-Ron, nada do que você fizer vai mudar isto, foram ordens da McGonagall – Hermione argumentou.

- MAS VOCÊ NÃO PODE MORAR COM O MALFOY – Gritou ele.

- Então quer dizer que se fosse qualquer outro eu poderia e .... – Hermione interrompeu sua própria linha de pensamento, mas logo continuou – Aaah quer saber Ronald, A VIDA É M-I-N-H-A E EU FAÇO O QUE EU QUISER – Gritou ela. – Lembra do Baile de inverno ? Aquele em que eu fui sua ULTIMA opção e que depois você ainda ficou com raive por eu ter ido com o Krum, naquele momento que eu percebi que nunca mais iria deixar que um de vocês dois controlassem MINHA vida

- Mas Hermione... – Começou ele, que foi rapidamente cortado por ela.

- Ron, eu cansei! Simplesmente cansei de você e sua falta de atitude! – Reclamou ela – Sempre fui eu que tive que fazer as coisas, agora, se você ainda sentir alguma coisa, é a sua vez de tentar. – Dizendo isso, Hermione se retirou da Ala hospitalar e foi em direção ao seu novo quarto.

A vida é minha e eu faço o que eu quiser dela. – pensou.

Ela chegou ao seu novo salão comunal por volta das 19:30, foi para seu quarto, que era todo vermelho e dourado, Típico.

Arrumou suas roupas nas gavetas, os livros nas estantes, procurou alguma coisa para fazer.

Nada.

Foi então que ela se lembrou do livro que havia pego na biblioteca.

Feitiço Cruccio Fidelis

“Após a sua morte, à pessoa em que o feitiço fora lançado, terá um destino cruel, sofrerá bastante. Esse é um feitiço de magia das trevas, muito cuidado a executá-lo. Você irá precisar de duas metas, uma para quebrar o feitiço e outra meta para saber até onde é força do feitiço deverá chegar.”

- Nossa, isso deve ser ruim – Murmurou Hermione.

Quando a morena percebera, já eram por volta das 23:45, seu estomago roncava de fome, já que ela não descera para jantar. Vou falar com os elfos – pensou ela.

Ela saiu do quarto, como era monitora não devia ter problemas, foi em direção à cozinha.

Abriu a porta devagar, botando somente a cabeça para dentro.

- Olá? – disse ela.

- Senhorita Granger! – exclamou um elfo, aparecendo na sua frente – O que posso fazer pela senhorita?

- Err, eu perdi o jantar e queria saber se vocês tinham algo para me dar...

- Claro que podemos ajudar a heroína de Hogwarts - Exclamou outro elfo, sorrindo.

Logo, vários elfos corriam de um lado para o outro enchendo uma bandeja de comida para Hermione.

- Obrigada, mas eu posso pedir mais uma coisa? – disse ela, timidamente.

- Pode sim - Responderam vários deles.

- Podem mandar isso para o meu novo quarto? É muita coisa para eu levar sozinha...

Com um estalo um elfo sumiu com a bandeja de Hermione nas mãos.

- Bem, muito obrigada.

Ela foi para seu novo salão comunal e sentou na mesa que havia lá.

Começou a comer calmamente, quando ouviu gritos. Gritos de dor.

Malfoy – pensou, correndo escada acima.

Quando ela chegou no quarto, viu Draco se contorcendo na cama, assim como McGonagall falou, parecia que ele estava sobre o efeito da maldição Cruccio.

Por um instante, Hermione ficou paralisada na porta, vendo aquela cena tão forte, depois correu em direção a cama dele, que ainda se contorcia muito.

- Malfoy? – sussurrou ela, tentando acordá-lo.

Ele não respondeu, apenas diminuiu o número de gritos.

Hermione se debruçou sobre ele, afim de acordá-lo, mas sentiu que seu cotovelo encostara em sua barriga. Peraí, ele esta sem blusa? –  questionou-se ela

- Malfoy – chamou ela, um pouco mais alto.

Ele abriu os olhos lentamente, analisando a pessoa que o acordara e o havia tirado do sofrimento.

