A Lenda de Jamie Carter escrita por Live Gabriela


Capítulo 41
Intervenção


Notas iniciais do capítulo

Capítulo escrito por Mateus Scofield e narrado por Ryan Campbell.
*<> Traduzido do português arcaico.



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— < QUEM É O RESPONSÁVEL POR ESTA BAGUNÇA? QUEM É O RESPONSÁVEL POR ESSA HERESIA EM MEUS DOMÍNIOS?>— gritava Lorde Castélio ao descer de sua carruagem. Niguem respondia.

— < POR QUE NÃO ME RESPONDEM BANDO DE PARVOS? POR QUE SÓ ME OLHAM CRIANÇAS ESTÚPIDAS?>

Todos continuavam imóveis.

—< VOCÊ!>— Castélio aponta para um homem no qual eu já havia reparado, um com traços familiares. -

—< Senhor... Eu... Não sei direito, foi tão rápido e eu...>

De dentro da carruagem uma garota pálida olha as pessoas em volta, em especial o camponês sendo humilhado por Castélio. Este por sua vez reúne forças para  tentar explicar o que havia acontecido ali.

— < Foi terrível lorde, ele veio pela noite, começou com pequenas flechas em chamas caindo no pátio e logo depois já havia um incêndio, foi ai... Foi ai que as mortes começaram, um após outro nossos homens caíram, Poucos sobraram, não sei como permaneci vivo!>

— < Ele? Ele quem? Um pelotão?>

— < Não senhor, era apenas um! >

— < VOCÊS FORAM MASSACRADOS POR APENASUM HOMEM? UM HOMEM?>

— < Não era um homem senhor... Era um demônio!>

Lorde Castélio coloca a mão na testa, parecia realmente furioso.

— < Gasper...>— chamou Castélio.

— < O que senhor?>— respondeu um garoto ao sair de dentro da carruagem.

— < Divirta-se>

Nesse momento a garota na carruagem coloca a mão na boca e começa a chorar, o tal de Gasper pega uma espada em sua bainha e a puxa no meio dos camponeses.

—< Devem ter agradecido muito a Deus quando viram que alguns homens pelo menos haviam sobrado não é mesmo?>— As mulheres começam a chorar ao perceber o que ele pretendia. - < Comecemos por esse camponês retardado, ele vai pagar por não saber explicar as coisas rápido, odeio páreas que me fazem dispender meu precioso tempo...>

O garoto Gasper levanta a espada e a direciona em um golpe horizontal no pescoço do camponês.

Mas erra, não por falta de habilidade é claro, mas sim por ter sido empurrado por um grande bastão branco durante o golpe. Sim, meu bastão.

— Bom dia companheiros, sei que não entendem lhufas do que falo( Afinal não entendo nada do que vocês tão falando), mas... Bom... Acredito que não precisamos matar ninguém não é memso? Já tivemos mortes de mais aqui.

— AAAAAAARRRRR!

Gasper vem correndo e rosnando na minha direção, ele empunha a espada e a sobe em direção da esquerda e pra cima. Me defendo com o bastão que acaba por ser cortado no meio.

— Certo Gaspar... Você é bem forti—

Outro corte feito com uma enorme força e selvageria animal, desta vez ele consegue fazer um grande rasgo na minha blusa me deixando com um ardido corte no braço. Solto a metade do bastão que segurava naquela mão. Me virei para o camponês desarmado ainda agachado no chão.

— Campones! Corre!

Ele continuou parado. Gasper veio para um novo golpe, dessa vez não deixei barato.

Enquanto Gasper erguia a pesada espada arremecei contra o seu rosto o que havia me sobrado do bastão, ele se atrapalha e perde o equilíbrio, com um golpe rápido acerto em baixo do seu braço. No memso instante ele larga a sua espada, eu havia interrompido o movimento do braço direito.

