Rock Model escrita por lua_gaga


Capítulo 4
Capítulo 4 - Primeiros Contatos


Notas iniciais do capítulo

Gente, nesse ela conhece o Eddie e o drma ameio que acaba, sabe? haha. Boa leitura!



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"Sentirei saudades. E você sabe que, onde quer que eu esteja, eu vou estar cuidando de você. Pra sempre." 

Repeti pra mim mais uma vez as palavras da minha mãe. Era só assim que conseguiria ter forças para ir adiante. Como que a vida de uma pessoa pode mudar tanto em tão pouco tempo? Por que isso foi acontecer logo comigo, meu Deus? Eu era feliz até um mês atrás... Aliás, era pra eu estar feliz agora também, era pra eu estar no Havaíi com minha família nesse momento. E não, estou aqui, nesse maldito avião, indo conhecer minha família nova.

Escorei minha cabeça na janela do avião. Lembrando do ultimo adeus que dei a minha irmãzinha e ao meu pai-padrasto. Lágrimas rolavam por nossos rostos. Dos três, por inúmeras razões, por inúmeros significados presentes naquele simples acenar de mãos. Quem eu queria enganar? Eu nunca mais iria ver Charlie e Nessie. Carlisle nunca permitiria. Chorei quando vi a pequena mãozinha de Nessie murchar ao lado do corpo quando o carro que me levaria ao aeroporto começou a mexer e ela abraçar forte Charlie, que parecia querer achar apoio nela.

Me afundei no banco, agora do avião, colocando o cinto de segurança e enterrando fortemente as mãos no rosto. Eu soluçava.  Eu perdi tudo. Perdi minha mãe, perdi meu pai e a minha irmã. Tudo em um mês! Como eu sentiria falta deles. Eu odiava ser menor de idade. Odiava. Com todas as forças existentes em meu corpo.  Se eu fosse maior de idade, se eu tivesse dezoito e não catorze, a morte de minha mãe não teria causado aquele processo. E aquele processo não teria causado minha mudança.

Suspirei, tentando conter minhas lágrimas, o passageiro do banco ao lado do meu estava ficando preocupado, Carlisle não pode ficar no meu lado, infelizmente. Com ele do meu lado poderia me distrair... Segurei firme o pingente de minha mãe. Ela havia dito pra eu não ter medo, pra eu acreditar, que tudo na vida tinha um porquê. Tinha dito que Carlisle me amava, sem nem ao menos me conhecer. Disse que não era culpa dele.

Disse até que eu me surpreenderia com a semelhança e me surpreendi...

Eu não sei o que eu vou fazer e até onde eu vou confiar cegamente em minha mãe. Eu só sei que teria que ir rumo ao desconhecido através do vôo que ia pra Nova Yorque, e Nova Yorque pra  Seattle e de Seattle, pra Forks.

E aquela viagem parecia não ter fim! Minha vida estava um caos, aos cacos... Eu teria de me reerguer, teria. Ao que tudo indica minha família de lá é um doce e vão me aceitar bem. Eu sinto que é assim, mas a insegurança é normal não é? Suspirei.

Eu não sabia o que fazer, daqui a dez horas estaria em casa, ou no que eu viria a chamar de casa... E não sabia como agir... Eles fariam uma festa surpresa, Carlisle tinha entregado.  Chegaríamos umas dez da noite contando com fuso horário e viagem de avião e carro... Nos buscariam no aeroporto de Seattle. Ninguém disse quem buscaria... Talvez fosse o meu meio-irmão, ou a minha madrasta...Ou algum outro parente, não sabia...

“Com licença, senhor” disse Carlisle educado “Você poderia trocar de lugar comigo? Gostaria de sentar ao lado da minha filha.”

O cara me olhou e consentiu imediatamente. Vai ver achou que eu estava daquele jeito por causa da distancia entre nós. Tive que rir com aquilo. Que idade ele achava que eu tinha? Cinco?

“Troquei de lugar, viu?” riu ele “Foi fácil”

Eu ri. “Parabéns, você é um homem de sorte” disse, zoando.

“Muito engraçada.” Riu.

“Mas então,” comecei “Quem vai nos buscar?”

“Eu acho que Marius...” disse, pensativo “Esme morre de medo de dirigir de noite... Talvez ela faça Emmett ir, mas como ele quer fazer a esta surpresa duvido muito que vá.”

Eu sorri “Marius é parente?”

“Mordomo...Na verdade ele é um faz tudo, mas é basicamente, mordomo” eu ri.

“Posso te perguntar uma coisa?” Disse, depois de um silencio incomodo.

“Tudo o que quiser...” sorriu.

“Você não sabia que eu existia por quê?” perguntei, temerosa.

“Eu achava que era estéril, Bella” disse triste “As probabilidade de eu engravidar alguém eram quase nulas...”

“Ah.” Disse meio chocada. Ele foi privado de ter filhos e minha mãe esconde a única? “E por que mamãe e você se separaram?”

“Sua avó.” Respondeu, amargo “Ela me detestava! Achava que eu não tinha futuro.”

“Sinto muito.”respondi, triste “Nunca a conheci.

“Você não perde nada, ela correu sua mãe de casa...” disse, calando-se do nada  “Não vamos falar de assunto ruins agora.” Disse, voltando a sorrir angelicamente. “Nervosa?”

“Bastante!” ri.

