Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 30
Capítulo 29 - parte II


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso....eu realmente tive problemas para escrever este cap, muita coisa precisava ser esclarecida....e também minha cabeca nao ajudou, tive fortes dores de cabeca durante a semana e o tempo que passava em frente ao pc só as fizeram piorar.

desculpe a todos pela demora e já aviso que os proximos cap também vao demorar um pouco mais, estou entrando no mes de provas da facu e precisarei me ausentar, prometo postar pelo menos uma vez por semana.

Bom...é isso...segue mais um cap agora na reta final da fic....bjs



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Ate onde eu iria para esconder este segredo. Corri para casa deixando meu marido, filha e amigo para traz e comigo seguiam um grande aperto no peito e um silencio profundo que me calou a voz. A sensação de vazio me corroeu o coração e percorre meu corpo como um veneno mortal, a queimação foi subindo por minhas veias chegando a boca e desaguando sobre a língua que não quer calar. Brasas surgiram em minha pele e o gosto de sangue tomou conta de tudo.

Só um cego não vê que este segredo clama por ser revelado e a verdade esta para quem quiser ver. Enxergo perfeitamente a verdade, sou uma assassina que usou de seu poder letal para matar de forma justificada. Tirar a vida de outra pessoa, mesmo que seja um vampiro,  nunca foi algo justificável e agora sinto o peso de meus atos, poderia perder minha família com a verdade e também com o silencio da omissão desta.

********

Continuei a correr como se disso dependesse minha vida, tentava concentrar meus pensamentos, mas estava cada vez mais difícil esconde-los de Edward, Jasper e Nessie, mesmo que Jasper não pudesse lê-los, meus sentimentos expunham muito do que eu estava passando e tanto ele quanto Nessie estavam muito sensíveis as minhas mudanças de humos.  Sim, minha sobrinha linda também estava desconfiada, todos estranharam o tempo curto de gestação, minha reação ao encontro com Paulo e minhas dores constantes, só Gabriel teve coragem de me questionar e mesmo assim ficou sem resposta.

Sinceramente, não sabia como explicar que temendo pela vida de meus filhos, suguei a vitalidade de Seth acelerando assim o desenvolvimento dos bebes, os protegi em uma redoma de luz para que não sentissem as modificações aceleradas. Muita energia foi consumida no processo e por esta razão meus enjôos eram fortes e meu corpo estava sempre fraco, após o nascimento ainda sentia as conseqüências de minhas ações e precisava de cuidados constantes na tentativa de manter meu corpo vivo. Todos perguntariam o por que, e não havia uma resposta certa para isso, apenas segui meus instintos.

----flashback------

A noite estava agradável e enquanto Seth e Luna dormiam resolvi sair um pouco, caminhar pela floresta, sentir a terra em meus pés.

-Mãe?

-Luna, anjo! Achei que estivesse dormindo. – estava caminhando sobre a grama ainda próximo a casa quando ouvi sua voz baixa em meio aos zunidos da noite –

-Eu estaria, mas quando fui fechar a janela olhei para a Lua e fiquei encantada com o que vi – deu de ombros – resolvi observá-la aqui de fora.

-Ah – olhei em direção a Lua que agora tinha um circulo alaranjado a sua volta – e como esta Samy, bateu a perna ao sair pela janela?

-Esta ótimo...er...quer dizer...quando o vi a tarde. Ah...eh...o que quer dizer com bater a perna? – segurei o riso com a incoerência de suas palavras e o gaguejar constante-

-Bobinha. Você tem um pai Lobo e uma mãe bruxa e acha que nenhum dos dois ouviu as batidas na janela, a conversa sussurrada, a respiração ofegante...

-Mae! – Luna me cortou já toda corada –

-Que foi, não posso falar sobre a vida amorosa da minha filha mas ela pode falar da minha? – a questionei séria, mas meu olhar entregou toda a brincadeira do momento –

-Desculpa – corou ainda mais – é que é complicado ficar longe dele, ainda mais agora que me controlo melhor.

