Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 2
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capitulo, espero que gostem!



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Capitulo 2

Lembranças Quando Samantha acordou sua cabeça já havia parado de doer, e quase que imediatamente percebeu que estava em sua cama e na poltrona ao lado estava Jon, olhando para o nada:

― Jon, o que está fazendo aqui? ― sua voz saiu fraca, quase sumindo. Jon virou o rosto bruscamente em direção a Samantha:

― Sam! Finalmente você acordou, nos deixou preocupados sabia...

― O que aconteceu?

― Você desmaiou e ficou desacordada por um tempo ― disse Jon ficando de frente para ela.

― Quanto tempo? ― perguntou Sam se sentando devagar.

― Er... Uns dois dias.

― Dois dias? ―perguntou ela olhando para Jon surpresa ― Sério? Minha nossa, eu tenho que levantar, Lysa deve estar preocupada e o profº Dumbledore já mandou a carta? ― perguntou Samantha se levantando rápido demais, sua tontura voltou de repente e ela iria cair no chão novamente se duas pessoas não tivessem segurando-a primeiro, uma era Jon e outra era uma menina de olhos azuis, com cabelos negros um pouco abaixo do ombro com um olhar preocupado que ela conhecia muito bem: ― Elysabeth?

― Sim sou eu, isso é um sinal que ela não tem amnésia não é Jon? ― disse Lysa fazendo Jon rir ajudando-a colocar Samantha de volta a cama. Samantha lançou um olhar de duvida a Jon que entendeu o sinal e logo explicou:

― Depois que você desmaiou, eu liguei para ela e pedi para que viesse na sua casa e disse que era urgente, portanto ela chegou aqui cinco minutos depois, então eu contei tudo a ela, e não saímos daqui deste então. ― Sam pensou por um momento e perguntou olhando para os dois:

― Por que vocês ficaram tão preocupados?

― Por que não é normal isso acontecer ― respondeu Lysa.

― Como assim não é normal? Acontece com praticamente todas as pessoas.

― Sério? Vou te dizer o que não é normal ― disse Jon cruzando os braços ― Quando eu entrei no quarto com os seus tios, você estava no chão com os olhos fechados, e quando abriu, vimos que a Iris dos seus olhos estavam azuis, e segundos antes de você desmaiar vimos um brilho verde, foi tudo muito rápido, mais eu tenho certeza do que vi. ― Dessa vez ela não ganha pensou Jon.

― Azul? Verde? ― perguntou Samantha pensando ter escutado errado.

― Sim e o mais estranho é que Dumbledore não deixou seu tio levá-la a um hospital, o Sr. Miller teve que se contentar em só chamar um médico ― respondeu Lysa.

― Dumbledore veio aqui? Espera, você disse que ele não deixou o meu tio me levar ao hospital, por quê?Lysa respondeu novamente:

― Não sabemos. Tudo o que ouvimos é que Rob devia chamar um médico de confiança, bom, o médico veio, mais não encontrou nada de estranho em você, exceto essa...

― Essa o quê?

― Essa mancha vermelha em sua testa, como se você tivesse batido sua testa em alguma coisa ― respondeu Jon em tom preocupado.

Com um espelho em mãos entregue por Lysa, Sam arregalou os olhos ao se olhar no espelho: no lado direito da sua testa havia uma mancha vermelha em sua testa, e nessa mancha algo se destacava, era muito parecido com uma ferida, e o mais estranho é que ela tinha a forma de um raio e podia ser comparada a uma queimadura. Sam se sentou e olhou para os amigos, que por sinal, estavam com o olhar estranho e assustado, ela sabia o que eles estavam pensando e decidiu ser mais rápida:

― Não...

― Sim... ― responderam em conjunto.

― Eu sei o que estão pensando. E a resposta é não. ― disse Sam encarando os amigos, Lysa não pensava da mesma forma:

― Como pode ter certeza?

― Sam... Pensa bem, seus pais também morreram, o seu sobrenome é o mesmo, o seu segundo nome diz muita coisa, e agora a cicatriz.... ― Jon disse apoiando Lysa

― Há chances sim de você ser irmã de Harry Potter.

― Não! ― disse Sam ficando assustada. O que eles estão pensando, isso é impossível, não há chances alguma.

