Já se passou uma semana do ocorrido, eu ficava a maior parte do dia no meu quarto não queria mais sair de lá para mais nada. Estava deitada na cama olhando a cicatriz que Maria havia deixado em mim, queria que aquilo sumisse de uma vez por todas. Eu as vezes penso que nasci para sofrer, perdi meus pais biológicos, os Volturi me perseguem, teve a Maria e o que mais falta para acontecer? Aquela cicatriz me fazia andar por aí com blusa de frio todos os dias.

Hoje estava fazendo sol cheguei na janela e vi as meninas na piscina, fiquei observando aquela cena por um longo tempo. Por um momento me perguntei o que estava fazendo naquele quarto, eu abri o guarda roupa e peguei meu biquíni e coloquei um vestido de manguinha e uma sandália super fofa. Fui para a cozinha onde não tinha ninguém, comi um cereal calmamente e depois fui para o jardim, lá estava minha avó lendo um livro, eu me aproximei dela e me sentei ao seu lado.

- O que você está fazendo aqui sozinha avó?

- Às vezes precisamos de um tempo só para nós. Ela disse sorrindo para mim, ela era a melhor avó que alguém poderia ter. – Você está melhor?

- Sim.

- Tomou seu café? Sabe que precisa se alimentar direito.

- Já avó não precisa se preocupar, bem vou lhe deixar lendo seu livro devo estar atrapalhando.

- Não minha querida você nunca atrapalha. Eu sorri para ela e lhe abracei. – Eu sei que isso deve estar confundindo sua cabeça, mas vai acabar tudo bem.

- É o que eu espero. Eu me levantei e fui andando até a área da piscina, vi minha mãe olhar para mim e sorrir, ela estava sentada em uma mesa conversando com tia Rose e tia Bella, sentei-me na cadeira ao seu lado.

- E então como está minha sobrinha? Perguntou tia Rose, ela assim como minha mãe se preocupava muito comigo.

- Estou bem, vocês não deviam se preocupar tanto comigo assim.

- Então, você quer voltar para Forks? Perguntou minha mãe, eu fiz que não com a cabeça, estavam todos tão felizes ali, eu não quero estragar a felicidade deles por minha culpa.

- Não precisa mãe, esta tudo bem, vocês estão se divertindo não precisa mesmo.

- Tem certeza? Fiz que sim com a cabeça, eu não queria estar ali por mais que isso me afetasse eu teria que ficar, pela felicidade deles.

- Então o que vamos fazer hoje, está meio chato aqui.

- Que tal compra. Eu ri um pouco e minha mãe me olhou.

- O que? Eu perguntei ainda rindo. – Não pode mais rir não?

- Eu não vou falar nada.

- Ah mãe não fica assim. Eu a abracei e ela me devolveu com outro, ela não havia ficado magoada só estava fingindo, ela sabe me fazer sentir mal. – Se divirtam nas compras.

- Você não vai mesmo querer vir, suas primas vão também. Eu fiz careta e fiz sinal de negação com a cabeça.

- Acho que vou fazer companhia para a vovó. Eu levantei e tirei meu chinelo, logo que cheguei a beira da piscina tirei meu vestido e mergulhei, atravessei a piscina até chegar perto das meninas que jogaram água em mim, poxa ela me amam não é mesmo?! Nós ficamos conversando por um bom tempo, a piscina já estava começando a ficar fria então eu saí e me enrolei na toalha e fui para o sol.

[Alice]

            - Eu estou preocupada com Kris.

            - Também não é pra menos Alice, os Volturi não perdoam mesmo.

            - E isso tudo por minha culpa, Aro me quer junto a eles e quer descontar na minha filha.

            - Você tem que ser forte Alice, não fique se culpando isso vai ser pior para você.

            - Mas Rose, não tem como eu coloquei Kri nessa, Jaz tinha razão, seria um grande perigo para ela, eu a coloquei em perigo é tudo culpa minha.

            - Alice, por favor, Kris precisa de você calma e com a cabeça no lugar. E você já pensou se não a tivesse adotado como seria a vida dela?

            - Aposto que não teria que se tornar uma vampira.

            - Você está certa, pois ela nem estaria viva se você não tivesse chagado no momento certo, ela não teria vivido o que viveu, Alice você salvou a vida dela.

            - E daqui alguns anos vou ter que destruir. Eu abaixei a cabeça, ninguém mais sabia a dor que eu estava sentindo, ser forte naquele momento era inútil. Eu queria me entregar para os Volturi e fazer com que minha filha tivesse uma vida normal.

            - Alice olhe para mim, se você se entregar para os Volturi será pior para Kris. Disse Edward se intrometendo em meus pensamentos.

            - Eu ouvi isso. Ela irá passar a faze que ela mais precisa de uma mãe sem você, você vai permitir isso? Eu não podia Ed tinha razão, eu não podia fazer isso com ela, pelo visto o único recurso seria mesmo transformá-la, meu anjinho teria que acabar com a vida dela, não conseguia mesmo encaixar essa idéia na minha cabeça. – Via acabar tudo bem maninha, você verá. Espero que você esteja certo meu irmão.