-Eu entendo querida, sei como é. Também vivo o imprinting com seu pai esqueceu! – a puxei para um abraço e sussurrei em seu ouvido – só espero que estejam se protegendo, não quero ser avó tão cedo. – senti seus ombros retesarem-se em tensão a minhas palavras –

-Nós...não....mãe....nós...-ela não iria conseguir dizer mais que isso e sentia-a tremer em meus braços –

-Shhh, calma querida. Não estou recriminando vocês. Ainda são muito jovens e todo este hormônio faz loucuras com a mente. Eu acho lindo o amor de vocês e adoro ver como armam esquemas loucos incluindo Kali nesta bagunça toda só para ficarem mais tempo juntos. Eu e seu pai só fazemos vista grossa – pisquei para ela -. Vamos discutir isso em outro momento esta bem! Agora volte para casa e vá dormir, já esta tarde.

Luna foi correndo em direção a casa sem nem olhar para traz. Acho que deixei minha menina envergonhada agora, mas eu estava feliz por ter conversado com ela e quando ela estiver preparada ela virá falar comigo. – suspirei largando meu corpo sobre a grama úmida voltando a observar a Lua. Esta noite ela possuía um Halo entorno de si, mas não era uma simples luminosidade formada por prismas de gelo, havia algo diferente ali, mais denso e sua cor também não era clara. Podia ver claramente um brilho vermelho serpenteando pelo circulo de luz.

Meus olhos cravaram-se na forma avermelhada e a senti se aproximando, não movi um músculo, parecia estar em transe conectada aquela formação estranha até que ela pareceu pular a meus olhos e uma onda de choque percorreu meu corpo se concentrando em meu ventre, tingindo minha pele de vermelho, inconscientemente levei minhas mãos ao ventre e tive a visão dos meus bebes mortos.

Segurei o grito de agonia que ardia em minha garganta, não conseguindo conter as lagrimas que desciam quentes por meu rosto. Meus bebes corriam perigo e meu corpo não serviria de proteção a eles, eles precisavam nascer, nascer o quanto antes.

-----fim flashback-------

Enquanto corria pensava no quanto odiava esconder algo de minha família, mesmo não considerando uma mentira e sim uma omissão de fatos, logo teria que contar uma parte da minha historia que preferiria manter na escuridão. Mas como a vida muitas vezes nos reserva momentos de surpresa e reviravoltas, chegada à hora a rainha seria colocada em cheque e eu estaria lá para ver.  

Após alguns momentos correndo e agora mais concentrada em barrar meus pensamentos e sentimentos, cheguei ao gramado da casa de Carlisle e pude presenciar a cena mais lida de toda a minha existência. Minha irma, a razão de toda minha luta, estava sentada em uma colcha clara brincando com meus filhos. Ambos sorriam muito e pareciam entretidos em seu mundo mágico ao ponto de nem notarem minha aproximação, sentei sobre minhas patas traseiras e fiquei observando por mais alguns segundos até Bella olhar em minha direção e me chamar para junto dos três.

Aproximei-me ainda na forma de pantera e temi pela reação dos pequenos, nenhum dos dois estranhou e logo levantaram suas mãozinhas em direção a meu rosto agora coberto de pelos. Aproximei-me com muito cuidado os deixando tocar minha pele e quando percebi que estavam à-vontade os lambi retirando de ambos, gostosas gargalhadas.

Voltei à forma humana ao sentir os olhos de Jasper queimarem em minha direção. Não entendi sua postura tensa e seus olhos agora em movimentos rápidos percorreram toda a extensão do gramado. Parecia estar analisando suas opções para um ataque e me surpreendi ao perceber que seu corpo apontava contra o meu.

-Bella! Leve as crianças para dentro. – sua voz firme e sua postura de ataque não deram oportunidade para qualquer questionamento –

-Vai me atacar Jasper? – estava confusa, o olhando assustada com sua postura contra mim. –

-Não Anala, ele vai atacar a mim. – Gabriel estava agora atrás de mim e caminhava calmamente em direção a Jasper.-

-Não tenho nada contra você Jasper, só me deixe esclarecer as coisas com ela. Se preciso for, lutaremos, mas minha intenção não é esse, só quero que ela conte logo o que esconde.

Os dois permaneciam tensos e seus olhos presos um ao outro, o vermelho dos olhos de Gabriel estavam mais intensos e davam arrepio, havia muita fúria contida ali. Olhei a minha volta e me vi em um circulo ladeada por Edward, Seth e Emmett. Gabriel ao meu lado no centro e Jasper em uma ponta distante dos outros.

