A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC
Capítulo 5
POV Demi Adams
A semana tinha passado num instante. Era outra vez segunda-feira e na aula de História o professor disse:
-Vão ter um trabalho de grupo e para evitar confusões, eu já escolhi. Será trabalho de três pessoas. Ora bens o primeiro grupo é – o professor fez suspense – Elena Gilbert, Demi Adams e Stefan Salvatore.
O quê? Quer dizer, trabalho de grupo = seca, com Elena = tudo bem e com Stefan = não sei. Eu não conhecia muito bem Stefan, será que ele era bom de se trabalhar? Será que ele se iria baldar ao trabalho ou iria ajudar-nos?
Eu e Elena trocámos um olhar de compreensão e olhámos para Stefan. Eu sorriu, tranquilizando-nos.
A aula decorreu normalmente e o dia passou num ápice.
-Elena! – chamei-a. Ela virou-se e veio até ao meu encontro.
-Oi, Demi.
-Elena, nós não falámos com o Stefan sobre o trabalho de grupo. O que fazemos?
-Ah, pois foi. Não sei. E se fôssemos a casa dele? – sugeriu ela.
-Sabes onde fica?
-Sei. É numa mansão. Vamos no teu carro?
-Claro!
Entrámos no meu carro e Elena foi dando indicações. Quando chegámos, nem queria acreditar.
A mansão dos Salvatore parecia história, quase como um museu. Era linda, rústica, linda, maravilhosa e misteriosa. Elena tocou à campainha e ninguém atendeu. Bateu com a maçaneta (daquelas antigas, sabem?) e a porta abriu-se. Olhámos as duas uma para a outra um pouco confusas. Se fôssemos mafiosas, podíamos roubar tudo e ficaríamos ricas!
Entrámos um pouco duvidosas, mas instantaneamente senti-me em casa. Aquela casa apesar de misteriosa, era acolhedora.
-Uau! – falei. Andei mais em frente e fui parar há sala. Era linda!
O grasnar de um corvo soou ao longe e Elena soltou um grito abafado. Virei-me de repente e vi uma figura de costas.
-Elena? – perguntei.
A figura voltou as costas e eu vi-o. Era lindo. Tinha uns olhos azuis esverdeados, cabelos negros um pouco desalinhados, um trejeito nos lábios tornando o seu rosto um pouco maquiavélico, divertido e misterioso. Ele era lindo.
-Olá – falou ele. A sua voz era sedutora, educada e charmosa. Não soube o que fazer, não soube o que dizer, nem sabia como pestanejar ou meter o meu coração bater. Já não sabia mais nada.
-Demi? Está tudo bem? – perguntou Elena colocando-se ao meu lado.
-S-s-s-sim – consegui dizer gaguejando. Aqueles olhos ainda me prendiam.
-Quem são vocês?
-Sou a Elena e esta é a minha amiga Demi – respondeu Elena. – Viemos ter com o Stefan. E tu és…
-Damon, o irmão dele – respondeu ele.
Eu ainda estava atordoada, mas afirmei:
-O Stefan nunca disse que tinha um irmão.
Damon fez um ar compreensivo.
-Típico dele. Não gosta muito de falar sobre a família.
Houve um momento constrangedor entre todos nós e em vez de ficar a olhar para o tecto ou para Damon, observei o chão. Era de madeira mas os tapetes eram muito bem decorados.
-Bela casa – observou Elena.
-Obrigado. Está na nossa família há séculos.
Arrisquei-me a olhar para ele e… mas porque raio! Ele estava a olhar para mim, parecia que me queria ler a alma e mais uma vez voltei a ficar presa a ele. Parecia que havia uma corrente que me ligava a ele. Raios!
-Elena? Demi?
Quando Damon virou-se para o som, eu também me virei e respirei fundo por já estar solta dele.
-Oi, Stefan – falou Elena. – Nós queríamos falar contigo sobre o trabalho de História. É para entregar daqui a uma semana, por isso, não temos tempo a perder.
-Podemos falar disso amanhã?
-Claro que sim – falei eu. Quanto mais depressa me visse longe daquela casa, melhor.
-OK. Então até amanhã – falou Stefan.
-Até amanhã – despedi-me e fui encaminhando-me para a porta.
-Eu acompanho-vos – disse Damon e atravessou-se há minha frente e abriu a porta. Sorriu e eu baixei a cabeça, sentindo o rosto a queimar. Fui para o meu carro e quando Elena entrou disse logo:
-Uau! Que olhares eram aqueles?
-Que olhares? – tentei fazer-me desentendida.
-Tu e o Damon! Gosh! Não me digas que não reparaste na maneira como ele olhou para ti! E tu para ele! – falou ela acrescentando a última frase num tom manhoso.
