Garota Americana escrita por Natii_C


Capítulo 22
Capítulo 22 - Declarada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/137299/chapter/22

É, não vou negar que o beijo foi bom. O único problema era que o beijo foi com Edward. Sim, sim, eu admito que se eu respondi, é porque certamente eu gostei. Não vou negar isso. Mas aquele beijo pareceu me servir como mais um aviso de que era perigoso ficar perto de Edward, só que, ao mesmo tempo, eu sentia uma enorme necessidade de ficar perto dele , como se o seu beijo fosse uma arma mortal, uma verdadeira droga, da qual eu me tornara completamente dependente. Mas a questão não era essa, o problema não era esse. Agi por impulso mais uma vez e é ai sim que está o problema: agir por impulso significa não pensar e, muitas vezes, significa não ter controle sobre nada. E esse era só o começo de todo os meus problemas, porque ainda havia o fato de ser Edward quem eu beijei - ou melhor, ele quem me beijou.

-Edward ... - eu tentei falar.

-O que foi ?

-Por que fez isso? - perguntei.

Edward não falou nada. Ele apenas olhava em meus olhos. De repente, suas mãos se prenderam nas minhas. Aquele toque só aumentava ainda mais o fogo dentro de mim , se é que isso era possível. 

-Por que fez isso? - perguntei novamente. Eu odiava ficar naquele silêncio, me incomodava tanto. 

-Porque eu te amo, Bella. - Edward sussurrou em meu ouvido, provocando uma onda de arrepios em meu corpo.

Por mais que eu tentasse me enganar, dizendo que as palavras de Edward eram pura ilusão, no fundo, elas me pareciam verdadeiras demais. A velha tentativa de não me deixar iludir não iria funcionar desta vez. Eu tinha certeza, total e absoluta certeza disso. Meus instintos já não eram mais os mesmos, a minha vida já não era a mesma, eu já não era mais a mesma. E a causa disso tinha um nome e era real: Edward.

Edward permaneceu com uma das mãos segurando meu queixo com todo cuidado, como se eu fosse frágil demais. E sim, é verdade, naquele momento eu me sentia completamente frágil, feito uma boneca de porcelana. Por que Edward fazia isso comigo? Por que ele me fazia sentir assim, tão segura e insegura ao mesmo tempo? O que era aquilo que eu sentia por ele?

Eu não sabia a resposta para nenhuma das várias perguntas que me vinham à mente.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Um novo dia amanheceu.

Ele já não estava mais ali e, apesar disso, podia ouvir sua voz, me chamando pelo nome. Uma voz que eu jamais esqueceria. Uma voz que me acalmava, que me tranquilizava nas horas mais difíceis. Uma voz que só eu entendia. Mas agora não. Aquela mesma voz que eu reconheceria em qualquer lugar do mundo ou em qualquer situação, boa ou ruim, tinha uma dose de agonia. Ele gritava. Gritava desesperado, como se prestes a morrer. E pensar nisso me deixava aguniada. 

Ele estava a poucos centímetros de mim. Bastava esticar os braços que eu o alcançava. Tentei fazer isso. Mas algo me impedia. Ele também tentou fazer o mesmo e, da mesma forma que eu, era tudo em vão.

E, por fim, um flash de luz. Um grito desesperado de Jacob. Um grito de adeus. Uma imagem de um anjo em minha frente, os cabelos marrons e longos e ondulados. Esse não era Jacob. Jacob tinha desaparecido após o flash de luzes. Era uma mulher. Sim! Uma mulher! E, naquele instante, olhando bem em seu rosto, eu a reconheci: era minha mãe: Renee. E havia mais alguma coisa em seus braços. Eu não sabia bem o que era. A luz ainda continuava na minha direção.

-Bella? Querida? - ela não me olhava nos olhos e sim para aquela coisa que estava em seus braços. - Ei, filha, não se preocupe. Eu estou aqui. A mamãe vai cuidar de você. Aonde quer que eu vá ou onde você esteja, nós, um dia, ainda nos encontraremos e seremos feliz. Para sempre, minha linda. - foi só então que compreendi o que era aquilo nos braços de minha mãe: um bebê. Na verdade, era eu, um bebê.

-Mãe! Mãe! Ei, estou aqui. Olhe para mim. Me ajude! - gritei, completamente alucinada. Aquilo era um sonho. Só podia ser. Não havia outra explicação. Mas Renee continuava olhando aquele bebê.

Senti o sangue ferver dentro de mim, mais quente que qualquer outra coisa que você possa imaginar. Eu estava nervosa, desesperada, furiosa. MAS POR QUE ELA NÃO ME OUVIA?

-Bella, minha Bella. Agora eu tenho que ir.  - o bebê em seus braços, ou melhor, eu, comecei a chorar alto. O bebê parecia sentir o mesmo que eu: a dor do abandono - Shi! Fique calma. A mamãe vai voltar. Eu te prometo.

Renee deixou o bebê bem ali, no meio da estadra completamente vazia.

Segundos se passaram, e agora o que antes era vazio, se tornou completamente cheio de pessoas, caminhões, carros, jornalistas, câmeras... Tudo  que fosse possível imaginar. Burburinhos, vozes e barulhos de sirenes soavam ao redor de mim, e a dor de cabeça e por todo o resto do corpo só aumentava.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-NÃO! - gritei, acordando do sonho.

-Bella? O que foi?

-Jacob... Onde está o Jacob? E minha mãe? - as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.

-Por que quer saber do Jacob? Você já sabe que ele está na U.T.I. Pra que tanta preocupação com aquele cara? - Edward perguntou.

Mas não era simplesmente pergunta qualquer. Havia um certo ódio na voz de Edward. Era fácil perceber isso.

-Porque eu quero saber como ele está. Me importo com ele. Algum problema nisso, Edward? - falei rispidamente.

-Sim. Vários problemas. Eu, sinceramente, não entendo como você ainda pode se importar com aquele babaca depois de tudo que ele te fez, depois de tudo o que ele te fez passar. Pensei que você fosse forte, valente. Mas, pelo jeito, não passa de uma garota ingênua e apaixonada.

-Completamente apaixonada. - sussurrei para mim mesma. - E por você, Edward.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Garota Americana" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.