Game On escrita por leburberry


Capítulo 14
14) O beijo Frances.


Notas iniciais do capítulo

OOOI!Quem ai está a afim de me matar? >.< rsrs.Desculpem a demora!Essas ultimas semanas foram meio difíceis. Sei lá eu estava meio triste sem disposição/ criatividade/ nem animo. Eu tentei escrever antes, juro que tentei, mas eu só ficava encarando a página em branco e não me vinha nada na cabeça D:

Espero que gostem! ^-^



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03:00.

É hora que marca o relógio pendurado na parede no meu quarto. Deus, eu amo esse relógio! É aquele famoso relógio do gato Felix que balança o rabo e os olhos enquanto as horas passam, demorei séculos para conseguir um deles. Analisando agora ele, Percy tinha razão: é um tanto quanto assustador.

Me sinto num filme antigo olhando para ele, como se a qualquer hora na calada da noite um  assassino vai pular do nada com uma faca na mão e matar, e a platéia não vai ouvir som algum de socorro meu, apenas minha cara de horrorizada. Presa em um filme mudo, sem saída.

Enfim, por que estou falando disso? Ok. Ignore. Não faz o menor sentido.

Foco, Annabeth, foco.

Bom, todo aquele papo de ter adormecido?

Que nada. Apesar de ter fechado meu olhos, ainda não consegui pegar no sono.

E pelo jeito Percy também não. Sei disso porque senti ele prender a respiração quando sua perna encostou na minha a poucos minutos atrás. Estamos há horas nessa de brincar de estatuas. Ai, Merlin. Isso é ridículo! Eu sei que ele está acordado. E ele sabe que eu estou acordada. E não é como se essa fosse a primeira noite que dormimos lado a lado. Olho para ele e vejo ele rapidamente fechando os olhos para dar a impressão de que estava dormindo.

Dou um tapa na barriga dele.

-Ai!

-Da pra voce parar com isso? Eu sei que você está acordado. Seu nervosismo cada vez que voce enconsta em mim te denuncia.

Digo irritada.

-Voce também está.

Ah vá. Me recuso a comentar. Não consigo deixar de pensar se é a noite que tende a deixar certas pessoas mais estúpidas ou se elas que são realmente assim.

-...

-...

-Annie... eu estive pensando...

-oh! Você esteve pensando! Isso é o que chamo de novidade. – Digo hostilmente.

Sim. Minha grosseria é diretamente proporcional ao numero de horas que fico sem dormir.

-Cala a boca. – Ele ri um pouco.

-...

-...

ARRRGH!  QUAL É O PROBLEMA DESSE SER DIVINO DEITADO AO MEU LADO!? Ele sofre de amnésia ou o que?! Anda filho, diz o que tu tava pensando! Ah, vá pro inferno!

(Já mencionei meu fácil estresse a noite?)

Estou prestes a falar algo quando ele finalmente diz:

-Foge comigo.

Tusso. O que?

-O que me diz?

-Acho que ...- digo vagarosamente- ..o barulho do meu relógio afetou tua cabeça.

-É sério, Ann.- diz ele irritado. – Por que não? Deixe ele. Vem comigo. Nós sempre dizíamos sobre como seria bom sairmos dessa cidade. Porque não agora, já que ta tudo ferrado mesmo?

Ele ta drogado? Não posso fugir! Não agora...ai, Deus! Que loucura seria!

Morder. Eu preciso morder algo. Rápido.

Me levanto em um pulo da cama e desço as escadas para a cozinha. Abro a porta do armário e pego um doce de alcaçuz Percy me segue falando coisas, mas nem estou prestando atenção.

Ele está perdendo a razão? Não posso deixar a escola! Nem meu irmão! Meus amigos..e Anubis!

Definitivamente não posso deixa-lo. Eu gosto dele. Ou acho que gosto. Eu gosto?! Sim, eu gosto. E muito. Mas ..ah!Inferno!

-Ei, calma ai com o doce. O que ele te fez ? – Diz Percy forçando um pouco de humor.

Um turbilhão de imagens, situações, palavras, invadiam minha mente.

-Nós podemos ir para qualquer lugar! É só você escolher o destino! Eu ainda tenho uma boa grana que minha mãe me mandou secretamente esse mês. E eu posso trabalhar! Minha divida com o meu padrasto já está quase paga, falta só...

Eu me sentia tonta. Larguei o doce em cima da mesa, e me virei para tomar um copo de água gelada. Percy se aproximou.

Eu sentia seu hálito quente no meu cabelo. Ele o puxou para trás e deu mais um passo para frente para poder sussurrar no meu ouvido:

-Por favor. Por favor.

-Percy...

-Deixa ele. Vem comigo.

Sua voz rouca contra meu ouvido, fazia meu coração se acelerar máximo. Só Deus pra saber como eu ainda respirava.

Ah,dane-se! Se preocupar demais seria o que a velha Annabeth faria, não a nova.

Deixei meu copo cair, estilhaçando vidro para todo lado. Mas antes que Percy se desse conta do que tinha acontecido eu já tinha me virado, jogando meus braços em volta dele, e estava o beijando.

Beijávamos-nos como se todo o tempo do mundo fosse acabar. Recuperando o tempo perdido.

Agora eu sabia que de fato tinha sido loucura da minha parte imaginar que por um segundo que fosse eu teria me esquecido dele. Apesar de tudo eu o amei por tempo demais para conseguir deixar de amá-lo agora. Se é que isso faz sentido. Eu amo tanto ele que chega até a doer. Me lembra muito um poema que li uma vez em um livro :

Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
E de esperar-te quando não te espero
Passa meu coração do frio ao fogo.
Te quero só porque a ti te quero,
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
E a medida de meu amor viageiro
É não ver-te e amar-te como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro
Seu raio cruel, meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego.
Nesta história só eu morro
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.”

Era exatamente isso que eu sentia em relação a ele.  Algo que fica no meio do amor e do ódio, e ao mesmo tempo pertence aos dois extremos.  Annabeth Chase você foi oficialmente ganhadora do premio Lunática do ano. Uma salva de palmas.

Afastei-me um pouco dele para pode-lo olhar-lo nos olhos.

-Paris.

-Oi? – Ele disse com um sorriso bobo no rosto, mas ainda com uma cara de aturdido .

-Paris. É para lá que vamos.  Mon Amour.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? =)
O autor do poema é Pablo Neruda.
Ahh, eu terminei de ler um livro muito bom! Se chama Anna & o Beijo Frances. Me inspirei nele para fazer esse capitulo =) É um livro perfeito e eu super recomendo =)



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