A New Beginning escrita por lalys


Capítulo 1
Isso não pode está acontecendo...




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Era manhã de segunda-feira, o pior dia da semana, o despertador havia acabado de tocar, eu tinha que sair da cama, hoje iria ocorrer uma audiência complicada no fórum, e eu tinha que comparecê-la pontualmente. Levantei-me, sentindo a minha cabeça latejar – eu havia excedido na bebida na noite passada, para está de pé às seis da manhã -, fiz a minha higiene pessoal e fui procurar o que comer, e devo admitir que a situação não fosse das melhores.

Depois que eu comi, ou melhor, tentei comer alguma coisa, fui checar as papeladas do caso de hoje cedo. O Sra. Halle queria a guarda de seus dois filhos, e uma indenização imensa por ter pegado o seu marido, meu cliente, com uma amante na sua própria casa, sem mencionar os podres que a Sra. Halle contou para as revistas de fofocas.

A companhia soou, me interrompendo. Quem seria uma hora dessas? Não era nem sete horas da manhã. Larguei os meus papeis com raiva em cima do centro italiano - que compunha a decoração da minha micro-sala – e fui abrir a porta, me deparando com uma menina, que devia ter volta de uns cinco, seis anos. Ela possuía cabelos cor castanha, cortados na altura do queixo e os olhos extremamente castanhos amendoados.

- Olá! – ela me saudou com a voz extremamente infantil.

- O que você deseja? – questionei. Eu não tinha tempo para ficar batendo papo, com uma piralha que deveria está querendo me vender doces, rifas ou qualquer tipo de comercialização com fins para igreja, ou festinhas em creches.

- Você é Charles Bass? – a garotinha me perguntou, com certo receio.

- Sou. O que você quer? – questionei irritado – Eu não quero comprar doces, nem rifas e nem muito menos tenho tempo a perder com você! – falei. Ela me estendeu um papel de carta cor de bege.

- Minha mãe mandou lhe entregar! – ela falou.

- Sua mãe? – questionei.

- É a minha mãe! – ela respondeu. Desdobrei sem entender o papel sem tirar os olhos da garotinha da minha frente, ela parecia impaciente agarrada com o seu ursinho cor de rosa.

Charles:

Quando você estiver lendo está carta, eu estarei longe o suficiente para querer voltar atrás na minha decisão. Espero que você tenha mudado bastante desde o nosso último encontro, pois a nossa filha precisa ter presente uma figura paterna, na sua vida.

Eu sei você não leu errado. Ela é sim nossa filha, quando eu deixei Paris aquela noite, já sabia que estava grávida, e resolvi criá-la sozinha, eu era independente e você não merecia chegar perto da minha filha depois de tudo do que você me fez passar. Ela não merecia sofrer o que eu havia sofrido, ao descobrir o quão mau caráter é o seu pai. Então você deve está se perguntando o porquê de justo agora, depois de seis anos, ter mandado ela para ir?

Primeiramente a idéia original não era essa, meu plano era que ela passe um tempo de qualidade com a minha mãe, mas como ela está de férias no Canadá e a nossa filha tem asma, não era uma boa opção. Então usei você como o meu plano B, não que eu me importe com você ou não conhecer a minha filha, mas ela precisa passar um tempo de qualidade com o pai, vai fazer bem a sua formação de personalidade, e eu precisava de alguém para tomar conta dela enquanto estivesse viajando por todas as filiais da revista Vogue para aplicar um mini – curso. Espero que você possa tomar conta dela adequadamente, e eu não pretendo encontrá-la no estado bem mais perfeito do que eu estou lhe deixando.

E tem mais:

O nome dela é Valentina; ela tem cinco anos; adora desenhar; toma banho supervisionado; adora comer besteiras – e eu espero que você não as alimente -; adora bonecas; é louca por baile...

Eu peço que cuide dela... Ela não tem nada haver com as coisas do passado.

Vejo-lhes em breve,

Blair Waldorf 

Terminei de ler a carta antônima. Olhei para a menina na minha frente, ela lembrava vagamente a Blair, quando criança, mas de alguma forma havia alguns traços meus ali: o formato dos olhos, o nariz fininho. Ela vestia um vestido verdinho, de alcinhas acima dos seus joelhos bancos, assim como ela, era branca com as bochechas avermelhadas.

Olhei da menina para a carta.

- Então, quer dizer que você é o meu pai? – a menina questionou abraçando o ursinho cor de rosa.

- É o que parece! – falei confuso, eu estava tentando entender à situação. Eu era pai, de uma menina, eu nem sei cuidar de mim, quanto mais de uma menina. Que tem cinco anos, que nem deve saber escovar os dentes sozinha...

- Hum... Eu sou Valentina, mas a minha mãe me chama de Val! – ela estendeu a mãozinha pequena em minha direção, enquanto a outra segurava o ursinho cor de rosa.

