Angels Cry escrita por SnakeBite


Capítulo 15
Capítulo 15: Diary


Notas iniciais do capítulo

ta com poucas emoçoes, em vita do que aconteceu no ultimo kkkkkk



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  Quando me convenci a pará-lo, já tinha perdido o fôlego.

-Seu filho da mãe, safado, idiota...

-AHÁ! EU SABIA QUE VOCÊ IRIA DEIXAR!

  Ele disse, apontando para mim e sorrindo, a boca borrada com o meu batom vermelho. Irritada e vermelha, bati o pé no chão, xingando ele de tudo que é nome. Caminhei com passos fortes e largos ao banheiro, quase bebendo o Listerine azul na cômoda.

-EU odeio você, e vou matá-lo, Syn!

-Syn? Já esta me chamando de Syn? Desde quando você fingi que me odeia, então?

  Ele disse, se encostando na porta do banheiro. Quando me virei para sair, ele me barrou, encarando-me com um olhar esquisito.

-Admita.

-Cale essa boca!

-Vem cá.

-Se você encostar um dedo em mim, eu parto a sua cara ao meio.

  Eu disse, erguendo um dedo na sua cara, os olhos fuzilando-o.

  Ele simplesmente ergueu uma sobrancelha.

-Duvida?

  Perguntou, erguendo um dedo e encostando em minha testa.

  Encarei-o durante um longo segundo, com uma escola de dentes na mão. Me desviei dele e fui até a porta, gesticulando para que ele saísse.

-Anda.

-Não vou ir, mal cheguei!

-Não quero saber, não quero passar nem mais um minuto do seu lado.

  Ele ficou minutos calado, encarando ao redor do meu quarto, com um olhar que eu não gostei muito.

   E de repente ele pegou o meu diário, que estava em cima da cômoda, e saiu correndo, dizendo que iria, mas levaria o diário consigo. Larguei a escova de dentes e sai correndo atrás dele.

-NÃO! PERAÍ, SYN!

-Não quero saber, você me mandou ir embora, não é? Estou indo!

  Alcancei-o na metade da escada, puxando sua blusa.

-Não, peraí, é serio.

  Ele parou, se virou lentamente para mim e abriu um sorriso cínico, vitorioso. Engoli a seco, ficando vermelha.

-E daí se eu não parei você? Isso não tem nada a ver.

-Você pensa que eu sou otário ou o que?

  Respirei fundo.

-Me devolva

-Nem pensar. Deve ter coisas sobre mim aqui que eu estou louco para ler.

-Brian, não pode fazer isso. Sabe, não é gentil nem educado ler o diário de outra pessoa.

  Eu tentava convencê-lo na lábia mesmo, mas vejo que minha tática estava indo por água abaixo.

  Ele continuou me encarando, como se não tivesse entendido as minhas palavras.

-Só dou se você admitir que gosta de mim.

-EU NÃO GOSTO, PORRA!

-Ok. Tchau.

  Ele disse dando mais uns passos. Fiquei nervosa, não sabendo o que fazer.

-Ok, eu gosto de você. Agora me dê isso.

-Não foi sincero.

  Disse, fazendo uma careta e voltando a andar. Fiquei feliz por não ver minha mãe lá embaixo. Seria menos complicado de explicar os xingamentos e gritos no meu quarto.

  Aí eu apelei para a verdade.

  Puxei-o pela camisa novamente, fazendo-o parar.

-Quer saber? Vá em frente. Não estou nem aí com o que você vai ler aí.

  Passei por ele, abrindo desta vez a porta da frente.

-Vai. Pode levar.

-Tem certeza?

-Para que eu vou discutir? Anda logo.

  Ele deu de ombros, saindo da minha casa. Fechei a porta, os dedos esbarrando nas outras chaves e chaveiros do molho.

  Engoli a seco. Merda. Merda. Por que eu deixei ele levar?

-Bom dia, raio de sol!
  mamãe e seus apelidos hippies...

-Ah, mãe! Pelo amor de deus, feche isso!

  Eu disse, rabugenta, colocando o travesseiro na cara, franzindo a testa. Ela puxou meu cobertor, e eu me encolhi.

-Anda, você tem visita.

-Visita?

-Oi, amiga!

  Escutei vozes finas e agudas, e logo depois algo se jogando em cima de mim na cama. Quando vi, Avril e June estavam sentadas do meu lado, me encarando com um olhar de dar medo.

-Oi.

-E ai?

-Pode contando tudo!

-Nos mínimos detalhes!

-Não nos esconda nada ouviu?

-Isso ai.

  Elas tagarelaram juntas, sem parar. Fiquei encarando boquiaberta, procurando sentido. Me coloquei sentada na cama, esfregando as temporãs, e as encarei novamente.

-Como?

-Você beijou ele! Ah, sua danadinha!

-Menina, e eu que pensei que você fosse difícil.

  Arregalei os olhos.

-OH MEU DEUS, COMO VOCES FICARAM SABENDO?

  Ele tinha contado para todo mundo? Estava me exibindo como troféu?

-Sua mãe, oras.

  Por um momento, suspirei aliviada.

-Mas deixa isso para lá! conta logo!

-Não quero falar sobre isso.

-Mas você vai.

-Ele só me beijou, ok? Agora calem essa boca e me ajudem a achar meus chinelos.


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