Capítulo III – A dor da separação

Sentir aqueles braços lhe abraçando era a melhor sensação do mundo. Sentia o calor que o Uzumaki emanava era aconchegante. Fechou os olhos para apreciar aquele momento, que provavelmente depois daquela conversa, não existiria mais.

-Hinata-chan! Finalmente te encontrei! – o loiro cerrou os olhos sorrindo inconscientemente - Senti tanta saudade!

-Na-naruto-kun, te-temos que conversar...

-Ah! Se for por causa daquela garota que deu em cima de mim, eu já pedi desculpas! – defendeu-se com os olhos cerrados.

-Na-não é isso...

-O que é então? 

-É... É sobre nós. – agora ela o fitava com tristeza.

-Nós? O que temos de errado? - ele arqueou a sobrancelha, confuso.

-Vamos para a praça. – pediu agora fitando o chão.

O Uzumaki a olhou a questionando o porquê dessa atitude. Mas depois a seguiu. A praça estava movimentada. As folhas verdes caiam das arvores e planavam com o vento. Sentaram em um dos bancos brancos.

O silencio se instalou por um instante entre os dois. Hinata sentia que a pressão da atmosfera estava aumentando e o peso fazia com que seu corpo não conseguisse sequer seu braço. Com esforço levantou sua mão, e colocou sobre a mão do loiro.

-Naruto-kun... Eu, meu pai...

-Quê? Ele finalmente percebeu, e aceita o nosso namoro?! – perguntou já se levantando esperançoso.

-Não...

-O que é então? – sentou-se novamente com os olhos cerrados.

-Ele me prometeu a outro homem.

Gritou com os olhos fechados. Aos poucos pode ver que Naruto arregalara os orbes azuis num ato de espanto. E ainda a fitava sem acreditar no que ela acabara de dizer, abriu e fechou a bocas algumas vezes, mas não conseguia pronunciar uma palavra sequer.

-Vo-você esta bem? – o segurou pela mão novamente.

-COMO PODE?! – gritara com as presas a amostra. – PORQUE VOCE NÃO DISSE NADA?!

Lágrimas cristalinas escorriam das perolas da linda jovem que agora chorava sem parar. Era verdade. Devia ter repreendido seu pai e dito que o amava, mas não... Sua submissão foi mais forte. Não permitindo proteger o amor que tanto dizia ter por ele.

O sangue do Uzumaki fervia de raiva, subia ate seu cérebro, e junto com veias pulsavam. Como aquilo poderia estar acontecendo? Porque justo agora?

-P...Perdoe-me.

-Não. Não te perdoou. – ele a olhou com os olhos vermelhos. – E custo a acreditar que um dia eu possa o fazê-lo.

Não... Não. Eu... O perdi. Como posso tê-lo feito, se um dia juramos amor eterno...? Eu... Sinto-me fraca. Inútil e incrivelmente mal.

Perdoe-me Naruto-kun...