A véspera do natal estava cansativa para Demi que ficou o dia todo correndo com Dallas e Derek atrás de uma árvore de natal. Não havia nem miniatura mais em lugar algum. Olharam na internet, nos anúncios ligaram para amigos, mas em lugar algum havia sobrado uma maldita árvore.

— Pra que uma árvore? — Derek perguntou depois de sair frustrado da quinta loja.

— Minha mãe é um pouco supersticiosa — Dallas respondeu — Ela acredita que passar o dia 24 para o dia 25 sem uma árvore de natal toda reluzente trás má sorte.

Demi riu. De fato elas precisavam encontrar uma árvore nem que fosse ela de papel, mas havia uma necessidade de boa energia pra aquele dia. Era a primeira vez oficialmente que sua mãe e a mãe de Sterling sentariam para uma conversa. Em seu aniversário tudo foi tão intenso que elas mal puderam conversar.

— Ok, pessoal! Foco. — ela pediu — Dallas, o que nós já temos?

Dallas vasculhou as sacolas nas mãos de Derek.

— Tudinho. Pisca-pisca, a estrela, presentes, papai Noel, gorro de papai Noel, mas não temos a droga da árvore. Nossa mãe vai nos matar. Ela não vai ficar nada feliz.

— Calma...

— Demi, faz duas semanas que ela esta pedindo pra comprarmos uma árvore. Duas semanas.

Dallas dramatizava cada palavra que falava

— Comprarmos uma ova. Ela pediu pra você comprar.

— Eu sei. — ela se jogou num banco que viu — Eu sou uma péssima pessoa. Sou uma péssima filha.

Derek sentou ao lado dela

— Não. Você é maravilhosa, só um pouco esquecidinha, mas não deixa de ser linda.

— Sou péssima namorada também. Se eu fosse você sairia correndo agora.

Derek riu.

— Foge! — Demi sussurrou pra ele.

Quando já era quase noite eles não aguentavam mais andar. Haviam rodado a cidade toda, mas ou tudo estava fechado ou tudo estava em falta. Até que Demi se lembrou.

— O cara da locadora! ­— ela quase gritou

— Quem? — Derek perguntou

— O cara da locadora, Dallas.

Dallas fez cara de confusão e estava muito agoniada pra dizer qualquer coisa e Demi foi continuando.

— Ele mexe com essas coisas em 3D e computador.

— Eu sei. E? — ela perguntou

— Vou ligar pra lá.

— Ignora, amor. — falou para Derek — Ignora que a gente ganha mais tempo.

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Chegaram com David, o cara da locadora, eram quase sete da noite.

— Cadê minha árvore? — Diana foi logo falando quando não os viu com o enfeite em mãos

— Não encontramos nenhuma, mas Demi teve uma idéia muito show e acho que você vai gostar.

Diana respirou fundo e falou numa imensa calma.

— É véspera de natal, Dallas. Estou fazendo de tudo pra ter paciência com vocês duas, mas está realmente difícil. Te pedi durante a semana toda pra ir ao shopping e comprar uma árvore de natal e o que você fez, minha filha? Você comprou minha árvore de natal?

Dallas negou com a cabeça.

— Exato. Isso serve de lição pra vocês duas. Sempre escute a mãe de vocês. Quando eu falar pra ir, vocês vão, quando falar pra ficar, vocês ficam e quando eu falar que amanha estarão de castigo, vocês estarão.

— Mas não sabia que tinha que comprar árvore nenhuma, mamãe. — Demi falou manhosa — A senhora não pediu a mim para comprar.

Diana riu.

— Desculpa, meu amor. — deu um beijo no rosto de Demi — Você não está de castigo.

Dallas olhou para a irmã com o olhar mais mortal que Demi havia visto.

— Jingle Bells, Jingle Bells lá lá lá lá lá... — Demi saiu cantando e foi se arrumar.

Meia hora antes dos convidados chegarem tudo já estava arrumado. A mesa de jantar, os enfeites e só faltava mesmos era David terminar de arrumar a árvore.

— Ok — ele disse — Venham ver.

Demi saiu correndo da cozinha e quando todos já estavam na sala David mostrou sua obra prima.

— Woooooou — Derek falou quando uma árvore de natal acendeu no meio da sala.

