Pov Edward

- eu sabia! – falei convicto, um pouco feliz e aliviado também.

Estávamos na clinica de confiança da mãe de Tânia desde nove da manha e o resultado saiu nesse exato momento. O medico falou que eu não era o pai do bebe e Tânia que já estava murcha desde cedo ficou pior ainda, a vergonha lhe amortizava e sua mãe tratou logo de suspirar e lhe perguntar quem era o pai.

- espero que você ao menos saiba quem é o pai do seu filho. – ela acusou e Tânia grunhiu em frustração. Eu a olhei do mesmo jeito que sempre, com um pouco de desprezo e raiva misturados, mas eu já sabia que esse filho não era meu e já estava louco de vontade de contar isso pra Bella e minhas princesas que estavam muito tristonhas esses dias.

- eu sei quem é. – Tânia falou derrotada e suspirou me olhando depois. Eu tive pena dela nessa hora. Tânia não era apenas uma mulher mimada e egoísta, ela nunca tinha apresentado esse seu lado antes pra mim, se tivesse acontecido jamais teria me envolvido com ela. Eu sei que ela estava apenas tentando lutar pra me ficar comigo como sempre foi antes de Bella voltar.

- e quem é? Vamos diga. – sua mãe exigiu já impaciente e a olhando com raiva, ela estava decepcionada com a filha, sempre fez tudo que podia por ela e pra que? Para receber esse desgosto de imaginar que sua filha estaria grávida e nem sabia quem era o pai.

- é um homem com quem me envolvi há um mês. – ela falou por fim e sua mãe mais depressa lhe exigia um nome. Tânia me olhou firme, querendo que eu escutasse isso também, ela queria que eu soubesse, só não imaginava que seria uma pessoa tão conhecida, não minha, mas com certeza ele teria problemas.

- quem? – sua mãe exigiu um pouco alterada pela demora da filha em se expressar. Tânia estava nervosa e remexia as mãos, mas seus olhos expressavam muita sinceridade ao sussurrar o nome do pai do seu filho.

- Jacob. – ela disse por fim e eu concordei com ela, era o que eu imaginava. Só não queria acreditar nisso, Bella surtaria com certeza.

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- papai! – as ouvi de longe e acenei para elas. – papai! – elas gritavam enquanto corriam pelo jardim da casa dos meus pais. Eu sei que elas queriam mais que tudo uma resposta, se iriam ou não ter um irmãozinho de outra mãe.

- oi meus anjos. – falei assim que as peguei em um abraço apertado e reconfortante. Suas perguntas logo me bombardearam, elas estavam ansiosas desde ontem a noite e hoje pela manha foi pior ainda.

Sorri e peguei cada uma pela mão, queria falar isso de uma vez pra todos. Bella estava ali, linda e perfeita como sempre, hoje pela manha eu a chamei para ir comigo, mas ela disse que se esse bebe fosse realmente meu não agüentaria a cara de felicidade de Tânia e por isso achou melhor me esperar na casa dos meus pais junto de todos.

- e então Edward? – Alice nem me deixou chegar direito e já foi me perguntando também, ela parecia com a filha e as sobrinhas, tão impaciente. Primeiro beijei Bella que estava com um olhar duro e triste.

Abracei-a pelos ombros e me virei para todos com um sorriso na boca. Primeiro Bella me abraçou me passando a certeza de que independentemente do resultado tudo entre nós estaria bem, e que teríamos que conviver com isso juntos, logo superaríamos essa fase e ficaríamos bem, pois ganharíamos outro lindo bebe de presente. Foi isso que ela me disse ontem à noite depois de nos amarmos a noite quase toda.

- bem, eu não sou o pai do bebe da Tânia. – falei e vi olhos arregalados em minha direção. Logo foram substituídos por gritinhos de felicidades, eles estavam mal por tudo que estava acontecendo comigo e com minha família, eles sabiam o peso que isso teria sobre nós.

Renesmee e Carlie pularam pra cima de mim em felicidade e as abracei enquanto elas vibravam, elas não queriam um irmão vindo da Tânia. Depois olhei para Bella, ela era a única quieta e calada. Peguei sua mão e nos afastamos enquanto todos ainda fofocavam na sala.