-O que quer Gabriel, deseja acabar com sua existência assim? – estava nervosa e falava de forma exacerbada –

-Se preciso for. – deu de ombros –

-Não vou te atacar Gabriel – me coloquei a sua frente segurando com firmeza seu rosto em minha direção – Não é necessário, não faca isso conosco! – implorava por sua sanidade –

-Por que não posso te ajudar, porque quer morrer sozinha – ele se afastou de meus braços e apoiou o corpo em uma das varias cadeiras de madeira que ornavam o jardim colocando suas mãos em frente ao rosto – não posso te perder, entenda – levantou a cabeça e se pudesse estaria chorando agora – Eu te amo!

Aproximei-me de seu corpo e com as mãos pedi para que os outros não se aproximassem.Gabriel estava totalmente entregue a sua dor, seu corpo fragilizado não parecia uma ameaça, senti pena de seu olhar implorativo e seu estado de abandono. Eles pareciam não entender o por quê daquele ato, as mulheres estavam nos observando da sacada e apenas Edward estava relaxado com tudo o que via.

-Eu também te amo Gabriel, não da forma como você gostaria, mas eu amo e acima de tudo amo minha família e daria minha vida por eles, mas isso não será preciso, confie em mim. – seus olhos buscaram os meus e ele pareceu relaxar com o que via ali –

Todos estavam reunidos do lado de fora da casa e acompanhavam a cena, sentia a curiosidade em seus olhos e o receio de todos em nós questionar. Respirei fundo e abaixei a cabeça buscando uma forma de explicar tudo.

-Acho que se você começar pelo começo, assim todos poderemos entender. –Edward tinha acesso a parte mais consciente de minha mente e foi só por esta razão que ele entendeu minhas duvidas -

-Tem razão Edward, acho que seria a única forma mesmo. Podemos entrar, esta ficando frio aqui? – o vento gelado que agora batia contra minha pele anunciava a vinda de uma chuva forte -

Todos assentiram ainda em silencio e fomos em direção a casa, percebi que Samy também estava conosco e Paulo se mantinha afastado de todos. Procurei por meus filhos e os vi em um canto da sala sobre um acolchoado, Fred estava tomando conta deles e os três estavam próximos, as crianças pareciam não sentir repulsa por seus toques.

Meus pensamentos se perderam naquela direção, primeiro elas não se assustaram com minha forma diferente, agora não sentem repulsa por Fred. Será que Edward lê seus pensamentos? Mentalmente perguntei a ele e o mesmo negou com movimentos sutis de seus olhos como costumava se comunicar com Alice.

-Precisamos verificar isso depois. – pensei direcionando minhas duvidas para Edward, ninguém pareceu perceber nossa conversa mental. Ele apenas movimentou os olhos em afirmativa e voltei minha atenção aos outros da sala.

-Já disse a todos que mil anos é muito tempo – respirei fundo e comecei a falar - e que com isso muita historia ainda poderia ser contada, só não esperava contar esta tão cedo. – tentei relaxar meu corpo e busquei pela mão de Seth como apoio –

-Gabriel passou a desconfiar de meus atos e por isso me seguia e também permaneceu entre nós ate agora. Tudo ficou pior depois que agredi Paulo. – olhei para ele e mantive meu olhar firme – o que a propósito não me arrependo. – ele rosnou baixo em minha direção e logo voltou ao normal ao ver Emmett seguir para seu lado.-

-Para conseguir sobreviver entre vampiros, humanos e outros tipos de seres precisei aprender a me defender. Quem me ensinou foi Abáe, depois de me encontrar e cuidar de mim, quando lhe contei a historia de minha vida ele viu em mim a oportunidade que esperava a décadas. Sabendo que meu corpo humano era um ponto fraco, ele se focou em minhas outras habilidades.

-Hoje – disse suspirando – não preciso estar próxima a um vampiro para matá-lo. Eu posso só olhar para ele – sorri e olhei para Paulo, logo seu corpo tremeu e saiu do chão –

-Me solta sua...-ele não conseguiu terminar sua frase, calei sua boca o colocando de volta no chão –

-Não gosto ou confio em você Paulo. Se você esta aqui hoje e se Abáe vira a nosso encontro é porque há algo maior por trás disso, do contrario já teria te matado. – mantive meu olhar preso ao dele -  Mesmo sendo você o pai de Luna não me sinto na obrigação de gostar de você, seu cheiro me causa ânsia. – falei séria expondo meus dentes em sua direção, senti a mão de Seth apertar forte a minha e me contive.-

-Qual o objetivo do seu treinamento? – Jasper me perguntou com receio desviando também a conversa para um ponto, aparentemente, menos tenso –

-Porque existem lobos em Forks Jasper? – a pergunta era retórica - Os vampiros nunca foram os seres preferidos deste mundo. Claro que a família de vocês é diferente, não matar humanos é algo que foge as regras e imagino que por isso a união entre lobos e vampiros tenha dado tão certo e Kali esteja aqui entre nós.

