Vinculo Completo Parte 2: agora ou Nunca escrita por Fernanda Melo


Capítulo 6
Capítulo 5 - Pensamentos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem eu tive muitas provas nesses dias...



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            Finalmente estava em casa, deitada na minha cama confortável e macia. Era bom poder estar em casa, podia me sentir mais a vontade. Fazia o restante do tratamento que poderia durar pelo menos mais três semanas. Tomar o remédio cada um na hora certa, sem nenhum minuto de atraso era difícil.

            Eu estava me arrumando para ir para a escola, meu rosto abatido e minha pele horrivelmente branca me aparentava estar doente apesar de estar bem disposta, desci as escadas rapidamente tomei meu café da manhã bem devagar já que eu tinha tempo de sobra, na cozinha estava apenas meus avós, Mary e o tio Emmett.

            - Bom dia. Eu disse toda alegre.

            - Bom dia querida como está se sentindo? Perguntou vovó

            - Ótima.

            - Com essa palidez esta parecendo mais a morena do banheiro. Disse o engraçadinho da família, tio Emmett

            - Eu sei que estou mais branca do que vocês, vou viver o resto dos meus meses pedindo para ter um pouquinho de sol. Continuei tomando meu café normalmente até que meu avô me alertou do horário do remédio. Logo após fui para sala esperar os outros descerem, não demorou muito e aos poucos eles foram descendo. Fomos para a escola cada um com sua carona, chegamos lá juntos.

            - Oi meninas. Disse Nessie, chegando perto da gente, sabe às vezes não conversava muito com Nessie, mas gostamos muito uma da outra, às vezes acho que é por causa do envelhecimento precoce dela.

            - Oi. Eu e Mary respondemos juntas.

            - Vim fazer um convite para vocês e queria saber se vocês queriam ir a La Push comigo no fim de semana.

            - Por mim tudo bem. Disse Mary.

            - E você Kris? Perguntou Nessie com um olhar ansioso.

            - Está bem eu vou. Eu disse dando um breve sorriso quando ouço alguém me chamar.

            - Hei Kris. Viro-me na direção da voz e me deparo com Luka e dois outros meninos.

            - Oi. Eu disse meio sem graça.

            - Que bom que você voltou. Ele disse se aproximando de mim, percebi que meus pais estavam-me observando e tentei deixar isso um pouco de lado, mas não conseguia com os pensamentos altos que eu ouvia, por isso às vezes eu odiava meu poder. Os pensamentos me deixavam confusa tentei me esquivar deles por um pouco e respirei fundo.  – Você está bem?

            - Sim, estou bem.

            - Vamos Luka o professor vai ficar uma fera com o nosso atraso. Disse um dos meninos.

            - Te vejo depois do jogo.

            - Depois do jogo?

            - Entrei pro time de basquete.

            - Boa sorte.

            - Vou precisar obrigado. Ele disse saindo correndo e gritando os nomes dos meninos.

            - Huum, você está bem Kris? Disse Mary com voz de gozação.

            - Te vejo depois do jogo, porque entrei para o time de basquete e não posso mais ficar aqui ao seu lado admirando sua beleza. Disse Nessie. Fiz careta e mostrei a língua para Nessie e ela acabou fazendo o mesmo. – Quando é que vão assumir o namoro?

            - Vocês gostam de me irritar não é?

            - Acho que sim.

            - Vai Kris não vai me dizer que você não está caidinha por ele?!

            - Tenho que admitir que... Suspirei como se eu estivesse loucamente apaixonada. – Não, eu não estou caidinha por ele, Nessie parece que você não me conhece, oi eu sou Kristin e tenho 13 anos. Eu disse com o tom de voz um pouco alterado.

            - Está bem, mas ele está caidinho por você.

            - É mesmo, te elogia todo dia.

            - Sempre que você está longe ele arruma um jeitinho de te ver.

            - Como? Eu perguntei.

            - Nós sabemos que ele matou aula para te ver no hospital.

            - Mãe?! Eu disse baixo olhando para minha mãe sem muito dizer, ela apenas deu de ombros quando olhei para ela.

            - O amor é lindo. Disse Nessie fazendo coração com a mão, eu revirei meus olhos e bufei enquanto olhava para o relógio.

            - Não acredito que ainda tenho que agüentar vocês mais oito minutos. Peguei minha mochila e tirei meu celular de dentro, coloquei os fones e liguei a música bem alta. Percebia que ainda elas riam da minha cara, aquilo me deixava nervosa eu gosto do Luka, mas não do jeito que elas imaginam. Fingia que não estava nem ligando, eu olhava a cada segundo o relógio e pedindo que batesse o sinal. Minha mãe chegou perto de mim tirando os fones do meu ouvido.

            - Você está bem? Mamãe perguntou com sua voz doce e encantadora.

            - Claro.

            - Você está pensativa ouviu alguma coisa?

            - Não. É esse o problema, não ouço e não acho nada do passado na mente da minha mãe, mesmo ela tendo amnésia ou algo do tipo eu saberia vasculhando a mente dela.

            - Hei Kris, o que ouve? Você está com a mesma cara que a sua mãe faz quando ela tem uma visão.

            - Não é nada, vou ir para o ginásio. Peguei minha mochila e saí na direção do ginásio, tudo aquilo me deixava confusa, meus poderes não funcionavam na minha mãe ou eu não estou me concentrando o bastante para isso?

