A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 3
Capítulo 3




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Capítulo 3

POV Demi Adams

Quando aterrámos no aeroporto ainda tivemos que apanhar um comboio e depois um táxi até Mystic Falls. A casa da tia Melinda era acolhedora. Uma vivenda rústica, com um relvado lindo, um portão forjado e tinha uma piscina. A casa tinha alguns retoques num bege meio amarelado: http://www.forodefotos.com/attachments/casas-rurales/11961d1275874313-imagenes-casas-rusticas-imagenes_casas_rusticas.jpg (N/A: imaginem que tem uma varanda no 1º andar).

-Uau! – exclamei completamente hipnotizada pela casa da tia.

-É linda não é? Demorou algum tempo a ser restaurada, mas ficou linda – disse ela, com orgulho. – Anda, vem ver por dentro.

A casa era linda por dentro. Tinha um toque rústico e moderno ao mesmo tempo. O meu quarto era assim:

http://3.bp.blogspot.com/_n2wFG5CzatU/TIU2Bs819kI/AAAAAAAAAKU/aQ6O7S_WPRc/s1600/quarto-de-casal-rustico.jpg

-Tia, o quarto é lindo.

-Ainda bem que gostas.

-O quarto é tão bonito! – exclamei mais uma vez. A sério, aquele quarto era o quarto de sonho!

-Bem, vou deixar-te em paz, está bem? Tens coisas para arrumar e eu também. Tenho que ir buscar o Buddy a casa da Jenna. Até já, Demi.

-Até já, tia.

Arrumei as minhas coisas rapidamente, e desci as escadas para ir apanhar um pouco de ar fresco. Deitei-me na relva e fiquei a ver o céu que estava azul, apenas com uns pequenos rasgos de branco. Alguns pássaros sobrevoavam o céu. Fiquei encantada com a calma que aquele lugar transmitia. No entanto, naquela altura do campeonato, não era muito bom estar sozinha, por isso, comecei a recordar-me da minha família. Da minha mãe, do meu pai e do meu irmão. Eu amava-os a todos. Como é que foi possível eu perdê-los a todos ao mesmo tempo?

-Onde estão? – perguntei para o nada. – Sinto tanto a vossa falta.

Não obtive qualquer resposta. Fechei os olhos e acabei por adormecer.

Quando acordei, estava gelada. Já tinha anoitecido e as luzes de casa ainda não estavam acesas.

-Bolas! – exclamei. Abri o roupeiro e vesti um casaco. Liguei a TV e fiquei há espera que a minha tia chegasse. Felizmente, não demorou muito.

-Desculpa a demora, mas a Jenna quis-me por a parte de tudo – disse a tia tirando a coleira ao Buddy. – Buddy, esta é a Demi, Demi, este é o Buddy.

O cão era um pastor alemão, todo fofinho (http://3.bp.blogspot.com/_7YxbfXuZenA/TMmuBn_c8TI/AAAAAAAAAY0/NnlS0f4I480/s1600/Pastor-Alemao-.jpg). Tinha umas orelhas muito pontiagudas, super fofinhas, o seu focinho era fofo e o pêlo era super macio.

-Olá Buddy! – cumprimentei-o e ele começou logo a abanar a cauda. Foi até mim e saltou para o sofá, sentando-se e olhando para mim com os olhinhos a brilhar. Que coisa fofa!

-Gostou de ti – afirmou a tia.

-E eu dele.

-Vou preparar algo para jantarmos. Que queres que faça?

-Que tal uma salada? – sugeri. – É rápida e pouco calórica.

-OK. Então vou fazer.

Jantámos e depois ficámos a ver um filme qualquer que estava a passar na TV.

-Amanhã temos que ir há escola tratar da tua inscrição.

-Sim, está bem – concordei e levantei-me, preparando-me para ir para o meu quarto. – Até amanhã, tia.

-Até amanhã.

Tomei um banho, sequei o cabelo rapidamente e deitei-me.

Abri a gaveta que estava ao lado da cama e tirei o meu diário. Peguei uma caneta e comecei a escrever.

Querido diário,

Acabei de chegar a Mystic Falls. Até agora tudo bem, mas ainda sinto a falta dos meus pais e do meu irmão. Provavelmente, agora estaríamos a jogar Scrabble como fazíamos todas as quintas-feiras. Eu e o meu irmão estaríamos a discutir e a negociar letras. Os meus pais estariam a rir-se de nós. Comeríamos pipocas e veríamos uma comédia romântica com fantásticos actores.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e eu comecei a soluçar, mas continuei a escrever o meu diário:

Custa-me não os ter ao meu lado. Queria que eles soubessem que os amo muito, e que faria de tudo para os ter outra vez ao meu lado. A tia Melinda é maravilhosa, mas eles eram a minha família.