-Eu fui ‘’criada’’, a ser o que sou, por um vampiro, o que também contradiz o que eu disse, mas há um propósito. Abáe desejava vingança. Se hoje ele esta ao lado de seus inimigos é por que algo o incitou a isso.

-Quando Carlisle me procurou informando que procuraria seus amigos para nos auxiliar, já que estava com medo por sua família, eu o impedi. Gabriel também queria chamar nossos amigos da ilha e também foi impedido, o Maximo que podemos esperar é a visita de sua mulher, Ana – eu ri e ninguém me entendeu, mas todos perceberam que Gabriel passou de uma postura confiante para a de uma criança com medo do castigo e acabou soltando um gemido baixo, mas que acabou sendo audível a todos.-

-Abáe vira, não sei qual seu propósito, mas posso garantir a vocês que antes que faca algo contra nós ele terá sua vingança e é isso que nos dará tempo. Estamos em um bom numero e Jane não conseguirá agir contra nós, assim como seu irmão.

-Kali e os pequenos precisam ficar escondidos e camuflados assim como Fred durante este encontro.

-Não vou ficar de fora por ser diferente. – Kali  se levantou e parecia irritado –

-Quem disse que ficará de fora! Vocês só não ficaram expostos de inicio. - ele sorriu em minha direcão comprenedendo que também poderia lutar se fosse necessario -

-Tia, o quando a senhora pode ser fatal contra o que eu sou? – ele agora estava ajoelhado a minha frente e seus olhos eram confiantes -

-Porque Kali?

-Quero saber quais nossas chances caso Abáe não nós de tempo de agir antes de usar sua mente. –me levantei compreendendo o que realmente ele queria. Se eu não fosse forte o suficiente, ele poderia ser uma boa arma contra mim –

-Vamos lá fora.

-Não. – Jacob me pegou firme pelo braço e sua fúria foi visível. Seth se levantou já rosnando e ambos tremiam um encarando o outro –

-Parem! – falei firme – Não farei mal a seu filho Jacob, só quero mostrar algo a vocês, se quiserem posso mostrar com Luna ou qualquer outro.

Senti as mãos de Jacob se afrouxarem e ele assentiu para o filho com um leve gesto de cabeça.

Todos nos observavam no gramado, uma chuva fina havia começado a cair assim como a temperatura. Posicionei meu corpo de forma a ouvir melhor os movimentos de Kali quando o vento cortava seu corpo e com um gesto de mãos pedi que me atacasse. Como sorri ele também retribuiu o gesto, mas logo fechou a cara e se concentrou em seu ataque.

 Kali correu em minha direção ainda em sua forma humana, seus movimentos eram ágeis, seu corpo imenso e musculoso não o faziam lento. Os ataques iniciais eram firmes e centrados, consegui desviar de todos sem dificuldades, ele estava apenas me testando. Quando suas investidas se tornaram mais assertivas procurei me distanciar.

-Pare de esquivar tia – sorriu de forma maliciosa – ou não consegue me acertar?

Não respondi com palavras e sim com gestos, quando o mesmo iniciou mais um ataque fugi se seu campo de visão flutuando sobre seu corpo e me deixando cais atrás dele. Com o corpo muito próximo pude sentir o calor que emanava em razão do esforço da batalha, toquei em seu ombro o fazendo estremecer com a surpresa.

-Meus sobrinho esta disperso. – sorri e com saltos ágeis me coloquei a poucos metros dele –

Estendi minha mão em sua direção e sussurrei ‘’Quid pro quo’’  (uma coisa pela outra em latim) e vi seu corpo ler lançado aos céus com forca e cair sobre a grama provocando um desnível na terra. Seus olhos ainda em choque permaneceram vidrados no ponto flamejante a sua frente. Uma lança em chamas seguia em direção a sua cabeça, parando a centímetros de seu alvo ao mesmo tempo que se desfazia no ar.

Seu corpo caiu relaxado na terra e logo Nessie estava ao lado do filho enquanto Jacob o erguia o levando para dentro da casa. não fiz mal ao garoto, ele estava apenas em choque por tudo que sentiu. Meu sobrinho foi muito corajoso e eu me orgulhava disso, mesmo que sua atitude so tenha provado que ele não conseguiria me deter.

