A Luz dos Meus Olhos. escrita por mia-y, Yumenaya


Capítulo 1
A luz dos meus olhos.




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Olá, queridas! Antes de começar a falar qualquer coisa, quero deixar bem claro que essa fanfiction é da autoria de YUMENAYA, e eu não tive nenhuma participação dela, infelizmente. Eu não sou capaz de escrever coisa tão perfeita *-* Mas então, voltando ao assunto inicial.

A minha amiga, me enviou esse texto já faz algum tempinho... me pedindo para que eu falasse o que eu achei dela, e é claro, como sempre eu adorei o enredo e tudo mais. Então, desde esse dia, eu vivia importunando a vida da minha diva para enviar para o site. Mas ela teimosa como sempre, recusava.

Felizmente eu consegui convencê-la, e por isso, peço – leia-se imploro – que deixem reviewns para ela! Quem sabe, uma nova história seja divulgada para vocês?

E ah, uma coisa, se você for uma manteiga derretida como eu, é melhor pegar vários lencinhos e deixar ao seu lado, porque ela é emocionante e... Calei. Desculpem, só lendo para descobrir.

Meninas, boa leitura a todas, e sentem que lá vem a história, KKK :D

A luz dos meus olhos

Encostei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos. Assim que os abri, me vi em um lugar completamente diferente. Era uma praça, rodeada de árvores floridas, e no centro havia um banco impecavelmente branco, que parecia brilhar. Aquilo chamou minha atenção e me aproximei, caminhando lentamente. Ao chegar mais perto, notei que havia uma pessoa sentada com a cabeça abaixada.

Toquei os seus ombros frios, fazendo com que ele virasse e me fitasse com seus olhos incrivelmente vermelhos, me intrigando. “Você está bem?” perguntei, mas ele não me respondeu, só levantou e segurou minha mão, beijando-a suavemente. Em seguida ele sorriu, e caminhou, sumindo na escuridão.

“Hey, aonde você vai?” gritei nervosa, porém não obtive resposta alguma. Senti um leve tremor no meu corpo e fechei os olhos. Quando voltei a abri-los vi minha mãe me olhando com ternura.

Ela sorriu para mim e me disse que eu havia adormecido, concordei sentindo uma onda de tristeza me atingindo. O sonho me parecia real, o olhar fora tão penetrante e o beijo tão doce. Apesar de tudo ele emanava tristeza e solidão. Um aperto me atingiu no peito, e senti vontade de chorar.

Meus olhos se encheram de lágrimas, fazendo com que minha mãe se preocupasse comigo. Ela não entendia o porquê daquilo. Para falar a verdade, nem eu entendia... Só sei que aconteceu.

No dia seguinte, novamente tive o mesmo sonho. No mesmo lugar... E o rapaz também estava lá. Fui até ele, e o toquei como antes e ele me encarou. Ficamos por um longo tempo sem dizer absolutamente nada. Quando eu ia falar algo, ele segurou minha mão e adentramos a floresta. O lugar era lindo. Havia uma cachoeira enorme e um rio rodeado de plantas. Ele sentou-se, e fez um gesto para que eu fizesse o mesmo. Ficamos observando o céu estrelado e a lua minguante em silêncio, então ele se levantou, foi até a beira do rio e me trouxe uma flor, tão delicada, tão linda.

Agradeci.

Eu estava tensa, apesar de ter plena consciência de que tudo aquilo era um sonho, sentia que era mesmo real. Fitei a flor, e ao tirar o olhar dela, não o vi mais. Ele sumira. Uma rajada de vento forte passou por mim e levou a flor com ela, me levantei e lá estava ela, flutuando no rio. Por impulso, mergulhei em busca da flor que ele me dera. Logo que sai, percebi que alguém se aproximava. Ele voltara, sorrindo e acenando, como se nada tivesse ocorrido.

“Por que me deixou aqui sozinha?” perguntei zangada.

Ele me abraçou e seu corpo não mais era gelado, pelo contrário, era quente. Nos sentamos ainda abraçados e ele deitou-se no chão me puxando para seu peito de modo que minhas mãos ficassem sobre o seu tórax e eu adormecesse.

As semanas se passaram, e as imagens do sonho não saiam mais da minha mente. Minha mãe, notando o meu silêncio, me questionou “Bella, você está bem? Você anda muito inquieta esses dias...”

