A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Today on A minha vida em Mystic Falls...
É um drama...
-Estou no meio de um drama familiar.
Muito difícil...
-Eu e o Matt beijámo-nos.
De se resolver...
-Não até me dizeres o que se passa! exclamou ele, e o seu rosto mudou para um estado de eloquência tal que eu me encolhi. Ele transformou-te, foi isso?
Quando há poderes descontrolados à mistura...
Aquilo já me começava a irritar e eu fitei-o, desejando que ele se afastasse. Ele tropeçou e caiu de cara no chão.



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Capítulo 32

POV Damon Salvatore

Eu não tive outra hipótese. Eu tive que atacar a tia dela, para ela não ser levada para longe de mim. Eu sabia que isso iria acontecer. Eu iria morrer e ela iria ser levada para um campo de concentração de ninfas ou coisa ainda pior! Não iria permitir que isso acontecesse.

Ao focar-se em drenar as energias de Demi, ela perdeu o controle que tinha colocado em mim, e por isso, fui capaz de a atacar. Eu sabia que em breve ela renasceria, porque ninfas nunca morrem nas mãos de seres sobrenaturais a não ser delas próprias, ou da morte que todos os humanos esperam.

Tirei-a dali. Acelerei o mais rápido que pude até casa, onde ela estaria salva e longe das confusões. Quer dizer, eu era a confusão, por minha causa é que ela está assim, mas longe da tia ela estaria melhor, eu sabia-o.

Entrei em casa com ela nos meus braços.

-O que lhe aconteceu? – indagou Stefan.

-Uma coisa que nem eu esperava – respondi e subi as escadas.

-O que lhe aconteceu, Damon?

Não estava disposto a responder, agora o importante era ela.

-Agora não, Stefan.

Só quero que ela acorde. Por incrível que pareça, e até para mim, que sou Damon Salvatore, eu chorava, esperando ela acordar.

-Por favor. Tu és mais forte. Acorda.

POV Elena Gilbert

Acordei com um beijo de Stefan.

-Bom dia – falei e retribuí o beijo.

-Bom dia – disse ele, com os lábios ainda colados nos meus. – Preciso da tua ajuda.

-No que quiseres, desde que eu acorde assim.

-É a Demi.

Levantei-me logo e vi Damon sentado na ponta da cama a olhar para nós, com os olhos muito brilhantes como se tivesse estado a chorar.

-Damon! – exclamei e tapei-me com o lençol.

-Não sejas assim, Elena. É importante.

-O que é?

-Primeiro de tudo, preciso da tua roupa emprestada.

-Porquê? – indaguei, pensando no que ele faria com elas.

-É para a Demi. Tão cedo não posso entrar lá em casa, ou corro o risco de levar com uma estaca, o que não me apetece nada, já que o meu humor diminuiu tragicamente quando acordei e quase levava com uma.

-O quê? Como? – perguntei, chocada com a informação, que ainda tentava processar.

-Isso agora não interessa. O que interessa é que preciso da tua roupa para a Demi.

-Elas não servem. Ela é um número acima do meu – falei. Ela tinha tentado entrar na minha roupa na noite anterior, mas não conseguiu. Só depois percebemos que os números eram diferentes.

-Ainda bem. Também, és um bocado sem curvas.

-Ei! – gritou Stefan, batendo-lhe na nuca. – Estás a falar da minha namorada.

-Tanto faz. Eu arranjo-me sozinho.

Ele estava a falar da Demi, e eu percebia muito bem que ele gostava mesmo dela.

-Não – disse aos dois. – Eu vou a casa dela e vou buscar-lhe as roupas. Posso saber o que aconteceu?

-Não há tempo – falou Damon. – Temos muito que fazer. E tu também podias fazer mais um favor: tenta encontrar o diário do teu ancestral, Jonhthan Gilbert.

-Tudo bem – falei.

-Não precisas de o fazer – disse Stefan, olhando-me com aqueles olhos verdes musgo, que eu amava tanto.

-Tudo bem, eu faço – afirmei e deitei a cabeça na almofada. Hoje o meu dia iria ser muito atarefado.

