passar o dia com você – Brinquei e ele riu

_ Quer jogar bola? – Perguntou ele

_ Não posso, estou com meu estomago meio embrulhado – Falei, ele nem se importou apenas voltou a brincar

_ Você está bem? – Perguntou Maria

_ Estou sim – Respondi

_ Tem certeza que não quer ir ao médico? – Perguntou ela

_ Tenho sim, fica calma eu estou bem – Respondi

_ O que você esta sentindo? – Perguntou ela

_ Tontura, crises de vomito – Falei

_ Você não esta grávida, está? – Falou ela

_ Não, bem eu acho que não – Respondi, agora que eu parei para pensar, minha menstruação estava atrasada, mas estar grávida, eu estou casada, e deuses casados não podem ter filhos como os maridos, só quando acontece uma traição, mas eu não o trai com ninguém

_ Você tem certeza que isso não pode ter acontecido? – Perguntou ela

_ Eu não tenho certeza, pode ter acontecido – Falei

_ Quando e com quem? – Perguntou curiosa

_ A uns 30 dias e a pessoa não importa – Falei e ela deu de ombro

_ Tudo bem – Falou ela

_ Vou beber água – Falei tentando me levantar, mas fiquei tonta e cai sentada

_ Você está bem mesmo? – Perguntou ela

_ Estou, foi só uma tontura – Falei tentando me levantar novamente, mas ela me segurou e estendeu uma garrafinha de água para mim

_ Beba esta aqui – Falou ela

_ Obrigado – Agradeci

_ Não tem de que, mas você vai para o hospital assim que acabarmos o piquenique, estou preocupada – Falou ela

_ Eu já disse que estou bem – Falei

_ Bem, você esta caindo de tão tonta – Falou ela e o pior é que tinha razão, eu não estava bem

_ Tudo bem, mas vamos mudar de assunto não quero que o Mateus fique preocupado, assim que sairmos daqui eu vou ao médico – Falei e ela entendeu

Conversamos bastante, mas sobre outro assunto, assim que saímos do parque eu fui para a farmácia, no hospital eles teriam que tirar o meu sangue, e como eu ia explicar o fato de eu ter sangue prata.

Comprei um teste e voltei para a casa.

Eu fiz o teste e adivinha só, realmente estou grávida, eu estou esperando um filho do Percy.

Pov Atena

Depois de um mês na lua de mel, eu o Poseídon e o Alex decidimos voltar para o Olimpo.

Na volta para o Palácio eu tive que deixar o Alex num orfanato, ele terá que viver aqui como um semi-deus até os 18.

Depois de entregarmos o Alex nós nos tele-transportamos para meu Palácio.

_ Amor, eu vou falar com a Annabeth – Falei enquanto andava até o seu quarto

Bati, bati na porta, mas ninguém abriu, decidi entrar.

Quando eu abri a porta o quarto estava vazio, a cama estava arrumada, não tinha nada sobre a escrivaninha, eu fui até o guarda-roupa e o abri, lá não tinha nenhuma peça de roupa.

_ Querida vem cá – Ouvi o Poseídon me chamando

Eu andei até a cozinha tentando entender o que se passava

_ Leia isto – Falou o Poseídon me estendendo um papel, eu o peguei, era a caligrafia de minha filha

No papel estava escrito assim:

“Mãe. Eu não consigo mais viver com deuses a minha volta, minha cabeça esta muito cheia, então pode se dizer que eu cresci e amadureci, desculpe-me se fiz alguma coisa, mas não voltarei tão cedo para o Olimpo, acho que nunca voltarei, mas um dia quem sabe voltaremos a nos ver. Te amo”

“Ass: Annabeth”

Senti meu joelho ceder e os braços do Poseídon me envolver, eu soltei um grito tão alto que todos os deuses apareceram perguntando o que tinha acontecido

_ Atena o que aconteceu? – Perguntou meu pai me abraçando

Eu nada consegui responder, minha cabeça estava em outro lugar, eu perdi o Alex e a Annabeth no mesmo dia.

Consegui estender meu braço e entregar o bilhete para o meu pai e para o Hades

O rosto do meu pai e do Hades, começaram a mudar de cor, pude ver que ambos estavam assustados, ou seja, também não sabiam disso.

_ Tragam-na de volta – Falou meu pai com a voz firme

_ Não quero saber como, mas achem-na – Falou o Hades com uma voz grossa que é de quando ele vira um monstro

Voltei a chorar, minha filha era agora fugitiva, eu tive que deixar o Alex para ser criado pelos humanos, e agora eu perdi minha filha. Eu já sabia que ela não estava bem, só pelo fato dela ter ficado bêbada no meu casamento já me deixou muito aflita.

O Poseídon havia me contado que o Percy viajou para o oceano, não foi surpresa, ele já esperava por isso a muito tempo, mas eu nunca esperei que minha filha fosse embora e me deixasse dando meras desculpas como “entenda, eu cresci”.

Depois de muito chorar, acabei adormecendo ali mesmo com minha família incompleta.