Ele se assustou com a proximidade em que estavam, Hermione corou um pouco e se levantou rapidamente.

- Gran... Granger? – falou ele, com a voz rouca. – O que faz aqui?

- Ouvi você gritando e vim ver o que era – Respondeu Hermione, timidamente.

-Ahn... obrigado – disse ele.

- De nada, você esta bem?

- Estou, sempre é assim – Falou Draco, tristemente.  – Toda noite.

- Essa noite não – Disse Hermione, levantando-se da cama e indo para seu quarto, deixando um Draco confuso para trás.

Ela procurou pela poção para dormir que haviam lhe dado e voltou para o quarto do sonserino.

- Tome – disse ela, entregando-lhe o frasco, gentilmente.

- Não posso, é para você – Disse ele, provavelmente ainda sentido dores.

- Tome, boa noite – disse ela, retirando-se do quarto totalmente verde e prata e não deixando chance para ele recusar.

Hermione fechou a porta e voltou para o seu jantar, que não parecia mais tão apetitoso, resolveu pular para a sobremesa.

- Suco de abobora e pudim? – disse uma voz atrás da morena.

Por um momento Hermione achou que fosse Alan, que ele havia voltado para tentar continuar o que havia começado.

Ela virou-se rapidamente, acabando por bater no copo de suco, derramando suco de abobora e cacos de vidro pelo chão.

- Al... Malfoy – falou ela, aliviada.

- Eu te assustei? – perguntou ele, sorrindo de lado.

- N-não – gaguejou Hermione. – Não foi nada, eu só achei que fosse o ...

- Alan? – perguntou ele.

- É. – Falou ela, dando de ombros.

Com um rápido aceno de sua varinha, Hermione fez com que os cacos se grudassem novamente e o liquido voltasse para o copo, intacto.

- Vou usar o banheiro – disse ele, indiferente.

Hermione olhou para seu pudim, não queria comer mais.

Levantou-se e fez com que a bandeja fosse parar na cozinha, não iria sair  aquela hora.

Ela foi para seu quarto e se jogou debaixo das cobertas vermelhas e douradas.

Virou, virou, virou e cadê o sono que não chegava?

4:30 da manhã e eu ainda não consegui dormir – pensou ela.

Ela saiu do quarto, desceu as escadas de seu dormitório sem fazer barulho nenhum.

Procurou por suas chinelas e saiu, com apenas a luz da varinha iluminado seu caminho.

A luz do sol já começava a entrar por entre as grandes janelas de Hogwarts, mesmo sendo 4 horas da manhã, o sol nascia mais cedo naqueles dias de inicio de ano.

Foi em direção a torre da Grifinória, em paços leves até que ouviu alguma movimentação vinda dos jardins.

 - Então, esta tudo certo, a chave de portal vai levá-lo a Durmstrang e lá o Senhor irá ser recebido pelo diretor – disse McGonagall – Ele irá passar todas as instruções da sua nova escola, Alan.

Hermione ficou paralisada, ele seria transferido por sua culpa – pensou a morena.

 - Eu tenho alguma escolha? – perguntou Alan, sarcasticamente.

- É claro que não – foi então que Hermione percebeu que Dylan estava lá com eles.

- Nossos pais já sabem?

Dylan respirou fundo, pensou um pouco antes de falar o que seus pais haviam dito sobre o descontrole do filho.

- Sabem... Não ficaram nada felizes com o que você fez...

- Ele não vai fazer nada, vai?

Ele quem? – pensou Hermione.

- Pelo que parece, não – respondeu Dylan.

- Alan, a chave de portal parte em 40 segundos. – anunciou McGonagall.

Alan olhou para o irmão, parado a sua frete, esticou os braços, abraçando-o fortemente.

- Você sabe que eu te amo, não sabe? Não importa as merdas que você faça – Murmurou Dylan, com os olhos marejados.

- Eu também te amo, irmão.

- 10 segundos – falou McGonagall.

Alan segurou a escova de cabelos e foi engolido pelo nada.

- Dylan, você quer ficar mais algum tempo aqui? – Perguntou a diretora.