— < Papai! Papai!>— Gasper começa a ficar confuso e desesperado ao perceber que seu braço não repondia - < Papai, ele é um bruxo!>

Olho para Castélio e então o vejo vindo com um punhal pelas minhas costas, viro um tapa violento em seu rosto, o homem meio careca e de roupas pomposas vai ao chão com cara de espanto, a garota com cara de doente na carruagem se assusta, nesse momento percebo que perdi a atenção, de acordo com os ensinamentos de meu mestre Steve isso era o sulficiente para perder a vida, e foi o que quase aconteceu.

Enquanto eu estava olhando para a bela garota da carruagem Gasper tentou me cortar usando o braço esquerdo e sua espada, fui salvo pelo camponês que aproveitou a dificuldade de erguer a espada do garoto Gasper e o chutou no rosto, o campones olhou pra mim e fez um sinal, dizendo logo em seguida:

— CORRE!

O fiz, ele também, enquanto nos afastávamos da cidadela perguntei.

— Você é inglês?

— Já fui um dia.

Ouvimos ao longe o som de cascos de cavalo.

— Prazer meu nome é Campbell, Ryan Campbell.

— Pode me chamar de Eduardo, Eduardo Russel.

— Eduardo? Com O no final?

Os cascos começam a ficar próximos.

— Coisa de portugês. – ele olha para o lado, se continuássemos seguindo pela estrada era obvio que eles iam nos pegar.

— E então Eduardo? Alguma idéia? Se não acredito que seria prudente dispista-los entre as árvores deste bosque ao lado da estrada, os cavalos não podem passar pelo meio da vegetação.

Ele para e considera a idéia.

— Estamos muito ferrados.

— Essa não era bem a resposta que eu esperava.

Ouço já o som de uma espada sendo sacada a menos de cinqüenta passos de nos. Eduardo olha para trás e então me puxa pelo braço.

— Tenho uma idéia.

Corremos mais um pouco, os cavalos estavam a vinte passos de nos, eu podia ouvir os gritos animalescos de Gasper. Eduardo olha para a esqueda da estrada, era sempre o mesmo bosque, então após alguns passos, abruptamente a lateral da estrada passa a ser definida por um desfiladeiro. Olho para trás e então a menos de 10 passos um cavalo se ergue pronto para me esmagar, Era Lorde Castélio.

Um segundo depois eu e Eduardo estávamos caindo do penhasco, as nuvens ainda negras nos olhavam enquanto caiamos, não tenho certeza mas acho que Eduardo que me puxou pra baixo, não vejo sentido nisso ao menos que...

 

“– Jamie, bom trabalho. - Disse descendo o bastão depois de ter atacado de surpresa a garota.

– O que?

– Você passou no teste.

– O que? Como assim?

– Só resta mais um teste a se fazer.

– Ryan o que você quer dizer com isso? Não entendo nada do que diz.

– Assim que nos encontrarmos lhe explico.

– Encontrarmos? Encontramo-nos aonde?

– Lá embaixo.

– Lá em baixo? Ryan, o que--

Salto sobre ela e a empurro na direção do espaço aberto por onde antes estávamos olhando o sol, nossos dois corpos se entrelaçam no ar e depois se soltam, estávamos caindo.”

Era um rio. Como aquele em que testei Jamie no vale e em que Steve um dia me treinou, eu ia sobreviver.

Ouvi ainda antes de cair sobre a água Lorde castélio praguejar algo, Depois apenas senti meu corpo dentro d’agua, abri os olhos para pode localizar Eduardo. Estavamos bem, pelo menos até Lorde Castélio dar a volta pela estrada pra chegar aqui em baixo, pois duvido que o pomposo salte para nos caçar. Mas isso vai levar algum tempo enquanto isso vou sair da água pra falar com o meu novo colega de condenação.

— Olá  Eduardo – disse enquanto ele saia da água.

— CAMPBEEL?

— Oi cara, belo salto.

— Obrigad... – o rapaz cai, me assuto e vou ver o que aconteceu, nesse momento vejo em suas costas duas marcas de sangue em forma de ferradura...

 


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