Castlecalibur ou Soulvania (reeditado) escrita por TriceSorel
Walter caminhava pelos corredores do castelo quando ouviu a campainha tocar.
DING LING LING LING
- MAT, A CAMPAINHA! – gritou ele. – ATENDE AÍ. MAT?! Droga, vou ter que eu mesmo atender...
Walter apertou o botão para descer a ponte levadiça e um jovem montado em um cavalo entrou. Desmontou e precipitou-se para o hall. Para o desgosto de Walter, era Leon Belmont.
- Lorde Barão... que prazer em revê-lo... – mentiu Walter, sem conseguir disfarçar se desprezo pelo jovem mortal de belos olhos azuis e lindos cabelos louros.
- Também é um prazer revê-lo, Wall.e! Mas não sou mais Barão...
- Walter. – corrigiu Walter. – Abdicou do título por quê?
- Para poder lutar e combater o mal sem ter que esperar ordens eclesiásticas e não ser considerado um herege!
- Ah...
- O Mathias está?
- Sim... ele está na sala do chá das cinco... – respondeu Walter, no fundo querendo colocar veneno no chá de Leon.
- Vou entrando, está bem? Afinal, eu sou de casa, hehehe! – e o jovem e inocente rapaz foi em direção à sala indicada.
Walter se corroeu de ciúmes por dentro.
Rafael e Mathias riam e conversavam enquanto Amy autistava ali do lado mascando chiclete e olhando monotonamente para a janela quando Leon entrou.
- Mat! – exclamou Leon. – Vejo que você está com visitas hoje!
- Leo! – e Mathias se levantou. – Sim, eles são os novos moradores de Castlevania! Rafael e Amy Sorel! – apresentou. – Esse é Leon Belmont, amigo de infância e colega no exército das cruzadas!
- Prazer! – disse Leon.
- Como foi a viagem até aqui? – perguntou Mathias.
- Ah, foi difícil, a floresta tá ficando cada vez mais escura!
- Sim, eu percebi isso quando cheguei! – comentou Rafael. – Você sabe a razão desse fenômeno?
- Não, mas eu conheci um cara chamado Rinaldo Gandolfi... – Mathias cuspiu o chá que bebia ao ouvir esse nome. Leon seguiu falando: - ele tem uma lojinha de conveniências aqui perto. Ele me falou sobre uma tal de pedra negra e pedra vermelha, e uma tal pedra filosófica...
- Pedra Filosofal. – corrigiu Mathias. – E as outras são as Ebony Stone e Crimson Stone.
- Isso! Ele falou que essa pedra ébano que está fazendo a floresta ficar cheia de trevas e sombras, e que a combinação de uma delas com a pedra filosofenta poderia trazer a eterna juventude ao seu dono, e que com isso e a ajuda da alquimia estaria surgindo uma nova raça de seres das sombras, os Vampiros.
- Falávamos disso agora mesmo, monsieur Leon. – comentou Rafael. – Eu disse que vampiros não existem, que são história para boi dormir!
- É, eu também achava isso! Eu nem sei o que é essa tal alquimia... apesar de Rinaldo ter me falado que aqui nessa região vive um famoso alquimista, que teriam suspeitas de que ele poderia ser o vampiro mestre desse castelo... – contou Leon.
- Bobagem! – seguiu Rafael. – Alquimia não existe, nem alquimistas!
- Eu procurei no Google esses dias sobre o assunto... – contou Leon. - ...e só encontrei um tal de Edward Elric... também conhecido como o Alquimista Fullmetal. Mas acho que isso é só uma história inventada pelos japoneses!
Houve uma pausa dramática e todos se entreolharam. [n.a: Fullmetal Alchemist é um anime japonês que conta história de dois irmãos alquimistas].
- Você está tão calado hoje, Mat! – exclamou Leon.
- Não é nada, não...
- Pode falar, Mat... eu te conheço muito bem, você deve estar preocupado com as suas pesquisas! Olha, se você quiser conversar comigo...
- Sim, é sobre isso... também. Eu ia convidar você para passar a noite aqui, já que vai ser difícil passar pela floresta da Noite Eterna ainda hoje.
- Tudo bem! Eu não me importo, afinal... aqui em Castlevania o que mais tem são quartos de hóspedes, não é?
- Por falar em quarto, acho que vou subir e escolher o meu quarto, e ajudar a Amy a arrumar o seu! Vamos, florzinha? – convidou Rafael, feliz.
Rafael subiu com Amy até o quarto que ela havia escolhido nas masmorras. Para a sorte dos dois já estava mobiliado e decorado. Mas algo na parede assustou o belo Rafael.
- AHHHH!! – gritou ele. – UM POSTER DA AMY LEE!! Eu odeio essa quenga!! – e Rafael rasgou o pôster do Evanescence. – Por que não coloca um pôster do Beethoven ou de Bizet?
- Ah, qualé, velho...
Rafael seguiu observando a decoração...
- Tem certeza que você não vai ter pesadelos com todos esses esqueletos pendurados nas paredes, correntes, instrumentos de tortura, objetos pontudos e roupas de carrasco? – perguntou ele.
- Achei maneiro, aí. – respondeu ela, deitando-se em sua nova cama.
- Podíamos mandar tirar essas grades da sua janela também...
- E você, já escolheu algum quarto?
- Não, mas acho que vou ficar com esse aqui da frente, para caso você precise de alguma coisa durante a noite ou fique com medo de dormir sozinha... – respondeu Rafael, paternalmente.
Rafael foi para o quarto da frente, que possuía uma decoração no estilo rococó, cheio de firulas e móveis detalhados na mais nobre madeira, com castiçais e lustres de ouro e quadros renascentistas nas paredes. Começou a tocar uma música de Wagner quando ele entrou no ambiente e as velas se acenderam todas. Uma enorme cama com cortinas bordô pesadas, travesseiros de penas de marrecos mancos do lago norte e lençóis de seda estava no meio do quarto, hipnoticamente o chamando para os braços de Morfeu. Rafael, que estava cansado da viagem, não resistiu e atirou-se na cama.
- Amanhã começo minha procura pela espada sagrada Soul Calibur, para poder construir um mundo melhor para Amy e para mim. – disse ele antes de cair profundamente em um sono pesado e reparador [n.a: objetivo real do personagem no jogo].
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