Rock Model escrita por lua_gaga


Capítulo 12
Capítulo 12 - Fala sério - parte 3




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“Você não faz nem idéia de onde ela possa estar?” perguntei. “Quanto tempo faz que ela desapareceu?”

“Faz meia hora. Já procurei em toda parte!” disse ele em pânico.

“Não podemos ficar aqui parados, droga!” rosnou Edward, saindo rapidamente por as portas abertas.

“Riley ainda está na mesa?” perguntei o procurando com os olhos.

“Quem é Riley?” perguntou Emm.

Revirei os olhos e não respondi. Que noite! Sabe o que é revirar o restaurante inteiro e não encontrar nada? Pois é. Ali não estavam. Jasper estava em verdadeiro desespero atrás de Rose, até Alice estava apavorada.

“Emm, amor, pra que procurar ela?” dizia Vera, insistentemente “Ela nem é amiga sua...”

“Cala a boca, garota!” rosnou Alice.

“Deixa pro jasper fazer isso. Ele que é o irmão dela.” Insistiu.

“Amasso sua cara se continuar com isso.” Bufei.

“Tente” provocou.

“Calem a boca!” murmurou Edward. Eu ia xingá-lo, mas Emmett, que estava alheio a conversa, pronunciou-se:

“No beco!” lembrou-se Emm. “É isso!”

Ele saiu correndo porta a fora com todos no seu encalço, inclusive uma Vera desgostosa.

Eu conseguia ouvir gritos femininos e vozes masculinas, bravas. Mas era estranhamente estranha a situação.

Eu não consegui deter um risinho histérico e nervoso, enquanto íamos nos aproximando. A penumbra escura da noite, era preenchida por três sombras. Duas, estavam amarradas juntas no chão e a outra estava com um taco de beisebol gigante na mão.

Rose parecia uma serial Killer. E o taco de beisebol – vulgo, arma em potencial na sua mão – estava no chão, e ela apoiada nele. Com uma enorme cara de má. “E isso,” dizia ela, sorrindo prepotente e andando de uma lado ao outro “É pra vocês aprenderem que eu não sou mais a garotinha de antes.”

“Rosalie, o que está acontecendo aqui?” perguntou Jasper, perplexo.

Ela sorriu e os garotos que, agora eu vi, estavam amordaçados começaram a tentar gritar.

“Nada, maninho” sorriu “Só mostrei a garra Hale pra eles.” Gargalhou “Algo que eles nunca vão esquecer.”

Ela beijou o taco de beisebol e saiu dali, saltitando, entrando no carro de jasper e arrancando.

“Eu.Não.Ceio.” disse, pausadamente.

“É um bem feito” murmurou Eddie.

“O que vamos fazer com eles?” perguntou jasper “Não podemos deixá-los aqui.”

“Podemos, sim.” Sorriu Emmett “E faremos exatamente isso.”

Eles nos encararam o começaram a gemer com as mordaças. “Byebye.” Murmurou Vera.

Eles continuaram reclamando ali. Óptimo fim de noite.

.

.

.

Me acordei sonolenta, com pancadas NADA delicadas em meus ombros. “Isabella! Isabella!”

“O quê?” rosnei, vendo que era meu avô.

“Já são nove horas, levante.”

“O quê?” perguntei, incrédula. “Estou de férias! Sem chance.”

Como ele tinha coragem de me acordar? Eram nove horas em uma manhã de terça, sendo que eu fui na inauguração – CHATA – do restaurante dele no dia anterior, voltei tarde e as nove horas, ele está de pé, me acordando!

“Isabella, levante dessa cama e desça pra tomar o café da manhã em vinte minutos.” Disse, saindo.

“Por quê?” murmurei pra mim, mas ele ouviu.

“É indelicado uma dama ficar até as dez na cama, sua avó sempre disse isso. Levante!” terminou batendo a porta, forte, atrás de si. 

Rosnei MUITO contrariada com aquela situação. “Por quê, Jesus?” murmurei “Eu nunca te fiz nada, fui uma boa menina e você me faz levantar as nove!” resmunguei. “Eu nem sou uma dama!” choraminguei.

Me levantei em um pulo e fui direto olhar pela janela. Admirei-me em nunca ter visto aquele lugar. Era um jardim, realmente muito lindo e bem cuidado, com um enorme labirinto vivo ali. Por o meu quarto ser no segundo andar da mansão, eu tinha uma vista inteiro do lugar e o que me chamou atenção foi em uma parte do jardim, ter uma enorme cachoeira artificial, com um banco posicionado na borda dela. Em mármore. A cópia que existia no restaurante era exata. Abri a janela e inspirei profundamente o vento gelado dali, tentando reprimir lembranças da noite passada. O sol da manhã de fim de inicio de inverno me distraiu, era um sol fraco. Principalmente por esses momentos de sol, serem tem raros em Forks.