― Por quê? ― dessa vez Lysa se manifestou ― Nos dê um bom motivo para não acreditar que você não é a irmã do Potter.

― Tudo bem, eu vou dar um motivo ― disse Sam. Há não ser que aconteça um milagre, eu só tenho um motivo ― Não existe, nenhum registro, ou documento, ou mesmo um simples bilhete que possa provar o que vocês estão dizendo. ― Pega! Essa eu vou ganhar.

― Tudo bem, você ganhou ― disse Jon ― Mas...

― Droga! Por que sempre tem que ter um mas...

― Você não pode negar uma coisa ― continuou Jon ignorando a amiga ― O que aconteceu quando o Potter era pequeno, também pode ter acontecido com você. Sam pensou por um momento: Isso pode ser verdade, ou impossível, o que é mais provável, mas se Voldemort matou os meus pais, e tentou mesmo me matar e eu ainda estou viva, isso quer dizer... Samantha arregalou os olhos e depois lançou um olhar raivoso aos amigos, Jon deu um passo para trás enquanto Sam disse:

― Para o bem de vocês e de toda a humanidade, eu espero que vocês estejam completamente errados.

― E posso saber o porquê? ― perguntou Lysa tentando não mostrar a preocupação, sem ter muito sucesso.

― Vocês... Ai meu Deus, pensem bem, se aconteceu mesmo comigo, o mesmo que aconteceu a Harry Potter, ou seja, se Voldemort matou os meus pais e tentou me matar, e eu ainda estou viva, eu estou ferrada ― disse Sam em tom de medo, e raiva ao mesmo tempo.

― Por quê? ― perguntaram eles em conjunto e Sam pensou: Meu Deus, eles não lembram ou não pensam?

― Raciocinem ― respondeu Sam ― O que aconteceu com Harry quando ele era apenas um bebê? O que deixou ele famoso em todo o Mundo Bruxo?

― Ele derrotou Voldemort ― respondeu Jon. O que está acontecendo com vocês hoje? Por acaso o processador mental de vocês está com vírus? pensou Sam.

― Sim, mais não é isso que eu quero que vocês entendam ― disse Sam e continuou ― Agora, lembrem-se do que aconteceu, exatamente, na noite em que Lilian e Tiago Potter morreram. Lysa respondeu:

― Voldemort invadiu a casa dos Potter, matou primeiro o pai, Tiago, e ia matar Harry quando Lilian se colocou entre eles e acabou sacrificando sua vida pela do seu filho, o que não deu resultado já que Voldemort tentou matá-lo da mesma forma, mais Harry ainda sim sobreviveu e se tornou famoso, principalmente por que, tentando matar o Harry, Voldemort ficou muito fraco e perdeu os poderes por que... ― Ela então se deu conta do que acabou de dizer e o que ainda iria dizer.

― Por que... ― incentivou Sam

― Por que segundo as lembranças de Snape ― continuou Lysa ― No momento em que Voldemort lançou uma maldição da morte matando Lilian Potter, o feitiço ricocheteou nele mesmo, desfragmentando sua alma, e um fragmento dessa alma se juntou a única alma viva no lugar, a alma de Harry Potter, transformando-o em uma Horcruxes... Minha Nossa.

― E Voldemort só pode ser morto quando todas as horcruxes forem destruídas ― continuou Sam.

― Mais Sam ― disse Jon ― Se você fosse uma horcruxes, Voldemort não estaria morto.

― É isso que eu estou tentando dizer para vocês ― disse Samantha rolando os olhos ― Não há chances de nada disso acontecer. Agora vocês vão me dar um bom motivo para que eu acredite na história de que eu sou a irmã dele.

Um silêncio tomou conta do quarto, Lysa e Jon pensavam: Dessa vez ela ganhou e Sam sorriu vitoriosa, sabia que está discussão estava encerrada de vez e ela pensou: Finalmente não tem nenhum: mas isso ou, mas aquilo. E ainda estavam em total silêncio quando alguém bateu na porta fazendo os três darem um pequeno pulo com o susto e uma voz masculina, porém calma vir do outro lado da porta dizendo:

― Com licença. Srta. Potter posso entrar em seus aposentos?

