Selene escrita por Tamires Vasconcelos


Capítulo 27
Um pequeno incidente


Notas iniciais do capítulo

Oie Gente!! Pois é ai está mais um capitulo. Bem e eu só posso dizer que o capitulo que vem vai ser revelador kkkkk



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- E se ele não gostar de mim? - Eu sussurrei de volta.

Ele sorriu achando aquilo engraçado.

- O que foi?

- È claro que ele vai gostar de você.

Então a porta se abriu e uma mulher vestida com aquelas roupas típicas de empregada nos cumprimentou. Cameron fez um sinal para que eu entrasse.

A empregada pigarreou um pouco.

- Sr. Carter seu pai me pediu para avisar que ele vai demorar um pouco.

Cameron pensou um pouco sobre aquilo.

- Tudo bem - Ele disse apenas.

Cameron me guiou para a sala de estar, a sala era extremamente enorme tudo muito bem decorado, e bem iluminada também.

- Me desculpe, você pode me esperar um pouco? Eu vou resolver uma coisa.

- Claro.

- Fica a vontade.

Então ele saiu em passos largos.

Olhei em volta da sala, eu não estava me sentindo confortável ali, era como se eu estivesse tão nervosa que não conseguia ficar parada, então comecei a andar de um lado para o outro. Olhei alguns quadros que estavam ali, uns eram de Cameron quando criança outros eram deles com provavelmente sua mãe já que o sorriso era o mesmo, mas nenhuma foto do pai dele. De longe eu podia ouvir Cameron conversar com alguém parecia estar brigando mas não conseguia escutar a conversa.

Comecei a andar de novo de um lado para o outro.

- Está impaciente? - Ouvi Cameron perguntar e me virei no mesmo memento.

- Estou nervosa.

Ele deu risada realmente achando graça daquilo.

- Não tem graça.

- Tem sim.

Ele sorriu um pouco constrangido.

- Olha, meu pai é um pouco obcecado pelo trabalho, por isso ele não esta aqui mas creio que ele já estava chegando.

Eu ia responder alguma coisa quando a voz de um homem me interrompeu.

- Eu não sou obcecado.

Cameron e eu olhamos ao mesmo tempo para a entrada da sala, um homem estava parado lá usava palito e gravata. Sorriu um pouco quando me viu, mas não tipo de ficar feliz por me ver ou me reconhecer mais sim no estilo proficional.

- E você seria?

Tentei não prestar atenção por ele não saber quem eu era.

- Selene. Selene McConnell.

Nós demos um aperto de mão.

- É claro como eu poderia esquecer Cameron só fala de você.

Nós dois olhamos ao mesmo tempo para Cameron e me olhou com um sorriso tímido.

- Sou Andrew Carter, pai do Cameron.

Depois daquela pequena apresentação nos fomos jantar. O único barulho durante o jantar eram os garfos sobre os pratos.

Cameron estava sentado em minha frente e Andrew na ponta da enorme mesa. 

- Então Selene de onde você era? - Andrew

- Como?

- Cameron me disse que você veio de outra cidade.

Eu tinha me esquecido totalmente o nome da cidade que desde que cheguei aqui falava que vinha de lá.

- Eu era de... De.... Tolleson - Eu não sei como mas aquele nome veio na minha mente.

- Não parece ter certeza.

- Eu tenho, tenho sim, é Tolleson.

Ele me olhou de um jeito estranho.

- Pra que faculdade você vai?

Eu não sabia o que responder, ninguém realmente nunca me fez aquela pergunta.

- Eu não vou fazer faculdade - Respondi simplesmente.

Ele apenas trocou olhares com Cameron.

- Selene porque você não fala... - Cameron começou a falar mas seu pai o interrompeu.

- Como assim não vai para a faculdade?

Ele falou e em olhou como se fosse uma obrigação eu ir para a faculdade, e sinceramente eu não gostei.

- Simplesmente não vou. Porque não quero e não preciso - Eu falei devagar.

- Que tipo de pessoa não precisa de um bom ensino e quem sabe se tornar alguém na vida?