 ----

Todos voltamos para a casa e Esme já me esperava com uma grossa coberta nas mãos. Kali estava sentado no sofá e também mantinha sobre o corpo uma grossa manta, quando me viu entrar sorriu timidamente.

-É tia, acho que ninguém pode contra a senhora.

-Quer outra surra garoto, pois terá se me chamar de senhora mais uma vez. – fiquei emburrada e lhe mostrei a língua. Todos na sala riram e o clima tenso foi dissipado –

-Mas nós diga Anala, porque desejou atacar os Volturi sozinha?

-Não desejei Jasper. Eu só quis proteger minha família. Eles não conhecem os reais dons de Luna, não sabem da existência de Kali ou Fred, esta família se amplia com muita facilidade e tem sido abençoada com dons extraordinários. Não vê, a única coisa que os Volturi desejam são os dons, farão de tudo para os terem em suas mãos. O que acha que fariam com Kali ao descobrirem que ele é metade Lobo metade Vampiro?

Ninguém respondeu, mas todos sabiam a resposta. Um ser tão forte e desconhecido com certeza seria usado em experiência pelos Volturi ou então destruído por ser uma ameaça a raça. A fisionomia de todos era de pesar e maquinação, apenas Alice estava diferente, com os olhos negros vidrados em um ponto qualquer. Uma visão, ela estava vendo nosso futuro ou procurando por ele?

-Eles decidiram – sua voz estava morta e parecia não pertencer aquela Alice vibrante de antes – Virão antes do previsto, desconfiam de Micaela. Vinte dias, dois grupos. – seus olhos entraram em foco novamente. –

-Quantos são Alice?

-São poucas Carlisle. Eles parecem confiar muito em Abáe. O primeiro grupo é o de Alec, ele tem mais duas pessoas a seu lado, um casal, não conheço os rostos. O segundo foi composto por Aro, Marcus, Caius, Jane e Sulpicia. Não vejo mais ninguém, mas podem estar escondendo algo de minhas visões.

-É provável que venham mais. – Jasper completou –

-Preciso descansar, poderiam me dar licença, o dia foi longo. – disse enquanto levantava do sofá indo em direção aos meus filhos, todos concordaram com minha retirada e logo estava em meu quarto com Seth –

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Preparei a banheira com cristais e ervas que organizariam minhas energias e relaxariam meu corpo, a água morna aos poucos foi relaxando meus músculos e me entreguei aquela sensação de paz.

-Posso entrar?

-Claro amor. – Seth entrou na banheira comigo se colocando atrás de meu corpo –

-Estou assustado ao mesmo tempo que confiante. Mesmo que eles tenham muitos acredito em nossa vitória, Abáe é forte contra sua mente, mas não pode impedir Luna de lhe tirar os sentidos.

-Sim. Luna será nossa arma mesmo não a querendo no meio de toda esta confusão.

-Espero que não seja necessário. Mas tem outra coisa que me chama atenção. Porque não quer contar isso aos outros?

-Não confio em Paulo. Jasper também não. Edward não viu nada em sua mente, mas ele é um camuflador, pode muito bem ter seu dom mais expandido do que imaginamos.

-Hum, faz sentido. Percebi sua conversa com Edward. Sobre o que falavam?

-Esta ficando muito observador – virei meu rosto beijando levemente seus lábios –

-Não mude de assunto! – falou rindo próximo a meu pescoço e depositou ali pequenos beijos que deixaram minha pele em brasas –

-Ahhhh.....nossos filhos.

-Eu lhe perguntava algo sobre eles. Nossos bebes são especiais e seus dons estão latentes, só não entendi direito o que eles fazem. Eles não sentem o Fred ou se deixam ouvir pelo Edward. - dei de ombros colando mais meu corpo ao dele -

-Bela! – exclamou como se tivesse percebido algo que não notei antes –

-Não entendi? – virei mais meu corpo para poder olhar-lhe nos olhos.

-Claro amor, você suga e eles bloqueiam, como a Bella. São o oposto de você amor. Kkkkk. Nem acredito, terei mais dois bruxos em casa.

Joguei água em seu rosto e logo uma briga de espuma e jatos de água feitos com a mão teve inicio dentro do banheiro. Riamos sem pudor nós deixando levar pela leveza da brincadeira


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Notas finais do capítulo

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