A Vingança escrita por bibi_di_angelo


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas lindas do meu coração...tudo bem com vocês??
aqui vai mais um capítulo
please leiam as notas finais
bjos
:*



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POV Michael

- Bom dia Mike! – Uma voz melodiosa disse atrás de mim, virei para ver quem era e me deparei com uma filha de Afrodite. Eu já sabia que as pessoas me conheciam no acampamento e também que filhas de Afrodite corriam atrás de mim, mas fazia um bom tempo que eu não voltava e tinha que me acostumar de novo à rotina de filho dos maiores heróis da atualidade, meus pais. – Oh, me desculpe, eu não me apresentei, sou Lisandra, mas pode me chamar de Lis. – Ela disse estendendo a mão.

- É um prazer conhecê-la. – Eu disse e depois segui meu caminho para o refeitório onde sentei com meus amigos, depois fui treinar um pouco com minha faca, apesar de eu ter um físico parecido com o do meu pai, tinha herdado a mesma agilidade de minha mãe e a inteligência também, graças aos deuses. Entrei na arena e me deparei com alguns semideuses em círculo, com certeza, havia acontecido algo. – O que aconteceu? – Eu cheguei perguntando.

- Nós estávamos treinando quando apareceu um monstro muito estranho e nos atacou, ele tentou matar o monstro e acabou sendo derrotado. – Um garoto com uma cara assustada estava apontando para o semideus que jazia no chão gemendo de dor.

- Leve-o para a enfermaria e saiam daqui imediatamente. – Eu disse e eles me obedeceram sem pestanejar, eu já suspeitava qual seria esse monstro.

- Você não vai atrás do monstro sozinho, não é? – Uma garotinha perguntou-me. – O monstro é enorme e estranho, nunca tinha lido sobre ele. – Filha de Atena, com certeza.

- Eu preciso ver o que é, acho que eu já lutei com esse monstro. – Eu disse.

- Sendo assim, ele ataca mais no flanco esquerdo. – Ela saiu andando enquanto eu encarava a floresta pensativo, não teria tempo de chamar os outros, a coisa poderia atacar mais semideuses e eu não iria deixar isso acontecer. Fui entrando na floresta cautelosamente, vasculhando cada centímetro que eu via, deixava meus instintos me guiarem.

- Senhor, não vejo a filha da inimiga ainda. – Uma voz áspera disse.

- Continue procurando e mantenha seu disfarce, nossa vingança está mais próxima que nunca, precisamos da filha delas, senão não podemos convencê-las a nos ajudar. – Outra voz disse, essa voz fez meus cabelos na nuca se eriçarem, era grave e imperativa, sobretudo, era sombria. – E você não vai querer falhar comigo, não é?

- Não senhor. – A primeira voz falhava e gaguejava, eu decidi procurar um lugar para ver a quem pertenciam as vozes. Comecei a me movimentar bem devagar, sem fazer barulhos, respirando devagar e caminhando cautelosamente.

- Jackson, já vai embora? – A voz estridente e sombria disse. – Você sabia que é falta de educação ouvir a conversa dos outros.

- Não quando eles fazem planos do mal. – Eu saí correndo. Só ouvi a voz dando ordens ao servo e seus passos crescerem aos meus ouvidos, continuava correndo tentando formar um plano na minha cabeça, estava me aproximando da arena e saquei minha faca, quando cheguei lá, não sentia mais passos atrás de mim, virei e fiquei esperando o que quer que fosse chegar. Observei o espaço ao meu redor, não havia barulhos, vultos, nada. Até que senti algo me empurrar e depois dei de cara com o muro da arena. Olhei para trás e encontrei meu monstro, ele correu na minha direção e me atacou pelo flanco esquerdo, eu desviei e minha cabeça começou a ligar as pistas, o monstro que a garotinha tinha me falado era esse, o mesmo monstro que nos atacou em Nova Iorque. Ele trabalha para alguém que quer vingança, mas ainda não conseguia entender como foi que ele conseguiu entrar no acampamento.