“Não é nada mãe, só estou um pouco ansiosa. Amanhã será meu primeiro dia como voluntária na associação. Nada de mais.” Aquilo não era uma completa mentira. Também era verdade. Durante as férias de verão, decidi me tornar uma voluntária numa associação de jovens carentes e com deficiência. Gostava da ideia de ajudar os outros.

Mais tarde, quando me preparava para dormir, para meu espanto encontrei uma flor idêntica a do meu sonho em cima da minha cama. Ao seu lado havia um bilhete, peguei-o com as mãos trêmulas. “Para a garota mais bela que já vi.” Era o que estava escrito.

Enquanto questionava sobre quem teria deixado àquela flor ali, acabei pegando no sono. E novamente eu estava naquela praça de sempre. Apesar de estar escuro a reconheci. Imediatamente procurei o garoto, e o encontrei sentado no banco. Ele percebeu minha presença e correu para me abraçar como se nós fossemos velhos amigos. Mais uma vez ele me levou até a cachoeira, e pela primeira vez, eu o ouvi falar: “Desculpe por não ter falado todos esses dias com você.” Disse sorrindo.

“Então você fala?” indaguei ironicamente. “Por que me trouxe para cá?”

“Porque aqui é lindo, você não concorda?” De fato, aquele lugar era lindo. “E bom, eu... Gostei de você” riu enquanto me puxava para sentar. Ficamos olhando o céu, e eu questionei internamente se aqui sempre era tão calmo, como se ouvisse meus pensamentos ele respondeu. “Sim. Mas... Faz um tempo que não amanhece. Sempre é noite e frio. Mas desde que você veio para cá, as noites não são mais tão geladas, sabia?”

Minhas bochechas queimaram. Ficamos conversando sobre muitas coisas, mas ele me ocultava alguns fatos alegando que só diria depois. Um sol alto soou pelo local, me assustando.

“Acho que é o seu despertador...” ele começou a dizer. Como?  “Até logo.” Então a minha visão desfocou-se e ele sumiu. Desliguei o despertador e me levantei.

Fui até a associação aflita, mas fui contagiada pela calma do local. Em todo lugar havia pessoas e mais pessoas, todos acompanhados por alguém. Porém tinha um garoto sentado na escada de cabeça baixa, apalpando um livro, sozinho. Eu estranhei. Aproximei-me dele.

“Você é nova aqui?” aquela pergunta me pegou desprevenida. Como ele sabia? “Seus passos não são iguais aos dos outros voluntários, e seu cheiro também não.” Ele esclareceu sorrindo. Olhei-o por um tempo, o que havia de errado com ele? “O que foi? Por que você está parada aí?” ele quis saber.

Foi então que percebi. Ele era cego. “Nada. Eu só...”

“Deixa para lá.” Fez uma pausa. “Só há dois cegos por aqui. Um é meio maluco e o outro sou eu. Provavelmente você não deve querer fazer amizade comigo. Muitas pessoas tem preconceito.” Concluiu. “Mas de qualquer forma, me chamo Edward.”

“Prazer, Bella” sorri e disse a ele que ali, era um lugar para lutar contra o preconceito, tentando animá-lo. Edward fez um gesto indiferente, dizendo que a única diferença que existia, era que ali as pessoas fingiam que queriam ajuda-los. Por isso ele ficava sempre ali, sozinho, sentado na escada lendo. “Bom, hoje é o meu primeiro dia, e você é oficialmente meu primeiro amigo.” Disse simpática. Mas ele continuava frio, “Você não vai querer ser minha amiga. Eu não sou como os outros... E não me diga que sou especial!” ele se levantou urgente.

“Espera!” chamei-o. “Posso te acompanhar?”

“Eu conheço esse lugar como a palma da minha mão. Que nem ao menos consigo ver, mas posso tocar. Como você é nova aqui eu posso te mostrar tudo, se você não se importar de ser guiada por um cego, é claro.”

A tarde inteira passei conversando com Edward, sempre tentando a reanima-lo, tentando o aproximar do mundo. Mas uma frase dele me chamou a atenção. “Eu não me afasto do mundo, ele que se afasta de mim, só porque sou diferente.” Me senti culpada por ele se sentir daquela forma, excluído do mundo. No mesmo momento, ele percebeu a mudança do meu humor. Tentei mentir, inventando uma desculpa, mas ele era perceptivo demais.

