Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 12
A verdadeira punição


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Aqui está mais outro capitulo! E quero agradecer muito pelos reviews, continuem mandando, vlw!



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Eu estava deitada em uma cama macia e pude ouvir vozes agitadas ao meu redor. Abri devagar os olhos, mas a claridade ofuscava em minha visão dificultando tal ato. Quando os abri observei meus amigos preocupados (incluindo o trio de ouro), um Dumbledore me analisando com interesse, um Snape impassível, uma Aleny apavorada e uma Madame Pomfrey estressada tentando, em vão, expulsar todos da ala hospitalar.

            Dumbledore foi o primeiro a reparar que eu já estava consciente:

— Finalmente Samantha, eu já estava ficando preocupado!

Todos se calaram e me olharam, segundos depois a bagunça começou.

— Sam, você acordou!

— Finalmente!

— Como você está?

— Ficamos preocupados!

— Calem a boca! — ordenou Snape parecendo impaciente.

Em exceção de Dumbledore, todos se encolheram amedrontados. Agradeci mentalmente a Snape, ele apenas acenou com a cabeça.

— O que houve? — perguntei sentando, com esforço, na cama.

— Você desmaiou logo depois que bebeu a poção que os três Senhores te deram — respondeu Jenni rapidamente.

— Repito: o que houve? — perguntei novamente, dessa vez, direcionando a Aleny.

Ela se mexeu desconfortavelmente e abaixando o olhar começou:

— Tecnicamente você ficou sem nenhum ferimento grave...

— Mas... — incentivei.

— Mas aquela poção... Ainda não acredito que eles a usaram... Revitulus, uma poção evitada e temida há anos...

— O que ela faz?

— Antes de tomar a poção, o mundo, em geral pagava o preço pelas mudanças inesperadas ocorridas na história, com mudanças no clima e coisas semelhantes que colocam em risco a vida das pessoas. Mas agora... além de tudo isso... você vai pagar com muito mais...

— Como assim? — perguntou Jon no meu lugar.

— Se ocorrer alguma mudança e se ela for confirmada, você Samantha, poderá ficar muito doente e sem nenhum motivo aparente, poderá até morrer... E se você morrer os acontecimento não serão alterando e o fim será o mesmo...

— Você só se importa com isso! Não dá a mínima para a saúde da Sam não é!? — explodiu Lysa se aproximando mortalmente de Aleny que pareceu pedir desculpas silenciosamente.

— Calma Lysa — pedi.

— Calma nada! — retrucou ela e em seguida me encarou — É loucura arriscar sua vida por todos Samantha! Afinal, não são muitos o que vão morrer, certo?

Eu contei nos dedos e os citei mentalmente: Dumbledore, Snape, Fred, Moody (o verdadeiro), Tonks, Lupin, Colin (o fotografo), Cedrico...

— Certo! São muitos, já entendi — interrompeu Lysa que observava minha mão que contava as vitimas.

— Quando terei alta? — perguntei a Madame Pomfrey.

— Se não piorar poderá sair daqui amanhã.

Agradeci mentalmente: eu odeio a Ala Hospitalar, me faz sentir incapacitada, inútil... Mas algo me dizia que eu ainda iria visitar muito aquele lugar. Esbocei um sorriso ao lembrar o verdadeiro motivo por estar ali e brinquei:

— E onde está o meu maninho...?

Dumbledore riu suavemente e encontrei Harry ao lado de Rony e Hermione (como sempre!). E abri os braços para recebe-lo.

— Não vai dar um abraço na sua maninha...?

Harry abriu um largo sorriso e me abraçou com vontade. De esguela vi Snape crispar os lábio mostrando desprezo, mas que se dane Snape!

A porta da Ala Hospitalar se abriu com um estrondo, fitei a entrada e paralisei. Moody/ Crouch andava apressado em minha direção com uma cara fingida de preocupação, aquele vagabundo de uma figa! Me separei de Harry, relutante. A ultima pessoa no mundo que eu queria ver era exatamente ele!

— Como está minha aluna preferida?

— Estou muito bem obrigada — respondi pouco convincente.

— Que ótimo ouvir isso, fiquei preocupado — respondeu ele no mesmo tom.