O monstro atacou pelo mesmo flanco de novo, eu desviei e tentei desferir um golpe nele, mas sua pele parecia ser feita de aço, meu golpe só deixou-o mais irritado, ele levantou um dos braços e deu um murro em mim. Quando bati no muro de novo, ouvi um crec vindo do meu corpo, ótimo. Eu tinha quebrado alguma coisa, levantei cambaleando e sentindo uma dor aguda, empunhei uma espada que encontrei na arena e continuei lutando contra o monstro, tentei concentrar-me no lago que estava próximo e fiz um bola de água ao redor no monstro, este ficou atordoado enquanto eu tentava me recompor, mas a dor era tanta que minha concentração foi embora e a bola se espatifou no chão, o monstro veio correndo na minha direção, batendo e arranhando todas as partes do meu corpo. Ele olhou pra mim e foi embora enquanto eu jazia no chão da arena sangrando e gemendo de dor.

POV Olivia

- Ei! Para onde vocês estão indo? – Eu perguntei a alguns semideuses que corriam assustados.

- Monstro na arena, o filho do diretor mandou-nos sair de lá. – Ó deuses! Micke foi lutar sozinho contra o monstro!

- Quanto tempo faz que isso aconteceu? - Eu perguntei.

- Eu não sei, tivemos que levar um semideus para a enfermaria primeiro e depois estávamos voltando para nossos chalés até você aparecer. – Ele disse e eu saí correndo. Quando cheguei na arena, vi um corpo estirado no chão, ele respirava com dificuldade e seu rosto exalava dor.

- Santo Dionísio! Micke! – Eu corri até ele e tirei um pouco de ambrosia do bolso, parecia que ele ia quebrar a qualquer instante. – Céus! Vou precisar de ajuda.

- Não precisa, eu já estou...ai! – Ele tentava se sentar em vão e apertou uma costela, aparentemente quebrada. Pense Liv! Eu precisava ajudá-lo o mais rápido possível, reuni minhas forças e fiz umas parreiras crescerem ao redor dele sustentando seu corpo, juntos caminhamos até o lago onde eu depositei Micke cuidadosamente dentro dele. Rapidamente, suas feridas começaram a fechar, seu rosto começou a ganhar cor e sua expressão de agonia se suavizou, esperei pelo menos uns cinco minutos até ele começar a se mexer com os olhos abertos, eu o ajudei a se levantar.

POV Michael

- Você ficou louco? Por que fez aquilo? Você, você podia ter morrido. – Liv disse com dor na voz, eu rapidamente me assustei, algum instinto protetor incorporou-se em mim, Olivia sempre fora uma menina divertida e sorridente. Uma das melhores amigas de minha irmã, na verdade, a mais tímida delas. Ela tinha uma face delicada, a pele macia que cheirava a morangos, os olhos castanhos cor de mel com pingos roxos entre eles, os cabelos lisos e castanhos deslizavam por seus ombros finos.

Ela também tinha um sorriso gentil, mas seu rosto era agora tomado por sua expressão preocupada. Eu não a conhecia direito, apenas alguns ois e tchaus, sabia que ela morava na Califórnia e que sua mãe era uma empresária. Ela tentou me levantar, mas seu corpo frágil e pequeno não a ajudava, eu comecei a fazer um grande esforço, senti que a água havia consertado meu corpo, mas a dor dos ossos quebrados e batidas pelo corpo ainda estavam lá, sem contar o extremo cansaço em que eu me encontrava no momento.

- Pode se apoiar em mim. – Ela disse gentil, eu passei meu braço em seu ombro e ela me conduziu para o chalé de Poseidon, graças aos deuses, ele estava vazio. Assim eu teria que me livrar de um interrogatório. Depois de me deitar na cama e me cobrir, ela trouxe um pouco de ambrosia. – Espero que ajude. – Disse dando aquele um sorriso tímido, eu retribui e comi um pedaço da comida celestial, rapidamente, me senti mais forte e a dor começou a diminuir.

- Obrigado. – Eu disse.

- O que você fez foi muito perigoso Micke, podia ter morrido. Mas vamos deixar isso pra lá. Agora você precisa descansar. – Ela disse guardando o resto de ambrosia que eu não tinha comido ainda. – Precisa de alguma coisa. – Eu parei um pouco e meu corpo agiu sem pensar.

