Skip Beat - a Revolta do Príncipe escrita por Mirytie


Capítulo 27
Capítulo 27 - Especial: James e Kanae parte IV


Notas iniciais do capítulo

Adoro coincidências...não gostam? XD
Enjoy ^^



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Tinham dado dinheiro suficiente a James para ele voltar para casa, depois de ter sido “dispensado” da banda.

Mas James não queria ir.

O que acontecia se ele fosse? Talvez fosse morto pelo pai tinha sido humilhado por uma mulher. Talvez fosse corrido para fora de casa. Em todo o caso, não queria descobrir.

Preferia ficar ali a pedir esmolas nas ruas a ir para casa.

Olhou para o céu e lembrou-se que Kyoko e os outros partiriam dentro de uma hora para Espanha. Perguntava-se como teria sido se ele não tivesse falado com o homem.

Suspirou e resignou-se. Já não havia nada a fazer.

Kyoko estava no aeroporto a andar de um lado para o outro enquanto a banda olhava para ela e Tora contava as malas com Kanae a ver se estava toda a gente ali.

- Não parece justo! – gritou Kyoko, finalmente chamando a atenção de Tora – Ele é um bom músico! Não é só isso que importa!?

- Nem sempre, Kyoko. – respondeu Tora depois de acabar a contagem – Se ele continuar connosco, o tabloides podem pensar que não o despediste porque era tudo verdade.

- Isso são…

- Não são. – interrompeu Kanae – Desta vez vou ter que concordar com o Tora. Na fase em que estás, não podes correr o risco de te magoares.

O olhar de Kyoko ficou vazio de um momento para o outro ao lembrar-se de Ren. Como é que as coisas tinham acabado assim?

Brian ainda não tinha falado com ninguém desde que tinham deixado James na estrada, o Ren não tinha ido ao seu concerto e agora a imprensa estava a ataca-la. Porquê?

Desde quando é que a diversão de atuar se tinha transformado naquela pressão e naquele esforço que ela tinha que fazer para se levantar todos os dias com um sorriso?

- Eu… - com uma voz sem vida, Kyoko pegou na sua mala e começou a caminhar quando anunciaram o seu voo no altifalante – Eu vou só…indo.

- O que é que achas? – perguntou Tora chegando-se à beira de Kanae.

- Acho que era melhor regressarmos ao Japão. – respondeu Kanae – Mas isso não é possível, pois não?

- Não podemos cancelar tantos concertos de uma vez. – Tora abanou a cabeça mas estava preocupado – E o que é que se passa com ele?

Kanae olhou para onde Tora estava a apontar e viu Brian a ler uma revista com uma cara de assassino e uma aura negra.

- Não faço a mínima ideia. – confessou Kanae – Mas tenho pena daquele que estiver na mira dele.

- Ele já devia ter falado com a Kyoko. – comentou Tora.

- Que conversa é esta? – perguntou Kanae um pouco chateada – Está a empurrar o teu trabalho para os outros?

- Eu só estou a dizer que…

Tora parou a meio e suspirou. Sabia que não podia ganhar contra ela. Mas falar com Kyoko também não era fácil. Das vezes que tinha tentado tinha-a deixado a chorar ou tinha sido expulso a pontapé.

Que havia a fazer numa situação daquelas?

James, a pé, acabou por encontrar um sítio para dormir e comer.

Apesar do pequeno hotel estar em comoção, para James não importava. Estava a caminhar há mais de sete horas e queria um sítio onde se pudesse deitar. Mesmo assim, ficou curioso.

Depois de reservar um quarto e uma mesa no restaurante do hotel, James acabou por não aguentar mais e perguntou à empregada. – O que é que se passa aqui?

- Oh, estão a filmar ao fundo da rua e os atores vão ficar hospedados aqui, por isso há imensos fãs à espera, lá fora. – respondeu a recepcionista animada – Mas não se preocupe. Você não será perturbado.

- A sério? – James tentou fingir alguma surpresa – Será que ouvi falar do filme?

- Muito provavelmente. – continuou a rapariga – Dizem que o filho de Kuu veio de propósito do Japão para estrelar nele. Está a deixar as raparigas loucas. Hm…acho que se chama Kuon.