- Acho que sim, diretora – Falou ele, muito baixo.

Quando McGonagall se retirou, ele se sentou no chão, abraçando os joelhos.

Ele está chorando – pensou Hermione.

Ela se aproximou em passos silenciosos e tocou seu ombro.

- Dylan?

- Aah, oi Hermione – Murmurou ele.

- Tudo bem com você? – Perguntou ela, sentando-se ao seu lado.

- Na medida do possível... – Disse Dylan - ... Não

- Por que?

- Como porquê? – Sua voz já estava ficando embargada, devido ao choro que estava prestes a vir -  Meu irmão foi embora, mas eu não lhe culpo por isso, Hermione.

- Hum... – Foi a coisa mais sensata que veio a cabeça de Hermione naquele momento.

- Você está bem? Espero que ele não tenha lhe machucado.

- Não, apenas bati a cabeça na parede – Sussurrou Hermione.

- É verdade que você vai morar com o Malfoy esse ano? – Perguntou ele, tentando quebrar o silencio que havia se instalado entre os dois.

- Err... todo mundo já sabe disso? – Perguntou ela, abaixando a cabeça.

- Então, quer dizer que é verdade? – Rebateu ele, divertido e lentamente enxugou as lagrimas que haviam caido

O sol já começava a surgir mais forte que antes, ao longe.

A luz que estava presente deixava aquele momento mais especial do que já estava sendo.

- É – Murmurou ela.

- Vocês se odeiam mesmo?

- Como assim? – Perguntou ela, sorrindo.

- Sei lá, vocês nunca se gostaram? – Perguntou ele, cada vez mais curioso – Nadinha de nada?

- Nada, nunca, nem pensar – Exclamou ela.

Dylan começou a rir, fazendo com  que a morena ficasse vermelha.

- Eu não prevejo o futuro, então, não posso falar nada! – Falou ele, levantando as mãos, como se estivesse se rendendo.

- Nem se você pudesse, isso nunca ia acontecer.

- Já são 6:30 é melhor irmos – Dylan falou, olhando para o seu relógio de pulso.

- Bonito relógio – falou Hermione, olhando para os ponteiros prateados que se moviam vagarosamente dentro do relógio.

- Ganhei do Alan...

- Vamos, não podemos nos atrasar justo no segundo dia de aula – Ela se levantou e o puxou pela mão.

- Vejo você mais tarde, Grifinória. – Disse ele, com um sorriso brincalhão.

- Tudo bem, Lufano.

A morena seguiu para seu quarto, pegou suas roupas e foi para o banheiro.

Ligou o chuveiro e esperou que a água esquentasse.

Tomou uma banho bom e demorado, já que estava cedo demais para Malfoy acordar.

Assim que terminou seu banho relaxante, enxugou-se e vestiu sua roupa.

 Foi em direção ao seu quarto, à procura de suas meias, que por incrível que pareça, ela não sabia onde se encontravam.

Bichento estava deitado em cima da sua cama com o par de meias na boca, girando, de um lado para o outro, parecendo um bebê.

- Hey, me devolva minhas meias, Bichento – exclamou ela

- Wraw – respondeu ele.(N/a:EU ME MATEI DE RIR)

Ela se aproximou do gato e puxou a meia de sua boca, ele ronronou e pulou de sua cama, correndo para a sala.

Ao chegar no salão principal...

- Hermione! – Chamou Gina, apontando para o lugar ao seu lado

- Oi gente – falou a morena, sentando-se ao lado de Gina.

- Oi.

- Tudo bem com vocês? – Perguntou ela.

- Tudo – Respondeu Ron.

- É, to levando – Falou Harry, sem vontade.

- Qual é o problema, dessa vez ? – Perguntou Gina.

- A Hermione... – Retrucou Ron, como se Hermione não estivesse ali.

- O que aconteceu?

- Ela vai morar com o Malfoy – Reclamou Harry.

- Eu sei disso, não vejo nenhum problema – Explicou Gina.

Ela sempre me ajuda, tenho que arranjar uma forma de ajudá-la também. – pensou Hermione.