― Claro que pode profº Dumbledore ― disse Sam com a voz mais suave.

― Hum, estou vendo que estavam conversando, eu atrapalho?

― Claro que não professor, além do mais, o senhor nunca atrapalha nada ― disse Lysa rindo de seu último comentário.

― Ainda bem, mais vim aqui para ver como você está se sentindo hoje Samantha ― disse Dumbledore chegando mais perto da cama de Sam.

― Estou bem melhor professor, obrigada, eu só fico um pouco tonta quando levanto muito rápido ― disse Samantha fazendo Lysa e Jon darem um leve sorriso. ― É bom ouvir isso. Eu soube sobre você e vim o mais rápido possível, cheguei logo depois do incidente, a Srta. Hathway já havia chegado e estava junto com o Sr. MCalister ― disse Dumbledore olhando para os dois e depois voltou o seu olhar novamente para Sam ― Fui conversar com o Conselho, para definir a data da partida de vocês para Hogwarts.

― E quando iremos? ― perguntou Sam ansiosa.

― Amanhã.

― Por mim tudo bem, o mais rápido. ― disse Sam alegrando-se.

― Por mim quanto mais rápido melhor ― disse Lysa dando um sinal positivo com as mãos e depois olhou para Jon esperando uma resposta.

― Por mim eu já estaria lá.

Sam estava tão feliz que seria capaz de ir para Hogwarts agora mesmo, sua mente estava a mil, pensava sobre varias coisas, tudo ao mesmo tempo, e tudo relacionado à Hogwarts, mais o profº Dumbledore continuou, parando sua corrida mental:

― E Samantha?

― Sim professor? ― perguntou Sam ainda rindo com os amigos e se virando para olhar Dumbledore melhor.

― Eu preciso dar uma olhada na mancha. Posso?

― Claro.

Dumbledore se aproximou de Samantha, olhou para a sua testa e logo depois tocou a mancha, passou o dedo formando um raio sobre ela, que percebeu que o rosto e principalmente o olhar de Dumbledore se tornaram misteriosos e pensativos, Sam sabia que ele tinha um palpite sobre o assunto.

― Hum... Interessante. ― disse Dumbledore mais para si mesmo do que para os outros, mais Sam não deixou passar e ainda olhando para Dumbledore perguntou:

― O que é... interessante professor?

― Existe algo embaixo dessa mancha, algo que está protegido e escondido por uma magia poderosa, a mancha só um efeito dessa magia.

Jon e Lysa e principalmente Sam pararam de rir imediatamente e passaram a ficar assustados com que Dumbledore tinha acabado de dizer.

― Escondendo o quê? ― perguntou Lysa em tom preocupado.

― Isso eu não sei, mais logo irei descobrir ― Dumbledore logo mudou de assunto ― Bom, eu virei buscar vocês amanhã de manhã, quero todos prontos às oito horas, e estarei aqui nesse mesmo horário.

― Está bem ― responderam os três.

― E Samantha, você está bem mesmo?

― Claro. ― Que droga, será que ele não pode nem ao menos dá um palpite. Samantha queria fazer muitas perguntas naquele momento, mais Dumbledore saiu e deixou os três assustados com uma simples frase e muitas dúvidas. Na manhã seguinte ela já estava com as malas prontas. Na cozinha seus tios já estavam tomando o café-da-manhã e na frente deles estava Carly, uma menina de cabelos e olhos escuros e cerca de um ano mais nova que Sam, Carly era muito parecida com os pais, tanto na aparência quanto nas qualidades, qualidades essas que Sam admirava, ela já sabia que Sam era uma bruxa, contudo não a tratava com indiferença, para a felicidade de Sam.

― Bom dia ― cumprimentou Sam.

― Bom dia ― respondeu a família em conjunto. Sam sentou no lado da prima, e sua tia começou a falar em tom triste:

― Sam... Eu sinto muito por não ficarmos até sua partida, mais precisamos ir trabalhar mesmo, já faltamos ontem...

― Tudo bem tia Sally ― completou Sam ― Eu entendo perfeitamente.

― Prometa que vai mandar cartas toda semana ― disse Carly virando-se para olhar Sam melhor.

― Toda semana? ― protestou Sam sorrindo ― Eu nunca vou ter nada pra contar a vocês.