Tomei um banho rápido, vesti uma roupa qualquer e desci, indo diretamente pra sala de jantar, onde meu avô tomava o café em silencio e me ignorando, como de costume.

Não entendia se ele gostava ou não de mim, não entrava na minha cabeça que uma pessoa com aquele gênio pudesse me amar como meu pai dizia. Ele nem demonstrava carinho algum, era como se eu fosse insignificante.  Suspirei.

“Vou dar uma volta por aí.” Disse, me levantando da mesa.

“Não saia da casa.” Avisou meu avô, por cima do jornal que lia.

Revirei os olhos. “Não vou sair daqui.” Rosnei.

Ele me ignorou e continuou lendo seu jornal idiota. Bufei. Na capa, havia uma foto enorme da inauguração do local, com uma foto minha dizendo que eu havia comparecido. Golpe de marketing. Até meu avô me usava.

Saí da casa, amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo mal feito, indo em direção a fonte. Ali era um bom lugar pra se ficar descansado. Resolvi pegar meu notebook antes de descer, pra mandar um e-mail pra Huilen, fazia tempo que não conversávamos.

(...)

Sentada na beira da fonte com as pernas cruzadas em posição de índio abaixo do notebook, eu pensava no que escrever. Era cada vez mais complicado manter contato com o pessoal de lá, e Huilen, agora que estava solteira, só pensava em passar o rodo e nem me dava muita bola. Bufei ao lembrar disso. Até Charlie estava namorando! Resolvi ignorar e comecei a escrever:

“Amiga! Como estão as coisas por aí?”

Não, clichê demais. Apaguei.

Huiiilen!”

Não, ela odeia que chamem ela pelo nome. Apaguei.

Ok, Isabella, deixe de ser idiota, ela é sua amiga. Não importa como você começar, ela vai adorar do mesmo jeito.

_______________________________________

Amiga! Eu nem sei como começar isso. Ok, isso é ridículo e eu não deveria ter escrito, mas é que anda complicado manter contato com você. Faz tempo que não conversamos por MSN, quando nos falamos é por E-mail e você sabe que não é a mesma coisa.

Quando você vem me ver?

Eu queria ter ido mês passado pro aniversário de Charlie, mas como não pude, vou tentar ir pro da Nessie, mês que vem... Mas duvido. Carlisle está viajando na segunda lua de mel que eu lhe disse e eu estou na casa de meu avô. Ela é uma boa pessoa, sabe? Mas as coisas andam tensas. Me mande um e-mail em português, pra ver se eu ainda consigo lê-lo. Haha.

Eu te amo! Beijo em todos.

Bella Swan Cullen.

_________________________________________

Acho que ficou bom. Sorri. Depois apertei send e espreguicei-me preguiçosamente. Não, antes de por o notebook de lado, claro. Com a sorte que eu andava era capaz de eu deixá-lo cair dentro da fonte.

Fonte. Restaurante.Mike. Edward. Beijos. Beijar Edward.

Odeio minha memória ótima! Odeio. E odeio estar sentindo aquele frio no estomago. Ontem na hora de irmos, todos estavam juntos, então ele só me deu um beijo na testa como sempre. Não pude nem falar com ele. Suspirei. Quem me garantia que continuaríamos ficando? Edwrad tem todas, pra se contentar com uma só?

Sim, melhor esquecer. Fingir que nada aconteceu.

“Senhorita Cullen?” me chamou o motorista.

“Sim?”

“O seu avô mandou dizer que sua Mercedes já chegou e está consertada” sorriu “E que se você quiser sair pra ver seu irmão, você tem até as onze e meia, mas não pode se atrasar pro almoço.”

Fiz uma careta.

“Tudo tem horário aqui?” perguntei, chateada.

“Tudo.” Ele riu. “Era isso.” Disse, saindo.

“Hei?” chamei-o “Qual o seu nome?”

Ele me encarou confuso e eu sorri. “Não gosto de te chamar de senhor motorista.”

O rosto dele se iluminou “Meu nome é Felix madame.”

“Me chama de Bella, Felix” sorri. “Obrigada.”

“De nada, Senho...Bella.” disse, sorrindo e se afastando.

Sorri pro nada, entrando na casa e saindo dos meus pensamentos. Eu iria ver Emmett, fazia tanto tempo que não passava um tempo na companhia dele. Ta, ok, não fazia nem quarenta e oito horas, mas e daí? Pois é... Que estranho ele arrumar uma namorada em quarenta e oito horas e vir pra cá. Hmmm Aí tem bolo.

“Pegue um casaco.” Avisou meu avô quando eu passei pela sala.

Casaco. Pegue um casaco. Ele era muito chato! E nem parecia ser ele quando bancava o protetor.

“Ok, vovô.” Respondi subindo as escadas.

Aaaah, Lembrei-me agora do casaco da Emily. Será que ela trabalha na parte de manhã na loja dos Newton’s?