Olhei para Snape pedindo ajuda, aparentemente ele entendeu, por que disse:

— Acho melhor deixarmos Samantha sozinha, ela precisa descansar — todos o encararam sem acreditar que fora ele que disse aquilo.

— Severo tem razão e acho melhor o escutarmos se quisermos nossa Samantha disposta amanha — socorreu Dumbledore.

“Volto em dez minutos. Precisamos conversar”. Avisou Snape mentalmente já saindo da Ala junto com os outros.

“Traga Crissy por favor”. Pedi da mesma forma.

Como eu disse ainda pouco: EU ODEIO A ALA HOSPITALAR! É tedioso ficar aqui! E por isso dez minutos pareceu um inferno eterno (eu sei que é exagero). A cada minuto eu me sentia mais fraca e ao mesmo tempo mais inquieta. Como isso é possível!?

— O que está acontecendo comigo? — murmurei para mim mesma.

Escutei a porta se abrindo e suspirei aliviada quando avistei Snape carregando Crissy.

— Até que fim! Eu não aguentava mais ficar sozinha nesse lugar — exclamei quando ele me entregou Crissy que se enroscou nos meus braços enquanto eu lhe fazia carinho — Então? O que quer falar comigo?

— Vim tentar convence-la — respondeu ele sem hesitar.

— Convencer a quê? — questionei arqueando uma sobrancelha.

— Você tem que contar a Dumbledore sobre o Moody, não pode mais esconder! — pediu ele se aproximando.

— Já falei que eu não posso fazer isso — teimei. Mas havia um problema, Snape era mais teimoso que qualquer um...

— Srta. Potter me escute...

— Por Merlin, já falei para me chamar de Samantha...

— Tudo bem. Samantha, Crouch é perigoso, já machucou você uma vez e pode fazer muito pior mais tarde.

— Não... — tentei, mas fui interrompida.

— Samantha, ouça a voz da razão — sussurrou Snape.

— Sinto muito professor... — pedi e argumentei — Não posso fazer tanto, não agora — eu praticamente menti. A verdade é que eu não fazia ideia do que ia acontecer se eu mudasse as coisas agora, no estado em que me encontro.

 — Eu nem tive tempo, mais eu prometo que assim que puder eu conto.

Permanecemos em um silêncio constrangedor, por quê? Bom... só o fato dele estar preocupado com alguém já mostra uma parte do verdadeiro Snape, aquele que a muito tempo está guardado a sete chaves e escondido de todos por detrás da mascara de morcego Sonserino e de professor mais temido e chato de Hogwarts.

— Por que se preocupa com uma Potter? — brinquei rindo suavemente. Snape revirou os olhos e suspirou.

— Sinto que devo protege-la e nem me pergunte o por quê, pois eu nem eu sei — respondeu ele sincero — Mas você não tem as características do Potter e isso a torna... aceitável.

— Vou aceitar isso como um elogio. Harry que me perdoe, mas James não era a melhor pessoa do mundo.

— Engraçado... Você não se refere a ele como o seu pai — reparou ele abrindo um sorriso — Pensa mesmo isso do Potter?

— Penso — respondi como se fosse o obvio e estranho o sorriso misterioso dele — Na verdade, até ele encontra minha mãe, ele era o maior galinha. Mas ele tinha uma facilidade para perturbar e zoar com a cara dos outros...

— Odeio quando você tem razão.

— Eu sei que me odeia professor... — confirmei passando a olhar minhas mãos.

— Eu... — começou Snape mas foi interrompido por Madame Pomfrey.

— O que faz aqui Severo!? A srta. Potter precisa descansar!

— Não se preocupe Madame, ele só veio trazer minha gata... Como eu pedi — a acalmei. Ela apenas olhou desconfiada para Snape, dizendo:

— Certo... Mas agora você deve ficar sozinha.

— O QUÊ? Vão me deixar SOZINHA? Que irresponsabilidade de vocês, deixando uma garota doente e sozinha nesse lugar tedioso — acusei cinicamente.

— Esforços em vão srta. Potter — retrucou ela enquanto empurra Snape para fora.

Eu fingi estar emburrada. Sozinha de novo, que ótimo!