POV Demi Adams

Eu sentia-me fraca, como se tivesse corrido a maratona. Algumas imagens vieram-me à cabeça, mas eu afastei-as porque eram demasiado fortes e chocantes.

-Demi!

Abri os olhos e deparei-me com aquele azul céu brilhante, que eu tanto amava. O meu céu privado.

-Damon – falei e abracei-o, tentando apagar aquelas imagens horríveis da minha mente. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto e vi que Elena e Stefan estavam na ombreira da porta, a olharem para nós.

-Temos companhia – sussurrei no seu ouvido. – Manda-os embora.

-Elena deixa as roupas aí. Vão para a escola. Tirem os apontamentos e depois dêem-lhe.

-Eu preciso de falar com a Demi – falou Elena determinada e eu escondi a minha cara no ombro de Damon.

-Podemos falar depois? – indaguei, tentando manter o tom de voz estável.

-Demi, é importante. Para os dois.

Damon respirou fundo e largou o ar. Pegou no meu rosto com ambas as mãos e com os polegares limpou-me as lágrimas.

-Já descemos – falou ele, sem desviar os seus olhos dos meus.

Minutos se passaram e ficámos na mesma posição.

-Tive tanto medo de te perder – murmurou ele.

-Aquilo foi real? – perguntei no mesmo tom de voz. Acenou com a cabeça.

-OMG – falei e as lágrimas saltaram dos meus olhos, sem me deixarem controlá-las.

-Ei, eu estou aqui. Jamais te deixaria acontecer alguma.

Acenei com a cabeça, confiando nas suas palavras.

-Não te preocupes. Tudo se vai resolver.

Voltei a acenar e peguei nas suas mãos, afastando-as do meu rosto, limpando-o com a manga da minha camisola e tentando controlar-me com as lágrimas que ameaçavam cair.

-A Elena precisa de falar connosco.

-Eu posso ir lá – houve uma grande hesitação da parte dele, e os seus olhos demonstravam uma luta interior. – Hoje devias de ficar cá a descansar.

-Não – disse rapidamente. – Eu tenho que seguir com a minha vida.

-Se assim o dizes – falou ele e levantou-se, estendendo-me a mão. Peguei nela e levantei-me. – Eu vou sempre apoiar-te.

Beijou-me a testa, mas eu precisava de mais naquele momento. Toquei numa das suas faces com a minha mão e aproximei-o de mim. Colei os meus lábios aos seus e pedi passagem com a minha língua, que ele deu sem hesitação alguma.

O beijo começou a aquecer o momento, mas não podíamos e ele afastou-se.

-Mais tarde.

-Mais tarde, então – anui.

Descemos as escadas de mãos dadas.

POV Melinda Courtney

Acordei com uma dor de cabeça enorme e a ferida no mesmo pescoço doía imenso. Ele tinha cravado bem aquelas presas do demónio.

Fui à casa de banho e limpei a ferida. Coloquei um penso e disfarcei com um lenço.

Bateram à porta e eu fui atender. Era Elena, sobrinha de Jenna.

-Olá Elena! – exclamei. – A Demi já saiu.

-Sim, eu sei – falou ela. – Ele pediu-me umas coisas, posso entrar?

Dei-lhe passagem e ela entrou. Ao menos, ainda não era vampira. Eu já tinha juntado as peças: Damon era vampiro, logo, Stefan também era e namorava com Elena. Ela podia ser, mas felizmente, ainda não era.

-Como é que ela está? – indaguei. Eu sabia onde é que ela estava, não tinha dúvidas algumas disso.

-Está a descansar – respondeu ela. – Posso?

-Elena, eu não sei como é que tu aceitas aquilo, nem como ela aceita. Por isso, eu quero pedir-te um favor.

-Estou a ouvir – falou ela, atenta.

-Não sei o que a tua tia pode pensar, mas podemos encontrar uma desculpa… eu queria que a Demi ficasse uns tempos na tua casa, se fosse possível.

Ela acenou com a cabeça.

-Vou ver o que posso fazer – prometeu ela.

-Obrigada Elena. Ainda hoje passo lá por casa, a pedir à Jenna.

-Claro. Posso? – perguntou ela, apontando para as escadas.