― Tudo bem ― concordou Carly forçada ― Todo mês... Mais prometa.

― Mas... ― Mas nada Samantha, prometa agora ― exigiu Carly tentando ficar séria, sem muito sucesso.

― Certo, eu prometo ― concordou Sam sem muita confiança nessa promessa ― Mas eu acho que eu não vou ter muita coisa para contar, não vou chamar muita atenção. Carly quase engasgou com o biscoito e disse meio sem ar:

― Você não pode está falando sério.

― Por que não estaria?

― O meu Deus Sam ― disse Carly indignada ― Você chamará atenção de todos só com o seu sobrenome Potter. Quando descobrirem sobre seus pais, vão pensar que Voldemort também tentou matar você, e seu segundo nome vai...

― Não termine essa frase Carly ― disse Sam levantando a mão em um sinal para que a prima se calasse e continuou ― Já ouvi isso da Lysa e do Jon e além do mais, eu irei conversar com Dumbledore para que esse pequeno problema seja resolvido.

― Você que sabe ― disse Carly e voltou a comer.

― Falando em segundo nome ― continuou Sam ― Você acredita que o Jon e a Lysa disseram que têm granes chances de eu ser irmã do Harry Potter ― agora Carly engasgou com sua comida, demorou um pouco para se recompor, Sam não percebeu, mais seus tios se entreolharam e estavam mais pálidos que o normal, e Sam estava mais preocupada com sua prima. ― Carly, você está bem?

― Isso seria incrível! Ser irmã de Harry Potter ― respondeu Carly ainda com pouco ar.

― Vou considerar isso como um sim ― disse Sam rindo da reação de Carly.

― Se estivéssemos a mais ou menos vinte anos atrás, eu diria que existem muitas chances de isso ser possível ― comentou tia Sally olhando para a Sam ― Samantha, prometa que irá se cuidar e não se meter em confusão ― Sam parou rir imediatamente, pois quando chamavam-na de Samantha, o assunto é sério, respondeu

― Eu prometo.

― Agora eu me sinto melhor ― declarou tio Robert.

― Não se preocupem, eu vou ficar bem.

― Eu espero, ou eu vou ter que agüentar eles andando de uma lado pro outro até ter um buraco no chão ― disse Carly.

― Carly! ― avisou tia Sally.

― O que foi? É verdade.

― A conversa está ótima, mas temos que ir ― disse tio Rob levantando da mesa, acompanhado pela esposa ― Sam vem cá ― chamou tio Rob já perto da perto da porta, ela se aproximou dele, que colocou a mão em seu ombro e depois deu um abraço, seguido pela tia Sally ― Quero que tome cuidado está bem?

― Eu vou tomar cuidado tio, não se preocupe.

― Sam, qualquer problema nos mande uma carta ou comunique o senhor Dumbledore, certo? ― avisou tia Sally quase chorando, Sam não pôde fazer nada se não concordar, mais Sam não ia perturbar Alvo Dumbledore por qualquer problema. Depois que os tios foram embora, Sam começou a conversar com Carly:

― Você vai ficar até eu ir embora não é?

― Claro, porque eu não ficaria, minha aula é só à tarde e eu não perderia a chance de ver Alvo Dumbledore pessoalmente ― respondeu Carly com um grande sorriso e Sam perguntou:

― Você vai ficar bem sozinha?

― Hei, eu só tenho doze anos, mais minha mente tem quatorze, e além do mais, Dayse vem aqui todos os dias ― disse Carly se referindo a irmã de sangue mais nova de Jon. ― Sua mente tem quatorze? Isso me preocupa ― disse Sam, fazendo Carly fingir estar indignada. Quando o relógio marcou sete e meia da manhã, as visitas começaram a chegar: primeiro Lysa que estava muito nervosa, e reclamou que ainda era muito cedo, e depois Jon que estava acompanhado por Jenni e Dayse, Jenni quase jogou Sam no chão, dizendo que estava muito feliz que também seja uma bruxa, alegando que seria uma chatice agüentar o irmão, sozinha, mais quando ela viu Lysa ao lado:

― Você também é uma bruxa! ― Jenni gritou se jogando em cima da Lysa.