“Não fique, vai dar tudo certo.” Me abraçou pelos ombros “Eles estão nervosos com sua ida também. Mas um nervoso bom.” Ele riu.

Eu não tinha o que me preocupar, era um nervoso bom. Ri disso, ele era um amor.

Me deitei em seu ombro e dormi profundamente. Um sono sem sonhos, até Seattle.

*

“Vamos, Bella” riu, Carlisle me apurando “Esme veio até aqui nos buscar.”

Eu ri. Ele estava radiante porque a mulher tinha vindo nos buscar e aqui estava um frio terrível! Minha jaqueta parava um pouco, mas parecia que eu, ainda assim, ia congelar. Eu ainda, pra completar, pra onde eu estava indo era ainda pior! Jesus, por que privou esse lado da América de calor? Por que, Deus?

Credo, Bella!

Eu sabia que isso tudo era porque ia conhecer Esme e o resto,  afinal, Emmett estava fazendo uma festa surpresa pra mim...Quantas pessoas ele convidaria? Será que teria alguém da minha idade? Será que iam gostar de mim?

Perguntas, perguntas, perguntas!

Será que elas podiam deixar de me atormentar? Não, claro que não! Preferia elas as lembranças do acidente...

“Aiii” suspirei, pesadamente. Cansada da viagem e da minha vida.

“Meu amor” disse Carlisle “Ela vai amar você.”

Sorri, ele tinha entendido mal...Ou bem...Ai, não sei.

“Ali!” disse, apontando pra uma mulher alta de cabelos ruivos. “Essa dali é a Esme.”

Ela era, sem duvidas, linda. Seus cabelos vinham até a altura dos ombros em cascatas ruivas bem cuidadas. Era palpável sua sofisticação, não só presente nas roupas, mas em cada célula do corpo magro. Ela sorriu angelicalmente quando nos viu, aumentando ainda mais seu sorriso quando nosso olhar se cruzou.   Ela riu quando eu baixei os olhos, envergonhada, e veio até nós andando sobre os saltos altos, quase cobertos pelo sobretudo.

“Meu Deus, Carlisle!” ela disse, radiante, lhe dando um selinho. Ta, ele era meu pai e aquilo era mesmo estranho. Contive uma careta. “Ela é ainda mais bonita pessoalmente.”

Ele riu “Claro, é minha filha.”

Revirei os olhos e gargalhei na companhia deles. “Prazer” disse lhe estendendo, educadamente a mão. Ela ignorou minha mão e me puxou pra um caloroso abraço, um abraço estranhamente materno e sincero.

“Prazer, meu amor, bem vinda à família!” sorriu. “Ahh” disse entregando-me um outro casaco que carregava. Era um sobretudo bege acinturado, dela provavelmente “Achei que sentiria frio.”

“Muito obrigada” disse, suspirando de alívio.  Ela sorriu.

“Sempre que precisar. Vamos, gente? Aqui está frio.” Disse abraçando os próprios braços.

Então Carlisle pegou minhas bagagens, por causa da tipóia e levou todas para o carro. Era até bom estar com um braço incapaz... Assim eu não tinha que carregar nada.

*

O caminho pra minha nova casa foi tranqüilo, boa parte dele eu passei falando e rindo das coisas que eles comentavam de Emmett, que era um verdadeiro palhaço. Falavam-me dos amigos dele, da banda que ele tinha, dos amigos da família, dos colegas de trabalho de Carlisle e Esme, de meus parentes paternos (que não eram muitos), falavam de como a cidade era fofoqueira por ser pequena...Nossa! Eles me falaram tantas coisas!

“E depois disso, ele enfiou o porquinho da índia dela dentro do vaso sanitário” riu Carlisle, contando mais uma atrocidade do Emmett.

“Você não imagina como a Alice ficou furiosa!” riu Esme “Ela não esqueceu disso desde então, e olha que isso já faz uns seis anos...”

Eu gargalhei. Meu irmão era um idiota.  “Alice, irmã de Edward. Filhos dos Masen, certo?”

“Isso.” Concordou Esme. Eu estava tentando me prender a nomes, mas eu era tão ruim pra gravá-los...

“Já estamos chegando!” Comentou Esme, animada, quando passamos pela placa de “Welcome to Forks”

Sorri pra ela. Eu estava tão preocupada, que esse sorriso saiu triste.

“Oh, meu bem” disse, me acariciando a bochecha “Eles vão amar você! Eu garanto.”

Sorri um pouco mais educada pra ela...Talvez fosse verdade, eles eram minha família, deveria me acostumar com isso, seria burrice chorar por meus familiares do Brasil... Eles me fariam muita falta, mas eu precisava seguir em frente. Tinha que ser forte e decidida. Sempre fui assim...Ta, não, eu não era assim, mas ninguém precisa saber, não é?

As ruas daqui mostravam a beleza do desenvolvimento mesmo em uma coisa tão pequena. Uma cidade pequena.

Eu já tinha ido a Grécia com minha mãe, assim como em quase toda a Itália, Europa e derivados... Era muito perfeito por lá, mas aqui...Aqui tinha um ar aconchegante, um aconchego de frio. Porque aqui era inverno, um rigoroso inverno. A chuvinha fina e o céu nublado eram só charme, era ótimo sair do calor do Rio de janeiro, sério...

Minha mãe odiaria morar aqui...