- Uma companhia seria ótimo. – Eu disse dando um leve sorriso. Uma companhia? De onde você tirou isso Micke? Como eu sou idiota, agora ela deve estar pensando que eu sou um bobão. Ela se aproximou corando.

- Se a minha servir, eu posso ficar até alguém chegar. – Ela disse corada.

- Obrigado de novo, por tudo, mesmo. – Eu disse e ela assentiu passando as mãos em meus cabelos devagar, ela disse outra coisa, mas eu não consegui entender, tinha sido levado pelo cansaço e adormeci sob o toque suave de Olivia.

POV Samantha

- Sam? Sammy? Onde você está? – Ouvi a voz de minha melhor amiga me chamando.

- Estou aqui Ally. – Eu respondi, ela se aproximou pela floresta, percebi logo sua expressão confusa. Allyson é minha grande amiga, morena dos olhos verdes, cabelos castanhos escuros lisos que iam até a metade das costas com uma franja comprida e espalhada pela rosto, tinha um rosto delicado e ao mesmo tempo perigoso, o mais estranho era quando ela estava com raiva e seus olhos assumiam um tom negro completamente assustador, só presenciei uma coisa dessas uma vez. – O que aconteceu?

- Ele veio falar comigo. – Ela disse suplicante. Depois me contou tudo o que ele disse a ela na clareira e sobre sua proposta. – O que eu faço?

- O que o seu coração diz? – Eu perguntei. Ela parou pensativa e fechou os olhos.

- Eu ainda sinto algo por ele, mas tenho medo do que os outros irão pensar. – Ela disse envergonhada.

- Ally, nós vamos respeitar sua decisão, seja lá qual for. Nós te amamos e somos seus amigos, mas não é melhor ter certeza disso antes? Pra não se magoar de novo? – Ela assentiu.

- Obrigada Sammy, você é demais, eu já sei o que fazer. – Ela saiu saltitante pela floresta de novo. Nesse meio tempo, meu namorado apareceu e me abraçou.

- Sam? Precisamos ir para o seu chalé. – Ele disse frio.

- O que foi? – Eu perguntei já imaginando o que ele queria. Will me ignorou e me conduziu para o chalé de Poseidon, eu fui acompanhando seus passos ainda confusa. Quando cheguei ao meu chalé, Will abriu a porta e eu vi meu irmão deitado na cama repousando, alguns cortes cicatrizados apareciam em seus braços. – Deuses! O que aconteceu com ele?

- O monstro que nos atacou conseguiu entrar nas fronteiras do acampamento e está atacando os campistas, Micke foi ajudá-los e acabou se machucando. – Liv respondeu. – Podem me dar licença? Vou falar com Quíron. – Eu assenti e ela saiu do chalé, Will pôs a mão em meu ombro e me conduziu para a cadeira ao lado, eu me sentei e fitei meu irmão que repousava em sua cama.

POV Olivia

Bati à porta da Casa Grande e o diretor do acampamento atendeu, eu o reverenciei.

- Senhor Perseu. – Eu disse.

- Olivia Johnson, não é? – Ele disse e eu assenti. – Alguma coisa errada.

- Senhor, um monstro conseguiu passar pelas barreiras do acampamento, não sabemos como ainda, mas precisamos ficar alertas. – Ele fez uma careta.

- Qual monstro? – Ele perguntou.

- Eu não sei, é um que eu não tinha nem lido a respeito nos livros do acampamento. Enfim, ele está atacando o acampamento e batalhou com seu filho.

- Michael? Ele está bem? – Seu semblante de pai preocupado apareceu rapidamente.

- Agora está senhor. – Eu disse. – Posso dar uma sugestão? – Ele meneou a cabeça para eu prosseguir. – Acho que devemos fazer vigias para esse monstro, mas apenas com os líderes dos chalés, assim não corremos risco de inimigos. – Eu disse. – Podemos fazê-los jurar pelo Estige para manter tudo em segredo. – Ele ficou pensativo.

- Eu irei conversar com os deuses e Quíron e convocarei uma reunião mais tarde. Obrigado Olivia, por me avisar. – Ele disse e eu fiz uma reverência de novo saindo da casa, fui até o meu chalé, tomei um banho e troquei de roupa.