- o que foi amor? Não gostou da noticia?

- não é isso. – ela suspirou meio triste ainda. – eu não quero comemorar, apenas isso. – ela disse dando de ombros e a olhei desconfiado.

- como assim amor? – perguntei confuso. Ela queria que o bebe fosse meu?

- é que... – ela parou e me olhou de novo. – ate parece que esse bebe não seria bem vindo em nossa família. – ela falou abraçando a própria cintura.

- que besteira é essa Bella? – perguntei já abraçando ela por trás. – claro que ele seria bem vindo. – falei e ela me olhou em duvida. – só estamos felizes por que sabíamos que na verdade a Tânia queria acabar com o que temos. Ela iria se meter em tudo aqui em casa, você queria ela se metendo na nossa família?

- não é isso, claro que pensando assim é muito bom, mas...

- mas?

- eu já tinha me acostumado com a idéia de um bebe novo a caminho, mais uma miniatura sua a caminho, um bebe lindo, forte e saudável que só traria alegrias, é isso que eles fazem amor. – ela falou ainda cabisbaixa.

- eu sei. – falei suspirando e sorri. – e quem disse que você não vai poder amar esse bebe? – perguntei e ela me olhou estranha. Ela devia estar pensando que fiquei louco ou algo parecido. Sorri de novo e continuei. – ele não é meu filho, mas Tânia sabe quem é o pai e você também sabe.

- eu sei? – ela me perguntou estranha e mais confusa ainda. – quem é? – ela perguntou curiosa.

- é o Jacob. – falei e a vi arregalar os olhos em um misto de surpresa e duvida. – ela falou que era dele, que teve um caso com ele no mês passado.

- e se ela estiver mentindo novamente?

- duvido muito disso, o que ela queria não conseguiu e a mãe dela já estava bem alterada com ela também. – falei alisando seus braços. – ela não mentiria de novo. Ela concordou e depois suspirou alto.

- coitado do meu amigo. – ela lamentou. – logo agora que ele tinha acertado a vida isso acontece.

- talvez ele ainda não tenha encontrado seu destino certo. – falei abraçando ela de frente e beijei seus lábios. – talvez Leah não seja o melhor para o Jake. – ela me olhou em duvida e depois sorriu. – ou talvez seja o destino dessa criança aproximar ainda mais Jacob e Leah, e fazer Tânia seguir em frente.

- você tem razão. – ela começou. – mas de uma coisa eu tenho certeza.

- o que?

- você é meu destino, minha vida, meu amor, meu homem, meu tudo. – ela me beijou demoradamente. – você me deu tudo Edward. Eu te Amo.

- você me deu tudo Bella. – falei e beijei seu pescoço cheiroso. – você me deu tudo que tenho, eu sou quem sou por você.

Falando isso nos beijamos novamente e logo a porta do quarto de visita que estávamos foi fechada. Eu queria apenas curtir minha Bella, minha e apenas minha.

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Pov Bella

- o que você tem Bella? – minha colega de trabalho perguntou pela segunda vez naquele dia e eu novamente a ignorei. Estava tonta demais pra me concentrar em uma boa resposta para ela.

- quem quer Donuts? – Luke perguntou me mostrando aquela caixa de papel cheia de Donuts coloridos e medonhos. Imediatamente corri pro banheiro dos funcionários com o maior embrulho no estomago.

Depois de colocar todo meu café da manha pra fora eu conclui que odiava Donuts. Sai e Lola e Luke me olhavam curiosos com minha repentina corrida ao banheiro. Eu dei de ombros e falei.

- odeio Donuts. – eles se entreolharam e me seguiram ate nossa sala.

- como assim você odeia Donuts? – Lola perguntou sentada na minha mesa. – você amava semana passada.

- mas agora odeio. – falei dando de ombros e olhando para tela do computador, ainda estava na metade da reportagem de sexta.

- graças a deus que sou homem. – Luke falou no seu melhor estilo gay e Lola revirou os olhos pra ele. – mulher de TPM é fogo! – foi minha vez de revirar os olhos para ele.