Droga! Uma frase e eu lembro dela, será que eu não podia tentar esquecer um pouco? Iria me fazer bem. Sabe? Uma coisa a menos pra eu me preocupar...

Suspirei frustrada quando Carlisle parou em frente a uma casa gigantesca.

“Uau” comentei “Vocês sabem mesmo como viver por aqui.”

‘Casa’ Bella: http://www.miami-housesforsale.com/miami-houses-for-sale-img/miami_houses_for_sale_11.jpg

Eles riram “Você só diz isso porque não viu o jardim! Você vai amar ainda mais, é o meu lugar favorito da casa.”

“Vou amar conhecer, Esme.” Sorri.

“Vamos?” Perguntou Carlisle, abrindo minha porta.

“Preparada?” Perguntou Esme, sorridente.

Eu ri. “Vamos, mas eu não me sinto preparada.”

“Bobagem.” Riu Carlisle “Vamos, filha.”

Saí de lá, cautelosa e amedrontada... Estariam lá, várias pessoas (talvez) pra me desejar boas-vindas.   Olhei minha roupa. Ela estava bem diferente da de Esme, ela era...Normal? Não, ela era brega, talvez... Não, ela não era.  Ela era simples. Isso.  Uma calça jeans, blusão bege colado ao corpo, botas sem salto e o casaco bege que Esme havia me emprestado.

Respirei fundo e andei corajosamente até eles, sendo carregada pela cintura por Esme e Carlisle. Eu estava no meio deles, parecíamos uma família feliz. Ri disso, eu me sentia uma criança de sete anos de idade. 

Revirei os olhos com minha constatação.

Fomos vagarosamente pra dentro de casa, e Carlisle abriu a porta com lentidão desnecessária.  Então, ali, na minha frente. Um brutamontes de umas três toneladas de músculos caiu e começou a gritar com um garoto de cabelos espetados, cor de bronze.

“Seu imbecil!” disse, bravo, enquanto o outro rolava de rir “Era pra você continuar me segurando!”

“Não tenho culpa se você é pesado!” reclamou, ainda rindo.

“Hã...Surpresa?” perguntou uma baixinha, me notando.

Todos eles pararam e me encaram, frustrados.  O brutamontes parecia que ia chorar a qualquer minuto. 

“Com certeza ela está surpresa.” Comentou rindo, um garoto de cabelos loiros.

“Oh, droga!” reclamou o brutamontes “Agora eu pareço um idiota na frente da minha irmãzinha.”

“Você não parece, Emmett, você é!” disse uma loira “Cumprimente-a!”

Carlisle e Esme começaram a rir da cara de tacho que ele ficou. E eu? Bom, eu fiquei maravilhada com a tentativa deles.  Emmett parecia ser um doce e todos eles pareceram agradáveis.

“Er...Oi?” tentei, vendo a carinha triste de Emmett. “Prazer, eu sou Isabella Swan Cullen!” disse lhe estendendo a mão, educadamente.

Ele voltou a si e me sorriu largamente, mostrando quase todos os seus dentes brancos. Ele, como sua mãe, ignorou minha mão completamente me dando um abraço de urso suuuuper apertado! Jesus, se ele fizesse isso com freqüência teria problemas respiratórios.   

“Solte já a garota, Emmett!” brigou carlisle “Você vai matá-la asfixiada!”

Ele riu e me soltou. “Prazer! Sou Emmett.”

“O prazer é meu.” Ele sorriu pra mim de novo, me pegou pela cintura e começou a me guiar por ali

“Bom, como você sabe, maninha, eu sou seu irmão mais velho e irei cuidar de você.” Disse, ressaltando o ‘maninha’, como um pedido pra me chamar assim.

“Certo.” Sorri, meio constrangida.

“Então,” continuou “Eu vou te apresentar as pessoas boas daqui e vou ensinar todas as que você tem que ignorar, ok?”

Eu ri. “Ok.”

“Deixa disso, seu idiota” reclamou a loira “Prazer, eu sou Tanya, Bem-vinda a Forks, Bella!” disse, me abraçando apertado.

“Prazer!” sorri. “Muito obrigada, Tanya.”

Ela sorriu e se afastou, dando lugar a uma pequena garotinha. Muito fofinha e engraçadinha, bem bonitinha...Tão ‘inha’. “Oi, Bella” ela disse, animada “Eu sou a Alice.”

“Oi.” Disse, meio sem graça. Ela sorriu.

“Nós ficaremos na mesma sala de aula, Bella!” ela sorriu, maravilhada “Será ótimo porque assim poderemos passar mais tempo juntas e...”

“Ta, ta” cortou Emmett “Chega, anã de jardim. Tem que ter um pouco de Bella pra todos. “

Ela revirou os olhos e ele seguiu: “Esse ali” disse apontando pro loiro vestido como um...mendigo?

Não. Com certeza, não. Nem os mendigos se vestem tão mal. “É o Jasper”

Oh, Deus! Espero não ter feito cara de nojo.

Mas que eu posso fazer? Ele estava vestido com uma camiseta preta do Nirvana, jaqueta de couro preta, repleta de argolas matálicas e rasgos verticais, formando tiras no seu peito. Uma calça jeans – ou o que deveria ser uma – toda rasgadas nos joelhos, coxas e bainha esfolada.  E pra completar: botas cano longo, mas não era uma bota qualquer, era a que eu mais odiava no mundo! Um coturno. Com uma corrente do lado esquerdo, casualmente posta ali.

