Meu Querido Cunhado escrita por Janine Moraes


Capítulo 27
Capítulo 27 - Confronto


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo tem fight! KKMe desculpem por não responder os reviews. Eu amo todos todos todos todos. E vou respondê-los. Sério. /meiga



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Cheguei em casa irritada. Totalmente raivosa por causa do súbito ataque bipolar de Ceci. Ela era absolutamente inacreditável, impossível, doida e hipócrita. Estava irritada com Alexandre também. Os dois definitivamente se mereciam. Passei pela sala escura, acendendo a luz. A casa estava vazia. Provavelmente minha mãe saíra com Karol.

Fui para a cozinha, eu tendia a ficar com fome quando estava irritada. Abri a geladeira, ainda não acreditando no absurdo de toda a situação. Ainda não acreditando na desconfiança de Ceci, que estava meio certa, mas ainda assim precipitada e estranha. Uma hora ela queria que fôssemos amigos e no outro estava me acusando de roubar seu namorado? Pelo amor de Deus! É simplesmente demais para a minha cabeça.

Peguei um pedaço de pizza que havia sobrado da noite anterior e coloquei no prato, e depois no micro-ondas. Vendo o prato girar, enquanto minha cabeça girava também. O sangue martelando com força nos meus tímpanos. Sentei-me à mesa, sem me importar com cadeiras. Mordiscando a pizza de leve. Era como se tudo fosse feito para dar errado comigo. Como se eu fosse algum tipo de imã para tragédias adolescentes. Eu mal podia esperar para ‘crescer’. Tudo tem que melhorar quando se é adulto. Embora ser adolescente tenha suas vantagens. Como matar sem pegar prisão, só detenção.

Me assustei com meus pensamentos absurdos e completamente insanos. Terminei de comer, ainda ruminando as palavras de Ceci e também de Igor. Porque não existia um botãozinho que nos fazia desapaixonar? Seria tão mais fácil, tão mais simples. Pouparia lágrimas, dores e ataduras imaginárias. Não existiria tanta gente rancorosa ou desesperançada. Não existiriam tantas lembranças que assombram qualquer um. Um botão de se desapaixonar com certeza é um bom negócio.


Levei meu prato para a pia, já me preparando para lavar. Então ouvi a porta da sala fechar-se com força. Larguei o prato na pia e me virando para a entrada na cozinha. Ceci estava parada, arfando. A maquiagem borrada e a expressão meio insana. Droga... droga... Eu conhecia aquele olhar, conhecia aquela boca raivosa e aquelas mãos em punhos. Ela estava mais do que aborrecida, ela estava magoada e enfurecida. Eu conhecia bem Ceci o suficiente para saber o que realmente tinha acontecido. Ela tinha terminado com Igor. Pior... Ele tinha terminado com ela.

– Eu. Te. Odeio. – Ela murmurou entre dentes. – Como pode fazer isso comigo?

– Como?

– Ele é o meu namorado!! Não o seu. Não podia ter feito isso. Porque não me contou o que estava acontecendo?

– Ceci, não estou entendendo. – Na verdade, eu estava entendendo muito bem. Mas eu queria fugir dessa situação. Era pedir demais ir embora e deixar de brigar? Mas Ceci estava disposta a discutir, dava pra ver isso nos seus olhos vermelhos.

– Ele me contou tudo!

– Tudo?

– Sim! Me contou que vocês estiveram juntos nas férias passadas. Contou que você terminou com ele.  E depois ele... Ele... Ele terminou comigo. Por sua causa! – Ela estava gritando, prendi a respiração, raivosa. – Tudo você, Malu! Sempre você! Porque você teve que estragar tudo que parecia bom pra mim? Você é uma praga!

– Pare de falar assim comigo, sua insensível!

– Insensível? Eu? Insensível?

– Sim. Insensível, egoísta, imatura, infantil. – acusei. – É isso que você é. Uma criança mimada, que não aguenta perder as coisas.

– E você é invejosa! Roubou meu namorado!

– Roubei seu namorado? Pelo amor de Deus! Ele foi meu namorado muito antes de ser seu! Ele foi meu muito antes de ter sido seu. Se é que ele foi seu algum dia! Você fala de mim, mas como você disse, ele terminou com você. A culpa não foi minha, foi sua! Não conseguiu segurar o homem e ele quis voltar pra mim. – calei a boca, percebendo as palavras cruéis. Mas eu estava irritada demais. Estava estressada demais, cansada e irritada. Estava indignada e sendo absolutamente egoísta,  eu queria que ela sentisse tanta dor quanto eu.