Hmmm... Melhor arriscar. Peguei o casaco lavado de dentro do meu guarda roupa e coloquei um moletom que combinasse com a minha roupa. Tive até que rir disso. Eu nunca usava roupas ‘normais’ e hoje eu estava com all star branco, Uma blusa azul céu gola alta e bem grossa, um casaco branco de moletom colado ao corpo e uma calça jeans escura. E cá pra nós, super colada.

Coloquei um óculos enorme, minha bolsa e saí.

Estava louca pra dirigir minha Mercedes de novo! Faz muita falta ter um carro e se virar, vejam só: se ontem e tivesse um carro eu poderia ter vindo sozinha pra casa. Imagina se a Alice não quisesse ter ido me buscar? Seria horrível ficar lá sozinha ou ter vindo a pé pra casa do meu avô.

Sentei-me no meu querido e confortável banco de couro da minha Mercedes e joguei minha bolsa no banco do passageiro. Antes de ligar o carro e sair cantando pneu dali, acariciei o volante. Que lindinho o carrinho! Todo de courinho. Cuti-cuti, que gracinha!

Poker face – Lady Gaga

(http://www.youtube.com/watch?v=bESGLojNYSo)

Liguei o rádio e saí de lá cantando, a música a todo volume acordou toda a parte que dormia até as dez da cidade.  Como a letra é meio peculiar, recebi olhares contestadores, sairia no jornal amanhã...de novo! Phil ficaria orgulhoso. Adora me promover com qualquer coisa.

“Falando no Phil ele não me liga a dias, com certeza está aprontando alguma coisa.” Murmurei dobrando a rua.

Falando em ligações, eu não recebo nenhuma a tempos! Nossa eu sou uma pop star, deveria estar sendo sempre bipada. Eu ri.Eu nem tenho um bipe!

Parei no único semáforo de Forks e avistei o guardinha. O que disse que ia me processar. Coloquei o óculos na cabeça e acenei simpática pra ele. Ele quase caiu do banco onde estava sentado. Eu ri. Otário!

“Can't read my, no he can't read my poker face” canatarolei, engrossando a voz em seguida pra cantar: “She's got me like nobody”

Eu suspirei quando sai batendo a porta do meu carro.  Desci entrando no ambiente nada legal da loja com Newton’s. Equipamentos para indiada. Ugh.

“Obrigada, senhor.” Agradeceu cordialmente Emily, para me encarar em seguida quando a sinetinha da loja anunciou a chegada de mais um cliente. “O que temos aqui?” sorriu ela.

“Oi!” sorri “Trouxe seu casaco.”

“Muito obrigada” disse, satisfeita “E então? Curtindo as férias?” perguntou se debruçando no balcão do caixa.

“Não” fui sincera “A única coisa boa que me aconteceu aqui foi o meu avô consertar meu carro.”

Ela riu e se debruçou na janela a fim de ver de que carro eu falava. Ela encarou perplexa e depois riu: “Que carro!”

“As ordens.” Ofereci, ela riu.

“Tenho o meu, sabe? Toda nova- iorquina moderna tem um carro.” Disse me apontando um fusca cor de rosa “Meu possante é aquele ali. Tem personalidade.”

“Eu nunca fui a nova Iorque, sabia?” comentei, ressentida “Depois que eu cheguei em Forks eu só fui a Port Angeles e a Seattle a trabalho.” Ri “Nem a trabalho fui.”

“Sério?” perguntou chocada “Você não sabe o que está perdendo!”

 Eu gargalhei. “Vou convencer alguém a me levar lá algum dia.”

“Convencer alguém? Bella! Você tem que ir sozinha!” disse, chocada “Você é quase maior de idade, não depende de ninguém.”

Dei de ombros “Me acostumei a ser assim.”

“Tem que mudar, gata.” Sorriu “personalidade é tudo. Independência também.”

Dei um sorriso fraco. Fui pega de surpresa. Não sou independente, dependo de todos pra tud. Preciso mudar. Mordi o lábio inferior pensativa, vendo que no relógio anunciava dez e meia e eu tinha que voltar as onze pra casa.

“Preciso ir” disse, chateada “Apareço qualquer dia desses pra conversarmos.”

“Apareça mesmo!” gritou ela lá de dentro “Você é a minha única amiga aqui.”

Eu sorri. Eu gostava mesmo de Emmy. Saí de lá, manobrando meu carro em um U perfeito e fui direto pra mansão Cullen-pai. Quando eu passei pelos portões da minha casa eu senti um contentamento enorme. Senti vontade de gritar, quando passei pela porta de vidro e quase delirei em êxtase em ver a mobília impecável de Esme na sala.

Muito a contra gosto saí dali e fui pro quarto de Emmett ver o que ele estava fazendo. Ainda estava estranha com o fato dele ter ido domingo e voltado segunda. Torci o nariz com as possibilidades. Emmett estava ferrado se fosse qualquer uma das que passava pela minha cabeça agora.

