Mais Duas Surpresas ? escrita por Natalia


Capítulo 6
Revenge Is Best Served Cold


Notas iniciais do capítulo

Espero que tenham notado que o nome do capítulo é o mesmo nome do primeiro episódio da terceira temporada (se não me engano) de CSI. Espero que gostem.



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LABORATÓRIO CRIMINAL DE LAS VEGAS, NOITE.

SS: Como assim ela não está aí ? – Sara falava ao telefone enquanto andava rapidamente pelos corredores do laboratório. – Não, Carol, ela não veio aqui. Tudo bem, me avise. – Ela desligou quando chegou à sala de convivência. Sentou em uma das cadeiras, fechou os olhos e suspirou.

GS: Sara ? O que houve ?

SS: Não estou me sentindo bem. Estou preocupada, Maddy não voltou pra casa desde a hora em que saiu, no início da tarde.

GS: Ela deve ter saído pra dar uma volta. Aproveitar que não teve aula. – Sara suspirou. – Você está cansada, estamos aqui o dia inteiro...

SS: Você tem razão. Vou falar com o Grissom. – Ela se levantou e saiu da sala.

AJ: Greg, acho que descobri porque James estava vestido de mulher. – Greg o seguiu até sua sala. Eles tinham descoberto a identificação da vítima do colégio há algumas horas e agora faziam de tudo para descobrir o que acontecera a ele. – Como você sabe, Sara recuperou o celular dele de dentro da bolsa que estava com ele. Bom, eu verifiquei as mensagens e olha o que eu achei: “Você é homem o suficiente para aceitar esse desafio ?” Então, eu procurei uma anterior: “Certo. Pensei em algo: Tem uma escola muito prestigiada em Vegas. Por que você não vai até lá, vestido de mulher claro, e faz uma cena ? Eu sei que você é ótimo nisso, garoto.”

GS: Quem mandou as mensagens ?

AJ: Aqui... Esse número de telefone. – Ambos esperaram o resultado da pesquisa, mas apenas Greg ficou surpreso quando ele saiu.

GS: Lacey Paige...

EM ALGUM LUGAR DE VEGAS. NOITE.

B: Brian. Brian. Brian. Brian. Brian. Brian. Nate. Carol. Carol. Carol. – Ele dizia enquanto olhava o celular de Maddy. – Parece que o namoradinho ficou preocupado... – Ele a lançou um sorriso amedrontador.

MS: Ele não é meu namorado. – Ela estava sentada em uma cadeira, suas mãos e seus pés amarrados à ela, mas nada a impedia de falar. Ela não sabia onde estava, mas sabia que não era no deserto, podia ouvir os carros passando lá fora. Também podia sentir seu corpo dolorido devido à posição constante.

B: Ah, então ele terminou tudo quando você salvou a vida dele ? – Ele continuava com o celular dela na mão.

MS: Eu não salvei... Quem é você ? – Ela começava a lembrar daquele rosto, que ele fez questão de mostrar à mostra, e aquela voz ameaçadora.

B: E eu pensei que esse tempo todo você reconheceria o homem que atirou no seu namorado. – Ele levantou a blusa e Maddy pôde notar uma cicatriz. Ela não precisou perguntar para saber o que a causara. Brian tinha uma igual. E então tudo veio à sua mente: Beijos. Barulho. Porão. Freezer. Conversa. Tiros. Colt 45. Tiros. Greg. Desmaio. Essa seqüência não parou de se repetir em sua mente até que ela conseguiu falar alguma coisa.

MS: Não... Não pode ser. – Ela sussurrou e ele soltou uma risada que expressava todo o seu contentamento. – O que você quer ?

B: Bom... – Ele se virou e andou em direção a um criado-mudo. Só então ela percebeu que eles estavam em um quarto. Talvez um motel, isso significava que não estavam fora ou sequer longe da cidade. – Você quase tirou minha vida. Eu só queria devolver o favor. – Ele disse enquanto carregava a arma e sorria, satisfeito, para a garota à sua frente. Ele podia ouvi-la arfar e seu sorriso apenas aumentava. – Mas antes... – Ele pegou o celular dela e discou um número. – Tem direito a uma ligação.

SS: Maddy ? – Ela parecia preocupada. Carol já devia tê-la avisado que Maddy não chegara em casa. – Onde você está ?

B: Não... Sem perguntas inapropriadas, Sara. – Ele podia ouvir tudo, já que o telefone estava no viva-voz.

SS: Quem é você ? O que quer com a minha filha ? – Pôde-se ouvir alguém dizendo “Calma, Sara” no fundo.

B: Que droga, seu tempo acabou. Foi ótimo falar com você. Dê adeus à sua filha, Sara...

MS: NÃO ! MÃE ! – Mas ele não a deixou falar mais nada e desligou. – Eles vão rastrear essa ligação, seu idiota !

B: E você acha que eu não sei ? Por isso eu fiz questão de ligar para a sua mãezinha. É uma pena que quando ela chegar, você estará morta. – Maddy tentava permanecer calma, apenas suas mãos se mexiam. Então ela percebeu que havia uma brecha na corda que as amarrava. Ela quase sorriu, mas resolveu agir rápido quando viu seu seqüestrador se aproximar. – Diga sua últimas palavras, Madeleine...

Ela já tinha conseguido soltar suas mãos quando ele se abaixou ao seu lado e apontou a arma para sua cabeça.

