Love Sucks escrita por Mandy-Jam


Capítulo 5
5 - Um autógrafo, por favor


Notas iniciais do capítulo

Sim... Vocês querem pular no meu pescoço e me enforcar, não é?

Eu sinto muito MESMO por não ter postado mais de "Love Sucks"!
Mil desculpas, gente.

Aqui está o novo capítulo, e podem deixar que eu prometo que não vou demorar tanto para postar o próximo, ok?

Boa leitura!



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“Tem certeza que vai ficar bem?” Perguntou John olhando para ela.

Taylor assentiu com a cabeça e sorriu um tanto tímida.

“Obrigada por se importar.” Disse ela sorrindo. “Eu vou ficar bem mesmo. É só uma carência de potássio.”

“Mesmo?” Insistiu John. “É sério. Eu não tenho mais nada para fazer, por isso se você quiser que eu fique...”

“Não precisa mesmo. EU já te dei trabalho demais. Pode ir.” Falou ela. John sorriu um pouco, deu um beijo na testa da Taylor e foi para a porta do quarto.

“Acho que a sua mãe vai aparecer daqui a pouco. Ela tinha ido para casa pegar alguma coisa.” Comentou ele vestindo um casaco. “Vou avisar para as enfermeiras que eu estou indo, ok?”

“Tchau, John.” Sorriu Taylor sem graça. Ele acenou para ela e fechou a porta do quarto.

John foi até um balcão quadrado onde algumas enfermeiras conversavam. Assim que elas o viram se aproximar, pararam de conversar e olharam para ele.

“Ahm... Eu estou indo. Só queria avisar que a Taylor está sozinha, certo?” Disse ele sem graça por elas olharem para ele com tanta atenção.

“Ah, sim. Tudo bem.” Assentiu uma delas. “Você é mesmo um doce. Ficam tão bonitinhos juntos.”

“Nós não...” O rosto de John ficou um pouco vermelho, mas ele abriu um sorriso torto. “Estamos juntos. Desculpe.”

“Ah, eu acho que estão.” Insistiu ela. “Ou pelo menos deveriam. Formam um casal bem fofo.”

“É... Obrigado, eu acho.” Disse ele sem jeito.

“Você... Desculpe, mas você pode me dar um autógrafo? É que a minha filha ama você.” Disse uma das enfermeiras, que parecia ter uns 30 e poucos anos.

“Mas é claro. Tem caneta ou lápis?” Perguntou ele.

A enfermeira assentiu, e colocou no balcão um pedaço de papel. Logo depois deu-lhe uma caneta preta. John sorriu, e olhou para o papel. Ele assinou “John Mayer” e depois olhou para a enfermeira novamente.

“Qual é o nome da sua filha mesmo?” Perguntou ele.

“Sabrina Elder.” Respondeu ela com um sorriso.

“Sabrina...” Murmurou ele enquanto escrevia. Assim que escreveu o último nome, deslizou o papel para a enfermeira pelo balcão. “Pronto. Sabrina Elder. Espero que ela goste, e...”

John foi interrompido por um tipo de sinal. As enfermeiras olharam para o computador de monitoramento do balcão e franziram o cenho.

“Preciso de ajuda aqui!’ Exclamou Treze de dentro do quarto. John se virou rapidamente, e surpreso.

“O que? O que aconteceu?” Perguntou ele ainda olhando preocupado para a porta do quarto de Taylor.

“É melhor esperar aqui.” Disse a enfermeira que pedira um autógrafo. Ela se levantou junto com a outra e juntas correram para o quarto de Taylor.

John não ia esperar. Ele sentiu seu peito se apertar. A preocupação tomou conta dele, e cada músculo do seu corpo ficou tenso. O que tinha acontecido com a Taylor?!

Ele saiu correndo em direção ao quarto minutos depois das enfermeiras. Assim que abriu a porta, viu o que estava acontecendo.

Ele não entendia nada de medicina, mas podia ver o que estava acontecendo.

Taylor tentava respirar, sem sucesso nenhum, enquanto a médica da equipe do House pedia auxílio das enfermeiras para pegarem alguns objetos.

