Instinto Guerreiro escrita por Bruno Silfer


Capítulo 23
Capítulo final: Redenção




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Gaara seguiu para Suna assim como saiu: com duas Magnum na cintura e muito ódio no coração. Ele estava decidido e tirava forças de todos os lugares para poder seguir em frente e fazer o que tinha de ser feito. Durante a ida pôde ver algumas das batalhas que ainda eram travadas no deserto e por isso não era percebido; o exército de Konoha havia notado sua presença e o deixava seguir em frente. Quando já estava perto da entrada, porém, foi parado por alguns soldados que apontaram suas armas e se aproximaram.

 

_ Parado! – disseram os soldados

_ Identifique-se. – pediu o superior

_ Não me reconhecem mais hein?

_ Já nos conhecemos?

_ Vejam vocês mesmos. – ergue o rosto

 

Imediatamente o reconheceram, mas ficaram receosos por não saberem o motivo dele estar ali.

 

_ Gaara?!? Pensei que estivesse morto.

_ Eu não poderia morrer antes de fazer uma coisa.

_ Não pensei que fosse vê-lo de novo.

_ Eu disse que voltaria lembra?

_ Estou surpreso, mas... o que faz aqui?

_ Vim matar o imperador. E se tentarem me impedir vou enfrentar vocês também. – disse com a mão sobre a arma

 

Os soldados ficaram perplexos ao verem tanta determinação. Mas realmente gostaram de ouvir sobre “matar o imperador” e abriram passagem.

 

_ Se é assim então pode passar.

_ Vão trair o seu imperador?

_ Pode acreditar que temos motivos para querer ele morto.

 

Assim o detetive pôde avançar com seu plano de eliminar o imperador que acabou com parte da sua vida. Com sua vinda o exército de Suna parou de lutar e uma paz passageira tomou conta do lugar. Gaara o encontrou na sala do trono e imediatamente deu um sorriso maléfico e puxou as armas enquanto se aproximava.

 

_ Ga-Gaara? – gaguejou Kankurou ao ver o irmão

_ Ainda lembra de mim hein?

_ O que faz aqui?

_ Eu disse que voltaria não disse?

_ Como conseguiu chegar até aqui?

_ Nada iria me impedir. E nem adianta chamar ninguém. O seu exército também quer que eu o mate.

 

Agora o imperador sentiu um frio na espinha. O motivo das tropas o terem abandonado foi ao saber os verdadeiros motivos da guerra contra Konoha: por simples conquista de territórios e razões de vingança arrastou Suna para um conflito desnecessário que já havia acabado com milhares de vidas. Gaara lhe deu um tiro no pé e o arrastou para fora do palácio imperial onde soldados dos dois países os esperavam.

 

_ Querem vê-lo morrer certo?

_ Se pudesse nós mesmos o mataríamos. Mas você tem mais motivos do que nós.

 

Então Gaara apontou as armas para Kankurou que ainda disse:

 

_ Devia ter te matado naquele dia.

 

Gaara nem sequer sentiu nada depois dessa frase. Então descarregou as armas contra ele sem errar um único tiro no total de doze tiros. Todos os disparos atingiram a cabeça que ficou literalmente esfacelada e impossível de reconhecer. Então sentiu uma sensação de missão cumprida e que um peso enorme saiu de seus ombros até que o comandante se aproxima e diz:

 

_ Devemos dar boas vindas ao novo imperador?

_ Ainda não. – interrompe Gaara – Ainda preciso voltar à Konoha. Vou ver a coroação da Ino.

 

Dizendo isso tomou logo o caminho de volta para chegar a tempo. Devido a sua pressa conseguiu chegar durante a cerimônia. Ele viu que Ino estava linda com o vestido branco que usava e que depois foi completada com a bela coroa de ouro incrustada de esmeraldas que lhe foi posta na cabeça. Cerca de vinte minutos depois Gaara conversava com Temari no portão principal e o assunto parecia sério.

 

_ Vai mesmo fazer isso? – pergunta Temari

_ Vou sim. – responde Gaara – Se esse é o preço pra ser feliz então eu pago.

_ Ela mexeu de verdade com você né?

_ Eu nunca pensei que fosse sentir algo assim por ninguém. Mas confesso que é muito bom.

_ Então vamos?

_ Vamos nessa.

 

Quando iam partir foram detidos por Ino que vinha correndo até eles. Ao chegar, tomou fôlego e perguntou:

 

_ Aonde vocês vão?

_ Para Suna. – responde Temari

_ Você vai embora? – pergunta chorosa olhando para o detetive

_ Não precisa chorar. – diz Gaara tocando-lhe o rosto – Vai ser por pouco tempo. Logo logo eu volto.

_ Então...?

_ Eu vou comunicar ao povo que vou deixar o império para a Temari. Não vou conseguir ficar lá sem você.

_ Não! Não pode fazer isso.

_ Como assim?

_ Você lutou muito para conseguir aquela coroa de volta. Não é justo que você jogue tudo isso fora por minha causa. Eu que não levo jeito pra ser rainha, por isso recusei o trono.

_ Você fez o que?

_ Eu consegui convencer a rainha a ficar no lugar que é dela. – e o olhando nos olhos – Me deixa ir com você...?

 

Gaara nunca iria recusar um pedido como esse. Assim a levou para Suna onde o povo já os esperavam com muita empolgação. Tudo já estava pronto para coloca-los no poder que eram deles por direito; a coroa de Suna era idêntica à de Konoha, só que era incrustada de rubis.

 

_ É destino. – diz Gaara olhando o sol poente

_ O que? – responde Ino que estava ao lado

_ Você nasceu para ser nobre. Recusou ser rainha, mas virou imperatriz.

_ A imperatriz mais feliz do mundo.

 

E era verdade: um completava e era o sustento do outro. Os dois se amavam e faziam tudo juntos o que os tornaram muito queridos e estimados por toda a população e também pelos países vizinhos que obtiveram de volta a sua independência. Os dois se tornaram referência, sempre lembravam do modo como se conheceram e pelas suas histórias passaram a acreditar que “nada na vida acontece por acaso”.

 

 

FIM


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