“Prazer?” Disse, educada, ignorando o quanto eu o analisei. Ele sorriu.

“Todas tem a mesma reação.” Riu “E aí, Bella. Bem-vinda.”

“Obrigada.” Respondi, sem graça, por ter sido pega.

Eles gargalharam.

“Bom, já que as apresentações acabaram, vou mostrar pra você o resto da casa.” Continuou Emmett, ignorando o do cabelo de bronze.

“Muito engraçado, Emmett.” Reclamou ele.

“Será que eu ouvi um zumbido?” disse, pensativo “Você também ouviu, Bellinha?”

“Me deixa fora disso” ri.

“Ok, você quem sabe.” Riu malicioso o de cabelos de cobre.

Ele veio até mim e ‘roubou-me’ de Emmett. Ele me abraçou fortemente, me prendendo a ele e me deu um longo e demorado beijo na bochecha me deixando super constrangida e corada. “Prazer, Bella” disse, ele sussurrando em meu ouvido, ainda abraçado a mim “Sou Edward Masen”

Emmett rosnou. “Regrinhas, lembra-se?”

Olhei desconfiada pro Emmett e ele bufou, me puxando “Não pergunte, vai entender quando souber da fama desses dois aí. São umas das pessoas que você tem que ignorar, ok?”

Eu ri.

Eu não iria fazer nada pra ignorá-los, não... Edward era...Bonito e simpático, assim como Jasper. Só que de formas diferentes.

“Eu vou levar você pro seu quarto, Bella” disse ele, pegando minhas malas que estavam na porta, animado “Eu e Esme fizemos tudo sozinhos. Eu ajudei em cada detalhe!” disse, sorrindo animado e orgulhoso.

“Oh, que meigo” zoou Jasper. “Que maninho cuidadoso esse”

Emmett ignorou.

“Ele vai ter é um baita trabalhão pra cuidar da garota” riu Edward “Vai precisar de todos nós e mais alguns.”

Emmett ignorou.

“Espera só até Michael ver o material” riu Alice.

“Dá, pra, por favor, parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui?” supliquei. Eles riram.

“Era só a verdade, gatinha” riu Tanya “Mas todos cuidaremos de você, não se preocupe.”

“Acho que serei superprotegida.” Ri, já no fim da escada.

“Antes você do que eu!” gritou ao que parecia Alice. Arrancando gargalhadas de todos, por causa de alguma história passada, provavelmente.

Quarto Bella:  http://www.channel4.com/4homes/images/mb/Channel4/4homes/design-and-style/design-by-space/bedroom/colourful-bedrooms-gallery/4-Camengo-Bedroom-Design-lg--gt_full_width_landscape.jpg

Emmett abriu a porta, lentamente, fazendo suspense. Ignorei sua tentativa e a empurrei com força, batendo com o meu braço que estava com a tipóia.

“Ai, droga!” reclamei quando a dor me achou.

“Bem-feito” riu Emmett “Quem mandou ser impaciente?”

Eu ri, ainda sentindo um pouco de dor.

Piscina: http://dfweliteautorental.com/blog/wp-content/uploads/2008/05/hearst-mansion-neptune-pool-image.jpg

O quarto era perfeito. Sim, não tinha o que tirar nem o que por. Ele era perfeito assim. Fui até a enorme janela dali,  ela dava pra piscina. Uma enorme piscina. Se não estivesse tão frio eu adoraria ir até lá. Se eu estivesse no Rio de janeiro isso seria fáci...

É, se eu estivesse, mas eu não estou. Então entenda isso, Isabella, ponha isso na sua cabeça. Não pode ser tão difícil!

Eu acho que a cara que eu fiz me denunciou, porque Emmett me abraçou fortemente. “Sabe...” começou ele “Meu pai morreu há alguns anos atrás, quando eu era bem pequeno” disse, nostalgicamente “Eu achei que nunca ia superar.” Sorriu triste, nos meus cabelos “E não aceitava nenhum namorado de minha mãe, até que seu pai chegou e me subornou de tudo que foi jeito possível e impossível” rimos “Ele me conquistou, Bella. Me conquistou porque eu me deixei conquistar. Eu queria superar, sabe? Eu queria para de chorar todas as noites por ele. Por que eu sabia que ele ia me querer bem em qualquer lugar que ele estivesse.” Disse, por fim, só completando com uma pequena frase: “Sua mãe deve desejar, exatamente, o mesmo

Eu sabia que ela desejava, mas era difícil demais deixar ela ir assim. Pra sempre.

Eu só notei que estava soluçando altamente quando as lágrimas começaram a parar de vir...Quando depois de tanto chorar, comecei a sentir sono, como quando eu era pequena e ficava de castigo. Eu chorava até dormir na minha cama. Por bobagens, tenho certeza que se naquela época eu soubesse a dor que eu sinto agora, não choraria nada.

“Eu sinto muito por isso” disse, levemente constrangida.

“Ta tudo bem” ele sorriu largamente “É bom ter uma irmã mais nova, sabia? “ ele riu “Assim poderei dar sossego as garotas.”

Eu ri.  “Quando começam as minhas aulas?”

“Amanhã.” Ele revirou os olhos “Carlisle não quis perder tempo.”

Eu ri disso “Sem problemas.”

“Eu já vou avisar pra todos os garotos que qualquer malandrinho que chegar perto de você, estará ferrado com os meus músculos!”

