Estavamos todos sentados na sala de estar da casa do garotos. ChangMin estava a minha direita e JunSu a minha esquerda, YunHo e Amanda bem ao lado, seguidos por Karol, JaeJoong e YooChun, ao centro uma mesa quadrada com sakê e outras bebidas, alguns petiscos e cerca de seis ou sete garrafas já vazias. A sala era relativamente grande, com uma decoração moderna e um toque de Japão. O tapete tinha a mesma estampa que o vestido da Maandy, o que fez JunSu rir quando ela sentou-se e ficou praticamente camuflada.
Na minha opinião, já estavam todos os garotos meio bêbados. Bem, JunSu já ria de tudo em seu estado natural, com alcool correndo em seu corpo então... O pior é que ele ria e eu ria junto, mesmo estando perfeitamente sobrea.
 - Oppa, pare de rir, minha barriga dói de tanto rir de você. - Eu disse entre uma gargalhada e outra apertando meu abdômen, o que realmente doia.
  - Cah, vocês parecem dois babos rindo assim. - Karol disse rindo baixo. Mostrei a língua fazendo uma careta e todos riram.
De repente as risadas pararam em um lado da mesa, ouvimos um grito agudo e todos olharam para JaeJoong e Karol. Ela estava encolhida com os olhos - já marejados - vidrados num ponto do chão a sua frente, logo atrás de mim. Ele tinha os olhos igualmente vidrados no mesmo ponto. Os dois se aproximaram cada vez mais sem tirar os olhos do ponto atrás de mim.
 - Doushite kimiwosukininatteshimattandarou? - JaeJoong começou a cantar baixinho.
 Todos viramos a cabeça em direção ao olhar do casal.
 - Uma barata?! -  YooChun ridicularizou. - Você ainda não perdeu esse medo hyung?
 - Eu! Eu mato! Eu mato com meu super-sapato-exterminador-de-baratas! - ChangMin gritou correndo para outro cômodo.
 Nem preciso dizer que JunSu estava se matando de rir ao meu lado, certo? Pois bem, consequentemente, eu não parava de rir também. Na verdade, se dependesse de mim, eu mataria a nojenta em segundos, contudo eu mal conseguia levantar por causa de nossas gargalhadas.
 Olhei em volta e o cenário era o seguinte: Maandy com cara de pânico, YunHo completamente bêbado, Karol chorando, tremendo e comendo muito chocolate encolhida junto a JaeJoong, este com um braço em volta dela e na outra mão mais uma garrafa de saquê, além disso ele chorava também.
 - YooChun hyung, cadê meu super-sapato? - O maknae gritou de algum ponto da casa e YooChun foi ajuda-lo a procurar.
 Na realidade, tudo isso aconteceu em minutos e eu já estava pensando que a barata havia morrido só pelo poder dos pensamentos de JaeJoong e Karol, até que a nojenta se mexeu indo em direção à Maandy e YunHo.
 - Aaah! Aaah! Aaah! - Maandy gritou abanando as mãos e levantando-se - Oppa! Oppa!
 YunHo levantou-se cambaleando.
 - Oppa, socorro uma barata! - A ruiva gritava conforme a barata chegava perto - OPPA! - Ela berrou quando a nojenta já estava perto demais. Pulou no colo do líder, agarrando-se ao seu pescoço.
 Porém, o líder não estava em seu melhor estado e, como sabem, o álcool deixa os reflexos mais lentos, assim Amanda foi do pescoço de YunHo direto para o chão, caindo em cima da barata.
 O maknae já de volta a sala e também com seus reflexos debilitados, percebera somente a direção em que a nojenta havia ido, no entanto não percebera um corpo caindo sobre ela.
 - Oh! YooChun hyung a barata entrou embaixo do tapete, bem ali, olha - Apontou para o lugar onde o vestido de Amanda se confundia com o tapete. - Vou pisar até ouvir o barulho desse ser asqueroso morto. - Sorriu
 Eu e JunSu paramos de rir nesse momento, mas era tarde demais, Minnie já estava a centímetros de pisar em Maandy com seu super-sapato número 44 de salto feito de estacas de ferro de 7 centímetros.
 - Morra asquerosa e deixe meu hyung em paz! - O maknae gritou em logo em seguida pisou na barriga da ruiva desmaiada no chão.
 - Nãããããão - Gritei tarde demais, fechando os olhos para não vê-lo pisoteá-la.
 -Humpf... você vai sujar o tapete seu babo - JunSu disse fazendo um bico.
 - Eu lavo depois! - Minnie continuava a pisoteá-la.
 - Você. Está. Pisando. Na. Minha. Namorada! - Yunnie o pegou pelo colarinho e o jogou na parede, depois correu para ela e constatou: - Está morta. - Olhou o maknae fuzilando-o com os olhos. - Você vai morrer. - Partiu para cima do outro.
 Chunnie e Jun oppa tentaram separar a briga, mas quando o líder separou-se do maknae, este já estava sufocado.
 - YunHo hyung você matou o maknae! Hyung, o maknae! - Gritou JunSu. As risadas de antes, então se transformaram em raiva. - Hyung você tem que pagar! - Jun oppa pegou o sapato do pé de ChangMin e saiu correndo atrás do líder, que por sua vez disparou a correr por toda a casa.
 - Oppa, pare com isso. Pare! - Eu corria atrás de JunSu.
 - Hyung, pare. Ouça sua namorada. Pare! - Chunnie ia comigo.
 Quando voltamos à sala, Jun oppa encurralou o líder e... Bem, eu fechei os olhos nessa hora e só abri quando Yunnie, estava estirado no chão.
 Depois disso as coisas aconteceram muito rapidamente e eu não sei bem como chegamos a isso, mas YooChun estrangulou meu oppa por ter matado o líder e eu o matei por ter matado meu oppa.
 Assim, no fim restava eu, JaeJoong e Karol. Por pouco tempo, pois vendo todos os seus amigos mortos, JaeJoong quis se matar, mas Karol tentou impedir e a faca que ele tinha na mão acabou acertando-a em vez de a si mesmo.
 - Oppa... - Foi o ultimo suspiro da mestiça.
 - E-Eu matei minha namorada. - Ele sussurrou repetidamente com as lágrimas pingando do seu queixo. - Saranghae - Sussurrou baixinho para ela e depois com a mesma faca se matou.
 Eu fiquei parada, estática no meio da sala. O único ser-vivo ali. Bom, era o que eu pensava até a barata sair debaixo de Maandy.
 - Sua culpa. Tudo sua culpa sua nojenta, asquerosa, desgraçada... - Eu comecei a  gritar para a barata e logo após a pisoteei. Mas havia algo estranho com aquela coisa, ela estava... dando choque?! - Uma... barata elétrica?!
 - Oh! Você matou minha barata Cah. Você a quebrou! - Bakira, o gato de JunSu, apareceu na sala com um controle remoto nas patas. 
 " Um... gato segurando um controle remoto?! Uma... barata... elétrica?! ", pensei.
Depois disso tudo ficou escuro.

Abri meus olhos com a claridade do dia, olhei em volta e estávamos todos deitados no chão da sala, as garrafas ainda em cima da mesa, levantei com alguma dificuldade de tirar a perna de Chunnie de cima da minha.
 Olhei o amontoado de pessoas dormindo e tive certeza de que eles nunca, jamais matariam uns aos outros, nem por bebida, nem por barata e nem por garotas.
 Mas, por via das dúvidas, era melhor me certificar que não havia baratas em casa.
 Ah, e ver se Bakira, Tiger, Leo e Jiji estavam aprontando alguma coisa.