- Onde você estava mocinha? Estávamos te procurando há horas. – Leny, meu irmão mais velho perguntou.

- Desculpe Leny, estava ajudando uma pessoa. Nada demais. – Eu disse me segurando para não corar. Oras, porque isso está acontecendo? Eu só estava ajudando o Micke, não é? Depois decidi ir praticar arco e flecha com filhos de Apolo.

POV Allyson

- Você ficou sabendo sobre o Micke? – Leon me perguntou enquanto caminhávamos para a arena.

- Sim. Ela me contou. Isso tudo é muito estranho, Perseu foi vê-lo hoje à tarde. Sorte que a Liv conseguiu ajudá-lo a tempo. – Eu disse e ele assentiu. Ele veio me procurar e decidimos ir até a arena para procurar alguma coisa que ajudasse a identificar o monstro, embora tenhamos procurado arduamente, nosso resultado fora frustrante.

- Algum deles te atacou? – Leon me perguntou.

- Não, só o meu irmão. Mas não tão grave como o que aconteceu com Micke. – Eu disse.

- Não gosto nada dessa história de um monstro no acampamento. – Ele disse e eu concordei.

- Ei gente! Reunião na Casa Grande agora. – Um campista gritou para nós, eu e Leon corremos até a Casa Grande. A reunião era apenas para os chefes dos chalés, e nós estávamos juntos. Eu era chefe do chalé de minha mãe, Jéssica, meu irmão era chefe do chalé de meu pai, Nico. Sam era chefe do chalé de Perseu e Poseidon, Micke era chefe do chalé de Atena, Leon de Zeus, Will de Thalia, Olivia de Dionísio, Kayla de Deméter, Joe e Nick de Hermes, Ashley e Natalie de Hades, Megan de Ares, Annita de Afrodite, Andrew de Apolo, Ryan de Hefesto e dos deuses menores. Nós estávamos sentados em volta da mesinha de ping-pong esperando o diretor do acampamento se pronunciar.

- Bem, como a maioria já deve estar sabendo, sofremos um ataque hoje de um monstro. Felizmente, o campista atacado está bem. – Ele apontou para Micke que foi recebido por um curto aplauso. – Mas receio que isso seja apenas o começo, recebi uma ótima sugestão de propor uma vigia. Nós vamos colocá-la em prática a partir de amanhã, por ora, eu, minha esposa e Quíron vamos vigiar o acampamento, o nosso diretor de atividades vai montar um esquema e entregar aos lideres do chalé, porém, todos que estão aqui terão que fazer um juramento. Terão de jurar não falar com ninguém sobre isso a não os outros lideres e serem o máximo discretos o possível, não queremos arriscar mais pessoas. – Nós assentimos e juramos pelo Estige dentro do que ele pediu, ouviu-se um trovão provando que o juramento estava valendo. – Por hoje é isso, amanhã venham buscar seus horários e receber instruções.

Nós saímos da Casa Grande e voltamos aos nossos afazeres, as coisas continuariam normais até amanhã. Seja lá o que quer que estivesse atacando o acampamento, eu estou cem por cento disposta a acabar com este monstro. Vi Micke indo para o seu chalé apoiando-se em Liv que tinha uma expressão boba no rosto um pouco corado.

Acordei bem disposta no outro dia e fui até a Casa Grande pegar meu horário e ouvir as instruções de Quíron sobre o que fazer caso o monstro aparecesse durante a vigia, peguei o papelzinho e olhei o meu horário, eu era a primeira. Estava escrito: Chalés de Jéssica, Zeus e Hécate. Seria eu, Leon e Noah. Noah era um filho de Hécate muito poderoso, sabia fazer mágica muito bem e Leon era muito bom esgrimista, quase tão bom quanto eu. Voltei para o meu chalé e guardei minhas coisas silenciosamente, depois tomei um banho e me arrumei, fiz minhas coisas rotineiras. Voltei ao meu chalé no final do dia e vi uma linda rosa vermelha em cima da minha cama.