O pôr-do-sol brilhava no horizonte enquanto eu lia um livro de Transfiguração, ou pelo menos tentava ler, de minutos em minutos eu sentia minha cabeça rodar e minha visão embaçava, o que, é claro, não contei nada para ninguém, muito menos para Madame Pomfrey. Ela disse que eu iria e vou sair dessa lugar hoje!

— Oi Sam! Como se sente?

— Ai Jenni! Quase me matou de susto garota! Não devia estar em aula?

— A profª McGonagall me liberou, mas você sabe que eu viria com ou sem permissão, não é? — brincou ela dando uma piscadela — Mas e ai? Como se sente?

— Estou na mesma e louca pra sair desse inferno do tedio.

— Não fique tão chateada, logo vai sair, lembra?

— Se isso não acontecer eu me jogo pela janela!

Eu ri de mim mesma e Jenni me acompanhou, futuramente, eu seria suicida.

De repente minha cabeça começou a latejar, minha visão embaçou, o ar me faltava e meu pulmão começou a queimar furiosamente, doendo cada vez mais enquanto eu tossia.

— O que houve Samantha? — perguntou Jenni e pude sentir preocupação em sua voz.

O meu ataque de tossi continuou, ficando cada vez pior até que senti um gosto estranho em minha boca, estranho mais vagamente familiar.  Minutos depois olhei para minhas próprias mãos, estavam e cobertas com meu próprio sangue, assim como minha roupa.

— MADAME POMFREY — gritou Jenni varias e varias vezes.

Tentei levantar, mas tudo o que consegui foi cair de vez no chão. Jenni gritava por ajuda e logo Madame Pomfrey chegou mais do que desesperada e perguntou:

— O que houve com ela?

— Eu não sei. Em um momento estava bem e no outro...

Outro ataque de tosse, dessa vez tive que lutar para conseguir respirar enquanto cuspia o sangue que se acumulava m minha roupa.

NARRADOR P.D.V ON

O desespero de Jennifer era visível em sua expressão e só aumentava a cada minuto que via Samantha naquele estado, ela ajoelhou-se ao lado da amiga e procurou respostas apenas em seu olhar.

— O q-que... q-que está acontecendo? — gaguejou Sam antes de soltar outra golfada de sangue.

Em minutos as duas estavam ensanguentadas.

— Sam... — Jenni segurou o rosto da amiga que só piorava e assegurou o que era praticamente impossível — Me escute, você vai ficar bem ok? Vai ficar bem.

Jenni olhou para as próprias mão sujas de sangue tentando ao máximo não pensar ao contrario do que falava. Outro ataque de tosse tomou conta de Sam que já começava a tremer, Madame Pomfrey já tentara de tudo, mas nada havia dado resultado, então ordenou a Jennifer:

— Vá buscar Dumbledore imediatamente!

A garota não pensou duas vezes e saiu correndo. Há essa hora todos já deviam estar no salão principal. Mas quem liga!?, pensou Jenni. Para ela o que importava agora era o estado em sua amiga. E foi com esse pensamento que ela entrou arfando no salão.

— PROFESSOR DUMBLEDORE — gritou ela — Professor Dumbledore...

— Por que você está toda suja de sangue srta. McLister? — questionou Minerva se levantando, do outro lado de Dumbledore, Snape também havia se levantado.

Jennifer apenas ignorou a pergunta e se voltou para Dumbledore:

— Professor Dumbledore, o senhor tem que ir na Ala Hospitalar imediatamente! Aconteceu alguma coisa muito ruim com a Sam, venha rápido! — alertou ela quase as lagrimas.

Os murmúrios começaram e Dumbledore se aproximou de Jenni, seguido por Minerva e Snape extremamente preocupados. Institivamente, Harry e os amigos de Sam se levantaram e se aproximaram dos professores, Dumbledore apenas disse:

— Nenhum de vocês irá nos acompanhar.

— O QUÊ!? — exclamaram eles.

— Nem vem! Depois do que eu vi quero ter certeza de que minha amiga esta viva — desesperou-se Jenni — Senhor... queremos vê-la e temos esse direito.

— Tem toda razão srta. McLister, mas esse é um caso complicado, creio que a presença de vocês irá piorar a situação de Samantha — replicou Dumbledore sério.

