Instinto Guerreiro escrita por Bruno Silfer


Capítulo 21
Capítulo 21: Resgate inteligente




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Era realmente desafiante decifrar o enigma final. A perda de tempo poderia ser crucial no resgate da Ino. Duas badaladas ao longe quebraram o silêncio do local e indicavam duas horas da tarde. Por falta de direção resolveu seguir em direção ao som das badaladas que não eram normais em plena floresta. Os outros integrantes do time não conseguiram resolver a charada, mas também decidiram seguir o mesmo som que ouviram e, indiretamente, estavam indo para o mesmo lugar que Gaara.

 

Enquanto isso a guerra entre Suna e Konoha ganhava proporções cada vez maiores. As forças de Konoha que avançavam ainda enfrentavam o batalhão de defesa de Suna que oferecia dura resistência aos invasores, mas não contava com o reforço dos reservistas que foram enviados para penetrar no império enquanto a defesa era distraída. Nessas batalhas mais de vinte mil soldados de Konoha foram mortos, mas o objetivo havia sido cumprido: abriram caminho para a invasão secreta e enfraqueceram o primeiro pelotão de defesa de Suna. Já a tropa de ataque de Suna enfrentava dificuldades; qualquer tentativa de avanço era detida por emboscadas nas matas. Com os ataques surpresa mais de dez mil soldados foram eliminados, mas parte do batalhão penetrou em Konoha entrando em choque com as tropas que estavam estacionadas na cidade.

 

Gaara enquanto caminhava pensava muito na resolução do enigma, até que o rádio chia: Orochimaru descobriu a freqüência do sinal e se comunica com Gaara:

 

_ Gaara! Tudo bem?

_ Meu inimigo Orochimaru... sempre se escondendo né?

_ Você está atrás de mim. Eu só prezo pela minha segurança.

_ Eu vou te achar de qualquer maneira.

_ Você está procurando sua namoradinha? Ela está aqui do meu lado.

_ Se é verdade então deixa eu falar com ela.

_ Quanta desconfiança...

 

Ele coloca Ino para falar:

 

_ Gaara...

_ Ino! Você está bem?

_ Estou. Mas não vem pra cá. É perigoso.

_ Não me peça isso.

_ Eu não quero te ver morrer.

_ Eu não vou morrer. Eu te amo Ino e eu vou te buscar.

_ Diz de novo...

_ Eu te amo minha loirinha.

_ Eu também...

 

O rádio foi tirado e Orochimaru diz:

 

_ Quem diria hein? O Gaara tão frio se declarando assim...

_ Cuidado. Se você tocar um dedo nela, um só que seja você me paga.

_ Hum... creio que seja tarde. Ela estava choramingando muito e eu precisei dar um corretivo nela.

_ Eu vou arrancar a sua espinha fora Orochimaru. – diz Gaara cheio de fúria – Reze para que eu não ponha as mãos em você.

_ Primeiro você tem que nos achar. Espero que consiga resolver o enigma. Até mais. – som de rádio desligando

 

Com isso Gaara se apressou em chegar ao suposto lugar. Em certa parte do caminho o detetive achou outro papel, só que dessa vez não era outro enigma, mas sim um bilhete com a caligrafia de Ino e escrito com sangue “to church” (para a igreja). Ao ler o conteúdo do papel Gaara sussurrou: “grande Ino”, porque aquela simples frase o levou a solucionar o enigma que faltava. O pensamento do detetive foi esse:

 

_ “A expressão ‘o passado e o presente são um só’ tem dois significados. O primeiro ele já sabia: Suna ( o passado ) e Orochimaru ( o presente ) estavam juntos na guerra; o segundo foi mais difícil de descobrir: o enigma atual e o anterior também eram um só. Do código anterior foram usados a tapera, a princesa, a dúvida e o caminho do mar, faltou a torre. Essa torre foi combinada com ‘ao olhar para o céu poderá ver minhas mãos e meu rosto’, ao olhar para o céu ( topo da torre ) poderá ver minhas mãos ( ponteiros ) e meu rosto ( mostrador ), ou seja, as mãos e o rosto poderiam representar um relógio. Um relógio no alto de uma torre lembrava uma igreja, e as badaladas que foram ouvidas e mais o bilhete deixado por Ino deram o ponto final. Ela está no topo da torre da igreja de onde vieram as badaladas.”

 

Com a localização exata na cabeça, Gaara seguiu para a torre. Depois de duas horas chegou a uma igreja abandonada cujo relógio ainda funcionava. Sem perder tempo subiu as escadas e lá em cima encontrou a amada amarrada e sentada no chão; ela dormia quando ele chegou e tinha manchas roxas nos braços, que pareciam marcas de pancadas. Como precisavam fugir dali o detetive tratou de acorda-la e ao cortar as cordas recebeu um abraço caloroso.

 

_ Gaara! Eu nem acredito... – disse Ino o abraçando

 

O detetive viu que ela tremia e perguntou:

 

_ Você está bem?

_ Agora estou. E você está bem? Não se feriu?

_ Não se preocupe comigo. Vamos sair daqui.

_ Por favor.

 

Assim os dois trataram de sair daquele lugar e avisaram aos outros que metade da missão estava concluída.

 

_ Alô Mayu. Está na escuta?

_ Escutando perfeitamente. Pode falar.

_ Vim dizer que metade da missão foi cumprida. A Ino está aqui do meu lado.

_ Sério? Legal! E o que devemos fazer?

_ Voltem para Konoha. Eu e a Ino vamos pra lá também.

_ Tudo bem. Até lá.

_ Se cuida.

 

O relógio registrava cinco e meia da tarde quando chegaram a mesma casa abandonada em que Ino fora mantida refém horas antes. Como a noite se aproximava resolveram ficar ali até o amanhecer. Chegaram, arrumaram parte da bagunça; Ino deitou na cama enquanto Gaara sentou-se em uma poltrona que havia lá.

 

_ Gaara. – disse Ino já deitada

_ O que foi?

_ Você não vem?

_ Preciso garantir sua segurança. Dorme que eu vigio.

_ Não vai dormir?

_ Não. Podem tentar te levar de novo. – levanta e examina uma das janelas

 

Ino levanta e o abraça pelas costas.

 

_ Quando você está comigo eu não tenho medo de nada. Agora vem dormir comigo.

 

Ela o pegou pela mão e o levou até a cama. Deitaram sendo que Ino queria ficar o mais colado que pudesse no detetive que também a abraçou. Depois de trocarem muitos beijos o cansaço foi mais forte e adormeceram juntos.

 


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