[Kristin]

            Eu me cansei de nadar então fui para a cozinha comer algo que fosse apenas pegar e comer ouvi Nessie chegar por trás de mim.

            - E aí?

            - O que? Eu me assustei um pouco.

            - Querendo voltar para Forks?

            - Não e você está? Ela fez que sim com a cabeça, Nessie, ela queria que queria passar as férias de verão ao lado de Jake. Bem peguei uma fruta e fui comer, sentei-me à mesa e fiquei por lá, Nessie foi para fora de casa, deve ter voltado para a piscina, eu continuei na cozinha sem pensamentos e olhando para o nada.

            - O que você tem? Perguntou meu pai, que me despertou do meu vasto pensamento estalando seus dedos perto dos meus ouvidos.

            - Nada. Sacudi a cabeça um pouco.

            - Hum nada, ta bom. Eu ri do jeito que ele falou. – Você já comeu?Uma fruta? Vou arrumar algo descente para você comer.

            - Desde quando você é mestre cuca?

            - Desde quando eu aprendi a fazer macarrão com queijo. Eu fiz careta.

            - Não sabe fazer nada melhor não? Tipo não estou a fim de comer macarrão instantâneo com queijo. Ele riu.

            - Cozinhar para uma pessoa apenas é difícil. Eu sorri para ele.

            - Está bem pai, estou apenas brincando, eu também não tenho direito de reclamar.

            - Está bem, eu faço o que você quiser. Eu ri por uma vasta lembrança. – O que?

            - Lembra de quando eu era pequena, devia ter uns cinco anos, você tentando me fazer comer verdura?

            - Me lembro, você não queria comer de jeito nenhum, eu tive que fazer um rostinho feliz e me arrependo já que agora você só come verdura.

            - Ah pai é mais fácil, não precisa preparar.

            - Vou ter que fazer isso de novo, saindo um rostinho feliz. Eu tampei minha cara com minhas mãos, meu pai só me faz passar vergonha.

            - Pai não sou criança.

            - Para mim e sua mãe ainda é e também faz birra como uma.

            - Eu peguei mania da mamãe não é culpa minha. Eu fiz biquinho e parei na hora que ele ia me zoar. Ele começou a fazer algo para comer eu fui tomar um banho, praticamente eu não iria almoçar iria jantar, tínhamos perdido completamente a hora. Eu escovei meus longos cabelos molhados e os deixei assim mesmo, percebi que algo de errado estava acontecendo lá em baixo.

            - Alguém está colocando fogo na casa?

            - Está meu irmão gêmeo. Revirei meus olhos, vi que a mamãe não estava na sala, cheguei na cozinha vi meu pai beijando a bochecha da minha avó e rindo logo em seguida, vovó adorava quando meu pai a tratava como se ela fosse sua própria mãe. Eles estavam tão fofos, que nem queria estar ali naquele momento, mas como sempre eles me percebiam quando eu estava prestes a sair, não dava pra esperar eu ir embora não? Odeio ser estraga prazeres.

            - Sua avó vai preparar uma comida para você, eu não me dou bem com cozinha.

            - Sério? Acho que eu vou ter que lavar meu cabelo de novo, ele já está cheirando a queimado. Ele fez cara feia e eu ri, o beijei na bochecha e ele me abraçou.

            - Você me tira do sério, mas eu te amo minha pequena.

            - Se isso for um elogio obrigada. Nós rimos, vi mamãe chegar toda saltitante, na cozinha. Vovó me avisou que meu jantar estava pronto e fui comer, enquanto ela arrumava a bagunça que meu pai fez.

            - O que aconteceu nessa cozinha? Perguntou minha mãe abraçada em meu pai.

            - Foi a Kris tentando cozinhar. Disse meu pai, eu apenas estreitei meus olhos e fiz cara feia para ele.

            - Pai. Eu lhe chamei a atenção, ele sorriu e eu respondi. – Se eu fosse você vovó mandava o papai limpar essa bagunça. Eu sou muito má, eu pensei. Comecei a comer, eu estava morta de fome, meus pais se sentaram-se à mesa que eu estava, eles ficaram namorando perto de mim, isso é o fim, tratei de comer rápido e sair daquela cozinha, eu odiava servir de velinha.

            - KRIS, seu celular é o seu namorado.

            - Luka. Disse sorrindo e indo correndo até Mary, peguei o telefone da mão dela.

            - Oi meu amor. Disse saindo dali, a sala estava cheia de gente, fui à direção da cozinha limpar o que eu sujei.

            - Só queria saber como você está?

            - Bem e você?

            - Melhor agora, e como está indo suas férias na Itália?

            - Bem.

            - Só bem? Pensei que estaria melhor,

            - Você sabe Luka, e como vão as suas?

            - Não tão boa assim, queria que você estivesse aqui comigo. Eu ri no outro lado da linha. – Bem então sonhe com os anjos e comigo.

            - Você também, beijos. Desligamos o telefone e eu me virei vendo minha mãe sorrindo para mim, meu pai não gostava do meu namoro, mas ele aceitava. Subi para meu quarto e me arrumei para dormir, me joguei na cama e dormir, sonhando com meu amado.