-Padre, não quero te incomodar, mas eu tenho que confessar meus pecados, eu tenho sido uma garota muito má ultimamente.

-         Fale, minha filha, o que fez de errado?

-         Eu não sei por onde começar... Bom, é melhor começar do principio, no dia do meu aniversário de dezesseis anos, a dois meses atrás, esse garoto que eu sempre amei desde que eu era uma criancinha, fazia tudo pra ele, dava o mundo, anunciou que ia se casar com uma vadia anorexia da minha turma, que inveja que eu senti daquela piranha imunda, seu Padre.

-         Bom, minha filha, se foi só isso...

-         Você vê, o meu Draquinho sempre foi o garoto mais perfeito que eu já conheci, ele era o meu príncipe encantado com direito a cavalo branco e uma puta fortuna...

-         Por favor, criança, não fale palavras chulas na casa do senhor.

-         Ah, foi mal. Então, ele era rico, muito rico, muito mais do que um rei... Bom, talvez nem tanto...

-         Acho que posso acrescentar ganância na sua lista de pecados, não é mesmo?

-         Hãn? Tanto faz. O Draco quebrou meu coração, partiu-o em dois como se o que nós passamos não tivesse sido nada. Nada! Oh meu Deus, eu quase choro sempre que lembro disso, ainda bem que ele esta a oito palmos de profundidade e nunca mais fará isso comigo.

-         Perdão, o que disse? Oito palmos?

-         Padre, sua respiração parece meio tensa, gostaria que eu fizesse uma massagem no senhor? A gente poderia sair dessa gaiola e ir lá pro fundo entre todas as pilhas de bíblias.

-         Como é?

-         Esquece... Bom, continuando minha historia. O Draco partiu meu coração quando anunciou o casamento, ele tinha outra aquecendo a cama dele onde sempre fora meu lugar de direito. Mas agora ninguém mais ocupa meu lugar.

-         Então você e esse Draco mantinham relações sem nem mesmo serem casados?

-         Claro que sim, seu Padre, ninguém mais casa virgem hoje em dia.

-         Mas você tem apenas dezesseis anos, se me lembro bem.

-         Irrelevante, seu Padre, olha se o senhor continuar me interrompendo eu não vou sair daqui hoje e eu não posso demorar!

-         Desculpe, minha filha.

-         Ai, Padre, eu não sei porque eu fiz, mas eu fiquei tão irritada quando eu soube que eu o matei, eu o matei, Padre...

-         Oh meu Deus, mas...

-         Eu fiz uma circuncisão nele, bom, na verdade eu tirei o pênis inteiro dele... Por que eu fiz isso, Padre? Ele era tão bom na cama, ele fazia umas coisas que me deixava louca... Mas eu tive que enterra-lo e agora estão atrás de mim, Padre... Espero que Deus me perdoe. Hum... É melhor eu ir antes que a policia me encontre, valeu por me ouvir, Padre.

-         Mas... E a sua penitencia?

- Põem na conta.