Subi vagarosamente as escadas, ouvindo barulhos do quarto dele. Emmett estava conversando com a namorada puta dele. Vera. Vera Safada Ying. Com o sobrenome fingido, aposta que se faz passar por chinesa nata, mesmo ela sendo quase mulata...

“Sei não, Emm chuchuzinho” disse ela melosa. Quase vomitei “Ela pode ser até a filha do papa, mas não passa de uma safada.”

“Vera, pelo amor de Deus! Não tem nada a ver!” disse, zangado.

“Claro que sim, gatinho” disse, fazendo vozinha de choro “Ela não gosta de mim.”

“E isso faz dela safada? Vera! Você é absurda.” Estressou-se.

“Isabella é uma safada, sim, Emmett!” irritou-se, perdendo a pose “Ela é! Ela me odeia, aposto que sim. E outra coisa: ela nem é modelo de verdade. Só o que tem naquele corpo é brilho genético. Se a mamãezinha morta dela, ainda estivesse viva, seria uma nada! Mas não Renée porcaria pernas flácidas Swan, está morta! Ela só faz sucesso por isso. Porque a mamãezinha dela morreu, coitadinha!” ronronou ela, falsa.

Emmett ficou possesso, e eu também. Ele não disse nada, só saiu do quarto, bufando. Nem me viu atrás da porta.

 Eu acho que nunca senti tanta raiva na minha vida.

Are you gonna be my girl? – jet.

(http://www.youtube.com/watch?v=tuK6n2Lkza0&feature=fvst)

Não pensei duas vezes antes de sair de trás da porta e entrar no quarto com cara de ódio.  Bati a porta com força atrás de mim. Fazendo um grade estrondo. Ela se encontrava sentada na cama, mexendo no computador e se levantou quando cheguei – não sei se foi por causa do susto com o barulho da porta, ou por causa da minha cara mortal.

“Oi, maninha” sorriu, cínica, nem um pouco preocupada com o que viria a seguir.

A encarei de cima a abaixo, só usava uma camiseta do Emmett, a que ele usava ontem. Rosnei.

Marchei em sua direção e lhe dei um tapa no lado esquerdo. Ela virou o rosto com a força. voltando a me encarar com a mão do lado que havia acertado: “Vadia!” lhe xinguei, irritada.

Sua expressão mudou pra puro ódio e ela me acertou um tapa no lado direito. Coloquei a mão no lugar e nos encaramos uns cinco segundos, antes de partirmos uma pra cima do cabelo da outra. Com as duas mãos, nos puxávamos o cabelo e a dor era irritante! 

Ela tentava me chutar o estomago, mas eu fui mais rápida e lhe acertei primeiro. Ela caiu na chão com a mão no local e uma cara de dor.

“HAHAHAHAHA” ri ironicamente e com cara de louca, antes de me atirar por cima dela lhe batendo na cabeça.  Ela estava de joelhos e tentava proteger o rosto – que era minha mira – e conseguiu caçar meus cabelos.  Tentei tirar suas mãos dali, lhe cravando as unhas nos pulsos. Mas ela conseguiu se levantar e me dar uma chave. ONDE DIABOS ELA APRENDEU AQUILO? Com a minha cabeça embaixo do seu braço, eu tentava a derrubar no chão, pela sua cintura, mas ela bateu três vezes com a mão em punho na minha nuca primeiro.

Nós caímos na cama, com ela por cima, mas eu logo inverti lhe levantado pelos cabelos.

“ME LAGRA!” rosnou ela “MEU CABELO! NÃO TOCA NO MEU CABELO!”

Puxei-lhe na hora, óbvio. Ela rosnou e me empurrou contra a parede, me prendendo ali pela garganta! Ela estava tentando me enforcar! Ela fazia minha cabeça bater na parede e eu consegui lhe acertar um chute forte no estômago, fazendo ela cair e bater forte com as costas no chão. Antes de eu cair por cima dela, pra matar, ela levantou e puxou meu cabelo, me fazendo urrar com a dor!

PORRAS, MEU, POR QUE NINGUÉM CHEGA NUMA HORA DESSAS?

Consegui lhe acertar soco de baixo pra cima – minha especialidade – no nariz, a fazendo recuar três passos com a mão no local.

“VOCÊ QUEBROU MEU NARIZ!” choramingou, furiosa. 

Não pensei duas vezes, antes de lhe jogar no chão e ficar em cima, só que as mãos livre dela foram bem usadas em dois tapas do meu lado esquerdo do rosto, obvio que não deixei barato e lhe proferi um tapa com as costas da mão da em punho no outro lado, lhe batendo com o lado normal em seqüência e novamente com as costas da mão. O meu anel – ou o da minha avó – lhe proporcionou um arranhão gigante na bochecha. Uau, aquilo doeu.

Daí ela, inverteu a posição, ficando por cima de mim e me esbofeteando. Ela estava ofegando MUITO alto e toda cortada, seu rosto sagrava na bochecha, seu cabelos estavam horríveis e eu tinha medo de me olhar no espelho.

Lhe puxei os cabelos, com toda força. “Sua invejosa!” gritei, furiosa “Você não tem nem noção do que é brilho genético! Você nem sabe o que é brilho!”

Ela ficou irritada. Eu podia ver sua íris enegrecer. Só que a única coisa que eu não esperava, ela fez: Vera me bateu com força, me fazendo fechar os olhos com a dor. Minha cabeça girava e quando eu senti que ela havia ganhado e estava se levantando, senti muita raiva.

“Eu,” disse ela, com a respiração entrecortada “não sou páreo pra você. Nunca mais volte a me tocar, será pior da próxima vez.” Ameaçou.

Quando ela foi chutar minhas costelas, como o grande final, recuperei minhas forças – ou protegi minhas costelas, como você quiser – E lhe passei uma bela rasteira. Ela caiu e quando viu que eu ia pra cima de novo, tentou fugir engatinhando, mas eu a peguei pelas pernas, impossibilitando sua fuga e lhe derrubando de cara no chão.  “Montei” em cima dela e comecei a puxar seus cabelos pelas costas, ela demorou muito pra conseguir sair.

Quando saiu, tentou me bater, mas eu levantei mais rápido e peguei seu cabelo, óbvio que ela tentou pegar o meu, mas como não conseguiu, começou a empurrar minha cabeça com a palma da mão. Morri de raiva e peguei seu punho, dando uma bela mordida ali.

“Ai, vagabunda!” esbravejou, tocando o local. Ela me olhou irritada e deu um baita tapa no MEU rosto. Foi o fim da picada! Me irritei verdadeiramente. Ela é a vagabunda, eu que deveria bater nela!

Puxei sua perna pra valer e lhe derrubei parando em cima dela mesmo. “Você vai aprender a não mexer comigo.” Rosnei, lhe batendo no rosto em seguida.

Ela se debatia feito uma louca querendo pegar meus cabelos – antes presos – lhe arranhei de tudo que foi jeito com anel , com as unhas e puxei bastante seu cabelo.

“Vagabunda! Você só é modelo por causa de sua mãe! Feia! Horrorosa!” disse ela, possessa.

“E você é o quê?” disse parando um pouco “Não passa de uma golpista!”

“Seu irmão me ama, ta legal?” esbravejou “Ele me ama!”

Gargalhei ironicamente. “Ele não te ama! Eu conheço ele.”

“Conhece ele, não é? E sua mãe? Você conheceu ou ela não teve tempo pra você?”

Foi o fim! Se isso fosse um desenho animado minha cara estaria vermelha e sairia fumacinha da minha cabeça. Eu peguei seu pescoço e comecei a estrangulá-la. Eu chacoalhava sua cabeça pra cima e pra baixo.

“Você não sabe nada sobre minha mãe! NADA!” gritei. “Não ouse falar dela!”

Ela estava roxa.

“E minha mãe. Não. Tem. As. Pernas. Flácidas!” rosnei, ofegante, chacoalhando ainda mais a cabeça dela.

“O que está acontecendo aqui?” perguntou Emmett chocado na porta. “Largue ela, Isabella! Ela esta roxa!” apavorou-se me puxando pra cima, e me segurando de costas contra seu peito.

A vadia levantou-se torta, toda escabela e começou a chorar “Eu não seei, Emme” chorou ela “Ela me atacou por nada!”

Aquilo me subiu a cabeça e num ímpeto de raiva, aproveitei que Emmett me segurava e lhe dei uma bela voadora, no estomago ela cambaleou três passos e caiu no chão, nocauteada.

E A VITÓRIA É DA ISABELLA! VIVA!

Emmett me soltou e ficou encarando chocado a minha dancinha. Eu parecia uma tartaruga, mas nem tava.

“Isabella, o que aconteceu aqui?” perguntou pondo as mãos na cintura, bravo.

“Sua namorada ofendeu minha mãe, Emmett!” rosnei “E você não me defendeu! Deixou por isso.”

“E por isso você bate nela até chegar ao nocaute?” disse, irritadiço.

“Você costumava gostar de briga de mulher...” murmurei.

“Quando elas estavam de biquíni e você não estava no meio!” irritou-se.

Eu quase disse que eu estava radiante e que não me incomodaria com nada, mas ele olhou pro meu estado e fez careta.

“Olha, Emmett, estou cansada dessa situação! Ela não gosta de você.” Rosnei “E ela me odeia.”

“Ela tem que gostar de mim, Bella, não de você.” Disse como se fosse obvio, me irritando. Ele defendia ela e a mim não?

“Então escolha, Emmett:” disse, quase partindo pra cima daquela morena vadia, desmaiada “Ou sua irmã, ou sua namorada.” Disse, cruzando os braços, sabendo já quem ele escolheria.

*

“Eu, simplesmente NÃO ACREDITO!” esbravejei, furiosa “Ele me trocou por aquela baranga!

Eu fui expulsa da minha própria casa! AAARFGH!” gritei, enfurecida.