A muito contragosto, acenei com a cabeça e segui-a até ao quarto. Vi-a a arrumar as coisas dela, o que ela gostava e quando Elena já estava prestes a partir, tirei a caixa que estava aos pés da cama e entreguei a Elena.

-Por favor, leva-lhe isto.

-Claro que sim – falou Elena e foi para a casa dos Salvatore.

POV Demi Adams

Eu e Elena estávamos no carro dela, a irmos para a escola. Stefan ia no banco de trás, a teclar no telemóvel alguma coisa. Jeremy ia ao lado dele, também a teclar alguma coisa.

Bufei irritada com a situação monótona. Eu tinha muito que fazer, mas muito pouco tempo para o fazer.

-O que foi? – indagou Elena.

-Tenho muita coisa para fazer, e pouco tempo para a concretizar – resmunguei.

Elena riu.

-Tens que ter mais calma.

-Não é para te rires! – exclamei irritada. – Estou no meio de um drama familiar.

-Eu sei, eu sei! – disse ela e depois retirou o sorriso da cara. – Eu também já passei por isso.

-Oh, por favor! – falou Jeremy. – Não precisamos de falar nisso.

-Foca-te na música, Jer – mandou Elena e estacionou o carro.

Saímos e seguimos para os cacifos. Caroline interpelou-nos.

-Ei! – exclamou ela. – Portanto, tenho novidades para vocês!

-Fala, Caroline – disse Elena e abriu o cacifo dela.

-Eu e o Matt beijámo-nos.

Eu e Elena olhámos uma para a outra e olhámos para Caroline.

-Então? O que acham?

-Aaaaaa… bem, eu acho – gaguejou Elena.

-Sim, eu também – falei com indiferença.

-Há mais. Bonnie arranjou um encontro para hoje.

-Isso é bom – disse mais animada. Bonnie era uma bruxa, eu e Elena sabíamos disso, só Caroline é que não.

-É pois! Assim, já podemos sair os seis juntos. Triplo encontro.

Arqueei as sobrancelhas. Ela estava a pensar no quê?

-O que foi? Não olhes assim para mim! Lá em NY deviam de fazer menáge…

-OK, pára! – exclamei, impedindo-a de dizer alguma asneira que depois ela se arrependesse. O toque soou. – Falamos mais tarde.

Dirigi-me para a minha aula de Sociologia, mas fui puxada para uma casa de banho.

-Riley! – exclamei, quando vi os seus olhos furiosos a olharem para mim.

-Podes explicar-me como fizeste aquilo ontem?

-Riley, a sério, quero ter a minha aula de Sociologia. Não estou com paciência para matar a aula.

-Não até me dizeres o que se passa! – exclamou ele, e o seu rosto mudou para um estado de eloquência tal que eu me encolhi. – Ele transformou-te, foi isso?

-Estás parvo ou quê? Claro que não! – falei rapidamente. Vi uma brecha aberta que me podia levar até à porta. – Tchau Riley.

Esgueirei-me rapidamente e corri até à aula. Respirei fundo e entrei na aula. O professor olhou-me feio mas eu fugi para o fim da sala onde havia um lugar vago e sentei-me. Passei a aula toda desenhando no meu caderno e quando tocou saltei assustada. Saí e fui lá para fora, onde eu sabia que Elena estaria com Stefan.

-Agora não me escapas – ouvi Riley atrás de mim e prensou-me contra uma parede.

-Vai Riley! – gritou um dos rapazes da equipa de râguebi. Olhei para ele e fitei Riley furiosa.

-Muito obrigada! – exclamei e tirei a mão dele do meu ombro.

-O que aconteceu? Preciso de respostas!

-Não as vais ter. E sabes porquê? Porque nem eu sei!

-Os teus olhos…

-Parabéns… - falei e baixei os olhos, tentando respirar fundo e controlar-me. Antes de sair de casa, Damon disse-me que para me controlar tenho que ter atenção na respiração. Foquei-me em inspirar e expirar e estava a resultar.

-O que…

-Adeus Riley – falei e corri até ás mesas do exterior.