            - Calma Kris você tem o poder da mente, pode levitar as coisas e também quebrá-las e saber das lembranças e pensamentos das outras pessoas, de menos da sua mãe. Eu disse pra mim mesma.

            Eu vi o pessoal jogar assistir as aulas tive o meu intervalo, fizemos tudo como sempre fazemos, as aulas passaram e chegou a hora de ir para casa.

            - Você quer ir ao shopping com a gente?

            - A gente quer dizer...

            - Suas irmãs todas elas.

            - Adoraria, mas quero ir para casa, estou cansada e com frio. Ela cruzou os braços e fez careta. – É eu sei o que você disse, mas ...

            - Kris eu não quero te ver doente de novo.

            - Você tem razão, me desculpa.

            - Tudo bem, vê se chega em casa e se agasalha.

            - Pode deixar vou ir direto pra cama. Ela deu um sorriso, e depois foi com as meninas, meu pai veio para perto, para mim acompanhar até o carro.

            - Uma única menina, em um jipe cheio de rapazes, você não tem vergonha não? Ele disse tirando seu casaco e colocando em mim.

            - Porque teria que ter maninho? Disse atrapalhando o cabelo dele.

            - Olha como você trata seu irmão. Entrei no jipe, com um sorriso no rosto.

            Chegando em casa fui direto pra cozinha, sabia que vovó estava lá e também estava morrendo de fome.

            - Oi vovó e... Vovô?

            - Surpreso em mim ver aqui?

            - É, pensei que fosse trabalhar o dia todo. Afinal estou precisando falar com você e é sério.

            - Mas não entendo é porque você veio com os rapazes.

            - É que não estava a fim de fazer compras e como eu disse preciso falar com você.

            - Você quer alguma coisa querida? Perguntou vovó. – Pela carinha de sapeca já sei o que é.

            - Por favor, vovó.

            - Um chocolate quente saindo.

            - Eba. Eu saltitei batendo palminhas de felicidades peguei essa mania da minha mãe.

            - Você está estragando minha filha mãe. Papai disse dando um beijo no rosto da vovó, ela adorava quando papai a chamava de mãe.

            - Vovô, porque todos aqui se lembram do seu passado de menos a mamãe?

            - Kristin Beatrice, o que já te disse sobre isso? Papai não gostava de quando eu mencionava sobre o passado da mamãe.

            - Mas pai, eu quero saber, por isso que eu nem aceitei ir ao shopping hoje com ela, queria saber se é porque não aprendi a controlar o meu poder direito ou se meu poder só não funciona com ela.

            - Todos aqui têm suas lembranças, por isso você consegue vê-las.

            - Não, tenho certeza que não é isso. Às vezes quando tento ver algumas lembranças da mamãe vejo uma criança gritando pedindo ajuda a mãe, mas as visões são falhadas e só vejo sempre a mesma coisa.

            - Talvez seja só isso que ela se lembre Kris.

            - Então porque quando perguntamos a ela, ela mente para nós dizendo que não se lembra de nada antes dela acordar como vampiresca? Meu pai e meu avô se entreolharam, eu só queria respostas para aquilo e mais nada, vovó colocou meu copo de chocolate quente sobre a mesa. – Eu vou ir para meu quarto. Peguei meu copo, e subi, não queria arranjar confusões apenas queria saber um pouco mais da mulher que faz de tudo para mim criar e educar e que a amo muito. Coloquei meu copo sobre o criado mudo e me joguei em minha cama. Estava tediada, sempre tinha mania de levitar algumas coisas e peguei dois lápis que estavam na minha escrivaninha, ficava girando eles no ar e pensava na imagem daquela garotinha assustada, tenho certeza de que ela era minha mãe, ela tinha longos cabelos negros, sua pele era clara e seus olhos eram azuis como o céu. Ela não havia mudado quase nada.

            - Kris. Ouvi alguém me chamar, perdi completamente a concentração, cobri meu rosto com as mãos e virei de lado rapidamente, depois olhei para onde estava. – O meu Deus, me desculpe.

            - Está tudo bem. Senti um ardume no meu ombro, vi que um dos lápis havia me arranhado nada desesperador.

            - Devia ter visto o que estava fazendo primeiro antes de entrar no seu quarto.

            - Está tudo bem pai, foi só um arranhão.

            - Porque você sempre faz isso quando está nervosa? Ele perguntou dando um meio sorriso.

            - Usar meu poder me acalma, eu acho.

            - Olha, espero que não tenha ficado chateada comigo.

            - Chateada?

            - O modo como falei com você, lá em baixo, eu não queria ter feito isso, eu sempre fico nervoso quando tocam nesse assunto da Alice, isso sempre mexe muito com ela.

            - Eu entendo pai, eu não devia ter mencionado nesse assunto.

            - Hei não fique com esse rostinho triste. Ele disse me abraçando. – Cadê aquele lindo sorrisinho que eu e sua mãe adoramos ver?

            - Pai eu não tenho mais sete anos, eu já vou fazer o dobro dessa idade.

            - Mas pelo menos você sorriu. Ele disse apertando levemente minha bochecha. Ouvimos um barulho vindo lá de baixo, na sala, era minha mãe, Mary e tia Rose chegando das suas compras.

            - Elas chegaram. Disse meu pai se levantando da cama. Continuei na minha cama, ouvindo a conversa lá de cima, saberia que ainda teria uma longa tarde pela frente.


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