Capítulo 1

Outono de 2007

Joguei minha mochila em cima da cama, estava completamente exausta. A aula tinha sido muito cansativa, três aulas seguidas de biologia era dose para mim.

Escutei os berros de Renée vindos do primeiro andar e suspirei derrotada. Já vi que não iria descansar.

Hoje era dia de visitar um médico novo. Phil tinha dito que ele era ótimo e agora seria muito melhor já que ele tinha acabado de se mudar para Phoenix junto da sua família.

Almocei correndo ao ver que já estava atrasada para a consulta. Aquela seria uma das mais importantes levando em conta o fato de que estarei com todos os meus exames, ao aguardo apenas do diagnóstico.

Assim que fiquei pronta, separei todos os exames, coloquei na bolsa e encontrei Renée e Phil, ambos já dentro do carro.

Não demorou muito e paramos em frente a um consultório bem típico. O nome do doutor cravado na parede da frente em letras negras: Dr. Carlisle Cullen.

Quando entramos fomos super bem atendidos pela secretária, que logo depois, descobri ser a esposa do doutor. De primeira gostei dela e enquanto esperava a enorme fila de pacientes acabar, ficamos conversando sobre várias coisas. O papo fluía muito bem ali.

Um tempinho depois fui chamada até a sua sala. No momento em que entrei, fiquei completamente pasma com tanta beleza. Sua mulher, Esme, já tinha me assustado com aquela sua face angelical, mas aquele homem ali na minha frente...

Aquilo, sim, era de se espantar. Sua pele clara entrava em total contraste com seus cabelos morenos e aqueles olhos, ah aqueles olhos. Bastava apenas uma olhadinha de leve e você já se perdia diante de tanta perfeição.

Notei que mamãe também o olhava com certa admiração, e do outro lado da sala, Phil assistia a tudo com um ar de ciúmes muito engraçado. O doutor pareceu não se incomodar com tantos olhares sendo lançados para ele, talvez aquilo fosse mais comum do que eu imaginasse.

Carlisle me indiciou a cadeira para que eu me sentasse de frente aos aparelhos. Primeiro ele observou cada exame já feito e decidiu fazer mais um. Só para garantir, ele disse sorrindo.

Assim que ele terminou de examinar minha vista, Renée começou o seu conhecido discurso. Phil apenas revirou os olhos.

# Dizem que não devemos mais ter esperanças doutor. Seis meses é muito pouco. #

Notei o quanto falar daquilo machucava Renée, sempre tão forte, mas nos últimos tempos andava abatida e eu não conseguia fazer nada. Phil era meu grande aliado, só ele tinha o poder de animá-la.

A história era de derrubar qualquer um. Foram exatamente cinco médicos e o diagnóstico era sempre o mesmo.

Eu, Isabella Swan, só tinha mais seis meses de visão.

O tratamento já não adiantava mais e a fila para transplante era grande demais e a espera maior ainda. Eu tinha que me conformar; o que seria um diagnóstico diferente diante de cinco idênticos?

# Senhora, não sei o que você escutou sobre mim, mas quero dizer que não sou do tipo de médico que lhe dará falsas esperanças. #

Pronto. Olhei de canto e as lágrimas de Renée já rolavam, obrigando Phil a abraçá-la e pedir calma. Era esse o mesmo discurso dos médicos, meus ouvidos já estavam completamente calejados. Nem me deixei abalar eu já me sentia derrotada e ia encarar os fatos.

# Vou pedir para Esme pegar um copo de água para a senhora. # Mamãe fez que não, mas o doutor chamou sua mulher pelo telefone pedindo a bebida. # Continuando, só que eu também não sou o médico que desiste facilmente. Se há uma chance em um milhão, eu corro atrás. #

E ele começou a contar sobre um tratamento que estava estudando e que ainda era pouquíssimo utilizado. Prestei bastante atenção e Carlisle fazia questão de explicar detalhe por detalhe, sempre se certificando de que eu estava entendendo absolutamente tudo.

No fim da consulta, eu topei fazer o tratamento. Carlisle explicou que eu não tinha nada a perder, caso o resultado fosse negativo nada de ruim aconteceria comigo. Assim nos cumprimentamos e saímos da sala, indo para a mesa de Esme marcar o retorno.