- Sim, acho que já ouvi alguma coisa sobre ele. – e com certeza já tinha visto uma fotografia numa revista do homem que estava a deixar as mulheres a morrer de suspiros – Talvez vá ver as gravações mais tarde.

- Entretanto, porque não vai para a sala de jantar? – sugeriu a rapariga – O jantar vai ser servido em poucos momentos.

- Muito obrigado. – agradeceu James deixando uma gorjeta no balcão antes de se dirigir para a sala de jantar, mais sofisticada do que ele estava à espera. Perguntou-se se as estrelas também jantariam ali.

E, ao mesmo tempo que o pensou, ouviu gritinhos à entrada do hotel. Nem precisou de olhar quando a porta da sala de jantar se abriu para saber quem era.

Ou era o que ele pensava.

Ao olhar de revés para a entrada, em vez de ver o homem loiro nomeado de Kuon, foi a rapariga de cabelos pretos e olhos da cor do âmbar que entrou.

- Kyoko! – ele levantou-se, deixando cair a cadeira – O que é que estás aqui a fazer? E sem guardas…

- Isso não é importante. – interrompeu Kyoko sentando-se na mesa de James – Temos que falar.

James ficou sem fala durante alguns momentos mas acabou por levantar a cadeira e se sentar em frente a ela.

- Já devias estar no avião. – lembrou James inutilmente – O que aconteceu?

- Os outros já estão de partida para Espanha. – disse Kyoko surpreendendo James – Eu esgueirei-me sem ninguém saber e tentei encontrar-te o mais rápido possível. Temos que voltar e…

James observava-a, enquanto ela falava.

Kyoko tinha percorrido sete horas de distância a pé só para ir ter com ele? Parecia cansada apesar de sorrir. Tinha fugido sem ninguém saber, sabendo que não teria tempo para descansar antes do concerto em Barcelona.

- …estás a ouvir?

James olhou-a nos olhos com um ar hipnotizado. – Desculpa, o que é que disseste?

- Eu desconfiei que, o que o tabloide tinha contado, não era a história toda. Por isso telefonei a um amigo que me revelou a gravação. – confessou Kyoko – É um bom guitarrista, James, e uma boa pessoa. Sabia que não farias algo tão desprezível.

- Kyoko…

- E acho que a Moko-san começa a gostar de ti. – completou ela.

- A…Kanae-chan?

- Sim. – disse Kyoko, enquanto anuía com a cabeça – Ela perguntou-me sobre ti.

- Perguntou? – James não sabia o que dizer mais do que repetir o que ela dizia.

- Não te preocupes. – pediu Kyoko – Eu disse-lhe que és um bom rapaz. Seria ótimo se começassem a namorar. Depois, tu, a Moko-san, eu e o…

James surpreendeu-se quando ela se calou e o sorriso desapareceu completamente. Uma expressão que ele nunca tinha visto antes na cara dela. – O que é que se passa?

Ao aperceber-se, Kyoko voltou a pôr o sorriso na cara.

- Ah, nada. – disse ela alegremente – Se começassem a namorar, tu, eu e a Moko-san podíamos sair juntos. Mas, se calhar, não quereriam ser incomodados, certo?

- Poderias acompanhar-nos sempre que quisesses. – disse James acompanhando o pensamento de Kyoko.

- É claro que precisarias de melhorar o teu japonês. – distraída, Kyoko olhou para entrada onde as fãs continuavam à espera – O que é que se passa aqui?

- Estão a filmar ao fundo da rua. – respondeu James repetindo o que a recepcionista lhe tinha dito apesar de não se lembrar agora do nome do ator – Parece que alguém famoso está a estrelar e vai ficar aqui.

- Então devíamos ir antes que eles venham. – propôs Kyoko – Vai ficar um caos quando ele chegar.

- Tens razão. – concordou James. E tinham que ir o mais depressa para Espanha. Talvez até convencesse Kyoko a dormir um bocado no avião – Mas temos bilhetes?

- Já tratei disso por telefone. – Kyoko levantou-se ao mesmo tempo que James – Eles foram bastante simpáticos. Disseram que iam ter um avião privado à nossa espera. Não é fixe? Pergunto-me se eles farão o mesmo para todas as pessoas que se atrasam.