Eu gargalhei. “Vamos, descer” ri “Estão todos lá em baixo ainda.”

*

Primeiro dia de aula

“Rexala, Bella” riu Emmett “São americanos, não leões!”

Eu revirei os olhos. Muito engraçado da parte dele fazer troça do meu estado de nervos.

Chegamos no colégio e todos – e, quando eu digo todos, são todos mesmo – viraram-se pra nos olhar. Eles abriam caminho pro Emmett, que tinha acabado de assumir uma postura superior e arrogante. Arqueei uma sobrancelha pra ele e ele deu uma risadinha baixa, colocando um dos seus enormes braços musculosos sobre mim.

“Ninguém vai tratar você mal, sabendo que anda comigo.” Riu ele “Eles sentem medo da minha persuasão e do meu bom senso. Ta ligada?” disse, gargalhando e me mostrando o punho direito e o esquerdo “Persuasão” sobrepôs do direito “Bom senso” arqueou o esquerdo.

Eu tive que rir. “Ótimo eles temerem suas qualidades, Emmett, pra alguma coisa elas tinham que servir.”

“Morri de rir” reclamou ele.

“Amiiga!” chamou Alice, juntamente com a tanya “Venha pra cá.”

Juntamo-nos a elas e elas sorriram animadíssimas!  Péssimo sinal.

“Sabe, quem se interessou muito por você, Bellinha?” perguntou Alice, no meu ouvido, enquanto Emmett estava distraído com uma garota que passava com uma micro-saía.

“Quem?” sussurrei de volta.

“Michael Newton” disse ela, como se falasse o nome de um astro de cinema.

Arqueei uma sobrancelha pra ela e ela começou a rir. “Bem se vê que você não é daqui!” riu ela.

“Michael é tipo de cara que todas as garotas querem, Bella” sorriu Tanya “Mas só as vips tem acesso.” Riu ela.

Bufei. Era por causa da Renée, eu sabia!

“Claaro!” rosnei “A filha de uma top modell é sempre vip!”

Tanya chocou-se. “Não foi isso que eu quis dizer, Bella” choramingou ela.

“Eu sei” disse ríspida. “Não é de você que eu penso assim.”

Emmett voltou a si quando Jasper e Edward chegaram. Alice tremeu levemente quando viu jasper, ela tinha medo dele. Eu ri disso.

“Vocês podem me mostrar onde fica a aula do sr...professor de biologia?” perguntei.

Eles riram. “Eu te levo!” Disse Alice, saindo dali voando.

“É feio fugir das pessoas, Alice” riu Tanya “Se um dia ele deixar de se vestir de mendigo e ficar bonito, quero só ver como você vai se sair!”

“Oh, claro!” Disse, Alice irônica “Você esqueceu de dizer pra ele nascer de novo e cortar o cabelo!”

“Ele não é um pegador?” ri do meu comentário ingênuo “Ele anda com o Emmett e com o Edward...”

“Pegador de gripe!” Resmungou Alice “Diz ele que é apaixonado por mim a dois anos!”

“Você é má, Alice!’ disse, por fim, encerrando o assunto.”Não é legal maltratar as pessoas.”

“Jasper não é uma pessoa, é um monstro!” resmungou.

“Tomara que ele nunca te escute falando isso, Alice.” Disse, chateada.

Achei que ela fosse um pouco mais agradável com as pessoas...

“Ela trata ele assim porque ele agarrou ela uma vez, quando estava bêbado!” disse Tanya “Ela é uma boa pessoa.”

Eu ri.

Nos sentamos na aula e o professor começou a falar de algumas bobagens biológicas que eu não prestei atenção. A aula estava chata e depois de quinze minutos, a porta é aberta de supetão, me fazendo pular na cadeira.

Então, uma loira super estranha entra na sala. Ela usava roupas parecidas com as do Jasper, com uma exceção: Femininas. Eu ri disso. Ela estava com uma calça jeans bordo, coturnos pretos, uma camiseta folgada e rasgada brutalmente, preta sem estampas e várias munhequeiras e coisas assim.

Alice estremeceu do meu lado e, confesso, que senti um pouco de medo quando ela me olhou mortalmente, indo sentar-se na ultima cadeira da ultima fila da sala, junto com uma morena nojenta que tinha me olhado torto quando eu entrei.

Perfeito! Olhas as inimizades que eu fui arrumar!

.

.

.

“Cadê o meu irmão?” murmurei pra mim, quando vi que o jeep enorme do meu irmão não estava no estacionamento. “Ele me deixou!”

Antes tivesse aceitado a carona das garotas. Agora elas já foram! Eu estou perdida!

Um pavor tomou conta do meu corpo. Eu estava começando a ficar nervosa, um sentimento ruim começou a tomar conta do meu corpo. Eu estava perdida, em Forks, uma cidade em uma América diferente da minha.

Comecei a respirar pesadamente e meu estomago começou a doer. Eu estava com muito medo! Ele não podia ter me deixado sozinha, assim! Não agora, não na minha situação. Eu estava contando os minutos para as lágrimas virem, elas estava querendo chegar.

Avistei a garota loira mal encarada do outro lado do estacionamento, ele me encarava. Ela e a morena nojenta! Ai, Deus! Não, não, não, não!

Elas levantaram-se e estavam caminhando na minha direção. É hoje que você vira patê, Isabella!