- Esqueceu-se de mim? – Apolo perguntou aparecendo do nada.

- Que susto Apolo! Não, não esqueci, mas estou com a cabeça tão cheia de coisas que preciso colocar meus pensamentos no lugar. – Eu disse.

- Eu entendo, quando quiser conversar, é só me chamar. – Ele beijou minha testa e sumiu enquanto eu assentia.

- Tchau. – Eu disse para o nada e fui deitar, precisava muito mesmo descansar, hoje à noite seria a minha vigia e eu precisava estar devidamente preparada. Tirei um bom cochilo à tarde e acordei perto da hora do jantar, levantei da cama e fui tomar um banho. Depois do banho coloquei uma regata rosa, um moletom que ia até os cotovelos e ombros nus, uma calça jeans azul escura e minha botas cinza sem salto, fiz uma Maria Chiquinha nos cabelos e coloquei vários prendedores até o final do cabelo, enfiei um gorro cinza com detalhes cor de rosa e arrumei a franja na testa. Passei uma maquiagem básica deixando um pouco forte nos meus olhos verdes. Coloquei a pulseira-espada que minha mãe me deu, brincos e um colar e saí para o jantar.

- Nossa amiga, você está linda! – Liv disse sorrindo e saltitando na minha direção. – Tem mais alguém no chalé?

- Só a Sam, Will e Micke. – Eu respondi.

- Ok, te vejo depois. – Ela saiu descendo para os chalés, eu ri comigo mesma e voltei para o meu caminho, cheguei ao refeitório, fiz meu prato, joguei parte da minha comida para tio Percy que é protetor dos semideuses e sentei para comer o resto. Depois de ter jantado bem, fui até a Casa Grande esperar Quíron, Perseu e Annabeth chegarem.

Estava sentada no sofá por uns quinze minutos quando aparece Noah, do chalé de Hécate, eu o cumprimentei e começamos a conversar sobre a vigilância que teríamos de fazer e sobre outras coisas que fizemos enquanto estávamos longe do acampamento. Leon apareceu e nos cumprimentou também, ele usava uma camisa cinza, uma calça jeans larga, tênis brancos de corrida e tinha os cabelos bagunçados de um jeito que ele ficava bem sexy.

- Muito bem semideuses, agora que vocês estão aqui, vamos repassar as instruções. – Começou Quíron. – Caso vocês vejam algo suspeito, apertem o botão desse controle que vocês podem prender na calça ou colocar nos bolsos e procurem ficar distantes do que quer que seja, nós iremos ajudar vocês. Só façam algo depois que nós chegarmos, não querermos mais pessoas feridas. – Nós assentimos.

- Tomem cuidado. Todos vocês. – Annabeth disse e nós fizemos uma reverência para os dois deuses, saímos para nossos postos e ficamos observando o acampamento, já era bem tarde quando ainda estávamos fazendo a nossa qüinquagésima ronda pelo acampamento.

- Minha vez agora Ally. Descanse um pouco. – Noah disse e eu assenti, tinha corrido por todo o perímetro silenciosamente, mas nada de suspeito chamou minha atenção. Eu fui para a cabana improvisada que fizemos e Leon me deu algo para comer e me ofereceu seu travesseiro.

- Como foi a sua patrulha? – Ele perguntou.

- Bem cansativa, as coisas estão na mesma. Algo me diz que os monstro não vai atacar tão cedo. É como uma intuição sabe? – Ele assentiu. – Estou ficando louca?

- Não Ally. Voe pode ter razão, também tenho essa sensação. Acho que você precisar descansar agora. – Eu assenti. Tentei pregar os olhos, mas parecia impossível.

- Leon?

- Diga.

- Eu mudei muito?

- O que? Não, bem, mudou. Mas ainda é a mesma Allyson que eu conheço. Por que está perguntando isso? – Ele parecia um pouco nervoso com a pergunta.

- É que faz tanto tempo que eu não venho aqui. Algumas coisas mudaram. Talvez eu tenha mudado também.

- Faz parte da vida Ally, todos nós mudamos um pouco, não somos mais aqueles adolescentes sem preocupações. – Ele disse. – Mas eu fico feliz que você esteja de volta.