- Cadê a sua mãe? – eu perguntei ignorando a sua mão estendida colocou a minha cabeça para fora da sala. A maluca da Blair não podia me deixar sozinho com essa menina, eu não sabia nem como começar a cuidar dela.

- Ela deve está no avião... – ela tentou me explicar.

Isso só podia ser brincadeira, uma brincadeira de muito mau gosto da Blair. Eu ainda estava esperando alguém aparecer com uma câmera e gritar “Você foi pego, em uma pegadinha”. Mas isso não veio, ao invés disso foi à voz da menina que me despertou do transe.

- As minhas malas estão na portaria, senhor Bass! – ela me explicou, e os meus olhos caíram sobre a garotinha de cabelos chaneis e nariz arrebitado.

- Você não é mesmo um sonho? – questionei.       

- Acho que não... – a garotinha parecia confusa – Eu já disse. Eu me chamo Valentina e não sonho... – lhe dei um sorriso e fechei a porta atrás da garotinha – Você é mais bonito pessoalmente... – ela falou assim que se sentou no meu sofá. Passei as mãos pelos meus cabelos. Ok, eu estava numa situação critica... Tinha uma garotinha na minha sala, filha da Blair e minha filha! Filha! E ainda por cima tinha um julgamento, que eu não podia faltar.

Peguei o telefone sem fio e disquei o número da Serena, eu precisava de ajuda rapidamente, e para que servisse os irmãos, ao não ser ajudar uns aos outros? O telefone tocou umas três vezes até a voz melodiosa, da minha sobrinha, atende-lo.

- Alô! – a voz de Eliana parecia que ela tinha acabado de correr meia-maratona, ela devia ter apostado com Jorge, quem iria atender primeiro o telefone. Típico de irmãos.

Eliana e Jorge são irmãos gêmeos, filhos da minha irmã Serena e do seu marido Dan. Os meninos são uns pestinhas, para terem somente sete anos de idade. Serena estava grávida novamente dessa vez de uma menina, que nasceria daqui a três meses: Sophia.

- Oi, Eli! É o tio Chuck... Sua mãe está ai? – perguntei.

- Vou chamá-la, tio! – ela falou, escutei o telefone sendo colocado no criado mudo.

Encarei a menina na minha frente, ela parecia entretida com as flores de seu vestido. Ela lembrava a um anjinho, só faltava a aureola.

- Alô, Charles quem morreu, para você ligar a essa hora da manhã! Eu não terminei de colocar os meninos para escola! – a minha irmã é a miss simpática de manhã logo cedo...

- Eu preciso da sua ajuda! – falei.

- Você foi preso, novamente? – Serena falou, eu podia a ver revirar os olhos e bufar irritada do outro lado da linha.

- Não! Eu já disse que foi um mal entendido! – me defendei. Eu não tinha culpa se o cara achou que eu bati no seu carro de propósito, e veio tirar satisfação. Chuck Bass não leva desaforo para casa, ou melhor, olho roxo.

- Então o que você quer? Se não é para tirá-lo da cadeia! – ela falou – Eliana termine de comer o seu cereal, antes que eu arranque a sua cabeça! – Serena gritou impaciente para a minha sobrinha, pobre Eliana ninguém merecia ter uma mãe louca, como aquela.

- Serena, eu estou com problemas...

- Eu sei você não seria louco me ligar numa hora critica da manhã se não estivesse com problemas! – ela falou como se constatasse o obvio – Então... O que aconteceu, Chuck? – Serena perguntou cautelosamente.

- Será que você podia dá um pulo aqui... É que é meio difícil de contar pelo telefone...

- Charles, você é surdo? Acabei de falar que eu estou colocando os meninos para escola, eu ainda tenho que passar no atelier... Tenho aula de ioga, tenho que preparar o almoço, buscar os meninos na escola... Em suma eu não tenho tempo de ir a sua casa! – ela falou e eu suspirei. Tirei os meus olhos da menina que estava no meu sofá e me virei em direção contraria.

- Blair esteve aqui! – falei num tom baixo, para que Valentina não escutasse.

- Blair? Blair Waldorf? – Serena estava surpresa – Você está bem? Ela fez alguma coisa com você? Por que ela voltou? Espere-me eu estou indo para ai, agora! – ela falou rapidamente e desligou antes mesmo de eu dizer alguma coisa. Suspirei colocando o telefone na sua base e voltei para a figura tristonha no meu sofá.

- Quando a minha mãe volta? – ela me questionou com os olhos banhados de lagrimas. Por favor, não chore, por favor!

- Eu não sei Valentina. – falei a verdade do que adiantava menti?

- Mas ela vai voltar, não é isso? Ela vai voltar como ela me prometeu... – as lagrimas já rolavam pelo seu rosto – Por que eu quero ficar com ela... Eu quero a minha mãe!

