- Miley você tem certeza que está bem ? – Perguntou Demi pela milésima vez.
- Eu estou bem sério! – Menti. – Agora, eu preciso desligar tá ?
- Tem certeza que você não quer que eu vá aí ?
- Tenho. Beijo!
- Beijo, fique bem! – Odeio mentir mal.
- Ok, vou tentar, tchau !
- Tchau!
Eu estava péssima, há muito tempo eu não me sentia assim. Eu queria poder extravasar tudo em alguma coisa. De repente eu me lembrei do meu caderninho onde escrevia músicas desde que meu pai tinha me dado de presente, quando eu tinha 10 anos .
Flashback on
-Miles! – Meu pai me chamou
- Que foi papai ? – eu disse me desviando do meu desenho
- Eu tenho um presente pra você, princesa! – Ele disse escondendo alguma coisa nas costas
- O que é papai ? – Eu disse muito animada.
- Ah! Não vou dizer não! – Ele disse
- Vai pai me conta! – Ele balançou a cabeça negativamente.- Por favor ? – Eu fiz biquinho. Nada era páreo ao meu biquinho.
- Quer saber ? Eu fazer melhor, vou te dar logo – e ele me entregou um caderninho roxo, que tinha escrito em dourado no canto da capa: “Do papai, para a princesinha Miles. Expresse em arte as suas emoções, meu amor.” Eu tinha amado, era muito lindo.
- Papai, eu amei! Muito Obrigado – Eu falei pulando em cima dele.
- De nada princesa! – Ele falou rindo
Flashback off
Eu fui até o meu armário, e fiquei batendo no fundo até encontrar a parte oca. Eu retirei o fundo falso, estava tudo exatamente como eu havia deixado a 5 anos. Eu fui direto ao meu objeto de procura. O caderninho. Eu passei os dedos pelas letras douradas.Lembrando. Da paciência e doçura do meu pai, ao me ajudar a melhorar as músicas. Ele fazia tudo sozinho, só me pedia algumas palavras, e dizia que a música era minha.
Flashback on
- Papai não fui eu que fiz o senhor sabe!
- Foi sim meu amor você disse algumas palavras – ele sorriu.
- Algumas, e nem a melodia eu fiz
- Pode ser, mas você que me inspirou, pequena.
- Ah! Pai assim eu fico envergonhada né ? – Eu disse ruborizando. Ele me abraçou me fazendo cócegas
Flashback off
De repente uma melodia linda invadiu a minha cabeça. E eu não resisti tive que pegar o meu violão. Eu comecei a dedilhar as notas em minha mente e as palavras estavam vindo aos poucos. Peguei o meu caderninho, e fiz o que dizia as letras da capa. Estava mostrando meus sentimentos, minha dor naquela música. Entre aquelas quatro paredes.