Não pude conter a risada, eu era aquele tipo de pessoa.

- Isso é mesmo de se esperar de uma garota órfã de Tolleson.

Cameron realmente tentou dizer algo para seu pai, mas esse pouco importava com o que o filho falava na verdade até eu mesmo não o ouvia, não ia deixar aquele achar que mandava em mim.

- Como é que é?

- Isso mesmo, garotas como você terão o mesmo futuro, trabalhando em uma lanchonete como garçonete - Ele não gritava nem nada, na verdade falava calmo, mas com uma certa repugnância.

Eu não acreditava que ele estava falando aquilo.

- Isso não faz sentido nenhum, o senhor não sabe nada sobre mim.

- Não preciso nem adivinhar sendo filha de quem é, por mais que não seja de sangue.

Cameron praticamente explodiu de raiva.

- Como você ousa falar assim com ela? 

Andrew também explodiu e gritou, era a primeira vez.

- Como você ousa falar comigo assim garoto? Não está vendo que essa garota mal educada não é para você! Chloe sim é uma moça educada.

Cameron já ia responder alguma coisa a altura quando eu o interrompi.

- Cameron deixa - Eu pedi olhando diretamente em seus olhos e ao mesmo tempo tentando esquecer o que ele dissera ao meu respeito.

Me virei para o pai dele.

- O que o senhor quis dizer do meu pai?

Ele sorriu.

- Dizem que ele é o professor de história louco da faculdade, e que vai ser demitido.

- Meu pai não é louco, isso é mentira - Tentei manter minha voz calma.

Eu estava sentindo uma sensação estranha, tinha ver em relação ao vento mas não era como antes quando eu descontrolava minha emoções, era algo muito maior.

- Como ousa me chamar de mentiroso em minha própria casa!

- Talvez porque você seja!

De repente senti que as enormes janelas da sala se quebraram, ventos entraram ferozmente por ela tudo naquela casa começou a voar de um lado para o outro. A empregada começou a correr de um lado para o outro dizendo que aquilo era um furacão, mas eu sabia que não era ou pelo menos eu sabia que aquilo não seria um perigo nenhum para mim.

Eu estava respirando ofegante como se estivesse muito cansada, coloquei minha mão no rosto e tentei me acalmar. Cameron me abraçou tentando me proteger daquele vento, enquanto Andrew estava mais preocupado com os moveis caros.

- Por favor para, por favor para! - Eu gritava.

Eu tentei me soltar de seus braços, não conseguia pensar, não conseguia fazer aquilo parar. Mas Cameron não me soltava.

- Deve ser mesmo um furacão devemos nos esconder - Ele disse em meu ouvido.

- Não é, não é, não é - Eu finalmente soltei de seus braços.

Eu não conseguia me controlar aquilo era mais forte que eu.

''Selene ache o ponto, ache o centro, se concentre!''

Era a voz de meu pai, fazia tanto tempo que eu não ouvia. Eu me lembrava daquele frase, ele me disse a mesma coisa quando eu era pequena assim que ganhei meus poderes.

Fechei meus olhos e tentei me concentrar, senti as mãos de Cameron em meus ombros ele me chamava e sacudia, mas era como se eu estivesse em transe. Me concentrei o máximo naquela vento que rodiava a enorme casa

Eu finalmente achei o centro daquela enorme força, a medida que eu me acalmava o vento se acalmava comigo como se ele estivesse ligado a cada célula do meu corpo.

E quando tudo finalmente acabou eu desmaiei.

***

Minha consciência foi retornado aos poucos, mas mesmo assim não abri meus olhos.

- O que aconteceu com ela? - Ouvi Clarie perguntar desesperada.

- Eu não sei, ouve uma tempestade e ai ela ficou gritando e desmaiou - Era a voz de Andrew.

- Não ouve nenhuma tempestade - Disse James, sua voz era séria.

- Está duvidando de mim? Vou lhe mostrar como esta minha sala de estar.

Continuei de olhos fechados.

- Sei que está acordada - Ouvi Cameron dizer.

Um sorriso surgiu nos meus lábios imediatamente.