“Eu sinto quando as pessoas mentem, dizem a verdade, estão tristes, alegres... Não sei como, apenas sinto.“ Comecei a me desculpar aos sussurros, mas ele me interrompeu. “Sinto muito se às vezes parece que não estou nem ai para nada. Isso é porque um dia eu me importei demais sabe?!” acenei, e Edward derrubou o livro que segurava. Peguei-o e devolvi, mas não consegui conter minha curiosidade e perguntei qual era o nome do livro, ele estava escrito em Braille. “Lembranças de tempos passados. Eu gosto dele. É um romance, mas não tem um final feliz. Adoro ler romances. Mas... Ele morre no final. É triste, como a minha vida.”

“Mas você está vivo...” comecei a falar.

“Eu não nasci cego.” Edward esclareceu, e meu olhar parou em seu par de olhos azuis como o céu. “Certo dia, quando a tarde estava nublada, eu desmaiei. Isso ocorreu várias vezes, até que descobri que eu tinha um tumor no cérebro que precisava ser removido.” Pausou “Porém, deixaria alguma sequela, ou eu ficaria mudo, surdo ou cego...” me explicou. “Mas a deficiência em si, não é a pior parte. Depois que fiquei cego, meus pais discutiam todos os dias. E uma vez escutei meu pai dizer que eu era um fardo para eles.” Sua voz ficou baixa, e eu notei que havia tocado numa ferida aberta. “Eu me senti um completo inútil. E foi aí que decidi vir para cá, eles concordaram comigo e nunca mais os vi.”

“Sinto muito.” Falei sincera, a história dele era comovente, eu nunca havia escutado um relato assim. É realmente triste ser largado pela família por causa de uma doença. Coloquei-me por um instante em seu lugar e meus olhos se encheram de lágrimas. Pobre Edward...

Nessa mesma noite, sonhei com o garoto de sempre, no lugar de sempre, olhando o luar. O garoto interrompeu o silêncio “Hoje você conheceu um garoto não é?” aquela pergunta me espantou. Como ele sabia? “Você me disse.”

“Disse?”

“Ele é diferente dos outros não é?”

Quis mudar de assunto. “Você ainda não me respondeu, por que aqui nunca amanhece?” o garoto novamente tornou a dizer:

 “Ainda não posso dizer a você. É muito cedo. Um dia você saberá... Você é muito precipitada. Como eu disse, eu dia direi tudo. Ok?” ele disse me encarando.

“Um dia...” sussurrei impaciente. “Um dia quando?”

“Apenas um dia.” Sorriu.

As horas demoraram a passar, mas finalmente havia chegado a hora de ver meu novo amigo, Edward. Chegando lá, procurei-o no mesmo local. Ele estava lá do mesmo modo, sentado e lendo um livro. “Pensei que tivesse desistido” ele comentou.

“Nem pensar” respondi divertida, arrancando um sorriso dele. Me sentei ao seu lado.

“Me deixa ver você?” ele perguntou, e eu me remexi.

“Como assim me ver?”

“É mais ou menos assim, eu vou tocar o seu rosto... Pode ser?” Eu me aproximei ainda mais dele, e ele levou suas mãos no meu rosto. Ele começou a tatear o meu queixo, em seguida passou seus dedos em meu lábios, subiu para minhas bochechas, e pararam em meus cabelos. Depois de finalmente tirou suas mãos de mim. E sorriu “Você deve ser linda, Bella. Cada traço seu combina perfeitamente com o outro.”

Fiz uma careta e reclamei. “Eu não me acho nada do que você está falando.”

Ele riu.

“Agora sei que você possui tanto beleza interior quanto a exterior.” Ele concluiu “Uma coisa engraçada, te conheço a menos de dois dias e gosto de você.” E abriu um sorriso lindo.

“Obrigada. Eu também gosto de você” também sorri.

Nesse dia, tive que voltar cedo para casa. Me arrumei e decidi fazer uma surpresa a Edward, e leva-lo para passear pela cidade comigo. Quando apareci ele ficou surpreso, e quis saber o porquê de eu ter voltado.

“Você tem mais o que fazer...” ele resmungou. Mas não conseguiu esconder a felicidade que iluminou sua face.

Quando chegamos ao parque, esbarrei num garoto e pedi desculpas. Ao levantar o meu olhar, deparei-me com meu ex-namorado, Jake. Ele me olhou de cima a baixo. “Bella! Quanto tempo... Você está saindo com esse cara?” seu olhar parou sobre Edward, que estava parado ao meu lado.

“Algum problema, Jake?” o fitei de volta.