Fechei o diário e guardei-o. Sabiam que o meu diário não tem chave? Porque estou sempre a perder a chave, por isso, este agora não tem.

Fechei a luz e fiquei a olhar o luar lá fora. Era uma imagem acolhedora aquela. Pela primeira vez desde a morte da minha família, eu não tive pesadelos.

Acordei, vesti-me rapidamente, penteei o meu cabelo e desci as escadas.

-Bom dia, Demi! – cumprimentou a minha tia.

-Bom dia, tia.

-Estou a fazer panquecas. Espero que gostes!

-Adoro!

Buddy estava ao lado da minha tia, mas veio dar-me os bons dias.

-Bom dia, Buddy!  - virei-me para a minha tia. – Precisas de ajuda?

-Podes por a mesa?

-Claro que sim!

Ela deu-me as indicações sobre onde estava a toalha da mesa, os talheres e outras coisas e depois tomámos o pequeno-almoço juntas.

Fui até há minha casa de banho (o meu quarto tinha uma) para lavar os dentes e pegar um casaco leve e voltei para o andar de baixo.

-Vamos andando?

-Sim.

Fomos até lá fora e entrámos no carro dela. O caminho até há escola foi calmo.

-As aulas começam já a semana que vem.

-Eu sei. Era o mesmo lá em NY.

Saímos do carro e eu fiquei há porta da secretaria enquanto a tia Melinda tratava das coisas no gabinete do Conselho Executivo.

Uma coisa muito estranha aconteceu/apareceu: um corvo. Mas aquele corvo… parecia especial! Os olhos dele pareciam humanos e sábios. Ele olhou para mim curioso, depois, grasnou (ou qualquer coisa parecida).

-OK… - disse meio receosa. Depois pensei: será que faz mal falar com um animal? Acho que não. – Olá pássaro.

Ele inclinou a cabeça e depois voltou a grasnar de uma maneira estridente. Assustei-me com aquilo e fiz uma cara desagradada. O pássaro levantou voo e desapareceu da minha vista. Mas que encontro tão arrepiante.

A tia Melinda saiu de lá com alguns livros e eu fui ajudá-la.

-Obrigada, Demi.

-De nada, tia.

Fomos para o carro e ela começou a falar:

-Já tratei de tudo e podes começar as aulas na segunda-feira, mesmo no dia do início delas. Perfeito! Queres ir tratar do material escolar agora ou amanhã?

-Pode ser hoje, já que estamos na rua – respondi.

-OK, então vamos até há papelaria.

Comprámos um dossiê, canetas, lapiseira, minas, folhas, separadores para o dossiê e papel para forrarmos os livros.

Depois quando voltámos para casa, almoçámos uma coisa rápida e eu passei o resto da tarde a falar com a Sarah pelo MSN. OMG, ela já morria de saudades minhas. Ela estava super entusiasmada com o início de aulas e prometeu que me enviava uma caixa cheia de cupcakes (o meu vício). Que saudades de NY!

Ao jantar também foi rápido e depois ficámos com o Buddy a ver American Idol.

Quando fui para a cama, voltei a pegar no meu diário.

Querido diário,

Hoje, eu e a tia Melinda fomos tratar das coisas da escola. E sabes uma coisa: conheci um pássaro. Eu sei, soa estranho, mas o pássaro parecia humano, sei lá! Tinha olhos de humano!

Amanhã é fim-de-semana e eu ainda não sei o que hei-de fazer; talvez forre os livros.

Voltei a guardar o meu diário e fechei a luz. Voltei a contemplar a lua, mas algo me surpreendeu: o pássaro. Sentei-me na cama e fixei-o. Os seus olhos também me fixavam e eu cada vez ficava mais hipnotizada por ele. Levantei-me da cama, peguei no roupão e abri a janela que dava para a varanda. O pássaro continuava no parapeito a olhar-me atentamente. Pousei os braços ao lado dele.

-Olá outra vez.

Ele virou-se para mim, fitando-me atentamente.

-Onde está a tua família? – perguntei-lhe. – Sabes, eu já não a tenho, por isso, dou-te um conselho: se tens, passa o tempo todo que puderes com ela, e nunca desperdices um segundo.

O pássaro voltou a inclinar a cabeça.

-Por favor, não grasnes! – exclamei num sussurro. – Acho que não queres acordar a vizinhança toda.

O pássaro voou para longe e eu sussurrei:

-Aproveita o tempo com a tua família. São o bem mais precioso que tens.

Uma lágrima escorreu do meu rosto e eu recolhi-me para dentro, fechando os estores (coisa que eu normalmente nunca fazia) e deitando-me na cama. Adormeci instantaneamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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