“Vamos tentar entubar!” Exclamou Treze. Nesse momento, Taylor apagou. Treze ficou preocupada ao ver aquilo.

“Taylor!” Exclamou John querendo correr em direção a cama, mas seus pés pareciam chumbo prendendo-o ao chão.

“Saia do quarto!” Ordenou Treze olhando para ele por uma fração de segundos. Seus olhos voltaram novamente para Taylor, enquanto suas mãos procuravam freneticamente um dos tubos para poder iniciar o procedimento.

Assim que ela os achou, tentou realizar o procedimento, viu que não seria possível. A traquéia estava fechada demais.

“Traqueotomia!” Alertou Treze para que as enfermeiras pegassem os instrumentos. Assim que a médica pegou o bisturi, lançou um olhar rápido para John.

O rosto dele estava pálido, e parecia que ele ia desmaiar a qualquer momento.

“Tirem ele daqui. Rápido!” Disse Treze voltando ao trabalho.

“Vamos...” Disse uma das enfermeiras tirando John da sala. Assim que Treze encostou o bisturi no pescoço de Taylor para fazer uma incisão vertical, as portas da sala se fecharam e John não viu mais nada.

“Contaras country não gostam de banana.” Disse House como se aquilo fosse algo normal. Wilson franziu o cenho e olhou para ele. “Opa. Acho que isso teve um leve duplo sentido, não?”

“Ela tem carência de potássio?” Perguntou Wilson olhando para os papéis em sua mesa.

House estava deitado no sofá da sala de Wilson, e jogava uma bola vermelha para o teto como forma de diversão. O oncologista continuava tentando ler as fichas de seus pacientes, mas era sempre interrompido por House.

“Sim. Diagnóstico fácil. Chato.” Respondeu House com quatro palavras que resumiam tudo para ele. O médico fez uma careta para o teto e soltou um suspiro entediado. “Será que ninguém pode estar prestes a morrer de um jeito interessante?”

“Estar prestes a morrer nunca é interessante.” Comentou Wilson virando uma página.

“É quando não sabemos como você vai morrer. Ou se for raro e bizarro.” Comentou House de volta. Ele lançou a bola para o teto mais uma vez e a pegou. “Por que ninguém gosta do raro e do bizarro?”

“Nossa, eu não sei. Para mim faz todo o sentido que as pessoas queiram morrer de um jeito estranho e bizarro.” Murmurou Wilson em sarcasmo.

“Tsc. Você está com inveja que os meus pacientes são especiais e os seus não.” Disse House com um sorriso. “Ah, Wilson. Não fique magoado.”

“Meus pacientes não são todos iguais.” Falou ele finalmente levantando os olhos da ficha para o House.

“Todos vão morrer de câncer. Sinto muito.” Disse ele sem ligar.

“Nem todos eles vão morrer.” Portestou Wilson.

“90% deles vão morrer.” Disse House. “Esses já não interessam. Já os outros 10%... Talvez tenham uma possibilidade de parar na minha sala.”

“House, as pessoas não são jogos para você. Elas não foram feitas para terem doenças estranhas, só para viraram quebra-cabeças para você se divertir.” Disse Wilson olhando para House. “Nem todos os casos vão ser raros.”

“Por que não?” Perguntou House como se fosse uma criança desapontada.

“Por que é por isso que esses casos são chamados de raros.” Respondeu Wilson. “Ela melhorou. Carência de potássio tem cura. Deveria estar feliz por isso, e não desapontado por ter uma solução simples para um problema.”

“Médicos idiotas ficam felizes por acharem respostas que até um macaco acharia.” Respondeu House. “Mas achar uma resposta quase impossível é que é interessante.”

“Achar uma resposta já é interessante por si só.” Rebateu Wilson. “O bem estar do paciente deveria vir, pela lógica, antes da sua diversão. Mas nós dois sabemos que isso nunca vai mudar. Não sei nem porque eu ainda tento mudar a sua mente.”

House voltou a jogar a bola para o teto, e Wilson voltou a ler. Alguns minutos depois, o silêncio foi quebrado.