MS: Você não sabe com quem se meteu ! – Ele a olhou esboçando um sorriso de deboche e se preparou para puxar o gatilho, mas ela foi mais rápida e deu um soco no nariz dele. Isso o distraiu e ela pôde lhe dar outro soco, dessa vez no estômago, o que o fez cair e soltar a arma, tentando parar o sangue que saía de seu nariz. Mais que depressa, Maddy conseguiu desamarrar seus pés e se levantou.

B: Não tão rápido, garota ! – Ambos estavam a certa distancia da arma, mas Maddy conseguiu chegar nela primeiro e atirou nele pela segunda vez. Não era o suficiente para matar, ela sabia, mas pelo menos o derrubou.

Ela começou a andar em direção à porta, mas sentiu uma mão puxar seu pé e ela caiu, derrubando consigo a arma. Beta, como ela lembrava ser seu nome, a alcançou e, antes que ela pudesse fazer alguma coisa, atirou. O tiro atingiu a perna esquerda de Maddy e ela começou a chorar de medo e de dor. Foi interrompida por um barulho. Percebeu, então, que devido à perda de sangue do soco e do tiro, Beta tinha desmaiado. Sem perder tempo, pegou a arma e, tentando ao máximo minimizar o fluxo de sangue que saía, andou porta afora.

Na recepção não haviam muitas pessoas, mas as que estavam lá tentaram detê-la ao ver a calça jeans cheia de sangue e a arma em sua mão. Ignorou. Chegou à rua, mas nem sinal de carro. Ela podia sentir as pontadas, devido à dor, em sua perna esquerda.

MS: Certo... – Ela respirou fundo. – Ou eu ando só de sutiã pelas ruas de Vegas, ou eu sangro até morrer. – Parou um pouco. – Isso não é tão anormal nessa cidade, afinal. – Suspirou, tirou a blusa de mangas compridas e a amarrou na perna, onde era maior o fluxo de sangue. E então ela desabou.

Maddy chorou. Chorou por causa de Brian. Chorou por causa do fim do namoro. Chorou porque estava com medo. Chorou por tudo que tinha guardado todos aqueles anos sem derrubar uma lágrima sequer.

#: Ei, moça, você precisa de ajuda ? – Maddy levantou o rosto subitamente e encarou o estranho por trás do vidro daquele carro.

MS: Quem é você ? – Ela enxugou as lágrimas e levou a mão até a arma que se encontrava, agora, presa em sua calça.

EO: Sou Eduardo Oliveira. – Ele sorriu, simpático. – O que houve com você ? – Eduardo perguntou quando viu a blusa branca de Maddy amarrada em sua perna toda manchada de sangue. – Quer uma carona ? – Ele abriu a porta e, com dificuldade por causa da perna, Maddy entrou.

MS: Que se dane. Eu tenho uma arma mesmo... – Ela sorriu e ele deu a partida no carro.

EO: Onde você mora ?

MS: Me deixe no Laboratório Criminal, por favor. – Ela olhava fixamente para frente, mas sabia que de vez em quando Eduardo lhe lançava olhares curiosos.

EO: Vai prestar queixa ? Porque meu pai trabalha lá e ele pode... – Maddy o interrompeu.

MS: Meus pais trabalham lá...

EO: Qual seu nome ?

MS: Maddy Sidle Grissom. – Ela fez questão de dizer o nome completo, já que ele sempre fora motivo de orgulho pra ela.

EO: Sidle... – Ele refletiu por um instante. – Meu pai disse que o Laboratório sofreu quando ela foi embora.

MS: Ai, droga ! – Ela estava com a cabeça encostada no banco, os olhos fechados e segurava a perna esquerda.

EO: Agüente só mais um pouco, Maddy. Já estamos chegando... – Ele a olhou preocupado, mas ela já tinha voltado à sua posição normal.

MS: Foi só uma pontada. – Ela suspirou. – Você não é daqui, certo ? – Ele sorriu e a olhou curioso.

EO: Não, só do Brasil. Mas como sabe ?

MS: Seu nome. Eduardo Oliveira não é exatamente um nome comum por aqui. – Ela sorriu quando ele fez sinal de que entendeu.

EO: É isso. Chegamos. – Ele parou o carro e olhou pra Maddy. – Precisa de ajuda pra descer ?

MS: Acho que sujei seu carro de sangue... Quando tudo melhorar, eu dou um jeito...

EO: Não tem problema nenhum. – Ele saiu do carro e foi até a outra porta para ajudar Maddy. – Pronto. – Ele disse quando já estavam na porta do Laboratório. Esse tempo todo, Maddy estava apoiada nele. Eduardo abriu a porta e eles entraram

J: Maddy ! O que houve com você ?

MS: Judy, onde está minha mãe ? – Ela não conseguia se conter e lágrimas acabavam caindo.

J: Eles estão na sala de convivência. – Maddy acenou e conduziu Eduardo do melhor jeito que podia, ainda apoiada nele, até lá. Ela sabia que estava só de sutiã andando pelo maior Laboratório de Criminalística do país. Sabia também que todos a olhavam. Mas isso pouco a importava, ela só queria conseguir chegar naquela sala.

SS: MADDY ! O que aconteceu ?! – Ela foi abraçar a filha, ignorando todo o resto. Pra ela, não importava como Maddy estava “vestida”. Muito menos se tinha pegado carona com um estranho. Apenas que estava bem.


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Notas finais do capítulo

E então ? Bom, obrigada por lerem ! E me deixem reviews ! Beijinhos s2