Virei de costas e fiquei olhando pro outro lado, esperando que elas não me parassem.

Senti uma mão no meu ombro, virando-me: “Buuu!”

Nem preciso dizer que levei um sustão, não é? Me virei e dei de cara com Edward. Ele assustou-se com a minha expressão talvez.

“Nossa” disse ele rindo “Não pensei que você ficaria tão assustado com um ’bu’ ele costuma não ter muito efeito.”

“Engraçadinho” murmurei e sorri em puro alivio “Onde está Emmett?”

“Bem...” disse, sorrindo maliciosamente “Eu acho que você não vai querer saber.”

Suspirei chateada. Como eu iria pra casa agora?

Estava pensando em uma solução e Edward pareceu notar meu desespero. Acho que ele sabia porque eu estava ali, sozinha depois da aula ter terminado a uma meia hora atrás. O caso era o que ele fazia ali depois de meia hora sem aula... Sinceramente, não queria saber.

“Quer carona?” Perguntou.

“Você é um anjo, Edward!” Ele gargalhou.

“Prefiro os diabinhos, sabia?” ele riu “São mais a minha cara.” Piscou.

Eu gargalhei. “Ui, malvado, acho que nem quero mais carona.”

Ele riu. Dei uma ultima olhada para as garotas dali por cima do meu ombro e elas tinham parado no meio caminho, conversando com uma caloura eu acho, pareciam tagarelar e falar banalidades. Nada de mais. Talvez eu tenha julgado mal...

“Bella!” chamou Edward “Seu celular está tocado.”

“Ah.” Disse, atendendo rápido. Não tinha notado que ele estava tocando “Alô?”

“Bella, meu anjo!”

“Quem tá falando?” disse com escárnio, Edward riu.

“É o Phil.” – disse super animado.

“Você não Pode tá falando sério...” rosnei “Como você me achou, seu pilantra?”

“Claro que eu estou! E não me magoe, meu bem, você sabe que eu sempre amei você.”

“Não, não amou mesmo!” irrite-me “Olha o que você quer, hein?” briguei misturando as línguas.

 “Queria saber se você não quer desfilar pra Chanel!” respondeu em inglês.

“O quê?” Choquei-me.

“É! Bom de mais pra ser verdade, né? Eles querem você disseram que você tem tanto potencial quanto sua mãe.”

“Olha, Phil, você sabe que eu não gosto disso...” tentei pular fora.

“Eu sei, mas sua mãe adorava... Ela ia gostar se você ao menos tentasse, ele fazia tanto gosto.”

“Você só fala isso pra me convencer.” Disse ríspida.

“Talvez” respondeu sinceramente “Mas eu sei bem, que ela ia amar que você seguisse seus passos.”

Dizendo isso ele desligou. Desligou na minha cara! Filho da mãe. Edward me encarou sorrindo.

“A Chanel tem roupas liindas, amiiga!” disse imitando uma garota. “Talvez seja divertido experimentar...”

Eu sorri pra ele e pra os seus lindos olhos verdes “Talvez...”

*

Plaft, plaft, plaft.

Eram os únicos sons que ecoavam pelo imenso salão do clube, surdos e altos,  na quadra de tênis. Quadra individual. Eu corria, suada, de um lado ao outro, não deixando a bola cair uma só vez.

Eu estava irritada e bati nela com força. Edward – aquele imbecil – havia ficado com Maggie. Imaginem só. Maggie! É a maior puta que tem aqui nesse fim de mundo e ele me pega logo essa! Na sua primeira vez! Ta, não sei se era a primeira vez... Pelo que eu entendi era a primeira vez depois da primeira vez... Independente disso ele podia até adquirir uma doença venéria como aids, gonorréia, sífilis, prisão de ventre. Ta, eu estou viajando! 

Distraída com os meus devaneios, acabei por levar uma bolada na cabeça. Ai, odeio minha vida!

Resmunguei irritada tocando o enorme galo em minha cabeça.  Mas que droga mesmo! Eu devirá desfilar hoje para uma grife em Seattle amanhã, espero MESMO que não fique roxo.

Nossa, lembrar que desfilaria amanhã era estranho... Estranho porque isso fazia parte de minha vida agora. Assim como Forks.  Mesmo que isso ainda seja difícil pra mim, estou sendo bem aceita, na verdade eu estava aceitando – agora, pelo menos.

Os primeiros meses haviam passado lentamente e dolorosamente pra mim. Eu estava entendendo agora, que minha mãe tinha ido pra não mais voltar. Estava recém caindo à ficha, sabe? Eu estava tendo problemas pra me adaptar no colégio também... Na verdade, eu estava tendo muitos problemas.

Não eram nada de mais, afinal. Só que, como eu havia imaginado, Edward, Jasper e irmão são os ‘pegadores’ –que termo mais idiota – do colégio. Eu sinto muito ciúme do Emmett. Quero o meu irmão só pra mim! Não gosto quando as garotas se atiram pra ele ou quando ele, acidentalmente, me põe de lado por causa de alguma garota.

Nessas horas quem me socorria era Alice ou Tanya. Elas eram minhas amigas, elas eram tão boas quanto Huilen. Só que essa, tinha começado a namorar lá em POA. Eu não conhecia o garoto, mas estávamos meio que perdendo o contato por isso. Nahuel também estava namorando, uma tal de Zafrina... Não sei quem é e não me faz falta também.