— Eu não vou ficar aqui sem fazer nada! — reclamou Lysa já quase saindo do salão principal quando a puxou de volta — Hey! O que pensa que está fazendo? — exigiu ela encarando um guarda que a segurava — ALENY!

— Sinto muito Elysabeth, mas vocês não vão ajuda muito — desculpou-se Aleny e só assim Lysa percebeu que a Alta Sacerdotisa estava acompanhada por guardas.

O caminho até a Ala Hospitalar foi reinado por um silencio incomodo. E quando chegaram na Ala hospitalar esse incomodo deu lugar a tristeza e ao espanto. Pasmos, encontraram uma Samantha mais pálida do que o normal, caída no chão, com o seu próprio sangue sujando suas roupas e praticamente banhando o chão.

— Não deixem ninguém entrar nesse local — ordenou Aleny aos guardas.

Todos fitaram uma Samantha pálida e praticamente banhada de sangue e caída no chão, parecendo atordoada ela olhava em volta em busca de respostas.

— O que houve? — perguntou Minerva com a voz aguda.

— Eu não sei! A srta. McLister disse que Samantha começou a tossir e engasgar com o próprio sangue sem nenhum motivo aparente! — exclamou Madame Pomfrey em desespero, enquanto tentava, em vão, ajudar Samantha — Eu não sei mais o que fazer, já tentei de tudo!

            Snape se aproximou vagarosamente de sua aluna favorita ( segredo que ele guardou de todos e negava a si mesmo), abaixou-se ao seu lado e a carregou até a cama mais próxima como se ela fosse uma criança indefesa que dormira em seu colo. Respirando com dificuldade e segurando sua vontade de tossir novamente, Samantha tentou se acalmar quando foi posta na cama quente da Ala Hospital e procurou indiferença e até mesmo nojo nos obscuros olhos de Snape, no entanto, para seu espanto, encontrou: medo, preocupação e por mais impossível que seja, também encontrou uma profunda tristeza. O que está havendo com ele?, pensou Samantha. Snape parecia não se importar e nem ao menos ligar para o fato de que suas vestes estavam encharcadas de sangue por tê-la carregado, muito pelo contrario, isso parecia preocupa-lo ainda mais. Se Samantha continuar dessa maneira poderá morrer, pensou Snape.

— Temos que fazer alguma coisa...ela está morrendo! — exclamou ele.

— Vocês podem sair — disse Aleny apontando para Pomfrey, Snape e Dumbledore — Eu vou dar meu jeito por aqui.

            Samantha segurou firme o pulso de Snape e Dumbledore, indicando que ela não queria que ninguém saísse dali.

— Vamos ficar — decidiu Snape sem deixar de encarar Samantha — Você precisará de ajuda Aleny.

— E além do mais — completou Dumbledore também analisando o estado de sua aluna — Samantha está usando todas as suas forças para nos segurar.

— Pois bem — recomeçou Aleny indo até Samantha que recomeçou a tossir — Tudo isso que ela está sofrendo agora com certeza é uma reação da poção que ela tomou...

— Pule para a parte da solução — pediu Dumbledore apressando-a.

— Certo. Talvez se tentarmos diminuir ou até mesmo paralisar a dor dela, talvez dê certo... — sugeriu ela mais para si mesma — Daremos uma poção relaxadora muito forte e depois a levaremos para o St. Mungus, ela está em um estado muito critico.

— Disso não há como discordar. Samantha parece ficar mais fraca a cada minuto — afirmou Dumbledore com um olhar triste.

— Eu vou ter que ir junto — avisou Snape abruptamente arqueando uma sobrancelha.

— E posso saber por quê? — questionou Aleny o encarando.

— É professor Snape, acho que a srta. Potter precisa de descanso — manifestou-se Madame Pomfrey.

— Samantha ainda não largou o meu braço, então eu acho que ela quer que eu vá junto — informou ele apontando para seu pulso direito onde Samantha ainda segurava e em seguida pedia mentalmente: “Não me deixe sozinha naquele lugar, por favor, não importa o quanto me odeie... não me deixe sozinha...”.