# Vocês acabaram de se mudar, estou certa? # Minha mãe perguntou para Esme.

# Sim. Carlisle, nossos filhos e eu. # Eu tinha escutado que eram cinco filhos, mas era difícil acreditar estando frente a frente com a mãe deles. Esme era nova demais e relativamente magra!

# Que ótimo! Pois bem, seu marido foi muito gentil conosco e me parece que minha filha, Bella, gostou muito de você. # Eu sorri enquanto corava levemente. # Gostaria de convidá-los para jantar em minha casa esse final de semana, o que acha?! #

Esme abriu um sorriso maravilhoso capaz de iluminar toda aquela sala. Não precisou nem responder diante de tal ato de felicidade.

Depois disso rumamos para casa. Fiquei a observar toda a paisagem do caminho, enquanto Renée comentava o quão simpático o casal tinha parecido, Phil apenas concordava.

Eu ainda pensava no tratamento quando paramos em frente ao supermercado mais próximo de casa. Renée, prevenida como sempre, já queria comprar todos os preparativos para o jantar do dia seguinte.

Saí do carro e a acompanhei, Phil permaneceu dentro do automóvel procurando alguma vaga para estacionar. Aquele lugar, para variar, sempre lotado.

Minha visão estava um pouco embaçada, então mamãe sempre me ajudava a me locomover por aqueles corredores estreitos e lotados. Não foi difícil encontrar tudo o que precisávamos, logo já tínhamos o salmão e todos os temperos possíveis em mãos.

Depois de uma longa fila e um percurso curto de volta para casa, tomei meu banho e deitei na cama esperando o sono aparecer.

Não queria que o dia de amanhã chegasse, mas era inevitável. Bella Swan não é do tipo de pessoa que se dá bem com todos, ainda mais em jantares familiares com pessoas que você acabou de descobrir quem são.

...

Observava atentamente Renée fazendo a trança embutida em meu cabelo. Não estava com muita vontade de ter meus cabelos caindo na comida durante o jantar. Phil acabou me fazendo uma baita surpresa, deixando um vestido florido em cima da minha cama.

Ele sabia que eu não era muito fã de vestidos, mas no seu bilhete dizia que este combinaria perfeitamente com meu par preferido de All star. E não é que ele estava certo?! Até Renée aprovou a combinação.

Quando terminei de me arrumar já passavam das oito horas. Logo, logo a família Cullen estaria no andar debaixo degustando do delicioso salmão, especialidade da mamãe em conjunto com Phil.

Desci as escadas e nesse mesmo momento a campainha tocou. Ouvi Phil gritar diretamente da cozinha para que eu abrisse. Ótimo, melhor que isso impossível. Caminhei a passos curtos até a porta principal de madeira, parei em sua frente e espiei pelo buraco mágico. Todos estavam ali!

Respirei fundo e abri a porta. Lá estavam todos os Cullens, mais elegantes do que o jantar pedia. Carlisle estava impecável de mãos dadas com Esme. Olhei para todos os seus filhos, parando em um que chamou minha atenção.

Ele não era nem alto nem baixo, digamos que na medida. Os cabelos cor de mel caindo com o mínimo de sutileza possível em seu rosto davam-lhe um ar de rebeldia. Sua pele pálida assim como o do pai me dava uma louca vontade de tocá-lo, percorrer todo aquele corpo por de baixo de sua elegante roupa.

# Isabella? #

# Bella, por favor. # Corrigi Carlisle saindo rapidamente do meu transe.

# Ah, ok, Bella. Estes são meus filhos, Emmett, Jasper, Rosalie, Alice e Edward. # Disse apontando um por um.

Edward... Então era esse seu nome...

...

n/b:

Olá! Uau, não esperava esse número de reviews logo no prólogo, juro, fiquei muito feliz. De verdade mesmo! A fic era pra demorar mais um pouco a estreia, confesso, mas eu senti certo apoio do pessoal nas reviews e tenho certeza que será ótimo dividir essa história com vcs! *-*

Agora, sobre esse capítulo, percebam que é no passado, certo? Vou mudar os tempos ao longo dos capítulos, mas pode deixar que tudo estará bem explicadinho (espero kkk).

E entendam tbm, que terá sim EdwardxBella nessa fic, como eu já deixei avisado na sinopse, mas a fic É Team Jacob. Preciso que compreendam q é para o bem da fic tudo o que eu farei kkkkk.

É isso *-*!

Espero que gostem e que continuem acompanhando!

Um beijo e uma boa semana (: