Nem Todos que Vagam, Estão Perdidos... escrita por emiliepp


Capítulo 13
Capítulo 13




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     [...] - Ali embaixo. Olhe! Com certeza tem alguma coisa ali. – ele andou até o fundo da cratera e pegou alguma coisa azul retangular e pequenininha, que se parecia muito, até demais com... o iPod da Emilie. [...]

            E ERA o iPod da Emilie.

            Quando ele colocou aquilo não minha mão, eu não sabia o que fazer. Como que isso foi parar aqui, pelo amor de Deus?

            - Olha só, ISSO é um iPod. iPod, Maedhros. Maedhros, iPod. – tentei ligar ele, mas não aconteceu nada. – droga, ou quebrou ou está sem bateria.

            - Isso AÍ toca música? – ele parecia realmente confuso. – realmente, seu mundo é diferente demais do meu.

            - Eu que o diga! Você não viu nem um quinto do meu mundo. – e olhei pro chão. – mas pelo pouco que eu passei aqui, já posso dizer que estar aqui é bem legal.

            - Fico feliz que você ache isso. – *sorriso lindo que quase me fez levantar voo* (GENTE, ele fica feliz que eu acho isso. MORTA/) -  o tempo está ficando duvidoso, é melhor voltarmos para casa. O caminho é longo e as nuvens estão se acumulando rápido demais, e parece que o inverno deste ano está chegando mais cedo.

            - Ok. Não acredito que você encontrou isso... isso quer dizer que, onde quer que ela esteja, o meu iPod está com ela. Pelo menos isso... obrigada. De verdade. - Giulia

            - Você não precisa me agradecer nada, Giulia. Agora vamos.

            E chegamos a Tirion no meio da tarde, e o resto dela foi passado lutando contra o alfabeto de louco dos elfos e contra a maldição que era escrever com uma pena cheia de tinta sendo canhota.

            - ARGHHHHHHHHHHHHHH QUE CU! EU BORRO TODA A TINTA, AFE, CHEGA, CANSEI. VOU ESCREVER COM CARVÃO PELAS PAREDES QUE É MAIS FACIL PASSAR A VIDA LIMPANDO PAREDE DO QUE TENTAR NÃO BORRAR ESSE PAPEL. - Giulia

            - É, e humanos tem a paciência com um limite bem menor, também, e olhe que o meu pai é o pior exemplo de paciência que eu já tinha visto até hoje. – Maedhros parecia se divertir imensamente com a minha desgraça. - Até você tentar escrever com a pena.

            - Ah, não ria de mim! Esse alfabeto de vocês é coisa de louco, e essa tinta é toda molhada e borrante, e eu não consigo fazer isso. – cruzei os braços e deitei na mesa. Aff, que droga. – e ah, desculpe pelo palavrão.

            - Paciência, Giulia. Nada acontece em um dia só, principalmente o que você está tentando fazer. Acho que deveríamos parar por hoje.

            - Certo. Talvez você deva me ensinar um pouco de paciência élfica, também.

            - A convivência faz o hábito. Agora, vá descansar e se aprontar para o jantar, sim?

            - Pode deixar... e obrigada pelo dia de hoje. Foi...

            - Não agradeça ainda, depois de amanhã temos um lugar especial para ir. Você, como a mais nova parte de nosso mundo, precisa conhecê-lo. E precisa ter paciência para esperar até depois de amanhã, porque pelo que eu aprendi sobre humanos hoje, você está prestes a me perguntar muito insistentemente para onde vamos.

            E ele riu de novo, e o meu coração voou de novo, apesar de ele ter me chamado de pavio curto, curiosa e impaciente tudo numa única frase. Mas ele pode me chamar do que ele quiser, qualquer coisa que ele fale é motivo pra eu ter colapsos, morta/.

            - O quêeeee? Ei, eu nem ia perguntar pra onde é que nós vamos depois de amanhã, ok? Oras. Mas já que você falou... - *risinho* -  hey, pra onde é que a gente vai depois de amanhã?

            - Não vai adiantar, eu não vou falar. É sua lição de casa: não me perguntar sobre “onde vamos depois de amanhã” até depois de amanhã. Feito? Agora vá, descansar e se aprontar para o jantar.

            Maedhros mantinha aquele sorriso na cara. Até o final do dia eu morri de ataque cardíaco, beijos.

            - Certo. Nada de perguntas. Paciência é a chave. Ok, até o jantar, Maedhros. E obrigada mais uma vez por hoje. Mesmo.

            - Vocês, humanos, são criaturas realmente... fascinantes. E, Giulia...

            Eu ia me virar para sair, mas parei no meio do caminho.

            - Sim?

            - Seu cabelo. Não leve a mal meu comentário de hoje, mais cedo. É diferente, mas diferente de um jeito... bonito.

            E é isso aí. MORTA ft. ENTERRADA MAEDHROS GOSTA DO MEU CABELO. Quais são as chances de isso acontecer enquanto eu estou acordada, mesmo? ALGUÉM FAZ O FAVOR DE ME BELISCAR PRA EU ACORDAR?

            - É... obrigada – eu esperava com todas as minhas forças não estar vermelha igual a um pimentão. E dei um sorrisinho rápido e saí correndo dali antes que as minhas pernas não tivessem mais força pra se mexer.

            Maedhros falou que meu cabelo é bonito.

            Não prestei atenção em mais nada até o fim do dia.


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