Dei um encontrão em alguém, fazendo os meus livros e dossiê voarem diretamente para o chão.

-Fantástico… - resmunguei.

-Desculpe, menina Adams.

Baixei-me para apanhar os meus livros e quando me voltei a colocar de pé, percebi que era o meu professor de História.

-Não faz mal – disse rapidamente e ele entregou-me os livros de Geografia e Inglês.

-Vemo-nos na aula.

Fui até Elena que estava com Stefan e Bonnie. Da Caroline e do Matt ninguém sabia.

-Então? Do que estão a falar?

-Do que a Bonnie há-de levar para o encontro de Karaoke – respondeu Elena e sorriu para Bonnie.

-Não leves nada extravagante. Não sabes se ele é um parvo ou não – aconselhei e sentei-me ao lado dela.

-Ah, não. Eu e Elena estamos a discutir uns pormenores mais…

-Da parte de cima – concluiu Elena. – Eu acho que ela deve levar um decote em V.

-Leva o que te sentires mais confortável – falei e olhei para Elena. – Se ela não quiser levar decote em V, não leva. Afinal, é só um encontro.

-É o primeiro encontro. É especial – teimou Elena e eu revirei os olhos. O meu iPod tocou e eu atendi.

-Sim?

-Damon Salvatore daqui. Tudo bem?

-Tudo.

-Tens mesmo a certeza?

-Damon, ainda só tive uma aula. Tem calma!

-E a missão de encontrar o diário do ancestral de Elena?

-Damon, estamos na escola – falei e depois falei ironicamente: - Achas que o Jonhnathan Gilbert escondeu o seu diário numa escola de adolescentes? Hum, assustador.

-Haha, muito espertinha. Lembra-lhes que estamos nisto juntos. É a única maneira de manter os outros vampiros dentro do túmulo.

-Nós sabemos Damon. Tchau.

-Oi gata.

Desliguei o telemóvel logo, rezando para o Damon não ter ouvido aquela frase. Olhei para trás e era Tyler Lockwood, que agora recordando-me melhor, foi o que incentivou o Riley a fazer qualquer coisa que lhe estava a passar pela cabeça.

-Olá. Conheço-te?

-Não, mas podias ficar a conhecer.

-Não estou interessada, obrigada. Já sou comprometida.

-A sério? Não vejo anel de compromisso.

-Ela anda com o Damon, Tyler – respondeu Elena, muito calma.

-Ah, o irmão do novato – disse Tyler olhando para Stefan com fúria controlada.

-Isso mesmo – disse Stefan e sorriu.

Tyler voltou-se para mim e fez um esgar. Foi embora com os amiguinhos dele.

-É só mais um parvo da escola – falou Bonnie e a campainha tocou.

Agora ia ter Filosofia sem ninguém que eu conhecesse.

Sentei-me mais ou menos a meio da sala e tirei uma folha do meu dossiê.

-O mundo é mesmo pequeno.

Olhei para o lado, verificando que era Tyler. Ele não estava propriamente a olhar mim, estava mais interessado até onde é que os calções iam. Eu sei, fui um pouco extravagante para as aulas, mas também não ia nada de especial. Tinha só uns calções e uma camisola azul escura de manga comprida, que não era muito quente para a altura. Tinha uns ténis bota All Star azul claros, um chapéu preto que me ficava muito giro porque hoje o meu cabelo estava ondulado e algumas coisas a mais como pulseiras cor de rosa, eyeliner preto e óculos de sol, que tinha tirado porque não havia sol nas aulas (Look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=38546782)

-É mesmo – falei azeda e o professor entrou.

Tentei a aula toda prestar atenção ao que o professor dizia, mas Tyler estava sempre a olhar para mim e senti-me completamente a ser comida pelos olhos. O meu telemóvel vibrou e era uma mensagem.

De: Damon

Para: Demi

Mensagem: Vou buscar-te. Bjs

Olhei para o lado e Tyler estava a tentar ver o que era. Guardei o telemóvel logo na mala e fixei o professor. Quando finalmente tocou, parecia que tinha acabado de correr a maratona. Corri até Elena e fiquei com ela o intervalo todo.