“Claro Bella.” Ele franziu o cenho “Ele é cego!” eu arfei com o porém de Jake, Edward estava do meu lado!  Ele não tinha coração não? “Você não se incomoda? Você está arrumada assim pra que então? É um desperdício! Porque uma garota bonita como você perde seu tempo com um garoto cego como ele? Por pena?” ele deu uma risada “Se ele gostasse mesmo de você, se afastaria e lhe deixaria ser feliz. Com uma pessoa normal” e saiu andando pelo parque.

Olhei para Edward e o vi sem expressão. Arrependi-me no mesmo momento por tê-lo trazido para cá. “Edward, eu sinto muito...” comecei a me desculpar, sem saber realmente o que dizer. “Ele está errado. Jake não sabe das coisas, ele sempre agiu por impulso...”

“Ele está certo, Bella.” Edward disse sua voz indiferente e fria. “Não está certo você ficar comigo, você precisa de alguém que possa te defender e te fazer feliz. E não de um fardo.” Ele se virou, e começou a se afastar.

“Espera Edward! Por favor!” gritei, correndo atrás dele. “Me deixe te levar pelo menos...”

“Eu posso me virar sozinho. Não preciso de piedade de ninguém. Não me procure mais!” ele disse rude.

Fiquei ali parada completamente desolada. Voltei para casa aos prantos, nunca mais o veria. Definitivamente tinha o perdido. Assim que voltei para casa, me tranquei no meu quarto. “Ele está certo, Bella. Não está certo você ficar comigo, você precisa de alguém que possa te defender e te fazer feliz. E não de um fardo.” suas palavras ecoavam pela minha cabeça.

Acabei pegando no sono. O garoto estava lá me aguardando de braços abertos.

“Você não teve culpa de nada, Bella. Tudo irá se resolver... Você precisa convencer que ele é bom o bastante para você. Precisa mostrar a ele que você não sente piedade, mas sim o ama. Vá!” exclamou. E então um vento me puxou, me levando de volta para a realidade. Minha mãe batia desesperadamente na porta.

“Bella! Abra essa porta!” encolhi as pernas e coloquei a cabeça entre elas pensando. Era melhor atender ao pedido de Edward, e me afastar dele. Quem sabe ele seria feliz sem mim.

Os dias foram passando, e eu nunca mais fui visita-lo mesmo sentindo sua falta. Depois de uma semana trancada no meu quarto, decidi sair e fingir que nada havia acontecido. Minha mãe me olhou preocupada e me disse receosa “Tenho uma coisa para lhe falar. É sobre o seu amigo, o tal Edward. O problema no pulmão dele voltou, ele está no hospital, e isso não é o pior...” disse ela aflita. “Os médicos disseram que ele está com câncer e que só com um milagre ele sobreviverá.”

Fui imediatamente ao hospital, e quando cheguei ele estava dormindo.

O médico me informou que ele estava sedado, e só acordaria no dia seguinte. O Dr. Carlisle tentou me tirar dali, mas quando eu disse que era a namorada dele, ele desistiu. Durante horas eu o observei dormir. Assim que a noite caiu, minha mãe tentou me fazer comer, mas eu recusava-me a sair do lado de Edward. Queria estar ao seu lado quando ele acordasse.

Quando já era de madrugada acabei adormecendo. Acordei com Edward movendo sua mão esquerda que estava sob a minha, mas ele continuava com os olhos fechados.

“Ela passou a noite inteira acordada esperando você acordar. É uma ótima namorada.” Ouvi o Dr. Carlisle dizer simpático. Edward pediu a ele que colocasse suas mãos sobre o meu cabelo. Sentir sua mão movimentar suavemente sobre meu cabelo, me fez despertar.

“Desculpe se te acordei.” Olhei-o e o abracei, apoiei em seu ombro e comecei a chorar. “Não chore, por favor. Era o melhor para nós dois.” Edward disse secando minhas lágrimas. Ele virou meu rosto, levantou sua mão até meus lábios, tocou-os. “São tão macios.”

Aproximei dele e o beijei com ternura. Ele sorriu, e uma lágrima caiu dos seus olhos azuis. Olhei preocupada, será que havia o machucado? “Você não sabe o quanto sonhei com esse beijo.” Limpei seus olhos, e acariciei seu rosto.

“De hoje em diante, você pode tê-lo quando quiser.” Curvei-me e o beijei novamente, aprofundando cada vez mais o beijo.