“Sabe porque o raro é interessante?” Perguntou House.

Wilson colocou a mão sobre a testa. Ele teria dor de cabeça mais tarde se continuasse aquela conversa com o House.

“Não. Por que?” Perguntou ele.

“Porque você não acha o raro todo dia.” Respondeu House olhando com atenção a bola vermelha em suas mãos. “Porque eu posso achar milhos de gente gripada pela rua e solucionar o problema delas, mas solucionar um problema quando você não entende nem mesmo qual é o problema... That’s cool.”

House sorriu torto. Ele sabia que ele era um em um milhão. Um gênio. Ninguém nunca resolveria mistérios como ele resolve.

“Não. Porque achar a resposta para problemas assim fazem você parecer Deus.” Corrigiu Wilson revirando os olhos. “Por que está pensando tanto nisso? Não acha que é carência de potássio?”

“É carência de potássio.” Confirmou House. “A ligação bioquímica entre os neurônios estava sendo afetada pela falta de potássio. Assim que ela recuperar essa carência, os reflexos vão voltar ao normal. E... Pronto. Tudo resolvido.”

“Legal.” Comentou Wilson.

Boring.” Falou House suspirando. “Taylor Swift. Ela é sem graça até quando fica doente.”

“Espera...” Wilson parou e olhou para House. O oncologista reprimiu um riso. “Você estava querendo que ela ficasse mais tempo aqui. É por isso que está desapontado. Não porque solucionou mais um caso, e sim porque ela vai embora.”

“Claro. Até porque...” House fingiu estar chorando. “Eu odeio quando as pessoas me deixam.”

Wilson revirou os olhos. Não importava o que acontecia, House sempre usava sarcasmo para disfarçar o que sentia. Ele nunca saberia o que se passava na mente dele.

“Ótimo. Diga o que quiser. Eu ainda acho que tem alguma coisa por trás disso.” Disse Wilson duvidoso.

“Acho que vou escrever uma música sobre isso.” Brincou House.

“É. Vai sim.” Murmurou Wilson. “Deve estar torcendo para que ela passe mal novamente só para poder cuidar dela. Diga a verdade... Você ouve ‘Love Story’ o tempo todo, não é?”

“Torcendo para que ela fique mal... Até parece.” Resmungou House. “Você não vê o que ela é?”

“Vindo de você... Uhm...” Wilson tentou imaginar o que o House achava dela. “Um ícone hipócrita?”

“Um ícone teen hipócrita que usa historinhas inventadas para fazer músicas românticas e fazer parecer que elas realmente podem acontecer.” Corrigiu House.

“Você tem problemas.” Falou Wilson olhando para ele.

“Desculpe. Eu tinha esquecido que você ainda esperava o seu príncipe encantado aparecer em um cavalo branco.” Zombou House tentando não rir.

“Claro. Você partiu o meu coração agora.” Comentou Wilson em sarcasmo. “É por isso que odeia ela, não é? Porque ela fala abertamente sobre o amor, enquanto você finge que ele não existe.”

“Amor é para fracos.” Disse House voltando a jogar a bola no teto. “Love Sucks.”

Wilson revirou os olhos, e voltou a ler. Assim que seus olhos encontraram as primeiras palavras da ficha, a porta de sua sala abriu. Treze estava ofegante, como se tivesse acabado de corre bastante até chegar lá.

Ela ajeitou o cabelo que estava caindo sobre seu olho atrás da orelha e olhou para o House.

“Temos problemas. Acabei de fazer uma traqueotomia.” Contou ela respirando pesadamente. “Não é carência de potássio.”

“Não é carência de potássio.”

Wilson ergueu os olhos para Treze e depois para House. O médico parou de jogar a bola no teto e sentou-se no sofá, olhando fixamente para Treze. Seu rosto era indecifrável, mas Wilson sabia que ele estava trabalhando com sua mente á mil por hora.

Well... That’s fun.” Disse ele em um murmurro.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?

Sinto muito de novo pela demora.

Espero pelo review de vocês, e espero mesmo que me desculpem pelo atraso!

Beijos!