Essa distancia só me fez enxergar que Nahuel não era tão importante pra mim. Não tínhamos intimidade nenhuma.

Eu me dou muito melhor com Edward ou Jasper.  

Na verdade, eu me dou muito bem com Edward. Ele é quem me salva as vezes, quando eu fico sem ter quem me levar em casa quando meu irmão fica com alguma garotinha.  O que é bem freqüente! Edward me trás em casa todos os dias, sem se incomodar. Construímos um laço gigantesco.

Eu já tinha idade de ter um carro, mas meu pai cisma de que eu só poderei ter com dezoito como no Brasil, estou pensando seriamente em aceitar a proposta de ter uma scooter, já que eu não agüentava mais ter que ir de carona. Até porque Edward sempre ria de minha cara. Todo o dia por eu não poder dirigir, ele me trata como criança.

Eu vou quase sempre na casa dele pra fazer algum trabalho com a Alice, eles são irmãos.  E a gente acaba fazendo bagunça sempre. A dona Elizabethy, mãe de Edward, me adora! Edward e Alice vivem reclamando que ela me ama mais do que a eles.   Ela e o Sr. Masen são pessoas fantásticas.

Mas voltando aos meus problemas de relacionamentos: Eu faço parte dos populares por tabela e porque eu vivo com as garotas, mas não me entroso com algumas pessoas. Lauren, por exemplo,ela não gostava de mim e eu não gostava dela. E nós duas discutíamos direto, ela era idiota e preconceituosa. Ela, na verdade, morria de inveja de mim, porque mês que vem eu iria desfilar pela Dior.

Eu disse que era a modelo mais telefonada do mundo?

Pois é, sou. E tudo por causa da minha mãe. Ela deveria estar feliz com isso. Caso vocês não acreditem, meu psicopata pessoal era o Phil, ele nem era tão mal assim comigo. Ta certo que ele me escravizava, mas isso a gente nem comenta...   

Eu também fiquei sabendo que tenho avós maternos e paternos por aqui. Ambos me odeiam. A materna por parte da minha mãe, me odeia mais do que ao Carlisle e o paterno, me odeia mais do que odiava a Renée. Eu gosto dos dois, sabe?

Sim, é estranho, mas é como se eles fizessem isso por um motivo maior, um motivo que eu desconheço... Essas histórias todas que eu não conheço. Sinceramente não sei se quero saber, talvez eu me traumatize.

“Isabella!” chamou-me Emmett rindo “Por que você está aí atirada? Oh. Meu. Deus!” ele gargalhou “Que que é isso na sua testa? Não me diga que levou outra bolada?!”

Oh, shit. Odeio meu irmão.

1 ano e dois meses depois – Outono 2008

“Vem, vem meu amor, veeeeeeem pra miiiiiiiiim” gritava o cara do microfone, dançando exageradamente para aquela porcaria que ele cantava “Veeeeeeeeimmmmmmmmmmmmmm”

No ‘vem’, eu escutei um zumbido infernal! Parecia que ia estourar meus tímpanos. Isso era horrível...

“Hã?” Acordei ainda sonolenta. “Droga!” Disse desligando o despertador, que eu não lembrava de ter posto pra despertar.

Funguei e me virei pro outro lado, tentando voltar ao meu doce sono, mas uma risadinha abafada MUITO conhecida me despertou. Ai, que filho da mãe!

“Edward Masen!” disse, com a voz embargada de sono “Seu desgraçado! É sábado.”

Ele riu. “Ai, bella, deixa de ser folgada.”

“Me deixa!” disse me virando pro outro lado e jogando um travesseiro nele.

“Errou, errou” provocou ele, se jogando na minha cama.

“Me deixa, Edward!” rosnei, colocando um travesseiro na minha cabeça.

“Beeeeeeeeeella!” disse, ele rindo “Levanta!”

“Argh!” disse, me virando pro outro lado.

“Sabia que se eu não te conhecesse a tanto tempo eu acharia que você estivesse morta?.” Riu ele, eu bufei “Você parecia um cadáver! Nem sei se você estava respirando! Seu cabelo parecia um capacete na sua cabeça!” gargalhou “Eu ri tanto da sua baba escorrendo que eu tremi demais pra por o despertador pra tocar e...”

“JÁ ENTENDI!” gritei, me sentando.”Que você quer?”

“Correr!” sorriu largamente.

“Ah, fala sério.” Reclamei “É o Emmett seu companheiro de corridas, não eu.”

“Eu sei, mas ele está de ressaca e me bateu quando eu fui acordá-lo.”

Eu ri “Bem feito!” e me atirei na cama de novo. Ele rolou e ficou me esmagando, estirado feito um defunto em cima de mim.

“Que horas são?” perguntei, sonolenta e completamente perdida.

“Sete!” ele riu “Acordar cedo é saudável!”

Eu só bufei, ele sabia que já tinha ganho, nem reclamou só me puxou e me enfiou no banheiro.

“Sabia que você ronca, Bella?” gritou ele do meu closed.

“Edward, sabe aquele lugar que o sol não bate?” gritei irônica.

Ele gargalhou “Estou escolhendo uma roupa pra você, ok?”

Eu ri, enquanto tomava uma ducha rápida e escovava os dentes.

“Você sabe que eu não vou usá-la, né?”

Ele riu.