A cada dia que se passava, Edward se recuperava e parecia estar mais disposto. E por isso, o médico autorizou que ele recebesse alta. Essa notícia fora o melhor presente de aniversário que eu poderia receber. Seria o último dia que ele passaria ali, entre as paredes brancas. Esperei ele dormir e depois disto, eu o fiz. Sonhei que estava na praça, e meu amigo me observava. “Aqui esta claro...” murmurei surpresa.

“Significa que você amadureceu Bella. E você vai precisar dele para enfrentar uma situação delicada amanhã.” Uma sensação estranha me dominou. “Sinto muito, Bella, essa era a minha missão, te fortalecer, e isso é realmente necessário.” Um aperto tomou conta do meu coração, e eu tive a certeza que algo de ruim estava acontecendo.

Minha respiração acelerou, tentei acordar e ver se Edward estava bem. Mas não consegui.

“Você só sairá daqui quando for à hora certa” ele disse, vindo atrás de mim. “Não será fácil eu sei, mas você é forte o suficiente. Você é capaz.” Ele me deu um abraço forte, como se fosse à última vez que nos veríamos. “Adeus.” Então ele sumiu e eu acordei ofegante. Relaxei ao ver o corpo de Edward ao meu lado intacto, afaguei seu rosto e notei o quanto ele estava pálido e gelado. Gelei. Chamei por seu nome, mexi-o, revirei-o e nada. Edward estava morto.

“Edward! Acorda! Eu preciso de você!” e num gesto desesperado o abracei fortemente. Depois de tentativas falhas, sai de perto e cai de joelhos, chorando desesperadamente.

Dr. Carlisle, apareceu e me entregou uma carta.

“Minha querida Bella, feliz aniversário. Desculpe caso não esteja ao seu lado para te dar um abraço apertado ou um beijo cheio de amor... Bem, sabe o motivo de querer me afastar de você? Antes de ficar cego, conheci um mendigo e ele me disse que depois daquele dia, minha vida mudaria totalmente, e que eu conheceria uma garota que mudaria o rumo das coisas. Essa garota era você, obrigado por tudo. Antes de te conhecer eu não tinha esperanças, e você a trouxe. Nunca tive a oportunidade de dizer, mas... EU TE AMO. Quando toquei seu rosto pela primeira vez descobri isso, mas fiquei com medo de admitir. Quando descobri sobre o câncer, achei melhor me afastar de você, por isso agi daquela forma. Sinto muito. Eu realmente acreditava que você se importava comigo e que não era somente pena.

Sabe, depois daquela noite, depois de sentir o seu beijo, meu mundo se iluminou, todos os meus problemas sumiram. Me perdoe novamente, principalmente por te deixar. Mas é para seu próprio bem. Nada mais que isso. Tudo isso foi por você, não por mim e sim, por você. No começo eu acreditei no que seu amigo disse: ‘Porque uma garota bonita como você perdia seu tempo com um garoto cego como eu? Por pena?’ E no fim, você sempre esteve certa, eu tinha preconceito comigo mesmo. Mas você me mostrou que, apesar dos apesares, o mundo pode se tornar perfeito se você encontrar alguém para amar com todas as forças. Por isso, encontre outra pessoa, alguém melhor que eu e seja feliz. Se eu não acordar mais, lembre-se que eu sempre amarei você. E que você sempre será, a luz dos meus olhos.”

Edward Cullen.

Depois de tanto chorar, soluçar e gritar, acabei dormindo exausta. E eu estava na praça de sempre, e dessa vez, o sol estava se pondo. Andei pela praça me culpando por ter deixado Edward morrer, sem nem ao menos dizer que eu o amava. De repente, uma voz soa atrás de mim. “Você não tem culpa de nada.”

“Edward... Vo-você...”

“Sim, eu estou aqui.”

“Mas como?!”

“Shii...” ele me calou com um beijo suave, e doce.

“Edward, eu sinto tanto...”

“Não sinta, foi tudo maravilhoso, foi a melhor coisa que aconteceu comigo. Estar ao seu lado.” Ele sorriu e tocou meu rosto “Eu estava certo sobre a sua beleza. Você é linda, Bella. Siga em frente, e eu sempre estarei ao seu lado te protegendo. Tudo dará certo.”

“Como você sabe?”

“Apenas sei...”

Quando acordei, encontrei outra flor igual à de antes, em cima da minha mesinha. Eu sorri ao vê-la, um bilhete estava grudado nela. “Você sempre será, a luz dos meus olhos.”


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