Inocente, pensou James sorrindo. Depois de ter tido uma das digressões mais faladas no país nos últimos anos, para além de ser o orgulho do Japão, atualmente, é claro que iriam ter um avião privado à sua espera.

Dois passos atrás, James seguiu Kyoko vendo-a parar quando foi rodeada por fãs, para dar autógrafos de boa vontade.

Ele encostou-se à parede e ficou à espera que ela acabasse.

Depois de terminar o dia de gravações, mais tarde do que estava à espera, Ren entrou no hotel e suspirou fundo antes de seguir o diretor e a atriz com que contracenava.

Com uma sobrancelha levantada, olhou para a grande multidão e depois para o homem encostado à parede que jurava já ter visto em algum lado. Talvez na televisão.

Depois de já estar sentado à mesa, atreveu-se a perguntar. – O que é que se passa ali fora?

- Sim. – concordou a mulher ruiva que fazia de amante de Ren no novo filme – Porque é que fomos ignorados?

- Boa pergunta. – concordou o diretor quando o empregado veio recolher os seus pedidos – Quem é que está lá fora?

- Uma cantora. – foi a empregada que acompanhava o homem que respondeu – Kyoko.

- Desculpe? – perguntou Ren ficando branco – Disse Kyoko?

- Sim. Aquela que veio em digressão do Japão. Ela acabou mesmo agora de… - chocada, a empregada viu Ren levantar-se abruptamente e começar a correr para a entrada – O que é que aconteceu com o Kuon?

- Talvez seja fã. – disse o diretor começando a rir.

- Ah, então está com azar. – a empregada abanou a cabeça – Ela acabou de apanhar um táxi agora mesmo.

Ren apercebeu-se disso quando saiu do hotel e viu um ajuntamento de pessoas a acenar a um táxi que se afastava rapidamente.

- Que tipo de coincidência é esta? – murmurou Ren olhando para o céu – Castigo por tê-la deixado sozinha?

- Lembrei-me agora no nome!

Kyoko olhou para James. – Do ator?

- Sim, ele entrou quando estavas a dar autógrafos aos fãs. – explicou James orgulhoso por se ter lembrado – É Kuon.

- Kuon? – perguntou Kyoko, enquanto o seu coração saltava uma batida – Do tipo, Corn?

- Corn? – James decidiu não rir, apesar de mal conseguir contê-lo – É o Kuon, o filho do Kuu. Veio do Japão para fazer este filme. Foi o que me disseram.

Kyoko olhou para trás e viu um homem alto e loiro à porta do hotel a olhar para o táxi. É claro que podia ser um fã apesar de não se lembrar de ver um homem assim no grupo. Sem saber que os seus olhos se cruzaram por momentos, ela sorriu verdadeiramente, pela primeira vez em muito tempo.

Não era muito mas, se tinha estado na mesma sala que Ren talvez…talvez ele sentisse tanta falta dela como ela sentia dele.

Queria dizer ao condutor para voltar para trás mas a prioridade não era essa, agora. Tinha pessoas à espera dela em Barcelona.

- És fã dele? – perguntou James, surpreendido com o sorriso e com as faces coradas – Se quiseres pudemos ir para trás e…

- Não. – disse Kyoko endireitando-se – Temos um concerto para dar. Não está na altura para reencontros.

- Reencontros? – confuso, James tentou olhar para trás mas já não via o hotel – Então, já se conhecem?

- Era pequena quando conheci o Kuon. – respondeu Kyoko vagamente – Mas essa é outra história.

Daí o “Corn” pensou James.

Uma menina pequena que não consegue prenunciar Kuon inventaria qualquer coisa que conseguisse dizer mais facilmente. Naquele caso, Corn.

Fazia James questionar-se se Kyoko não esteve destinada desde o princípio a ser famosa. Com Sho como amigo de infância e um encontro com Kuon…James começava a acreditar no destino.

- Estás preparado para atuar? – perguntou Kyoko acordando James dos seus pensamentos – Não vais ter tempo para aqueceres antes de chegarmos a Barcelona.

- Não faz mal. – garantiu James – Eu estou preparado.


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Notas finais do capítulo

Então, sobre o que querem que escreva a seguir? 1.Outro Especial do James? 2.Outro Epecial do Brian? 3.Um Especial do Sho e da Chiori? 4.Continue a História Principal?
"On Demand" XD
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