Dean fora logo embora, meio bobão ainda pelo o que aconteceu. Papai ehcgou logo em seguida, mas como eu já estava na cama e não queria falar muito, fingi estar dormindo.

  As meninas se despediam de mim agora.

  Tinham se passado alguns dias. Dean e eu iríamos embarcar no avião para a Inglaterra agora.

-AH, NÃO VAI NÃO, AMIGA!

  June dizia, em falso choro. Revirei os olhos.

-Volto rápido, apenas duas semanas.

  Eu expliquei,abraçando-a fortemente.

-Vem cá, sua sensível.

  Eu disse para Avril, que, não teatralmente, chorava em um canto, com uma toalhinha rosa na mão. Ela veio se arrastando, choramingando até nós e nos abraçou.

  Depois, fui até papai.

-Tchau, meu amor. Tome cuidado.

-Tchau, pai.

  Ele beijou minha testa, abraçando-me fortemente. Depois, ainda agarrado a mim, disse para Dean que, encostado no portão do embarque com nossas malas, sorria.

-Cuide bem dela, moleque.

-Pode deixar.

  Engoli a seco.

  Algo em mim me dizia que eu deveria ficar, que eu deveria ficar mesmo.

  Não, não era ele. Eu tinha esquecido-o completamente, é claro. Eu não pensava mais nele, o odiava. O igual para Carol, aquela vadia falsa.

  Ah, quem eu engano.

  Meu coração se partia em saber que eu iria embora sem vê-lo. Mas, nem ao menos ele me procurou para se desculpar, então isso só o torna ainda mais culpado.

  Dói muito.

-Eu... vou ao banheiro, já volto.

  Eu disse, sorrindo forçada ao meu pai. Desviei as malas e pessoas e andei até o banheiro, em um final de corredor distante.

  Quando estava prestes a entrar no banheiro, esbarrei em alguém.

-Me desculpe.

  Quando ergui a cabeça, tomei um choque.

  Syn, ou melhor, Brian, me encarava, as feições sérias e trsites. Me desviei se seu braço e dei um passo para trás.

-O que você faz aqui?

-Vim me despedir.

  Engoli a seco.

-Desperdiçando esse seu precioso tempo em vir se despedir de um brinquedinho? Por que não vai e agarrar com a Caroline? Não é isso que você sempre faz? E quem vai ser sua próxima vitima, depois que quebrar o coração dela, hum?

  Perguntei, nervosa, encarnado-o raivosa.

-Você precisa me escutar, Smurfete...

-PARA COM ESSA PORRA DE APELIDO.

  Eu sibilei, erguendo um dedo.

 Ele revirou os olhos e me empurrou para dentro do banheiro.

-Ei, peraí, não pode entrar aqui! Brian, para, pô, para! EI!

  Ele trancou a porta do banheiro, enquanto eu cruzava os braços, perto da segunda cabine.

-Quer parar de palhaçada, por favor? Tenho um vôo para ir.

-Não até você me escutar.

-Fala logo, não quero perder meu tempo com um vira-lata.

  Sua feição desabou, foi como se tivessem dado um soco nele. Brian precisou de um tempo para voltar ao normal. Piscou, desviando o olhar, “triste”, e continuou:
-Bom, eu...

  Ele pigarreou.

-Carol armou para agente com Dean, para nos separar. Ela nunca gostou de você, e Dean...

-PARE COM ISSO, Brian! Acha mesmo que eu vou acreditar em suas mentiras novamente?

  Perguntei, levando as mãos a cabeça.

-Você precisa acreditar em mim, Liss, pelo amor de Deus.

-Ah, tá, eu vou acreditar no cara que me enganou, é obvio que eu tenho que acreditar! Foda-se você, foda-se Carol! Nunca mais eu quero ver você na minha vida, Brian, eu odeio você!

  Gritei, mais nervosa ainda, trincando o dentes, encarando seus olhos. Tentei desviar dele, mas Brian me puxou pelo braço e me colocou a sua frente. Por uma fraca de segundo, pensei em ver seus olhos com lagrimas.

-Não, por favor, não embarque, Lisa... Acredite em mim, por favor, você precisa acreditar.

-Como você pode fazer isso comigo, Brian?

  Perguntei, choramingando, fechando os olhos.

-Por que eu? Eu gostava tanto de você, eu amava você, acreditei em você. E você me usou!

  Eu disse, as lagrimas caindo.

-Não, meu amor, não fiz nada disso. Lisa, foram eles, acredite...

-Não, eu não vou...

  Ele puxou meu rosto, beijando-me. Ergui as mãos e encostei-as em seu rosto, desejando mais aquele beijo do que em qualquer uma outra vez.

  Não.

  Eu não podia ceder.

  O afastei e dei um tapa em sua cara.

  Tudo sucumbiu ao silencio.

-Eu. Odeio. Você.