Alice estava cuidando dos meus machucados e Rose olhava horrorizada pro meu cabelo. “Eu não consigo acreditar,” dizia ela em misto de raiva e humor “Você nocauteou mesmo ela?”

“Sim!” bufei. “E olhe o meu estado agora?!” irritei-me.

Eu estava com um arranhão superficial que ia do meu supercílio até perto da minha orelha, um galo na testa enorme, dor de cabeça, cabelos – ou o que deveria ser – em uma verdadeira juba, extremamente vermelha, com um roxão gigante na perna, cotovelo, maxilar e joelho e ainda estava com uma raiva gigantesca crescendo dentro de mim. Claro que isso eram os machucados, porque as dores que eu sentia eram bem piores! Tipo assim: na cabeça e no meu orgulho.

Emmett me correu de casa! Nunca vou desculpar isso. A casa era minha, acima de tudo, vou tirar aquela Vera de lá pelos cabelos! Ok, eu sei que não estou sendo persuasiva, mas quem liga?

Rose riu e começou a tirar os nós que se formaram no meu cabelo com uma escova. “Ai!” reclamei quando senti puxar.

“Não é minha culpa” defendeu-se.

“É nisso que dá brigar.” Riu Alice “Mas me conta, como é bater em alguém?”

Eu ri. “É bom... Isso é, quando seu irmão não te corre de casa depois!” rosnei.

“Sinceramente, Emmett é um idiota!” Rose deu de ombros “Ele te trocou pela Vera.”

“Sabe,” disse Alice “Isso é ridículo, ela xingou sua mãe e ficou por isso mesmo.” Ela parou e enrugou o cenho “Ta certo que bater nela não foi a decisão mais persuasiva, mas...”

“Ta, ta” cortei “Já entendi.”

“Olha, Alice,” disse Rose “Não que eu aceite e concorde com isso, mas em parte você está certa.”

Alice sorriu largamente e satisfeita.

“Ai, agora que vocês resolveram se entender estão um saco!” resmunguei. Rose abraçou Alice e riu.

“Ela é minha cunhadinha.” Sorriu “Minha cunhada paty.”

Alice riu. “Eu não agüentaria usar aquelas roupas muita mais tempo. Não sei como você agüentou.”

“Águas passadas.” Rose riu. “Vocês viram que eu bati em Royce?” gargalhou.

“Sim.” Rimos. “Não queremos que você conte de novo.”

Ela nos mandou a língua.

“Alice, eu juro que se você mexer nas minhas coisas de novo eu vou...” disse Edward, furioso entrando no quarto. Ele parou de falar quando me encarou. “Quem fez isso com você?” perguntou assustado, notando meu estado.

Elas riram “Bella nocauteou a Vera.”

“O quê?” perguntou chocado “Isabella! Você nunca brigou antes! Poderia ter se machucado!”

“Edward, você é muito chato” resmungou Rose.

“Para de controlar a garota.” Disse Alice, despreocupada. “Pronto, Bella,  tá inteira de novo.” Disse me analisando.

“Obrigada.” Suspirei.

“Olha, Bella” disse Edward, voltando ao assunto de novo “Você sabe que seu avô vai odiar quando souber disso, não sabe?”

“Droga!” rosnei “Que horas são?”

“Onze e meia.” Respondeu Alli, confusa.

“Tenho que ir” disse, levemente chateada “Tenho que chegar ao meio dia, senão almoço pão e água.”

Eles riram. “Precisamos conversar mais tarde.” Avisou Edward.

“Ok.” Disse indo lhe dar um beijo na bochecha, ele virou propositalmente o rosto e me deu selinho. O encarei meio chocada e saí dali rapidamente. Ele que se entenda com as garotas.

“Epa!” reclamou Jazz quando eu quase passei por cima dele “Cuidado, Bella.”

“Desculpe.” Eu estou distraída porque seu best me beijou. Completei mentalmente.

 Eu, do corredor do térreo podia ouvir Alice e Rose exigindo explicações de Edward. Jesus, que bom que não estou lá!

Entrei no carro e toquei meus lábios relembrando o curto beijo.  Me olhei no retrovisor e enxerguei emoções demais nos meus olhos. Encarei a janela do quarto dele, havia uma silhueta ali. Acenei com a mão, levemente, tocando meus lábios de novo e cantando pneu dali.

 Isso estava tomando um rumo completamente diferente do que eu esperava.

*

 Desci chateada da biblioteca. Quase mil livros e nenhum descente. Meu avô estava na sala, na beira da lareira ouvindo musica clássica. Suspirei. A chateação estava tomando conta de mim  e eu ainda estava irritada com Emmett.

“Vovô, posso ir a Port Angeles?” perguntei.

“Não.” Disse, aéreo.

“Hmm... Então posso ir à casa de Alice?”

“A mesma do Edward?” disse, me espiando por cima do seu livro “Não.”

Suspirei. “Ok, então eu posso ir à da Rose?”