— Eu não... — começou ele, mas foi interrompido por Aleny.

— Então está decidido. Professor Snape, o senhor tem uma poção desse tipo em seu estoque?

— Vou busca-la. Samantha... Eu não vou deixa-la sozinha por muito tempo, só vou buscar uma poção que irá te ajudar tudo bem? — perguntou Snape hesitante.

            Samantha concordou quase desmaiando, então ele aproximou-se e segurando o rosto dela disse — Samantha. Olhe pra mim — ela lutou para manter-se acordada e o encarou — Quando eu voltar quero vê-la acordada entendeu? Não feche os olhos, isso é uma ordem — dizendo isso ele saiu atordoado.

            Há alguns meses ele odiava Samantha só pelo simples fato dela ser uma Potter, e agora via que de Potter ela não tinha nada. Ela parecia ter herdado apenas as características de Lilian, pois de James não havia herdado nada, disse ele tem certeza. Mas como uma garota pode causar uma reviravolta tão grande na vida dele?! Só Samantha fazia Severo Snape mostrar seu verdadeiro lado.... Será essa a hora de contar a verdade?

SAMANTHA P.D.V. ON

Fui surpreendida por outro ataque, dessa vez pior, respirar estava ficando cada vez mais difícil e ficar acordada era quase impossível, de minutos em minutos eu voltava a cuspir sangue e eu já estava me irritando com isso!

— Ela irá ficar bem Aleny? — perguntou Minerva com sincera preocupação.

— Ficará se receber os cuidados necessários o mais rápido possível — respondeu Aleny sem tirar os olhos de mim. E depois de alguns minutos ela já estava mais do que impaciente e exclamou — Mais que droga! Onde está o Snape com a poção!?

— Acalme-se Aleny — tentou Dumbledore serenamente — Severo é a ultima pessoa no mundo que deixaria algum mal acontecer a Samantha.

— E desde quando Snape se importa com alguém!? — ironizou a Alta Sacerdotisa — Ele ajuda e protege Harry por obrigação e não por livre e espontânea vontade...

— Ele se importa com Samantha — interrompeu o diretor sem alterar sua expressão.

Mesmo no estado em que eu estava, não me controlei e ri, sem acreditar, e quando todos me encaram eu completei:

— Com todo respeito tio Dumby — ele arqueou a sobrancelha diante do apelido — Mas tio Sev me odeia tanto quando odeia Harry.

— Isso não é verdade.

— Então me dê um motivo para acreditar que ele não me odeia e que se importa comigo — pedi impaciente.

— Severo jamais odiaria uma pessoa que gosta e acredita nele.

— Nem vem! Conheço Severo tão bem quanto o senhor e sei bem que é preciso mais do que isso para ele deixar de odiar alguém e pelo o que sei, ele não tem motivos para se importar comigo, pois para ele eu não passo de mais uma irritante sabe-tudo Potter, não importa se sou ou não filha de Lilian, basta que eu tenha Potter como pai.

— Se o conhece tão bem assim deve saber que ele não é tão frio e insensível quanto aparenta ser...

— Desculpa professor, mas sendo ou não frio, o que importa é que ele odeia os Potter e seus filhos e isso não muda com o fato dele não ser quem aparenta ser. O máximo que pode acontecer é ele criar uma laço fraterno comigo e com Harry, mas isso depois de muito tempo. Se não concorda com isso, prove o contrario.

Dumbledore ficou em silêncio e pela primeira vez na vida o vi apreensivo e indeciso ao mesmo tempo e percebi que ele queria muito contar algo importante. Fitei Aleny que parecia ter percebido o mesmo e analisava o diretor atentamente. Quando eu finalmente decidi perguntar o que era, Snape entrou no local trazendo a bendita poção!

— Até que fim professor! Pensei que tinha se perdido — exclamou Aleny exasperada.

— Calma, eu já estou aqui! Como se eu fosse deixar a Samantha morrer — defendeu-se ele sarcástico.

Dumbledore me lançou um olhar significativo que eu apenas ignorei, ou tentei, já que uma voz em minha cabeça que gritava: Vai voltar a ser a mesma cabeça dura de sempre!? Deixa de ser tapada e aceita os fatos filha!

