Little Lies escrita por yellowizz
Notas iniciais do capítulo
Este capítulo ficou um pouco distante de romance, mas serviu para dar algumas explicações sobre o que realmente aconteceu e como a Blair está se sentindo.
Chegou a hora de confessar em voz alta aquilo que viveu e sabe que foi bom. Conte o que precisa a quem você sabe que escutará.
Já em casa, Dorota – nossa fiel empregada – já me recebia com todos os mimos e cuidados. Subi meio atrapalhada até o meu quarto por causa da “bota” no meu pé, teimosa, recusei a ajuda de Dorota e de minha mãe. Quase me joguei na cama de tamanho alívio quando vi o meu quarto impecavelmente arrumado e seguro. Nada melhor do que a sensação de segurança que eu sentia por estar em casa. Aproximei-me da cama, sentando-me com as costas apoiadas na cabeceira e esticando a minha perna machucada.
- Blair. – minha mãe me chamou adentrando o quarto.
- Mãe. - eu sorri abertamente enquanto ela se sentava ao meu lado na cama. - Eu quero mesmo te contar o que aconteceu. – adivinhando o que ela estava fazendo ali, me propus a começar a conversa.
- Primeiramente deixe-me fazer isso. – ela se aproximou de mim e me deu um abraço aconchegante, me aninhando em seus braços como há muito tempo não fazia. – Senti tanto a sua falta, eu fiquei com tanto medo. – confessou limpando as lágrimas dos olhos.
Deixei que o silêncio permanecesse por algum tempo, então deitei sobre suas pernas e reiniciei a conversa.
- Na festa, depois do desfile, Chuck me levou para fora e então me obrigou a entrar na limousine. Fomos até uma mansão, eu tentei escapar, mas ele percebeu. – suspirei ao relembrar da forma como ele me impediu, me prendendo contra a parede de vidro da sala. – Ele não me machucou ou algo do tipo, até mesmo me defendeu algumas vezes. Então eu fui obrigada a pintar o meu cabelo – mexi em alguns fios trazendo-os para o meu rosto – para fingir que eu era a tal da Stella Heefort.
- E quem é essa Stella? Era a garota super parecida com você que estava na sala do júri mais cedo? – minha mãe questionou.
- Exatamente. Então, ela tinha um caso com o Peter, mas ele se aproveitou da situação para obrigá-la a ajudá-lo a roubar o cargo da presidência, ela recusou e então ele a ameaçou. Ela resolveu sumir e então a polícia começou a desconfiar de Peter, e ai para acabar com as suspeitas ele armou toda a tramóia comigo porque me achou parecida com a Stella.
- E onde Chuck entra nessa historia? Não vejo beneficio nenhum em ele se juntar a tudo isso.
- Ele ouviu acidentalmente uma conversa entre Stella e Peter, e então foi obrigado a entrar na armação ou Peter o denunciaria. Claro que se isso acontecesse, Peter também iria preso, mas como não havia nenhuma prova contra Chuck nem contra ele, nada poderiam fazer.
- E por que ele se envolveria com isso se não tinha nada a perder?
- Aí está a questão, Chuck provavelmente foi ameaçado e então achou melhor não recusar, sabe se lá do que Peter é capaz. Enfim, fingindo que eu era a Stella, acabei sendo promovida. – não resisti a um sorriso ao lembrar o quando fui, modéstia a parte, boa em um emprego que nem sabia do que se tratava. – Peter ficou louco com isso, porque “eu”, ou melhor, Stella ficou com o cargo que ele queria, ele me ameaçou e se não fosse Chuck aparecer na hora em minha sala, Peter teria me sufocado.
- Oh meu Deus!
- Sem eu saber, Chuck havia instalado uma câmera em minha sala e ela acabou gravando a cena, o que ajudou no desfecho dessa historia. O problema é que mesmo depois de Chuck ter entregado o DVD para a polícia, Peter descobriu sobre isso e arrastou Chuck para o galpão, o usando como isca para eu ir até lá. Então acabei sendo baleada – meus olhos encheram-se de lágrimas ao relembrar – quando Chuck escolheu a mim como resposta para a pergunta de Peter sobre quem receberia o tiro primeiro.
- Maldito! – minha mãe disse exaltada, quase se levantando da cama para ir achá-lo onde quer que esteja.
- Não, mãe. O problema é exatamente esse. Eu não entendo o motivo dele ter feito isso, nós estávamos tão bem... – lembrei da noite que passamos juntos, de cada detalhe, de cada toque, a primeira vez em que estive com um homem daquela maneira, e ele com certeza sabia disso.
- Blair, como assim?
- Isso que você ouviu. Eu até mesmo achei que você já soubesse. – olhei-a surpresa.
- Suspeitei pela forma que você suspirava cada vez que falava o nome dele. – ela riu me fazendo rir também.
- Mas e quando eu falei sobre estar magoada com ele antes de depor? Você não perguntou nada.
- Eu estava esperando o momento certo para conversarmos sobre essa semana em que esteve desaparecida.
- Obrigada mãe. – dei-lhe um beijo no rosto e voltei a deitar em seu colo. Dorota nos trouxe um lanche e ficamos conversando e rindo sobre diversas coisas, até que a maneira doce que ela mexia em meu cabelo, agora loiro, acabou me fazendo dormir.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ficou pequeno e bem chato para quem esperava que Chuck aparecesse, mas sinto informar que ele vai demorar um pouco a aparecer. Ah e estou guiando a fic para o final já, claro que haverão mais uns seis capítulos, mas estou com sérios problemas para o final, a inspiração não vem e eu não sei qual será o final do nosso casal favorito, ou se eles realmente podem terminar como casal. Oh! :O Muitas dúvidas. Mandem reviews, sempre bom né ? Obrigada a todos que comentam e também àquelas leitoras fantasmas que eu SEI que estão ai, HAHAHA. Beijinhos e não deixem de acompanhar. O próximo capítulo eu posto em breve. ;D