― Já te falaram que você é maluca? ― perguntou Sam ajudando Jenni a sair de cima da Lysa que já estava ficando sem ar, Jenni respondeu:

― Já. Na verdade me falam isso todos os dias, mais eu nem ligo, eu sou doida mesmo ― e olhou divertida para Sam com aqueles olhos quase verdes que lembra confusão.

― Como foi o caminho pra cá Jon? ― perguntou Lysa em tom divertido.

― Em uma palavra: insuportável. ― disse Jon tentando ficar sério ― Acredite, se Jenni fosse minha irmã de verdade, de sangue mesmo, como a Dayse, eu iria à justiça e diria que deram o sangue errado pra ela, mais para minha sorte, isso não é necessário.

― Hei, não começa a reclamar. Eu te ajudo muito, eu sou a única que tiro o tédio do lugar ― defendeu-se Jenni.

― Certo. Eu retiro o que disse ― Jon se rendeu ― Além do mais, mesmo você não ser minha irmã de verdade, eu te considero como uma.

― Que lindo. Uma reconciliação entre irmãos ― falou Carly com um ar sonhador fingido.

― Para com isso Carly ― Jenni e Jon falaram em conjunto, fazendo todos rirem. Todos deram suas opiniões de como queriam se sair em Hogwarts: Sam quer ser boa em feitiços; Jon em quadribol; Jenni em duelos (Será?); e Lysa em poções (ta difícil). E para provar como Dumbledore é pontual, ele chegou no momento exato em que o relógio marcava oito horas. Pois nesse exato momento ele apareceu de repente no meio da sala, assustando todos que estavam sentados no sofá.

― Professor Dumbledore! O senhor por acaso quer nos matar antes de irmos para Hogwarts? ― perguntou Jenni fazendo Dumbledore rir.

― É sério, quase eu tive um infarto com treze anos ― disse Sam rindo.

― Da próxima vez avise, não quero morrer sem antes ver Jon se dando mal em Hogwarts ― disse Dayse que até então estava calada.

― Bom vê-los alegres hoje. Vejo que já estão com as malas prontas ― disse Dumbledore olhando todas as malas na sala.

― Eles vão para Hogwarts! Arrumaram as malas logo depois de saber a data da partida professor. ― disse Carly saindo do transe de ver Dumbledore pela primeira vez e chamando sua atenção.

― Há sim, Srta. Carly Miller é um prazer conhece - lá ― disse se aproximando de Carly.

― O prazer é todo meu profº Dumbledore ― cumprimentou Carly.

― Então, que horas vamos? ― perguntou Jenni.

― Certamente, eu e a Srta. Potter iremos primeiro, depois será a vez de vocês.

― Por quê? ― Por que eu e a Samantha iremos realizar o feitiço para voltar no tempo ― explicou Dumbledore ― E se vocês forem... Como eu posso dizer...

― Se forem iram sumir ― completou Sam ― Já que iremos voltar para o ano de 1993, há 18 anos, quando Harry estava no segundo ano. E pelo o que e saiba, nenhum de nós tem mais do que treze anos.

― Mas você não vai deixar de existir porque é você que vai fazer o feitiço ― disse Jon mais para si mesmo do que para os outros.

― Com a ajuda do profº Dumbledore ― completou Sam.

― Exatamente ― disse Dumbledore ― E como eu quero que a casa esteja inteira quando eu voltar, eu vou deixá-los acompanhados por uma pessoa.

― Há professor. Nos já ficamos sozinhos uma vez, e a casa ficou inteira, além do mais, não precisamos de uma babá, temos treze anos mais nossas mentes têm dezesseis. ― disse Lysa fazendo Sam e Carly rirem.

― E é exatamente isso que me preocupa ― disse Dumbledore ― Nenhum adulto em sã consciência deixaria quatro jovens de dezesseis anos em casa, sozinhos.

― Temos treze...

― Mas suas mentes têm dezesseis lembra? ― disse Dumbledore fazendo todos resmungarem― Portanto eu vou deixá-los acompanhados, não por uma babá e sim por um professor.

― Um professor? ― perguntaram em conjunto.

― Por favor, diga que esse professor é por acaso o senhor.

Vendo que não obtiveram respostas, Sam se aproximou séria do professor e perguntou:

― Quem é esse professor?