- Eu fico feliz por ver vocês de novo. – Eu senti minhas bochechas queimarem. – Estava com saudades. – Eu o cutuquei e ele riu.

- Retiro o que eu disse, você não muda mesmo. – Ele começou a fazer cócegas em mim e começamos a rir bem baixinho, estávamos bem próximos um do outro quando Noah entra de repente na barraca.

- Tudo limpo...pessoal. Estou interrompendo algo? – Ele disse.

- Não, não. Eu...er...preciso ir. Até mais. – Leon saiu como um foguete da barraca e eu fui tentar descansar, minha cabeças girava descontroladamente, eram muitas informações para digerir no momento, permiti a mim mesma, pela primeira vez em muito tempo, relaxar a cabeça e parar de pensar. Apenas ouvir. Com o barulho calmo e relaxante da floresta, consegui adormecer tranquilamente.

- Ally? Allyson? – Ouvi uma voz me chamando.

- Mais cinco minutos por favor. – Eu disse e a voz riu, abri os olhos devagar e dei de cara com olhos azuis faiscantes. – Leon?

- É sua vez agora. Ou quer que eu fique mais cinco minutos? – Ele disse e eu ri baixinho para não acordar Noah.

- Não. Obrigada por me acordar.

- De nada. – Eu me levantei e comecei a fazer a minha patrulha, de repente, o ar ficou gélido e eu estava tremendo de frio, isso me deixou com uma pulga atrás da orelha, fui continuando meu caminho com passos bem leves para ninguém me ouvir. O ar cortante zunia em meus ouvidos enquanto eu caminhava, andei por todo o acampamento e não encontrei nada, talvez seja uma mudança normal. Os deuses não estão de bom humor ultimamente, isso pode explicar o frio, não conseguia sentir os dedos das mãos e dos pés, caminhei acabada de volta para a cabana improvisada e acordei Noah, ele bocejou e se levantou para a patrulha, eu me sentei e abracei meus joelhos enquanto esfregava as mãos. Leon não estava na cabana, e eu estava congelando ali, me enrolei no cobertor, mas mesmo assim o frio era insuportável.

- Oh meus deuses! Você está ficando azul! – Leon disse ao entrar na cabana. – Eu trouxe madeira, vem comigo. - Fomos para fora e ele jogou um raio na madeira que entrou em combustão, logo o fogo já tinha se espalhado por todos os pedaços. – Fique aí e não se mexa, vou buscar mais cobertores para você. – Ele tirou o suéter dele e o deu para mim enquanto estava apenas com uma regata branca por baixo. Acompanhei Leon descendo a colina correndo e entrando no chalé e...Deuses! Como ele tem um corpo bonito!

Fiquei babando só de lembrar, bem. Depois de alguns minutos, ele voltou com mais cobertores e usando um suéter azul marinho. Noah chegou de sua patrulha e eu entrei para dormir enquanto ele se aquecia, todo aquele frio me deixou acabada. E foi assim pelo resto da noite, eu dormindo e acordando e conversando com Leon. Cada vez que conversava com ele me lembrava de quando viramos amigos no acampamento e uma sensação diferente me invadiu. Eu não sabia o que era, mas logo, logo iria descobrir.


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Notas finais do capítulo

Ok, eu tenho umas coisinhas a dizer:
Primeiro: como o Nyah! ainda não estabilizou, eu não atualizei o capítulo das imagens, quando tudo voltar eu arrumo e aviso.

Segundo:Quero divulgar uma fic de uma das minhas leitoras http://www.fanfiction.com.br/historia/114453/Innocence
eu fiz uma participação do capítulo 35 e pretendo fazer mais...claro...vocês vão gostar bastante da história.

Terceiro:eu estou muito chateada com a quantidade de rewiews ultimamente sabem? Mas vou esperar para tomar alguma atitude mais pra frente. Eu realmente dou tudo de mim pra fazer os capítulos cada vez mais perfeitos e recebo poucos rewiews, estou ficando chateada gente. Sei que tem gente que não merece ler isso, mas é uma coisa que está me chateando. Enfim, espero receber mais rewiews nesse cap ok?

Bjos
:*



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