Eu paralisei. Filha? Eu mesma me chamei de filha? Mas espera! Essa voz não é minha, essa voz é mais suave, mais doce, carinhosa e... maternal. E me parece bem familiar...

— Samantha? Você está bem? — perguntou Aleny voltando a ficar preocupada.

— Estou, eu... eu só... me distrai — balbuciei ainda em choque.

— Por que seus olhos estão azuis? — quis saber Minerva se aproximando.

— Estão? Eu... er... não sei.

— Tem certeza de que está bem? — perguntou Snape segurando meu ombro.

De imediato eu não senti nada. Mas cinco segundos depois um chope percorreu meu corpo me fazendo estremecer e em seguida comecei a ver trechos de cenas da Hogwarts de anos atrás: vi Snape e Lilian se divertindo embaixo de uma arvore no jardim, risadas e brincadeiras faziam parte do cenário... havia varias cenas como essa, quase as mesmas, mas de repente mudou... Agora eu já os via adultos, Snape estava na casa dos Potter com Lilian, suas vozes ecoavam em minha mente, mais estavam em conversa animada:

“Olha Sev, ela não é linda? E parece muito com você”, exclamou Lilian rindo para uma recém-nascida em seu colo.

“Realmente é muito linda e provavelmente vai herdar sua inteligência”, concordou Snape enquanto fazia carinho na menina.

“Você concordo com o nome não é?”, verificou Lilian o encarando.

Mas quando Snape ia responder a cena sumiu e voltei a realidade a tempo de ver o atual Snape pasmo e se afastando alguns passos.

— Eu sinto muito Sev... professor Snape — repreendi a mim mesma com um tapa na cabeça para não chama-lo pelo primeiro nome, aquilo já estava virando mania.

Bebi a poção devagar tentando me manter calada e não falar besteira. Mas não pude ignorar os olhares questionadores e curiosos de Minerva, Dumbledore e Aleny e o olhar assustado do Snape.

— Bom... mudanças de plano — revelou Aleny quebrando o clima tenso.

— Como assim? Ela não vai mais para o st. Mungus? — verificou Snape tentando mudar de assunto.

 — Não. Samantha vai para o Conselho, lá garanto que ela ficará curada mais rapidamente — respondeu Aleny.

NARRADOR P.D.V ON

— Eu espero — disseram Minerva, Dumbledore e Snape em uníssono.

O clima voltou a ficar tenso e silencio recaiu sobre o lugar novamente. Todos estavam preocupados com Samantha, mas Snape não tinha só a preocupação em sua mente, algo mais o perturbava e ele ainda estava assustado: Como ela conseguiu aquela lembrança?, pensou Snape quase em desespero. Para ele aquela lembrança estava mais do que guardada com Lilian em seu tumulo, mas como Samantha a conseguira? O que teria acontecido se ele não tivesse se afastado? Com certeza ela teria descoberto tudo e o xingaria e pediria explicações até a morte, não é?

— Agora vamos... — começou Aleny, mas ela mesma se interrompeu ao ver o estado de Samantha.

A garota voltara a ficar muito pálida e as íris de seus olhos num vermelho vivo e seu corpo tremia violentamente.

— Não pode ser... — murmurou Aleny mais para si mesma.

Minerva correu até a garota que parecia prestes a desmaiar e segurou seu pulso e disse:

— Os batimentos dela estão fracos e estão diminuindo cada vez mais...

— Saiam todos vocês — ordenou a todos que a olharam com cara de COMO É?

— Não vamos deixar ela desse jeito — teimou Minerva.

— É sra. Collins, precisará de ajuda — conclui Dumbledore.

— Não de vocês. Agora saiam por favor — pediu Aleny já impaciente enquanto analisava Samantha hesitante, não querendo acreditar.

— E posso saber por que? — foi a vez de Snape reagir.

Aleny perdeu o resto de paciência que tinha e soltou a única coisa que poderia faze-los ir embora de uma vez:

— Por que Samantha irá morrer e o que ela menos iria querer é ver seus maiores mestres a vendo desse jeito!

Tristes e de cabeça baixa, os três professores deixaram a Ala Hospitalar em um luto precipitado. 


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Notas finais do capítulo

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