Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora em postar...dias corridos

este cap esta bem suave, espero que gostem......



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Cap. 31 – um dia comum

Seguia com minha moto até Port Angeles, Seth não gostou muito da idéia, achava que minha saúde podia ser prejudicada de alguma forma, mas o ignorei e sai assim mesmo. Amo a sensação do vento passando por meus cabelos, cortando meu corpo enquanto sinto sua velocidade. Eu também precisava deste tempo, um tempo longe de todos para colocar a cabeça em ordem. Muita coisa estava errada, as pecas não se encaixavam, os Volturi não estariam vindo apenas para acabar com Paulo? Paulo não era nem de longe uma ameaça.  Abáe se uniria aos Volturi com qual intenção?

-Droga! – o celular começou a tocar e perdida em pensamentos quase derrapei com a moto. Parei no acostamento já fora de Forks e o atendi.

-Sim Micaella, estou chegando. Vou deixar a moto na oficina do Jacob e pegar o carro para levar suas coisas.

**********

-Não se preocupe, você ficara na minha casa. a única vampira por lá é minha filha, mas você vai se espantar com a humanidade dela.

**********

-Eu entendo Micaella, toda a família entende. Não se preocupe, nenhum vampiro chegará perto de você. Agora vou desligar, quero terminar logo com isso.

Após o incidente com Jane, Micaella adquiriu um medo absurdo de vampiros. Quando algum chegava perto ela quase desmaiava de tensão, depois das ameaças de Edward e Bella então, a coisa só piorou e como agora temíamos por sua vida achamos melhor a manter próxima a nós. Não queríamos a responsabilidade da morte de um humano sobre nossas cabeças.

Ao chegar em Port Angeles segui para a E. Front Street e logo encontrei a oficina de Jacob, não tinha nem de longe a aparência de uma oficina comum, todas as paredes brancas, o piso emborrachado e devidamente sinalizado, uma sala de espera com sofás confortáveis e telas planas com diferentes programas locais e informacoes sobre o conceito inovador da oficina, parecia mais uma loja de pecas ou revenda de tão limpa e organizada.

Todos os atendentes estavam devidamente uniformizados e logo que entrei já seguiram com minha moto para a garagem dos fundos voltando com um carro popular prata. Jacob já deixara tudo avisado e não precisei praticamente abrir a boca. Segui com o carro de volta a Forks já com a encomenda de Esme no banco traseiro, na verdade era mais uma das loucuras de Alice, a baixinha encomendou diversas amostras de tecido e diferentes materiais para criar um closet digno para meus filhos, ela dizia que já que eles não irão crescer tão rápido ela teria a chance de criar diferentes modelos de roupas infantis para ambos. Nem discuti o assunto.

Já estava em Forks quando meu celular voltou a tocar, nem me dei ao trabalho de atender, já estava na frente da casa de Micaella mesmo, ela que esperasse mais alguns segundos.

-Você demorou! – falou já abrindo a porta e me puxando para dentro –

-Oi para você também. Tinha outras coisas para resolver Micaella, sinceramente, você não era minha prioridade do dia. – disse já irritada com a ansiedade dela –

-Desculpe! – sua fisionomia era de quem se envergonhara – Estou ansiosa, com medo.

-Eu sei – suspirei – Vamos, Seth logo estará em casa, ele te ajudará com a mudança. Onde estão suas malas?

Micaella apontou para as cinco malas próximo ao sofá e eu simplesmente as levitei para fora já as colocando ao lado do carro. Não pude terminar o trabalho desta forma com medo de algum visinho bisbilhoteiro, e manualmente colocamos as malas no carro e seguimos para minha casa. A viagem foi silenciosa, Micaella roeu todas as unhas da mão direita ignorando totalmente a mão esquerda, depois de algum tempo percebi o por quê disso, as unhas da mão esquerda já estavam totalmente roídas.

Quando estacionei o carro MIcaella não se moveu nem um milímetros e seus olhos estavam cravados na floresta ao lado.

-Não é nada que deva temer. – disse já abrindo a porta e saindo do carro –

-Seth, ela esta com medo de você amor. Acho melhor aparecer em sua forma humana. – estava rindo internamente, ver alguém que se colocou a disposição dos Volturi, conheceu seu covil e estava disposta a se transformar com medo de um cachorro grande era realmente hilário.-

- Olá Micaella. – Seth saiu da floresta apenas de bermuda e estendeu a mão em direção a estatua em que Micaella se transformou –

Revirei os olhos e toquei seu ombro gentilmente tentando tira-la do transe.

-Desculpe! Oi, como vai? – as palavras quase inaudíveis foram ditas enquanto sua mão tremula tocava a de Seth.

-Vou bem! – Seth se aproximou me abraçando e beijando minha boca com carinho. Tudo bem com você amor? Sente alguma dor?

-Estou bem Seth, só preciso buscar nossas crianças agora, volto a noite tudo bem?

-Claro – suas mãos afastavam meus cabelos que caiam sobre meu rosto por razão do vento – Vou ajudar nossa bailarina e se acomodar. Me deu um sorriso maravilhoso que já me deixou mole e cheia de vontade de telo em meus braços, sacudi a cabeça espantando tais pensamentos e lhe dei um beijos singelo me afastando em direção a floresta.

-Até mais tarde – disse por sobre o ombro enquanto seguia meu caminho já mudando a forma de meu corpo –

Caminhei tranquilamente por algum tempo e só então passei a correr seguindo as trilhas para a casa de Carlisle, a casa estaria vazia hoje se não fosse por Kali, Luna e meus pequenos. Samy ficou estes dois dias afastado de todos. Com a chegada de mais vampiros na cidade o mesmo teve um surto de crescimento e mais dois jovens se transformaram na tribo. O casal de jovens tem cerca de 17 anos, são filhos de uma família tradicional e que a poucos anos havia retornado a La Push na tentativa de iniciar algum trabalho no ramo hoteleiro. Os quatro mantinham uma pequena pousada e seguiam tranquilamente em suas vidas até dois dias atrás.