“Pra se encontrar com ele?” disse, me encarando cético “Não.”

“Ok, então eu posso ir ver meu irmão?” quis saber, já irritada.

“Não.” Disse, ele distraído “Mais tarde, talvez.”

“Ta, então vou assistir TV no meu quarto.” Anunciei.

“Não tem Televisão em seu quarto, Isabella.”

“Como não tem?” perguntei, incrédula.

“Não tendo.”

“Ok, então vou ouvir musica lá.”

“Não tem rádio.”

Rosnei “Tem algum aparelho tecnológico ali?”

“O despertador.” Deu de ombros, sem tirar os olhos do seu livro.

“Argh!” resmunguei, antes de girar meus calcanhares e subir direto pro meu quarto.

Velho desgraçado!

Subi, bati fortemente a porta do meu quarto e me atirei na cama. Odeio, odeio, odeio minha vida – e o meu avô.  Avistei meu violão jogado em um canto e levantei – a contra gosto – voltando a me sentar com ele no meu colo.

Dedilhei levemente, antes de fazer sair algum som dali. Sorri. Eu havia aprendido a tocar violão há tanto tempo, sentia tanta falta de ter tempo pra isso. E era tão irônico que eu ficasse sem fazer nada na casa do meu avô e me lembrasse do beijo do meu melhor amigo a cada cinco minutos. Tve que rir e senti uma pontada no peito, quando uma música me veio a cabeça, foi inevitável tocá-la.

Fallin’ for you – Colbie Caillat

(http://www.youtube.com/watch?v=GPCRbuL4Oh8)

I don't know but
I think I may be
Falling for you
Dropping so quickly
Maybe I should
Keep this to myself
Waiting 'till I know you better

[Bridge]
I am trying
Not to tell you
But I want to
I'm scared of what you'd say
So I'm hiding
What I'm feeling
But I'm tired of
Holding this inside my head

I've been spending all my time
Just thinking 'bout you
I don't know what to do
I think I'm fallin' for you
I've been waiting all my life
And now I found you
I don't know what to do
I think I'm fallin' for you
I'm fallin' for you

As I'm standing here
And you hold my hand
Pull me towards you
And we start to dance
All around us
I see nobody
Here in silence
It's just you and me

[Bridge]
I am trying
Not to tell you
But I want to
I'm scared of what you'd say
So I'm hiding
What I'm feeling
But I'm tired of
Holding this inside my head

I've been spending all my time
Just thinking 'bout you
I don't know what to do
I think I'm fallin' for you
I've been waiting all my life
And now I found you
I don't know what to do
I think I'm fallin' for you
I'm fallin' for you


Oh I just can't take it
My heart is racing
Emotions keep spinning out

I've been spending all my time
Just thinking 'bout you
I don't know what to do
I think I'm fallin' for you
I've been waiting all my life
And now I found you
I don't know what to do
I think I'm fallin' for you
I'm fallin' for you

I think I'm fallin' for you
I can't stop thinking 'bout it
I want you all around me
And now I just can't hide it

I think I'm fallin' for you

I think I'm fallin' for you

Fallin' for you

Então uma coisa veio a minha cabeça. Uma frase dita pelo meu avô – não, não foi o não. Eu não poderia ir na casa de ninguém, mas ele não disse nada sobre eles virem aqui. Porque, afina de contas,era maldade de desperdiçar um dia de sol tão lindo como esse – até porque eles eram super raros em Forks...

“Hmm... O sol nasce pra todos, não é?” sorri, pensando alto.

Peguei minha bolsa de cima dos pés da cama e catei meu celular. Tive até de rir do quão irônico isso era: 15 chamadas perdidas.

E hoje de manhã eu reclamava que ninguém me ligava, recebi todas as ligações possíveis. E eu ainda tinha três mensagens de áudio.

“Clique em asterisco para ouvir sua primeira mensagem.” Revirei os olhos com a secretária eletrônica.

Apertei a tecla “Oi, aqui é a Isabella, deixe sua mensagem e retorno mais tarde. Beijos.” Disse minha voz eletrônica: “Oi! É a Alice. Isabella, estou extremamente desapontada com você! Quero falar contigo o mais rápido possível! Como você está de rolo com meu irmão e não me conta nada? Quero detalhes! Aquele idiota não me disse nada! Me ligue, quero muito te ver.”

Revirei os olhos. Filho da mãe, não acredito que deixou tudo nas minhas costas.

Você tem mais duas mensagens na sua caixa de entrada, aperte asterisco para ouví-la.

Eu estou muito bravo com você, Bella!” rosnou Edward do outro lado da linha, me fazendo bufar aqui “Alice quase me enforcou por resposta que eu nem tenho. Precisamos conversar sobre ontem, você sabe. Não fuja. Beijo...eu” ele hesitou “Eu..hã...te vejo mais tarde.”