-Oh, não foi nada.
Saí da propriedade deles e fui andando para Mystic Falls.
-Queres ir a minha casa?
-Claro que sim! – respondeu ela.
-Então vamos – falei.
Quando chegámos a casa, Elena recebeu uma chamada.
-Demi, lamento imenso, mas tenho que ir. O meu irmão, Jeremy, desmaiou.
-Queres que eu vá contigo?
-Não, deixa estar. A minha casa é aqui perto – disse ela, com o rosto carregado. – Até amanhã.
-Tchau – falei dando-lhe dois beijos nas faces.
Voltei a ficar sozinha em casa. Buddy veio ao meu encontro e seguimos os dois para o meu quarto. Comecei a pesquisar algumas coisas sobre o trabalho de História, mas estava tão bom tempo que comecei logo a ter aquela comichão em todo o lado, por isso, peguei na trela de Buddy e fomos os dois à rua.
O tempo estava solarengo e havia algumas pessoas que passavam pela rua atarefadas e nem sequer ligavam para mim ou para Buddy. Fui andando, respirando o ar puro daquela zona. Não era definitivamente o ar de NY.
Os meus pensamentos lançaram-se para Sarah, a minha popularidade em NY, os meus pais. Mais uma vez, o meu coração voltou a doer e obriguei-me a parar. Buddy esperou por mim, fitando-me atentamente. Será que esta dor ficaria aqui para sempre?
Continuei a andar, agora num passo mais calmo, evitando expor os meus pulmões àquele ar tão diferente. Então, comecei rapidamente a fazer um resumo da minha vida:
Demitria Lovato, nascida numa noite de 7 de Novembro, filha de Tiara e Cameron Adams. Um irmão, dois anos mais velho, chamado Kellan. Olhos castanho-escuros, cabelo da mesma cor. Extrovertida, alegre, feliz, com tudo o que uma criança pode sonhar. Um acidente de carro, mortal para os seus pais e o seu irmão, ficando dependente da sua tia Melinda, que não se lembrava da cara dela, apenas de os pais a mencionarem-na. Obrigada a mudar-se para Mystic Falls, uma pequena aldeia na Virgínia. Solteira, com algumas amizades: Elena e Bonnie.
Buddy começou a rosnar e eu fui obrigada a sair dos meus devaneios. O corvo estava no muro de uma vivenda, fitando-me atentamente.
-Que foi? - perguntei e continuei a andar como se ele não estivesse ali. Que raios! Parecia que ele fazia de propósito! Voltei para trás com Buddy, agora num passo mais apressado. Quando cheguei a casa, guardei a trela de Buddy, enchi-lhe a tigela com comida e fui para o meu quarto. Peguei na minha toalha de praia e sentei-me na varanda. Fiquei a ver o pôr-do-sol e depois o crepúsculo. Em NY, eu costumava fazer isto, mas na ponte de Brooklyn ou então no observatório. Ver o pôr-do-sol em NY era mágico.
Quando o tempo começou a arrefecer, voltei para dentro de casa e comecei a fazer o jantar: lasanha. Buddy esteve o tempo todo ao meu lado, a fazer-me companhia (e a ver se deixava alguma coisa cair do chão).
POV Damon Salvatore
Depois da "confortável" recepção do meu "querido" irmão, fui investigar um pouco mais sobre a tal Elena. Ela ainda foi a casa da Demi, mas depois voltou para casa dela. Ouvi cada fala deles. Parecia que o Jeremy, irmão mais novo de Elena, se tinha drogado bastante bem e depois tinha desmaiado. Se quisessem, eu podia tirar-lhe a vida, para não causar mais problemas!
POV Melinda Courtney
Quando cheguei a casa, o cheiro a lasanha era iminente. Nunca pensei que a minha sobrinha soubesse cozinhar.
-Olá tia! - exclamou ela e deu-me um abraço. - Supus que estivesses muito cansada para cozinhar, por isso, fiz lasanha. Espero que gostes!
A mesa já estava posta e a lasanha tinha acabado de sair do forno. Comemos calmamente e depois fomos ver um pouco de televisão.
-Como foi o trabalho? - perguntou ela.
-Normal. Mas a xerife disse-nos que houve mais dois desaparecidos.
-A sério?!
-Sim, mas ainda não queremos transmitir nada porque pode ser um falso alarme. De qualquer modo, temos que estar atentos.
-Claro que sim.
Fiquei um pouco mais, mas depois falei:
-Estou cansada. Importas-te que vá dormir?
-Claro que não, tia! Boa noite.
-Para ti também - falei, despedindo-me dela.
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