Saí do banheiro enrolada na toalha, não tinha vergonha de Edward, éramos amigos demais, não existia tensão sexual ali. E eu nem sabia o que era tensão sexual ainda.

Peguei a roupa que ele viu pra mim e vesti, dessa vez ele tinha escolhido bem. Legging preta, uma regata branca e tênis. Simples e básico. Da ultima vez ele tinha visto um short rosa e uma blusa verde e queria que eu os botasse juntos. Nem separados eu ponho, imagina junto?

Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e desci, sendo carregada por Edward. Ele estava reclamando que eu demorava muito, que já tinha perdido meia hora de corrida.. Ai, que chato.

“Eu não posso sair desarrumada!” ele riu.

“Só por que seu inferno pessoal te fotografa todas as vezes que você sai de casa?”

Eu ri. “Também! Mas sabe aquele in e out das revistas?” ele assentiu “Eu gosto só do in pra mim.”

Ele gargalhou. Saímos pelo portão e eu tive vontade de matar o paparazzi que estava ali, mas limite-me a sorrir. Agora eu entendo minha mãe, mas é bem feito! Que mandou eu ir nas pilhas do Phil?

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Nem preciso dizer que cheguei morta em casa, né? Quando viramos a esquina da minha quadra, apurei o passo e me fingi de maratonista pro fotógrafo que ficava de tocaia na minha porta. Edward riu do meu lado quando me viu assumir aquela pose toda.

“Deixa eu adivinhar: quando você chegar em casa, vai pedir pra eu te carregar, certo?”

Eu ri. “É o mínimo que você pode fazer depois de eu ter corrido quase dez quilômetros com você!”

“Nem foram tantos assim, Bella, deixe de exagerar!” ele riu “Quem vê até pensa que você agüentaria dez...” disse sorrindo malicioso.

“Te enxerga, Masen!” ri.

Mal entramos no portão e eu me joguei no Edward. Minha casa era murada e com portões de ferro, impedindo que qualquer fotografo invadisse minha privacidade, além da necessária. (Necessária pra eles!). Edward riu e me pegou no colo, me carregando pra dentro.

Chegamos na mesa da sala de jantar e Carlisle e Esme tomavam descansadamente seu café da manhã, Edward me jogou na cadeira, tipo uma geléia daquelas, sabe?

“Super cuidadoso, nossa!” ironizei. Ele riu e sentou-se do meu lado, sem nem se importar.

“Bom dia, pessoal!” cumprimentou ele. “Carlisle, sua filha precisa praticar mais exercícios físicos.”

Carlisle riu. “Eeei!” retruquei “Eu estou presente e eu sou magra!”

Esme riu e acenou em concordância .

“Você só tem o físico de magra, porque seu cérebro é de Gorda!” mexeu Edward. Eu bufei e peguei um pedaço gigantesco de bolo de chocolate e mais uns cookies deliciosos que só a Esme sabia fazer.

“É, e o estomago também é de gorda...” riu carlisle.

Edward começou a gargalhar “Ah, até seu pai concorda comigo, viu?”

Eu bufei.

“Deixem ela em paz.” Cortou Esme “Ela é linda assim.”

Eu sorri amarelo para Edward e meu pai.

“É, ela só é magra de ruim, isso sim!” cochichou Edward.

Eu revirei os olhos, coloquei um pedaço gigante de bolo na boca e mastiguei de boca aberta da forma mais nojenta possível pra ele. Ele revirou os olhos e fez cara de nojo. Eu ri. Ele odiava quando eu era nojenta.

“Como você é nojenta, Isabella!” reclamou ele, ficando sério “A mídia só acha você um doce porque nunca viu você fazendo isso.”

Eu gargalhei junto com os outros da mesa.

“Morra, Edward!” lhe mostrei a língua, imitando a Alice “Vou pro banho, amores.” Disse dando um beijo na bochecha de Carlisle, Esme e em Edward.

Era incrível como eu me dava bem com eles agora. Eu ainda sentia falta da minha mãe e da minha família no Brasil, mas eles eram bons demais pra eu me sentir mal aqui. Eu já os amava demais.

Carlisle era o melhor pai do mundo pra mim, ele fazia de tudo pra me agradar e a Esme era um anjo, ela foi mesmo mandada pra eu não sentir tanta falta de minha mãe. Não como uma substituta, mas como um complemento, sabe? Um extra.

Subi para o meu quarto e encontrei Emmett com cara de sono no corredor, lhe dei um encontrão de brincadeira e ele riu: “Bom dia pra você também, Bella!”

“Como foi o show de vocês ontem?”

“Ótimo!” riu ele “Sobrou muitas gatas no final o Edward foi um idiota em ter ido pra casa.” Resmungou ele. Eu ri.

“Pelo menos ele acordou de bom humor hoje.” Ri.

“Eeei!” riu ele “Minha banda me deixa de bom humor.”

Revirei os olhos e entrei no meu quarto. O que deixava ele de bom humor era a Tanya! Ela, sim.

Emmett, Edward e Jasper tinham uma banda. Fazia sucesso em barzinhos. Tanya era a vocalista e Emmett curtia ela. Era engraçado ver eles juntos. Era estranho, Alice odiava quando isso acontecia porque ela sempre ficava se sentindo estranha perto do jasper, tinha uma tensão sexual ali.

Quando acontecia isso ela me fazia sair dali voando! Eu sempre me divertia com ela. Ela era minha melhor amiga. Com certeza.

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