Capitulo 2- As coisas sempre podem piorar

10 anos atrás...

Depois do ocorrido com o laxante Jéssica até agora não tinha mexido comigo, nem suas “amiguinhas” falsas e ela ficou mal falada na escola, onde ela passava riam dela, mesmo abafando um pouco o caso, dois anos depois a história não havia sido esquecida. Agora estava com 16 anos e ganhei corpo com uma velocidade incrível, chamava atenção de muitos garotos com o meu corpo de uma mulher de vinte anos, não gostava muito disto, pois agora tinham vários olhares cobiçosos em meu corpo e nunca gostei de chamar atenção.

Até agora não tinha evoluído muito na busca de quem matou meus pais, mas desde o começo eu sabia que não seria nada fácil, não poderia desistir nunca, quando mataram meus pais levaram minha vida com eles e sabia que não a teria de volta nem tão cedo.

Estava saindo da escola, indo em direção a “minha casa”, até hoje não havia me acostumado com a convivência com meu tio James, minha tia Victoria e minhas primas Marcella e Carlinha já eram mais fácies de lidar, elas até que eram bem legais. Estava chegando a minha casa quando reparei que o carro do James estava na garagem, o que era estranho já que ele só chegava á noite. E minha tia tinha saído para trabalhar, já que seu carro não estava na garagem. Estacionei meu carro com todo o cuidado, era muito apegada a ele e entrei em casa.

Quando cheguei à sala reparei que James não estava lá e fui em direção a cozinha beber uma água e levei um susto ao ver James lá e pior bebendo, ele normalmente bebia muito e muitas vezes chegava bêbado em casa, mas dificilmente bebia dentro de casa, até porque minha tia odiava e sempre reclamava com ele.

- Já bebendo tão cedo, “titio”- falei ironicamente o titio, eu vi o ódio nos olhos dele, eu sempre soube que ele sentia repulsa de mim da mesma forma que eu tinha dele, apesar de nunca entender o porquê disto tudo.

- Olá minha querida sobrinha, tudo bem?- falou com um tom de repulsa e senti o cheiro forte de álcool saindo de sua boca.

- Felizmente comigo está tudo ótimo, espero que não seja o mesmo para você- falei no mesmo tom que ele- Aliás, por que chegou tão cedo, era tão bom só ver essa sua cara feia de noite, ninguém merece ter que te agüentar de tarde também, acho que não vou agüentar.

- Tinha assuntos que devem te interessar para resolver- disse isso se aproximando de mim e por instinto fui me afastando.

- O que houve sobrinha, está com medo de mim.

Eu parei o encarei.

- Não, não fico com medo de frangotes que nem você.

- Eu acho que deveria ter- disse isso avançando em mim.

- Não chegue perto mim, seu nojento.

 - Calma eu não mordo, só se você pedir.

- Pode deixar isso eu nunca vou pedir, dá pra sair de perto de mim, eu vou gritar.

- Vamos ver se não vai pedir- disse isso me agarrando.

E eu tentei afastá-lo, mas ele era muito mais forte do que eu, eu agora orava como há muito tempo não fazia, na verdade já até tinha me esquecido, como se fazia isso.

Ele tentava me beijar a força e eu o esmurrava e travava minha boca, fazendo de tudo para ele não conseguir o que tanto queria. Eu já estava sentindo nojo dele e uma ânsia de vômito começou a me dominar.

- Por favor, não faça isso- eu implorava.

- Eu sei que você gosta sua vadia- disse isso tentando me beijar outra vez e forçando sua língua para dentro da minha boca e um gosto de álcool horrível começou a invadir e outra vez a ânsia de vômito voltou, não sabia o que fazer e lágrimas já começavam a deslizar pelo meu rosto, nublando a minha visão, eu queria ter forças para jogá-lo para longe de mim. Mas nas horas que eu precisava daquela força que eu tinha dentro de mim, ela simplesmente não aparecia, eu já estava ficando tonta, mas ainda podia sentir James por cima de mim, no chão da cozinha, agora ele arrancava a minha roupa e pude ver minha vida passar como um flash de uma maneira muita rápida e mais uma vez aqueles pensamentos vieram a minha mente, porque tudo tinha que acontecer comigo? Será que a minha vida só teria desgraça até o fim? Será que um dia eu teria o meu final feliz? Será que realmente todos tinham seu final feliz? Porque eu realmente achava que não teria o meu.

E de repente dispersei meus pensamentos e quando vi James já estava nu a minha frente e eu também já estava completamente despida e um sentimento de vingança voltou a me dominar, mas um me fez sofrer, então ele seria outro que também iria pagar, pelo mau que me causaria.

James começou a forçar seu pau em minha boca, eu tentava a todo custo me desviar e deixar minha boca mais fechada possível, não queria ter que chupar aquele pau que me causava ânsias e muito nojo, mas uma idéia me veio à mente e quem sabe com isso daria tempo de fugir.