Calma Chuck, o que se faz numa situação dessas? Eu nunca estive numa situação dessas, no máximo que eu havia presenciado foi quando a Serena pediu para eu ficar com os meninos, enquanto ela ia ao supermercado e eles começaram a perguntar pela mãe... Mas eles nem sequer choraram...

- Ela vai voltar! – garanti e meio sem tato afaguei levemente os seus cabelos.

Ela passou, desajeitada, a mão pelo rosto, deixando-o mais vermelho do que estava – Você é cheiroso! – ela falou.

- Você também! – falei apertando a ponta do seu nariz, em tom de brincadeira. Ela deu um sorriso antes de passar as mãozinhas em seu cabelo, na maneira idêntica da Blair.

Antes que eu pudesse pensar em algo para tirar a imagem mental da Blair, passando as mãos pelos cabelos a companhia soou. Rapidamente atendi a porta para dá de cara com a Serena. Ela me abraçou, ou melhor, tentou me abraçar, pois a sua barriga de seis meses não permitia tal façanha.

- Como você está? – ela falou assim que se separou de mim – Se aquela... Agrh vadia fez alguma coisa com você... – ela começou a andar de um lado para o outro – Por que se ela fez acabo com a vida dela, e nem venham me impedir! Eu devia ter acabado com a raça daquela desgraçada há seis anos! Devia ter arrancado fio por fio do cabelo daquela...

- Serena! – interrompi. Os hormônios da gravidez estão deixando a Serena maluca – Calma! Eu não quero que a minha sobrinha nasça fora do tempo! – falei.

- Você me pede calma! – ela parecia que iria ter um colapso nervoso a qualquer momento – Cadê...

- Por que ela está gritando? – Valentina falou surgindo de trás do sofá.

Os olhos de minha irmã pousaram na menina automaticamente. Pude ver os olhos azuis, de Serena se alargar de surpresa.

- Quem é você? – a voz de Serena estava beirando a compreensão. Valentina desviou assustada, do olhar de Serena, e se escondi atrás das minhas pernas, eu não a culpo. Eu também não havia me acostumado com os ataques de hormônios da Serena.

- Era sobre disso, que eu queria falar com você! – expliquei.

- Oh meu Deus! Eu assustei você! – Serena falou, me ignorando e se abaixando na altura da Valentina – Eu sou Serena, irmã do Chuck, mas pode me chamar de tia!

- Oi! Eu sou Valentina! – ela falou ainda meio que receosa.

- Nome bonito Valentina!

- Eu sei foi a minha mãe que escolheu! – ela falou, saindo de trás das minhas pernas – O seu nome também é bonito! E a cor dos seus cabelos também, é igualzinha dos meus amiguinhos da Califórnia! Um dia eu perguntei a mamãe por que eu não havia nascido com os cabelos assim da sua cor – Valentina falou tocando nos cabelos da minha irmã.

- O que foi que a sua mãe disse? – Serena perguntou toda paciente com a menina.   

- Ela disse que era por que eu era um anjinho especial, por isso era diferente de todas as crianças da minha escolinha! – Serena afagou o rosto da menina.

- Ela é linda Chuck! – Serena falou se levantando – Mas está na cara que ela não puxou a você! – isso o bom – humor de Serena já havia voltado. Ela está até tirando saro da minha cara – Você está com fome, meu anjo? – Serena falou se referindo a minha filha. É minha filha, soa esquisito, bastante para dizer a verdade.

- Na verdade um pouco, mas se for incomodar eu posso esperar até a hora do almoço! – Valentina falou educadamente.

- Meus filhos têm que passar uma temporada com a sua mãe, você é tão educada, meu anjinho!- Serena falou passando a mão pela cabeça da Valentina – Por que você não deu comida a ela? – Serena me perguntou num tom de censura.

- E...

- Deixa para lá! O que você quer comer, querida! Apesar de que eu não tenho certeza que tem algo o mais do que, resto de pão da semana passada! – Serena falou num tom de censura.

- Serena... – falei num tom de suplica – Você pode ficar com a Valentina eu tenho uma reunião importante... – falei.

- Claro que não, Chuck! – respondeu simplesmente – Eu sou sua irmã, tia da menina, mas não babá. Tenho os meus afazeres, ou você acha fácil tomar conta de duas crianças, de um atelier e de uma casa... – eu espero que essa criança nasça logo, pois Serena iria me enlouquecer com as suas mudanças de humor.

- Serena eu... – tentei argumentar, mas a minha irmã interrompeu.

- Chuck, eu irei dá comida a sua filha e voltar para a minha casa! – ela falou encerrando o assunto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e comente para mim saber se devo ou não continuar!!!!

beijomeliga
xoxo

Lay