My Consigliére escrita por koala_die


Capítulo 16
Extra, extra! Special. Uke, ãh?


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é um especial que eu fiz porque...Muita gente andou me pedindo para inclui-lo na história.
E eu não sabia onder enfiar [rs] o Kai, então...

Lembrando que esse Especial não segue ordem cronológica e não influi nos outros capítulos.
Enjoy it.



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  Uruha colocara seus óculos escuros, arrumando o cabelo em frente ao espelho de seu quarto.

  Um cliente, um garoto de mais ou menos 16 anos, marcara uma ‘consulta’ com ele pelo telefone.

  Pela voz, devia ser um tanto tímido.

  Na mínima, tentando conquistar a garota do popular do colégio.

 

 

  O loiro começou a rir, balançando a cabeça.

  O nome do tal garoto era Uke Yutaka.

  U-k-e.

 

  “Porra, será que ele já leu algum manga yaoi ou algo do gênero?”

 

Uruha não tirava aquela pergunta da cabeça.

 

 

 

 

  Pôs uma jaqueta de couro e saiu de casa trancando a porta e levando a chave consigo.

 

  Foi caminhando até o local marcado, uma lanchonete ao lado de uma livraria perto de Ikebukuro.

 

  Atravessou a rua calmamente, os fones em seus ouvidos tocavam músicas um tanto agressivas.

 

 

 

 

 

 

=Flashback=

 

-Vai, Uru, ouve Sex Pistols!

-Iie! Não gosto de punk! – o loiro revirou os olhos, ainda deitado na cama, mirando Akira.

-Mas Sex Pistols é Sex Pistols, Kouyou! Ouve vai! – o menor se jogou na cama, ao lado de Uruha.

 

  O conselheiro revirou os olhos.

  Como resistir à um pedido vindo do seu Akira?

 

 

  Os pais do mais novo foram viajar. Uma semana em Kanagawa.

  Uma semana com a casa só para o Aki-chan...

...Que aproveitara e levara o namorado para passar alguns dias lá.

 

  Já era meio-dia e os dois ainda estavam na cama.

 

-Tá, ta! Põe logo essa porra para tocar, Akira! – o loiro revirou os olhos novamente, se acomodando na cama.

 

Reita sorriu vitorioso, ligando o micro-system.

 

-God save the queeennnn! – o menor cantarolava junto com a música.

 

Uruha riu, puxando o outro para a cama, o abraçando.

 

-Tudo bem, você ganhou. A música é boa. – o mais velho beijou o topo da cabeça do outro.

-Então vou passar algumas para o seu iPod! – o menor riu, pulando da cama.

-REITAAAA!

 

 

=Flashback=

 

 

  Uruha adentrou o local, tirando os fones.

 

  “Pelo que ele disse, ele ia estar usando calça jeans e uma camiseta branca...”

 

  O loiro procurava o garoto com os olhos, até que viu um adolescente balançando os braços. Um sorriso maroto enfeitava seus lábios e covinhas se formavam em seu rosto.

 

  Uruha sorriu para o garoto, tirando os óculos e se sentando ao seu lado na mesa.

 

 

-Uke-chan? – o loiro sorriu.

-Ah...P-pode me chamar de ‘Kai’...’Uke’ é um pouco embaraçoso... – o garoto mantia o sorriso maroto na face.

 

 

“É, ele já leu algum manga.”

 

-Tudo bem então...Kai-chan. – Uruha riu um pouco. – Então...O que..?

-É o seguinte... – Kai coçou a nuca, sem jeito. – Eu to afim de alguém e...Não sei como conquistar essa pessoa...E-eu sei que esse deve ser o caso mais comum que  você ouve e tal...Mas..O meu é um pouco diferente...

-A pessoa é um cara? – Uruha suspirou, sorrindo levemente.

-Q-quê? – o menor corou. – B-bem...

-Esse tipo de caso ta ficando cada vez mais comum, Kai-chan. – o conselheiro riu, tamborilando os dedos na mesa.

-Ah...Sim...Gyah! Isso é tão embaraçoso!

 

 

  Uruha teve que rir diante da situação.

 

 

-Relaxa...Ninguém precisa saber que você se consulta com um conselheiro amoroso, Kai. – o mais velho sorriu, se recostando na cadeira.

-S-sério? Sigilo absoluto? – o garoto voltou a sorrir.

 

 

“Que covinhas mais bonitinhas!”

 

 

-Como quiser, Kai-chan. – o conselheiro deu um leve tapinha no ombro do outro.

-Ufaa... – o garoto suspirou, se largando na cadeira, deixando a tensão de lado.

-Certo...Como é o nome desse rapaz?

 

 

  Kai ergueu os olhos, mirando o teto, com um dedo no queixo.

 

 

-Bem...Eu..Quer dizer, todo mundo o conhece como Miyavi.

 

 

“Mas que tipo de pessoa tem um apelido desses? Aposto que é um brega.¹”

 

-O senhor ‘Miyavi’ tem nome?

-Ter tem, mas nunca fala. Só ouvi o chefe dele o chamando de Ishihara. – o mais novo sorriu, voltando a mirar Uruha.

-Certo, certo...Você conhece o Miyavi pessoalmente, Kai-chan?

-O-oi? – o garoto ergueu uma sobrancelha.

-A maioria dos meus clientes...Se apaixonam à distância...Normalmente, eles nunca conversaram com a pessoa de quem eles gostam. – Uruha fez cara séria.

-Ah...Entendi! – Kai sorriu. –Na realidade, nós somos amigos há uns dois anos, eu acho.

 

 

  Uruha ficou boquiaberto.

 

 

-Peraí, peraí...Esse interesse nele, só começou agora ou...?

-Nah, eu me aproximei dele exatamente por causa disso! – ele riu sem graça.

