Depois de cumprimentar a mãe de Sterling e agradecer seu pai pelo presente, foi a hora do parabéns, que foi cantado num lindo coro por todos. Estava sendo um dos dias mais felizes de sua vida e só seria melhor se Wilmer não ficasse o tempo todo sorrindo pra ela.

—O primeiro pedaço do bolo, eu darei pra minha mãe. Que me ensinou tudo que eu sei e que se eu sou o que sou hoje, é por causa dessa mulher incrível que ela é. Te amo mãe — Demi disse entregando-lhe o bolo

—Você merece o melhor, filha — Dianna estava visivelmente emocionada enquanto todos aplaudiam.

—O segundo pedaço — Demi disse cortando mais um — vai para meu namorado lindo e que eu amo de montão... Sterling.

Quando ela terminou de pronunciar um Óóóóóóóó coletivo foi feito. Até esse ponto as únicas pessoas que sabiam era sua família Selena e Joe, que soube a pouco instantes atrás.

—Como assim ela namora o Ster? — Tiffany perguntou para Selena que exibia um sorriso —Você sabia disso?

—Já faz um mês. Mas eles ficaram durante um tempo antes dele namorar a Vitória.

—Que filha da mãe. —Tiff protestou — Ela conseguiu enganar direitinho

Sterling foi receber o seu pedaço e deu um beijo em Demi e só deu pra escutar as meninas dizerem algo como “OWN, QUE LINDOS”.

Depois de muitas surpresas e da festa terminada, Demi se lançou num puff tirando as sandálias. Estava exausta e suas pernas doíam por causa do longo tempo usando salto alto. Todos tinham ido embora só Derek dormiria lá e Sterling havia saído para pegar o presente dela no carro. Percorreu os olhos pela bagunça e pegou o presente do seu pai para ler mais uma vez. Ela ainda não o perdoou pelo o que ele fez, mas ele estava surpreendendo. Na festa, na hora da valsa, Demi dançou um pouco com ele e depois quando começou a dançar com Sterling, viu seu pai e sua mãe dançando juntos e percebeu que não havia ressentimentos entre eles e era só ela que insistia em permanecer chateada.

—Dá uma olhada — Sterling entrou com uma caixa enorme na mão — Vai levar um tempo pra você aprender a usar, mas vai valer a pena.

Demi sorriu e se levantou lhe dando um abraço

—Obrigada

—Vai abrir? — ele perguntou

Ela apenas assentiu e rasgou o papel que embrulhava o presente

—Um violão? — ela mal acreditava — Que lindo. Obrigada. Eu amei

—Se quiser eu te ensino a tocar, isso se você quiser aprender — ele se dispôs

—Claro que quero. Ele é magnífico

—Que bom que você gostou — Sterling estava distante, mas Demi não queria discutir a relação agora, ela estava muito cansada. —Eu já vou indo. Minha mãe está me esperando no carro

—Boa noite — ela lhe deu um selinho

—Boa noite — ele respondeu saindo pela porta

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Ela tomou um banho e tombou na cama pensou na França e em Sterling. Ele disse que eles conseguiriam suportar, mas ela não estava tão certa assim. Ele faria faculdade em outra cidade e ela em outro país, eles conheceriam pessoas novas e será que o amor não morreria aos poucos, mesmo sem notarem. Escutou um batida no quarto de Dallas, mas resolveu não interferir,ela sabia o que estava acontecendo lá dentro.

O dia estava chuvoso, não havia sol e Demi agradeceu aos céus porque não estava a fim de sair de casa. Tomou seu café em silêncio enquanto todos na mesa comemoravam o sucesso da festa, mas antes de se levantar Dallas falou:

—Vai mesmo pra França? Você parece meio indecisa.

—Impressão sua. Estou 100% certa de que isso é o melhor.

—Ok — Dallas apenas assentiu — Sterling ligou antes de você descer e falou que vai te levar pra almoçar, então eu e Derek vamos junto. A gente nunca fez um programa de casal, então vai ser hoje.

—Ai caramba. Não quero sair, está chovendo. Quero ficar em casa assistindo a alguns filmes — Demi coçou a cabeça

—Larga de chatice Demi. Vamos sair um pouco — Derek tomou o rumo da conversa

—Tá. Enquanto isso, durmo mais um pouco. — Demi subiu novamente para seu quarto, mas antes que pudesse fechar os olhos o telefone tocou

—Alô? — ela não queria ter atendido

—Demi, sei que ficou estranho o clima entre a gente ontem, eu estou preocupado com o rumo do nosso relacionamento.— ele falava aflito

—A gente não pode falar sobre isso depois? — ela rolou na cama e se pôs sentada

—Você está pouco se fudendo né Demi !? Não é você que vai ficar sozinho aqui mesmo. — a voz dele se exaltou

—Amor, a gente conversa depois. Te amo. — ela desligou na cara dele e aproveitou e desligou o celular também.

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Ela não estava se sentindo muito bem. Antes que pudesse dormir tomou duas aspirinas e só acordou às três da tarde. Enquanto isso...

Ela estava num lugar escuro e úmido. Tentava encontrar o interruptor de luz, mas não conseguia, andou por todo o local, mas ali não era conhecido e tropeçou duas vezes antes de se sentar numa cadeira que era pouco iluminada pela luz que saia de fresta de uma porta.

“Calma – ela pensava – não pode ser tão ruim assim. Deve haver alguma coisa que abra essa porta”

Antes que pudesse apalpar uma prateleira que estava a sua esquerda, a porta se abriu num estrondo.

—Feliz em me ver? — Wilmer sorria com um machado na mão e enquanto ela gritava, acordou e suas mãos estavam tremulas

Segundo Dallas, Sterling não apareceu para o almoço e ela e Derek foram almoçar sozinhos. Demi tentou falar com ele, mas não obteve resposta. Só foi vê-lo na segunda-feira, quando chegou na aula

—Oi — ela disse enquanto ele terminava sua tarefa de física

—E aí? — ele perguntou pouco interessado

—Você está bem? — ela se sentou ao seu lado

—Aham. E vc? — desde que ela chegou ali ele nem olhou pra ela

—Também. Ei... desculpa por não querer conversar no sábado, eu estava muito cansada — ela explicou

—Ok — Sterling não queria conversa

Ela se sentou no seu lugar e dali só se levantou pra ir embora, no recreio ele foi o primeiro a sair da sala e na saída também. Ela nem ao menos conseguiu dar tchau, então resolveu correr e o alcançou antes de entrar no carro.

—Até quando você vai ficar bravo comigo? Acho que você já me castigou tempo o suficiente hoje.

—Você vai me castigar por cinco anos, então hoje não foi nada comparado ao o que você vai fazer comigo. — ele já foi abrindo a porta do carro para entrar

—Mas você disse que entendia. — ela segurou o braço dele o impedindo

—Isso é o que dói. Eu entendo, entendo perfeitamente, mas é difícil Demi. Você realmente acha que isso vai dar certo? Você realmente acha que somos tão inseparáveis a tal ponto de ficarmos distantes por cinco anos... só nos vendo nas férias? Tá na cara que não vai dar certo.

—Eu não vou desistir de ir pra França por causa de você — ela abaixou a cabeça

—Então sou eu quem desiste de você. Desculpa — ele entrou no carro e saiu mais rápido do que um vulto