Passei a manha terminando esse artigo e ainda adiantei outro da semana que vem, com vários espaços em branco, já que na verdade queria colher mais informações para complementá-lo.

Meu celular começou a tocar a musica da Hannah Montana e eu arregalei os olhos em surpresa, o volume estava alto e todos olharam para minha mesa. Meu deus isso só pode ser obra da Carlie, ela que adora mudar o toque do meu celular e ficar ligando do celular do pai e ouvindo sua obra de arte.

- filhos. – falei baixinho me explicando e depois que atendi a ligação todos voltaram sua atenção para seus respectivos computadores.

- alô. – falei baixinho e terminando de salvar a ultima planilha.

- oi cunhadinha querida. – revirei os olhos, era a Alice.

- oi Alice, o que quer? Aconteceu alguma coisa com as meninas? – hoje era o dia de ela ficar com as três.

- não, esta tudo ótimo. – ela falou e logo voltou a falar. – é que estamos tão tristes, eu e as meninas e queríamos almoçar com você hoje. – ela falou no seu melhor tom dramático e suspirei prevendo sua cara. Logo comecei a escutar gritinhos do outro lado da linha.

- é mamãe, vamos almoçar com a gente, eu e a nessie queremos. – sorri do jeito da minha filha, ela com certeza foi influenciada por Alice.

- e depois a gente come sorvete de chocolate mamãe. – agora era Renesmee que falava animada.

- tudo bem. – falei e tossi um pouco, todo aquele enjôo voltando a tomar conta de mim. – eu saio do trabalho em vinte minutos, diga a sua tia Alice que estou sem carro e que passe aqui.

- eu estou ouvindo e já estamos aqui. – claro, ela sabia que eu não iria dizer não as meninas.

- só você mesmo viu Alice. – falei procurando um remédio para enjôo em minha bolsa e me levantando com ela. – já estou descendo.

Depois de tomar um remédio, me despedi de Lola e Luke e depois fui a sala da direção entregar a copia do artigo que eu enviei para a produção, logo fui liberada e corri ate o estacionamento.

De longe eu via a movimentação de Alice com Aninha no colo e Renesmee e Carlie com duas bicicletas. Olhei curiosa para a cena, como elas trouxeram isso? E melhor, quem deu bicicletas a elas? Cheguei mais perto e logo as duas correram.

- mamãe. – falaram juntas e beijei a cabeça de cada uma.

- titia. – Aninha falou esticando os braços para mim e a peguei no colo.

- oi princesa. – beijei suas bochechas e sorri. – o que é isso? – perguntei olhando para Alice e apontando as bicicletas.

- o papai que deu pra gente. – Carlie falou e olhei para ela. – ele pediu para a tia Alice ir comprar com a gente.

- como vocês trouxeram isso? – perguntei rindo e Alice que respondeu.

- no meu carro novo. – ela apontou para um carro enorme estacionado um pouco mais afastado e na vaga para funcionários do jornal.

- nossa. – falei surpresa e admirada com o tamanho do carro, era enorme e também bonito, a cara dela mesmo. – é bem seu estilo. – falei e ela revirou os olhos pra mim.

- que bom que gostou. – ela sorriu de lado. – Edward quer comprar um muito parecido para você. – arregalei os olhos em choque.

- eu não quero. – falei espantada e seguindo ela e minhas filhas que andavam nas bicicletas em direção ao carro. Aninha se ajeitou nos meus braços e deitou a cabeça no meu ombro.

- fale isso pro seu noivo. – ela disse sorrindo sapeca. – e vamos logo, estou faminta. – minha barriga roncou e eu concordei com ela. – e você também em. – claro vomitei todo meu café da manha, pensei, mas não verbalizei, com certeza ela ficaria perguntando sobre isso e as meninas iriam querer saber também, seria uma confusão.

- mamãe eu quero comer macarrão. – Renesmee pediu. Coloquei Aninha na cadeirinha no meio das duas.

- e eu quero pastel. – Carlie pediu e eu neguei.

- pastel não filhinha, nós vamos almoçar. – ela fez bico, mas concordou.

- então será comida italiana? – Alice perguntou e olhamos as três que responderam juntas.