 Hermione viu Dylan entrando no salão com um belo par de grandes e roxas olheiras, como se tivesse chorado a noite inteira.

- Err, tenho Runas antigas agora e vocês? – Perguntou Hermione.

- Transfiguração – Disse Gina.

- Poções, com o Ron – Falou Harry, baixo.

- Vou indo, então – Murmurou a morena.

Segundo dia de aula,  Runas antigas com Lufa-Lufa.

- Bom dia classe – Falou a professora, Bathsheda Babbling.

- Bom dia, professora.

- Hoje iremos começar com...

Depois de um certo tempo, Hermione não ouvia nada, estava paralisada.

- Senhorita Granger? – chamou a professora. – Senhorita Granger?

Hermione havia desmaiado e caído deitada sobre seus livros.

- Levem-na para a ala hospitalar – Exclamou Bathsheda, bastante assustada.

Dylan se levantou e pegou-a no colo, pediu que alguém os seguissem para levar o material até a ala hospitalar.

- Pomfrey! – Gritou Dylan, entrando correndo com a morena nos braços.

- O que ... Oh, deite-a aqui – Exclamou a enfermeira, apontando para uma cama que havia ali.

Delicadamente Dylan a deitou e se afastou para que Pomfrey pudesse examiná-la.

Depois de alguns minutos Hermione acordou  e logo foi atacada por muitas perguntas da enfermeira.

- Como você se sente? Tem alguma dor? Tomou sua poção que lhe dei ontem?

Caramba, a poção – pensou Hermione.

- Eu estou me sentindo melhor, não, não sinto nenhuma dor e a poção...

- O que a senhorita fez com a poção? -  Perguntou Pomfrey, como se estivesse vendo Aragogue à sua frente.

- Eu dei ela para o Malfoy – Murmurou ela, abaixando os ombros.

- POR QUE? – Gritou a enfermeira.

- Porquê ele estava tendo pesadelos e estava gritando! -  Exclamou Hermione.

- Eu falei para a Senhorita tomar!! – Disse Pomfrey, quase gritando.

- Tem algum problema eu ter dado para o Malfoy?

- TEM!

- TEM? O que vai acontecer? - Exclamou Hermione, preocupada, fazendo Dylan levantar uma sombrancelha com a atitude da morena.

- A senhorita viu ele em algum lugar hoje? – Perguntou Pomfrey, provavelmente pensando no que havia ocorrido.

- Não, mas ele pode ter ido para outros lugares e... – Hermione ia continuar falando, quando foi cortada pela enfermeira.

- Senhor Dickerson, vá até o dormitório de Granger e procure por Malfoy -  Ordenou ela.

- Tudo bem, Hermione qual é a senha? – Gritou Dylan, que já estava na porta da enfermaria.

- Sapo de chocolate – Gritou Hermione em resposta.

Vamos ter que mudar essa senha – pensou ela.

- Havia uma outra poção junto daquela que eu lhe dei, Granger – Explicou a senhora. – Foi por isso que a senhorita desmaiou, era uma poção que iria ajudar no processo de cura do seu ferimento na cabeça, como o senhor Malfoy não tinha nada, ele deve estar apagado no dormitório agora...

- Droga! Eu nem pensei nisso – Hermione abaixou a cabeça e começou a pensar em como Harry e Ron ficariam felizes sabendo que ela fez Malfoy apagar...

- Madame Pomfrey! Ele tá apagado lá! Não respondeu a nenhum dos meus chamados ! – Dylan falou, entrando correndo na ala hospitalar.

- Vamos ter que tomar algumas medidas, Senhorita Granger fique aqui enquanto eu vou lá, resolver esse problema – Falando isso, ela se retirou correndo, indo em direção ao quarto de Draco.

- Você não fez de proposito, não foi Hermione? - Perguntou Dylan.

- Não, ele estava tendo um pesadelo muito ruim, pelo que percebi e como eu não sabia que havia outra poção junto com aquela, eu à dei para ele!!

- Será que ele vai acreditar nisso?

- Sinceramente? Eu não sei...