E quando ele me forçou de novo a engolir eu aceitei e assim que senti aquela coisa nojenta em minha boca olhei para James e ele tinha um sorriso sacana no rosto, que eu tinha certeza que não duraria muito. E chupei e logo depois dei uma mordida tão forte que fechei os olhos e ouvi um grito de dor e mordi mais ainda, quando olhei para James ele não estava se agüentando de dor e seu grito já estava agoniado e parei, o empurrei para longe de mim e ele ficou se contorcendo de dor no chão e eu aproveitei a brecha para sair correndo, não podia sair na rua, já que estava nua, então fui para o meu quarto e tranquei a porta e comecei a chorar novamente, mas já um pouco aliviada, fui me sentar um pouco e tentar me acalmar, ainda estava nervosa, pensando no que eu iria fazer para poder sair dessa casa, quando ouço um barulho James estava com uma arma e acertou um tiro na fechadura e abriu a porta com muita força e me olhou com raiva, mas ainda havia luxúria, pois seus olhos ainda estavam escuros pelo desejo.

E de novo veio em minha direção me agarrando e tentando me possuir a força, eu de novo tentava lutar com todos a minhas forças.

- Dessa vez você não me escapa safada- disse James.

- Você é um nojen..- ele me fez calar- se me dando um beijo que me encheu de repulsa e ânsia dessa vez voltou com força total, me fazendo vomitar tudo dentro de sua boca, no mesmo instante ele parou cuspindo tudo, com um tremendo nojo e seu olhar de raiva agora predominava.

- Sua piranha, você merece mesmo sofrer, sua puta, você não vale nada, não merecia seus pais, ainda bem que eles morreram, porque se não hoje em dia eles estariam morrendo, mas de desgosto de você, você sempre foi motivo de desgosto pros seus pais, desde nova nunca foi motivo de orgulho- aquelas palavras me feriram, mas do que eu podia suportar e uma nova onda de choro veio para mostrar o quanto eu era fraca e ainda não estava preparada para lhe dar com os problemas da vida.

- Pode crer que eu sou muito mais motivo de orgulho que você, que não sabe dar valor a esposa que tem e fica a traindo dessa maneira com a própria sobrinha, você não vale nem o cuspe da minha boca, tenho certeza que se você morresse não faria falta a ninguém, a única coisa que sabe fazer é beber e transar com essas putas que você encontrar no meio da rua, que não sabe ver um homem que já sai se esfregando. E pode dar adeus ao seu casamento, que a partir de hoje quando eu contar para minha tia vai estar acabado- disse cada palavra em uma voz cortante, para demonstrar quão verdadeiras era as minhas palavras, o que só serviu para deixá- lo com mais raiva.

- Você acha que ela vai acreditar em quem? Em uma adolescente putinha ou em mim que sou o marido dela, em quem ela sempre confiou?

E nesse momento ele se posicionou em minha entrada e com uma força descomunal enfiou seu sexo dentro do meu, me fazendo gritar de dor, era uma dor muito forte, e eu senti como se estivesse sendo rasgada por dentro, pois ainda era virgem e senti o sangue escorrendo pelas minhas pernas, eu estava muito ferida, muito mais no meu interior do que só a dor física, eu me sentia um completo lixo e não conseguia parar de chorar e a dor aumentava cada vez mais e o nojo de mim mesma também, sentir aquele homem se movendo em cima de mim como se eu não fosse nada me deixou ainda pior, ele me tratava de uma forma brutal e seus gemidos de prazer só me trazia mais raiva, enquanto eu estava sofrendo de dor ele estava se aproveitando disto.

Ele deu mais umas estocadas rápidas e eu chorando implorando para ele parar com isso, mas isso só o fazia ir com mais força, então eu implorava em pensamentos para isso acabar logo.

Quando acabou e ele saiu de cima de mim o alívio me dominou, ele saiu batendo a porta do quarto, eu só sabia chorar, estava acabada e muito machucada.

Fui tomar banho e me esfregava mais do que o normal, tentando inultimente tirar aquele cheiro e tentando apagar de alguma forma as lembranças de James. Sentei- me ao chão do banheiro chorando descontrolada, aquela lembrança ainda viva me assombrando, nunca me senti tão suja e me lavava tentando me limpar, mas eu estava suja por dentro, as feridas estavam em meu interior afetando meu ego, que já não estava muito alto.

Eu não sabia o que fazer se contava toda verdade para minha tia Victoria ou fugia, mas nenhuma idéia era boa o suficiente, eu teria que ter um plano melhor, eu nunca mais agüentaria olhar para a cara do James sem vomitar, eu não conseguiria viver no mesmo ambiente do que ele, mas para isso eu teria que arranjar algum plano.

Quando me olhei no espelho vi marcas do abuso espalhadas por todo o meu corpo, tinha várias mancha roxas que eu tinha certeza que não ia sair nem tão cedo.

[...]

Estava deitada na cama, ainda tentando apagar da memória aquela lembrança horrível, quando uma idéia veio a minha mente, era a melhor idéia que tive até agora, só esperava com todas as minhas forças que desse certo.