Love It escrita por AlineM


Capítulo 43
Capítulo 43 - Desfecho?


Notas iniciais do capítulo

Gente tá acabando :(



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Sean parou o carro em um posto e foi comprar algumas batatas fritas e refrigerante, até onde ele sabia, era disso que adolescentes gostavam. Viu carros e mais carros de policia passando e riu enquanto abria um dos sacos de batatas. Andou 30 km até chegar a um casebre no meio do nada colocou um pano cobrindo seu nariz e sua boca e entrou no quarto onde Demi estava e a viu dormindo. Ficou observando-a por um bom tempo e então resolveu acordá-la.

—Demi! — ele chamou e ela abriu os olhos assustada — Trouxe comida pra você.

Ele estendeu dois sacos de batatas e uma lata de refrigerante.

—To sem fome — ela reclamou

—Olha, se você comer, prometo que farei alguma coisa boa por você. — ele disse e seu olhar era de dó e arrependimento por estar ali

—Porque você me sequestrou, você parece ser um bom homem — Demi disse pegando um dos sacos da mão dele

Sean pigarreou. Ele não queria contar o porquê dele estar ali, então apenas sorriu e disse

—Não sei. Sinceramente não sei.

Depois de devorar toda a batata contida no saco, Demi estava mais calma. De uma forma estranha ela se sentia segura quando Sean estava por perto. Ela sabia que era loucura, mas era assim que se sentia.

—Quantos anos você tem? — ela perguntou

—Trinta e dois. — ele respondeu

—Nome? — ela sabia que estava perguntado de mais, mas quem sabe se ele responderia?

Ele hesitou, mas não viu problema nenhum

—Sean — ele limpou a garganta

—Pois bem, Sean, agora oficialmente nos conhecemos.

—É um prazer conhecê-la senhorita Demétria. — ele esticou a mão em sinal de cavalheirismo e ela concordou dando-lhe a mão para que ele beijasse e ambos riram.

—Desculpe falar isso, mas você não tem cara de sequestrador profissional como me disse

—E não sou. — ele respondeu impressionado pela inteligência dela

—Percebi, porque se fosse ficaria a uma distancia razoável, na qual eu não pudesse tirar o pano do seu rosto — ela disse já puxando o pano e revelando o rosto dele

Como num piscar de olhos, Sean se viu totalmente indefeso perante ela. Seu nome, sua idade e agora seu rosto ela já sabia.

—Devolve? — ele pediu

—Pra que já vi como você é. Agora para de nóia e vamos conversar que nem gente. — Demi estava jogando e estava ganhando — Tem filhos?

—Não vou te falar mais nada da minha vida. Devolve esse pano, por favor. Se Wilmer descobre que você me viu ele dá um jeito de sumir comigo do mapa.

—Wilmer é um babacão. Olha só me diz por que você me sequestrou? É só isso que eu quero saber.

—A resposta não é obvia? Eu preciso de dinheiro. — Sean se levantou

—Quanto necessariamente? — Demi levantou-se também para encará-lo

—Muito dinheiro.

—Mas você precisa desse dinheiro ou só quer ele pra satisfazer seus caprichos? — Demi agora elevava a voz

—Eu tenho uma filha com câncer no hospital, você sabe quanto custa uma sessão de quimioterapia? Uma única sessão? Sete mil oitocentos e setenta e seis dólares. E você com essa sua vidinha perfeita de princesinha do papai e da mamãe, não sabe o que é sofrimento pra conseguir uma vaga na rede de saúde pública, por isso tive que pagar um hospital particular. Se eu não tivesse topado esse sequestro minha filha já estaria morta Lovato. — ele cuspiu tudo de uma vez e isso deixou-a sem reação enquanto ela assimilava tudo quanto ele dissera.

—Pelo amor que você à sua filha, me tira daqui. — Demi pediu

—Sei onde Wilmer escondeu o resto do meu dinheiro, então vou pegar, daí você nunca mais vai me ver. Então, pega isto — ele tirou o celular dela do bolso — eu liguei agorinha para seu amigo e disse que quero um milhão de dólares. Seu pai é milionário Demi. Sei que ele abriria mão facilmente de um milhão só pra ter você de volta, mas desisti desse plano. Então liga pra ele novamente. Ele está na delegacia e sua ligação vai ser rastreada e então te acharão.

—Mas... — Demi não sabia nem porque queria contestar, talvez fosse porque tivesse ficado comovida pela história dele.

—Sem mas. Você tem a oportunidade se sair daqui, Vai! Liga logo. — Sean a encorajou

Demi fez uma procura rápida por Joe em sua agenda e discou. Ele atendeu no segundo toque.

—A gente já está com o dinheiro. — ele disse

—Joe? — Demi perguntou já sabendo a resposta

—Demi, graças a Deus é você. Você está bem? — ele estava tenso dava pra notar isso na voz dele

—Acho que sim. — então nesse instante Demi ouviu alguém dizer “a 30 km ao oeste num posto abandonado” e entendeu que já haviam encontrado sua localização e então desligou.

—Ok. Temos uns dez minutos até chegarem aqui. — Sean parecia apavorado — Fica aqui no quarto. Wilmer saiu a um bom tempo então é pouco provável que ele chegue agora. Eu vou embora. — ele virou as costas, mas ela o segurou.

—Obrigada, Sean. Por me por e me tirar desse inferno. — Demi agradeceu

—Você lembra a minha filha — ele sorriu e lhe deu um beijo na testa e saiu do quarto deixando-a sozinha.

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Joe entrou correndo no carro da polícia. Podia ser que o sequestrador quisesse falar com ele ou algo do tipo. Se bem que ele nem deu muita atenção para as recomendações que o policial deu a ele. A única coisa que se lembra foi de ficar dentro do carro até segunda ordem, mas isso já era de se esperar. Sterling havia chegado há pouco tempo na delegacia e ele nem teve tempo de contar tudo o que aconteceu porque seu celular tocou e quando se viu estava falando com a Demi e depois dentro de um carro pronto para ser uma espécie de “porta-voz”.

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Ela estava tão aflita. Olhou no relógio e só tinham se passado três minutos. Escutava Sean se movimentando rapidamente na sala ao lado e depois escutou um motor. Era Wilmer.


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