— Isso é lindo — Diana elogiou — O que é?

— Um holograma, mãe — Demi respondeu

— Vocês podem por pra girar — então ele apertou um botão no computador e logo a árvore girou.

— Acho melhor deixarmos ela paradinha — Diana respondeu

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Depois que Sterling e a mãe chegaram todos se sentaram para conversar e depois de muitos elogios a árvore de natal que Demi havia conseguido, enfim falaram sobre família, namoro, filhos até que um assunto especial surgiu na conversa.

— Eu gostaria de pedir a atenção de todos, por que gostaria de presentear minha namorada antes de realmente ser natal. — Derek caminhou para a pilha de presentes e pegou uma caixinha vermelha

Todos estavam em silêncio e Dallas estava com os olhos arregalados ainda sentada ao sofá.

— Não é novidade pra ninguém que termino minha faculdade esse ano e tenho ótimas notas e recomendações muito boas dos lugares onde fiz estágio e gostaria de agraciá-los com uma novidade que me deixou muito feliz. — ele fez um pouco de suspense — Mandei alguns currículos para os hospitais daqui e consegui um emprego. Vou morar aqui já no mês que vem.

Todos comemoraram. Depois de quase um ano namorando a distancia, Derek e Dallas finalmente teriam tempo pra ficarem juntos. Mas Derek ainda não havia explicado o porquê dar o presente antecipado à namorada.

— Obrigado! — Agradeceu aos parabéns dados a ele então voltou-se para Dallas — Amor, não sei você, mas eu estou muito feliz por vir morar perto de você e eu gostaria de dizer que eu te amo e você é a garota que eu escolhi pra ser minha pra sempre.

— Ele não vai fazer isso — Demi sussurrou para Sterling que riu

— Ah! Ele vai sim. — Sussurrou de volta

Derek abriu a caixinha vermelha e tirou uma caixinha menor da mesma cor, abriu e se ajoelhou.

— Você... quer ser minha pra sempre? Quer casar comigo?

Uma onda de “oooooooooooooooooonw” inundou a sala e então todos viram o sim de Dallas e Sterling correu para buscar o champagne e então brindaram aos noivos.

Minutos depois de toda a euforia ir embora e as coisas voltarem mais ou menos ao normal, Diana começou a chorar.

— Estou perdendo minha duas filhas. Elas cresceram e não precisam mais de mim. — ela chorava porque havia bebido champagne além da conta — Demi vai morar com o pai, Dallas vai se casar e o que eu vou ficar fazendo nessa casa imensa? Sozinha?

— Eu não vou morar com meu pai — Demi se defendeu — Vou morar sozinha assim como você, mamãe.

— O que? — Dallas perguntou

— Seu pai deu a ela um apartamento. — Diana respondeu

— Não bastava a faculdade? Ele te deu um apartamento? Na França? Meu Deus! — Dallas estava revoltada — Não sou a filha não preferida apenas da minha mãe, sou a filha não preferida do meu pai também.

— Não fala isso minha filha. Eu amo você duas igual. Sem diferença nenhuma. — ela deu uma pausa — E seu pai com certeza vai te dar uma casa quando se casar. Você não precisa de casa agora.

Dallas riu.

— Estou brincando, mamãe. Eu não vou te deixar sozinha é a Demi quem está indo embora eu vou sempre estar ao seu lado — Dallas abraçou a mãe

Demi riu com a provocação, mas na deu muita trela, antes de querer brigar chamou Sterling para seu quarto.

— Também queria te dar o presente adiantado. — ela foi entregando a ele uma caixa um pouco pesada — Não vou te pedir em casamento se é isso que está pensando.

— Droga! — ele praguejou — Já estava todo iludido aqui.

Ela riu e viu ele abrir o presente retirando da caixa um laptop.

— Pra gente poder se ver. — Ela disse querendo chorar

Ele largou o computador em cima da penteadeira e a abraçou.

— Vamos conseguir, ok? — ele prometeu — Eu te amo.

— Eu também te amo

Eles se beijaram de forma intensa querendo aproveitar cada segundo um do outro, querendo que o tempo parasse para que não precisassem se separar.

— Dorme comigo hoje? — ela pediu

— Ok. — ele respondeu