-O que foi? – inquiriu ela preocupada.

-Tyler Lockwood nasceu.

Bonnie apareceu com Caroline e Matt.

Caroline riu e Matt disse:

-O Tyler é assim, não ligues.

-Eu espero é que ele não ligue para mim! – exclamei e vi pelo canto do olho ele a vir para cá.

Aquilo já me começava a irritar e eu fitei-o, desejando que ele se afastasse. Ele tropeçou e caiu de cara no chão.

-My God – suspirou Bonnie. – Os teus olhos…

-É, eu sei.

Baixei os olhos e tentei acalmar-me, mas tudo ficou mais intensificado: os sons, os cheiros, o tato.

-Tenho que ir – falei baixinho para Bonnie e telefonei a Damon. – Vem buscar-me.

Ele não hesitou.

-Estou aí o mais rápido possível.

Eles ficaram ali, a rirem da cara de Tyler e eu só olhava para trás, esperando ver o carro de Damon, que apareceu quando soou o toque.

-Até amanhã – disse-lhes sem os fitar e corri até ao carro.

-O que aconteceu? – inquiriu ele.

-Só conduz.

-Alguém tentou…

-Damon! – exclamei e senti o vento a aumentar. Aquilo estava a ficar descontrolado, mas porquê?

POV Damon Salvatore

Levei-a para minha casa. Ela correu para o quarto de hóspedes onde as coisas dela tinham ficado. Abriu a caixa que continha lá alguma informação sobre o que ela era. Abriu um livro e ficou sentada na cama a ler aquilo atentamente.

-Queres almoçar?

-Não tenho fome – disse ela, absorta naquilo que ela estava ler.

-Mais logo vou jantar a casa da Elena. Vens?

-Sim, vou – respondeu ela mecanicamente.

-Alguma coisa importante?

-Preocupante, na verdade. Aqui diz que um ano antes dos 17 começa-se a ter perceção de alguns poderes. A partir dos 17 começamos a arranjar sarilhos e aos 18 somos ninfas completas. Não estou a gostar muito. No entanto há… uma erva… Beladona.

-Beladona? Tens a certeza? – inquiri, tentando ter a certeza. Beladona era uma erva muito perigosa, pode ser fatal para um ser humano.

-Sim, está aqui. Parece que tenho que tomar para desacelerar o processo.

-Não sei não, Demi – disse-lhe. – É uma erva muito perigosa. Pode matar.

-Eu não sou humana, Damon.

-O teu coração bate. És humana.

-Damon, eu quero experimentar.

Música: http://www.youtube.com/watch?v=Db8jHZKeQeQ&feature=related

Eu tinha que dissuadi-la de alguma forma. Peguei no seu rosto com as duas mãos e fixei-a.

-Tens que aceitar quem és, Demi. Eu aceito-te tal e qual como tu és. Eu sei que não sou perfeito, mas tu estás aqui, ao meu lado, e és a prova em como que com os nossos maiores defeitos, somos amados. Eu amo-te e não quero que mudes. Estás confusa, e pensas que eu não estive quando me apercebi o que era? Eu estarei aqui ao teu lado para te apoiar, mas primeiro tenho que te preservar. Não quero te tomes aquela erva. Pode ter danos irreversíveis.

-Pelo que eu percebi é uma espécie de verbena.

-Ainda pior – falei. – Verbena enfraquece qualquer vampiro. Fico imobilizado. Não me mexo. Pára a minha circulação. Deixa-me indefeso.

-Então… o que eu faço?

-Confia em mim.

-Tenho medo.

Abracei-a e encostei-a ao meu peito.

-O que aconteceu?

-Hoje descontrolei-me várias vezes na escola. Uma delas foi pior… Tyler Lockwood caiu no chão quando eu desejei que ele não me viesse chatear.

-Tyler Lockwood chateou-te hoje?

-Sim, mas… o Riley viu os meus olhos e eu ainda não me esqueci de ontem. E se toda a vez que eu me descontrolar, alguém se magoar?

-Eu estou aqui. Tens que ter mais autocontrole.

Aconcheguei-a mais a mim quando percebi que estava a chorar.

-E a minha tia?