-Como você agüentou ficar dois anos só na amizade?! Eu não agüentei ficar nem duas semanas só na amizade! – o conselheiro sorriu internamente, lembrando de Reita.

-Até uns seis meses atrás...Eu me contentava em só...Estar perto dele, sabe? – o rapaz disse, ainda sorrindo. – Mas sei lá...Ultimamente...Ontem eu quase agarrei ele na frente de todos os clientes no estúdio!! – Kai riu.

-Estúdio? Ele é músico? – Uruha sorriu.

-Ah...Ele arranha guitarra e violão...Ta, mentira, ele toca bem pacas, mas ele é tatuador e body piercer.

-Ah sim, entendi. – o conselheiro riu brevemente. – Então...

-Então que eu quero conquistar ele! E o mais breve o possível! – o garoto se virou, mirando Uruha, parecendo determinado.

 

 

  Uruha sorriu.

 

 

-Quer fazer o tipo ‘uke’...Ou um pouco mais agressivo? – o conselheiro perguntou.

-Olha, Uruha-san... – o garoto riu, um pouco tímido. – Se eu sou ‘uke’ até no nome, por que não?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-Koi, você quer alguma coisa em especial? To indo no mercado comprar milho de pipoca. – Reita disse, sorrindo.

 

 

  Kouyou havia ido na casa do mais novo naquele dia.

  Haviam combinado de assistir alguns filmes.

 

 

-Não quer que eu vá junto? – o loiro ergueu uma sobrancelha, pronto a se levantar do sofá.

-Não, não! Pode ficar aí, eu não demoro! – o menor abriu a porta, ainda sorrindo. – Ah, vou trazer aquele chá que você gosta, ta?

-Ta bom, koi. – Uruha sorriu.

 

 

  O mais novo saiu da casa, fechando a porta atrás de si, deixando Uruha sozinho na casa.

  O loiro se levantou do sofá, observando as fotos que haviam de Reita e sua família na sala de estar.

  Soltou uma leve risadinha quando viu o namorado, com no máximo 7 anos de idade, vestido de cachorrinho, sorridente, em um dos porta-retratos.

 

  Fora interrompido quando já estava no quinto porta-retrato. Seu celular tocava insistentemente.

 

 

-Moshi, moshi, Uruha desu. – o loiro disse, formal.

-Nee, Uruha-san, o conselheiro do Kai-chan? – ouviu risadinhas ao fundo.

 

  Kouyou ergueu uma sobrancelha.

 

 

-Hm...Sim, sou eu, por quê? – achou a situação estranha, pois o garoto quase morrera fazendo o conselheiro prometer que ninguém saberia daquilo.

-Nee, eu queria agradecer!

 

 

  Uruha franziu o cenho.

  “É um trote?”

 

 

-Quem ta falando? – Uruha inquiriu, curioso.

-Ahh! Gomen! Takamasa, desu. – ouviu mais risadinhas, dessa vez mais altas.

-T-takamasa? Quem.. - -?

-Ah, Kai-chan, você falou de mim como “Miyavi”? Por que não avisou antes? – Uruha ouviu o rapaz conversar com outra pessoa, e uma voz no fundo, dizendo algo que parecia ‘desculpa!’.

-Ãh?

-Ah, gomen, eu tava conversando com o Kai-chan! – uma risadinha. – Então, melhor dizendo, Miyavi desu.

-Ahhhhhhhhhhhhhhhh! Sei quem é! – Uruha riu, voltando a se sentar no sofá.

-Ahh! Que bom, que bom! Então, eu quero agradecer!

-Agradecer o quê? – Uruha estava confuso.

 

 

Mais risadas do outro lado da linha.

 

 

-Ué, por ter ajudado o Kai-chan...Eu não agüentava mais! Mais cedo ou mais tarde, eu ia estuprar ele! – Miyavi riu, ou melhor, gargalhou.

 

Uruha se assustou com o termo usado pelo Miyavi.

 

 

-E-estuprar...?

-É! E...Bem..Se eu estuprasse, eu seria preso, e isso não seria muito legal e...Bem, whatever, obrigadão, Uruha-sama!... Ai...Peraí, Uruha, o Kai quer falar contigo...! – ouviu um barulho estranho na linha, e logo, outra pessoa assumiu o lugar do Miyavi.

-Kai?

-Uruha-san! – ouviu a voz risonha do garoto. – Tudo beeem?

-Tudo sim e pelo visto...Você ta ótimo, nee? – Uruha riu.

-Ahhhh! To sim! – risadinhas. – Então, foi só por isso que...O Miyavi ligou mesmo...E eu também queria agradecer.

 

 

Uruha sorriu.

 

 

-Ah, que isso! Não precisa, não! – o loiro realmente ficara sem jeito.

-Claro que precisa! Sou um garoto educado, lembra? – ouviam-se risadinhas.

-Então, ta! De nada, Kai-chan.

 

 

Kouyou se despediu do garoto e logo desligou o celular, rindo um pouco.

 

 

-O que houve? – Reita havia voltado, segurando uma sacola.

-Nada não...Eu só...Conclui um serviço e o cliente me ligou agradecendo. – Uruha sorriu.

-Ah ta. – Akira sorriu, pondo as coisas na cozinha. – Uru, sabe fazer pipoca? Eu sempre queimo!

 

 

Uruha riu divertido, se levantando do sofá e indo ajudar o namorado.

 

 

 

 

 

É. Serviço concluído com cliente satisfeito.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

¹: Okkei, gente, muitos devem ter entendido a piada besta, mas quem não entendeu... Miyavi, na pronúncia japonesa, miyabi, significa 'elegante', por isso o Uruha teve o pensamento contraditório, 'brega' e 'elegante'.

/chata.