Quando cheguei na casa chamei por minha Luna e ouvi seu sussurro no vento.

-Sala de musica.

Fiquei encantada ao entrar na sala, Luna estava ao piano tocando uma musica suave, a melodia foi criada por Edward em sua homenagem alguns dias após sua chegada em nossa família. Kham e Sun estavam em um grande cesto sobre o tampo do piano, as perninhas balançando ao ritmo da musica e os olhos presos aos de Luna.

Quando a musica terminou, de imediato uma nova melodia teve inicio, ainda não a conhecia, era tão suave quanto a anterior, mas tinha alguns toques mais agitados, poderia dizer até mais quentes, imediatamente os pezinhos ansiosos de antes pararam de se mover e meus bebes juntaram suas mãozinhas. Kham pareceu descansar sua cabeça sobre a de Sun e ambos fecharam os olhos.

Quando a musica terminou, meus bebes abriram vagarosamente os olhos e encaram Luna com um brilho apaixonado em toda a face, logo perceberam minha presença e buscaram meu olhar também. Os olhos de Sun ao encontrarem os meus brilharam em chamas, tinham uma ligação especial, ambas filhas do fogo.

Com Kham era diferente, seus olhos não mudavam de cor, sua Iris havia ficado tão clara que chegava próxima ao branco sendo apenas percebida pelo contorno azul quase translúcido, não erramos em momento nenhum em relação ao nome de ambos, Kham estava diretamente ligado ao elemento ar. Ambos ainda muito jovens na matéria física, mas seu lado espiritual estava desenvolvido de forma extraordinária.

-Foi lindo filha. – a emoção embargou minhas palavras e senti uma fina lagrima correr por meu rosto –

-Compus para eles.

-Sua família esta cada dia mais linda Tia. – Kali falou enquanto secava a teimosa lagrima que continuava a correr. – Vou ficar com meu pai esta tarde, a noite passo em sua casa para ninar os pequenos. – apenas assenti com a cabeça e segui em direção ao piano.

Abracei minha filha ainda emocionada com sua musica. Peguei Khali do cesto e segui em direção a um pequeno sofá, Luna já estava com Sun em seu colo e me acompanhou.

-Quando compôs a musica querida?

-Mais cedo, quando a senhora saiu. Kali queria me ouvir tocando e a melodia veio de uma forma tão suave que apenas me deixei levar. Tio Ed estava por perto e me pediu para conversar melhor com vocês sobre minha adoção, ele acha que vocês enganaram a todos e que eu sou mesmo uma Cullen disfarçada. – rimos juntas -

-Ah filha – a abracei com a mão livre -  eu já pensei sobre isso umas mil vezes. Você se encaixa tão bem nesta família que acho que se fosse do mesmo sangue não seria tão perfeito como é.

Senti Kham passar as mãozinhas por minha blusa procurando uma abertura.

-Acho que temos alguém com fome aqui. – falei sorrindo enquanto fazia cócegas em sua barriga –

Delicadamente o posicionei em meu seio e prontamente ele começou a sugar com forca, sua mãozinha pousada sobre o seio lhe ajudando a sugar o leite que parecia não ser suficiente ao tamanho de sua fome.

-Eles vão demorar a crescer não é mãe? – Luna parecia aflita –

-Acredito que sim Luna. – respondi sem desviar os olhos de Kham -  Carlisle fez todos os exames possíveis e mesmo ambos tendo os genes de lobo, aparentemente uma mutação diferente ocorreu em seus sistemas. Carlisle ainda não sabe dizer exatamente o que é, mas tudo aponta a um desenvolvimento humano normal.

-Esta com medo que não aconteça?

-Sim e não querida. – olhei para Luna com um misto de alegria e medo no olhar - Fico feliz em saber que eles poderão ter uma vida normal e também me dói saber que um dia poderei perdê-los.

-Eles não são imortais como nós?

-Não sabemos. – senti um aperto no peito – Bom, este aqui já terminou, - mudei de assunto pois já não sabia como seguir com aquelas perguntas, muita coisa ainda estava sem resposta - será que esta menininha sapeca também esta com fome?           

Quando ambos terminaram de se alimentar me senti seca, precisava encontrar outros alimentos compatíveis para eles, logo eu não teria mais condições físicas de alimentá-los de forma adequada.

Agasalhamos os pequenos adequadamente e fomos aproveitar o raro sol que aparecia em Forks. Passamos a tarde conversando e aproveitando o calor dos raios solares sobre nossa pele, os pequenos dormiram um pouco e depois exigiram total atenção de nos duas, nos revezamos os trocando de colo e brincando com as folhas secas caídas no chão. O sorriso sem dentes dos dois era encantador e sempre nos fazia sorrir junto.

No final da tarde toda a família estava reunida no quintal tentando de alguma forma entreter os pequenos. Dificilmente eles choram e isso é maravilhoso, mas como bons seres humanos, enquanto a noite caia e o tempo esfriava ambos bocejavam e esfregavam os olinhos irritados, o sono já era evidente e junto a Luna e Kali voltamos para casa.

Era visível a tristeza de Esme, por ela meus lindinhos ficariam em sua casa sendo observados a noite toda, mas ela entendia que eles também precisavam dos braços quentes do pai que não os virá o dia todo.

Mais um dia chegava ao fim, três dias a menos em nossa contagem regressiva.


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Notas finais do capítulo

ideias...sujestoes...facam seus pedidos...bjs



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