Nesse instante, uma pessoa de preto, aparentemente atrasada, chegou pela porta dos fundos, o homem tinha cabelos negros quase chegando aos ombros,e podia ser comparado a um morcego, Sam sabia exatamente quem era.

― Professor Snape.

― Creio que já conhecem o professor Severo Snape ― comentou Dumbledore ao ver a cara dos outros. Samantha observou o professor se aproximar do pequeno grupo devagar, e ela assim como os outros, estava assustada com a aparição um tanto sombria e inesperada de Snape que disse:

― Bom dia a todos, eu ficarei aqui para garantir que não destruam a casa ― disse sem preocupação e em tom de ironia, ele olhou cada um tranquilamente. Contudo, quando seus olhos caíram sobre Samantha, ele quase que imediatamente deu um passo para trás, e todos reparam nesse ato, pois passaram a olhar em direção a ela, e no momento em que ela olhou nos profundos olhos negros de Snape, não reagiu bem. Sua visão ficou embaçada, e tudo ao seu redor começou a rodar, suas pernas perderam a força, fazendo-a cair no chão, seus olhos continuaram abertos, pois dessa vez sua cabeça não doía, mas a cena era quase a mesma. Dessa vez a cena estava um pouco fora de foco, não se podia distinguir rostos, para Sam tudo não passava de um borrão na maioria das vezes. Sam viu uma mulher, não podia ver seu rosto mais percebeu que era ruiva, ela estava de frente para o berço, falando alguma coisa muito séria, logo depois houve uma luz azul e ela voltou a sorrir. A cena mudou e dessa vez, Sam viu um homem coberto por uma capa preta entrando no jardim, com a ajuda da varinha, entrou na casa sem muito esforço, Sam só pôde ver um casal, a mesma mulher com um bebê no colo, a mulher saiu correndo escada acima, enquanto o homem tentou lutar, mas acabou morto Sam então se deu conta de que conhecia aquela cena, era a noite da morte dos pais de Harry, Lilian e Tiago Potter, e a derrota de Voldemort, ela ouviu chamarem seu nome, mas antes de responder as cenas voltaram Dessa vez, a mulher que era Lilian, estava no quarto, desesperada ela coloca Harry no berço e trancou a porta, o que não adiantou muito, já que Voldemort entrou no quarto lançando uma forte luz contra a porta, o que só podia ser um feitiço, Lilian ficou perto do berço novamente, dessa vez ela olha pela janela mais próxima, ela abaixo os olhos já que o quarto era no segundo andar, Samantha não sabia muito bem pra quem era, quando Lilian disse sem que nenhum som saísse de sua boca:

― Salve-a, por favor... Por mim...

Ela então se coloca entre Voldemort e o berço, mas Voldemort a joga-a para o outro lado do quarto com um aceno de varinha, e caminha em direção ao berço e ele vê algo que de inicio foi um susto, mas depois ele esboçou um longo sorriso, Sam só depois entende o que aconteceu, ela também se assustou ao ver não só um, mas dois bebês no berço, um ela sabia que era o Harry, o outro não conhecia, era uma menina de no máximo cinco meses, ela não podia acreditar no que estava vendo, então Voldemort se aproximou de Lilian e disse:

― Mais um bebê, humm.... Eu não fui avisado disso, contudo, essa criança não irá escapar, seja ela quem for...

Ele se aproximou novamente do berço levantando a varinha, põem Lilian o empurrou com força o suficiente para que ele caísse no chão, olhou de novo para a janela e se voltou para Voldemort:

― Eu não vou deixar você fazer isso...

― Como ousa interromper Lord Voldemort... Você jamais ira interferir em meus planos... ― Voldemort aponta a varinha para Lilian e lança um avada kedrava, e depois tudo o que vê é o corpo inerte de Lilian Potter no chão e já sem pulso, sem que percebesse, lagrimas caíram sobre o rosto de Samantha e ela ouviu Voldemort dizer:

― Vou cuidar primeiro de você Harry Potter, depois eu cuido da sua amiguinha ― ele apontou a varinha para Harry e lhe lançou uma maldição da morte, a ultima coisa que Samantha viu foi uma luz muito verde.


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Notas finais do capítulo

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