- sim! – depois começaram a gargalhar e Alice a dirigir.

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- como assim você odeia cogumelos? Você amava pratos que vinham recheados de cogumelos. – Alice falou enquanto segurava meus cabelos e eu terminava de colocar todo o almoço pra fora.

- a partir de hoje é oficial então. – falei me levantando e indo para a pia me lavar. – será que estava estragado? – perguntei e Alice parou para pensar.

- acho que não Bella, eu também comi e adorei.

- acho que o problema é minha barriga, devo ter pegado alguma infecção Alice. – falei enxugando a boca e as mãos. – hoje pela manha senti o cheiro de Donuts e também coloquei todo o café da manha para fora, eu também não gosto mais de Donuts.

- você não gosta “mais”. – ela fez aspas no mais e me olhou seria. – Bella você esta atrasada? – ela me perguntou ainda seria, mas atrasada pra que?

- atrasada? Mas pra que A... – minha frase morreu no instante em que entendi sua pergunta, ela queria saber se minha mestruação estava atrasada e pensando nisso minhas contas começaram a ser feitas.

Três semanas.

Eu estava atrasada três semanas inteiras e eu nunca na minha vida atrasei uma mestruação, aconteceu uma única vez e logo descobri que estava grávida da Carlie e da Renesmee.

Claro! Os sintomas estavam claros, enjôos, tontura, sono excessivo, desgaste e preguiça e agora o vomito. Eram os mesmos sintomas da primeira vez, como não percebi antes.

- eu estou três semanas atrasada Alice. – falei olhando diretamente para ela que arregalou os olhos e sorriu.

- você esta grávida Belinha. – ela correu ate mim. – ah eu vou ter outro sobrinho. – ela falou já me abraçando. – por que vai ser um menino, lindo e ainda mais parecido com o Ed. – sorri para ela e coloquei minha mão na barriga. Será?

Abracei minha cunhada de volta e sorri, estava na cara que sim, mas precisávamos confirmar e ninguém melhor do que o próprio pai para me fazer essa confirmação.

- Alice vem, vamos ao medico. – ela me olhou estranha. – sim primeiro seu pai, depois Edward me confirmara se teremos outro bebe. – ela sorriu e saímos do banheiro em direção a mesa das meninas que estavam acompanhadas por Rosálie e Nicholas.

- Nick. – Alice abraçou o sobrinho e beijou sua bochecha.

- oi titia. – ele falou. – oi tia Bella.

- oi amor. – falei beijando sua cabeça repleta de fios dourados como o da mãe e ele sorriu.

-pelo menos a tia Bella beija minha cabeça. – ele falou. – é menos constrangedor viu tia Alice.

- e daí, eu adoro beijar a sua bochecha linda e rosada. – Alice continuou a encrencar com Nick e eu fui falar com Rosálie.

Depois de explicarmos a ela o que se passava e o que iríamos fazer, Rosálie se ofereceu para ficar com as meninas e me desejou boa sorte, também exigiu que ligássemos assim que o resultado saísse, ela estava louca de curiosidade.

Eu e Alice logo chegamos a casa de Carlisle e ele sorriu grande e feliz ao saber da possibilidade que depois de me examinar e saber dos acontecimentos disse que tinha grande chance de ser verdade, mas que eu precisava realmente fazer um exame de sangue que ele marcou para daqui a uma hora no hospital que Edward trabalha.

Seria uma grande surpresa para ele, eu já estava terminando de me arrumar e arrumar e Alice já viria me pegar, conferi novamente a hora e minha barriga roncou alto, eu estava faminta, tinha colocado tudo para fora e como nada parava na barriga resolvi tomar um suco natural e comer um pedaço de bolo de cenoura.

Estava satisfeita e sem muito incomodo na barriga, me parece que meu bebe gostou do lanche. Sorri passando minha mão pela barriga, eu já estava certa de que havia um ser dentro de mim, e que ele já crescia forte e saudável, mais um mini Edward a caminho, como Alice falou.

A campanhia tocou e corri ate a porta, de la apareceu uma Alice eufórica e apressada. Logo estávamos no carro a caminho do hospital. E seja o que deus quiser.