-Ela ainda não apareceu. Mas não deve demorar muito.

Ela respirou fundo e olhou-me.

-O que eu faço?

-Em relação a quê?

-Em relação a tudo.

Deitou-se na cama e colocou as mãos na testa. Fiquei a vê-la.

-Nunca pensei que pudesse mudar tanto. Em NY era tudo melhor… Tinha amigos, tinha uma vida, tinha pais, tinha irmão, tinha uma família.

-E continuas a ter.

-Estás a falar da minha tia? Não. Eu conheço-a, mas não é a mesma coisa.

Deitei-me ao seu lado, e vi a confusão nos seus olhos.

-Sinto-me estranha.

-Como assim?

-Tudo intensificado. Consigo ouvir o pássaro a comer na árvore e nem sequer estou a olhar para lá.

Levantei-me e olhei para a janela. Era verdade. Estava um pássaro na árvore, a pegar numa aranha e a comê-la.

Peguei nas suas mãos e levantei-a da cama.

-Acho que tens que perceber uma coisa: tu tens que me contar tudo. Não quero que tenhas segredos comigo. Eu vou tentar ajudar-te em tudo o que eu puder.

Ela sorriu por entre as lágrimas e aquilo foi um reconforto para mim.

-Prometo.

-Ótimo. Agora, vamos pegar nas tuas coisas e vamos para casa da Jenna.

-Quero ficar aqui.

-Para o teu próprio bem e para a minha própria vida, convém que vás para casa da Jenna. De qualquer das formas, eu já fui convidado, por isso, nada me impede de passar por lá… de vez em quando… - peguei na sua cintura e encostei-a a mim. – À noite… quando todos estiverem a dormir.

-Parece-me ótimo.

Beijámo-nos e ficámos deitados na cama o resto da tarde, ela a ler informações e eu atento a tudo o que ela dizia que podia ser considerado relevante.

Ás sete, ela foi mudar de roupa e eu também. Arrumámos numa mala algumas coisas para ela levar para casa de Jenna, tia de Elena, e arrumámos no roupeiro do quarto de hóspedes o resto das coisas dela, já que ela iria passar aqui muitas noites.

Look da Demi: http://www.polyvore.com/blue_red_classic/set?id=38550213

-Estou pronta – disse ela e saímos os dois. Elena já estava lá em casa e Stefan estava algures não sei onde.

-Olá Demi – falou Jenna quando abriu a porta, abraçando-a. – Bem vinda.

-Obrigada Jenna. Espero não incomodar muito.

-Não vais incomodar – sorriu Jenna e chamou: - Elena! A Demi já chegou. Entrem!

Entrámos e ficámos à espera da Elena descer as escadas.


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Notas finais do capítulo

Desculpem não ter postado ontem, mas cansaço a mais resulta em esquecimentos. Sorry =(
Esta fanfic vai entrar em HIATUS hoje, e volta só no dia 3 de janeiro.
Mas, como eu sou muito boa pessoa, deixo-vos aqui um pequeno trailer do que vai acontecer...
Next Year (3 de janeiro)...
Foram 3 raptos...
-O que raio?
-Bem caladinha ouvi uma voz feminina dizer e depois apaguei.
Uma chantagista...
-Anna
Dois que procuram...
-Oh falei, tapando a garrafa imediatamente. Então temos que encontrá-las.
-Damon, estou a falar a sério!
-Eu também!
E um plano...
-Ela quer o livro.
-Ah, olha a novidade!
-Combinei que irias ao centro da cidade falar com ela.
-Lá estarei.
-Damon não faças nada disparatado. Estamos a falar da Elena.
-Também estamos a falar da Demi.
Para impedir o que acabará por se realizar...
-Vó? Avó? Avó, acorda! exclamou Bonnie, abanando o corpo dela. Não, avó! Avó acorda!
-Não! Eu consigo arranjar isto! Eu consigo!
-Bonnie- disse e olhei para Elena, pedindo ajuda.
-Não! Eu consigo!
-Bonnie! exclamou Elena e abraçámos uma Bonnie que estava lavada em lágrimas pela perda da sua avó.
Até para o ano!
Bjs



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