Antes que eu pudesse perceber Ceci estava vindo pra cima de mim. Suas mãos procurando meus cabelos. Chutei sua canela, fazendo com que ela caísse de joelhos, mas me puxasse para baixo. Caindo com estrondo no chão. Empurramos a mesa no atrito e as cadeiras viraram. Depositei toda a minha fúria em minhas mãos e eu a sentia arranhando meu rosto. Eu fazia pior. Tentando me defender.


Nossos gritos eram audíveis e eu sentia o meu couro cabeludo doer. Então senti um par de braços me puxando pra longe do cabelo de Ceci. Senti os fios de seu cabelo na minha mão. Ouvi as vozes de minha mãe, Alexandre e Karol.

Me desvencilhei dos braços de Alexandre. Vendo meus danos. Podia sentir meu couro cabeludo arder e meu rosto também. Meus braços pulsavam e eu sentia uma dor na canela um tanto desagradável. Eu arfava, cansada pela pequena luta. Ceci estava tão ruim quanto eu. Encolhida em um canto. Minha mãe no canto e Karol assustada perto dela. A cozinha ficou em um silêncio absoluto. Só se ouvia as nossas vozes.

– Não gosto quando vocês brigam. – olhamos para Karol. Imaginei vê-la chorando, mas ela estava de braços cruzados. – Briga de menina é chata. Vocês são umas molengas.

Então ela se virou e foi para a sala. Pude ouvir a TV da sala sendo ligada, e as vozes de desenho começar. Revirei os olhos. Tinha que ser Karol... Olhei para minha mãe. Ela estava com aquela cara irritada, cara de quem ia nos dar uma baita bronca. Quis fugir:

– O que diabos está acontecendo aqui? – joguei meu cabelo para trás, suspirando.

– A culpa é dela! – Ceci explodiu novamente. Agora chorava, os soluços a sacudindo. E a deixando com uma voz embargada.

– Pare de dizer que a culpa é minha, caramba!

– Mas é sua culpa! Você é uma egoísta, que me odeia.

– E você, me ama? Me fez fazer um monte de sacrifícios. Me fez ficar perto dele quando eu não queria. Você faz alguma ideia de porque terminamos? Não! Você sabe por que eu odeio ele? Não. Sabe por que eu fugia dele? Não. Sabe por que eu sempre procurei me manter afastada de você e me irritava quando me pedia pra ficar perto dele? Não. Você sabe por que eu abominava essa amizade inútil que você quisesse que eu tivesse com ele? Não. Não. Não! VOCÊ NÃO SABE DE NADA! – gritei. – Só fica aí me julgando. Bravinha porque nada saiu do seu jeito. Ah, eu quero que você se exploda!

– Eu te odeio! Realmente te odeio!

– Ótimo, se você me odeia por causa de um garoto, se você prefere perder uma irmã por causa de um cara que te deu um pé na bunda. Já que você não tem amor próprio, nem senso de família, é bom mesmo você ficar me odiando. Porque a recíproca é totalmente verdadeira!

Saí da cozinha. Deixando eles para trás. Corri para o meu quarto, fechando a porta com estrondo. Senti uma dor começar no meu peito, me encolhi na porta, passando as mãos pelo cabeço e começando a chorar, sentindo tudo que eu tinha guardado explodir de uma vez em meu peito.



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Notas finais do capítulo

Eu sou cruel e faço a Malu sofrer. /choraQuem gosta de briga, além da escritora sádica que vos escreve?? õ/õ/õ/Acho que brigas deixam tudo mais emocionanete. É o único lugar onde me meto em brigas, escrevendo. Sou uma menina da paz, ou fracote, dependem de quem vê. Eu prefiro que me chamem de menina da paz que fracote, é menos ofensivo. E além do mais, chamar de fracote é bullying. ok, parei.Ah... Antes que eu esqueça. Essa fic não incentiva a violência contra irmãos. KK só avisando...Sério, eu to insuportável hoje. Ignorem minha tentativa de ser simpática. KK #internem-meAté breve, amorecos. Bjs Bjs