- Como você sabe? - Perguntei ainda de olhos fechados.

Imaginei ele dando de ombros.

- Simplesmente sei, mas não lhe culpo também não queria participar dessa confusão toda.

Abri meus olhos e vi Cameron sentado em uma cadeira ao lado da cama onde eu estava deitada. Tentei me levantar mas eu estava meio cansada, Cameron empurrou gentilmente meus ombros para me fazer deitar.

- Acho melhor você descansar um pouco.

- Já descansei demais.

Sentei na cama, meu corpo todo estava doendo. 

- Onde eu estou? - Perguntei ainda esfregando os olhos.

- No meu quarto.

Olhei em volta o quarto dele era grande, não era do estilo muito bagunçado como os quartos dos garotos são era até um pouco arrumado. Havia até uma bateria no canto.

- Você toca bateria?

Ele olhou para a bateria sorrindo.

- De vez em quando.

- È bonito seu quarto - Eu disse olhando em volta.

- Obrigado.

Eu baixei a cabeça eu sabia que precisa conversar com ele sobre o que tinha acontecido.

- Cameron, me desculpe sobre o que aconteceu.

- Não precisa se desculpar.

- Preciso sim, eu não devia ter falado com seu pai daquele jeito...

Ele de um sorriso amarelo.

- Tudo bem, ele pode ser um pouco irritante as vezes eu é que deveria pedir desculpas para você sobre o comportamento dele.

Também sorri para ele.

- Também me desculpe pelo vento é que eu... - Parei bruscamente minha frase quando percebi o que ia falar.

- O que? Aquilo não foi culpa sua. Mas falando nisso você parecia mesmo estar bem...Culpada... durante a tempestade Pude perceber que ele escolhia bem suas palavras.

- Bem é que, é meio que complicado.

Ele deu risada.

- Entendi.

 Esfreguei minha testa.

- Sua cabeça está doendo?

- Não.

Ele fez uma cara de quem não acreditava.

- Um pouco, mas já vai passar.

Ficamos um tempo em silêncio

- Acho que ele não gostou muito de mim - Eu disse por fim.

Cameron saiu de sua cadeira e se sentou na cama de frente para mim.

- Não importa, não ele que tem que gostar de você, sou eu.

Um sorriso surgiu em meus lábios.

Cameron começou a se inclinar sobre mim, eu já podia sentir seu hálito doce quando Clarie gritou o que fez ele se afastar rapido de mim.

- Selene!

Ela correu até mim e começou a passar suas mãos pelo meu rosto provavelmente vendo se eu estava quente ou algo assim.

- Eu estou, estou bem - Eu repetia enquanto tentava me livrar das suas mãos.

- É melhor nos irmos para casa.

Clarie me ajudou a levantar e começou a me ajudar a andar me afastei gentilmente dela.

- Eu estou bem, sério, consigo andar.

Eu só estava com um pouco de dor de cabeça, só isso.

Cameron nos acompanhou até a porta, apenas ele.

- Vejo você amanhã - Eu disse enquanto saia.

Clarie e James estavam me esperando do carro.

- Tem certeza que vai amanhã para a excursão? Você está se sentido bem?

- Cameron, é claro que eu estou bem, eu só desmaiei isso é normal.

Ele deu risada.

- Isso não é normal.

Eu também ri.

- È sim, é normal.

- Tudo bem, então até amanha.

Ele deu um beijo em minha testa então finalmente fui embora.

Durante o caminho até minha casa, Clarie e James não falaram sobre o pequeno incidente, pelo menos comigo. Eles falavam como Andrew era desprezível e falavam até algumas que Andrew disse sobre mim, era como se eu não estivesse ali.

De qualquer forma me deu tempo para pensar no que tinha acontecido, na verdade eu não tinha nem o que pensar, eu sabia o que tinha acontecido, meus poderes tinham voltado, isso não era tão ruim, eu só tinha que me controlar mais agora, ou poderia fazer um estrago.

Mas isso significava que eu iria voltar? Eu não queria pensar nisso, não agora, estava tão exausta que só queria dormir.


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