Era pra ser um “Eu amo você.” Será que ele não me ama mais ou ele só não quis confundir os amores que sentimos? Mordi o lábio inferior. Pelos Céus! Não quero perder meu amigo. Será que ele me beijou por sentir pena do meu estado? E hoje? Por que aconteceu?

Fui arrancada dos meus devaneis pela secretária elêtronica e pela segunda mensagem:

“Maninha, eu estou querendo falar com você... Eu queria te pedir desculpas... hã... Eu não sei o que te dizer. Me procura. Beijo, eu te amo!”

Não, não vou retornar. Rosnei. Disquei rapidamente o numero da Alice.

“Bella!” disse animada, “Preciso que você conte tudo! Achei que não ia retornar e...”

“Ta, eu entendi” ela bufou “Escuta, reúna todos – com exceção de Emmett – e venha pra casa do meu avô.”

“Hã... Não acho que seu avô vá gostar muito.” Disse, hesitando. Ouvi alguém falar com ela do outro lado.

“Deixa de ser medrosa! Nem vamos entrar em casa com esse sol. Vamos ficar no jardim, ele nem me deixa sair mesmo.”

Ela gargalhou.

“Ok, beijo. Amo você, chegamos em cinco minutos.”

Antes de ela desligar ainda pude ouvir ela gritando: “Vam’bora pessoal, é pra mansão do vinho...”

Gargalhei e desci, fui até onde meu avozinho estava. Ele continuava ouvindo musica clássica e lendo. Eu tive que fazer uma cara ingênua e sorri angelicalmente.

“Vovô” lhe chamei. Ele me encarou com uma sobrancelha arqueada.

“O que é?” perguntou, desconfiado.

“Como você não me deixou ir na casa dos meus amigos, eles estão vindo aqui” ele já ia me xingar, então interrompi “Melhor com eles aqui, que você pode controlar de perto.”

Ele me encarou com um misto de admiração e chateação. “Só não te xingo, porque você herdou o meu gene de persuasão. Não faça nada que vá me chatear.” Disse voltando a ler.

Eu quase ri: Só me acha persuasiva porque não me viu batendo na sua nova netinha... 

Saí dali saltitante indo em direção ao pátio, avisando o porteiro que era pra ele deixar os meus amigos entrarem. E fique esperando eles ali, junto com ele. Eu quase morri rindo cara chocada do inglês, quando ele viu meus amigos chegando ouvindo musicas altas.

“Baixem isso!” gritei com eles “Meu avô mata!”

Edward cantou pneu e estacionou, descendo com uma Rose e Alice eufóricas em seu encalço. Eu confesso que achei que ele fosse me beijar quando veio tão rápido na minha direção, mas nada fez, só ficou ali me encarando.

“Bella!” resmungou ele “Manda essas moscas varejeiras me deixarem em paz!”

“Cadê o Jasper?” perguntei, notando sua falta.

“Ele está comprando salgadinhos pra comermos” respondeu, Alice.

“Onde vamos ficar, Bella?” perguntou Rose.

“Vamos aproveitar o sol.” Sorri. “Demetri,” gritei o porteiro “Mande o rapaz que vai chegar pra fonte!”

Ele assentiu e fomos todos pra lá, como um bando de idiotas.

“Ta, Bella,” começou Rose, sentando-se na borda da fonte “Me, conta, que ta rolando entre você e o Edward?”

Eu fiquei super vermelha e o Eddie bufou.

“Ahf!” rosnou ele “Eu gostava mais de você, quando você me odiava!”

Ela estalou os lábios em indiferença. “Eu ainda odeio você.”

“Bellinha” tentou Alice “me conta.”

“Não temos o que contar, Alice.” Disse ele, me cortando. Estranhei seu estresse “Deixe essa história em paz!”

Ele me mandou um olhar meio hostil, deixei passar.

“E aí, galera?” cumprimentou Jasper.

“Oi, Jazz.” Dissemos em um uníssono chateado.

Edward estava muito grosso hoje. O encarei meio surpresa e um clima tenso se instalou ali, junto com um silencio muito desconfortável. Uns dois minutos se passaram e o rosto de Alice se iluminou. Ela havia tido uma idéia. Ow, droga.

“Eu já sei o que podemos fazer!” sorriu largamente “Mas não riam de mim.”

Todos a encararam. “O que podemos fazer, Allie?” perguntou Jazz.

“Brincar de cabra-cega!”

“Ahhhh ta!” ironizou Edward “Claro! Tudo o que eu queria.”

Eu me chateei com aquilo. “Eu acho uma boa idéia.” Disse, contrariando “Faz tempo que não brinco disso. Ia ser divertido.”

Rose gargalhou “Eu era a melhor nisso! To dentro!”

Alice sorriu, satisfeita.

“Ok, regredir uns aninhos...” sorriu Jazz.

“Só falta você, Edward...” disse, Alice, com carinha pidona.

“Ooook.” Deu-se por vencido.

“Ok” sorriu grande, tirando o lenço que carregava no pescoço “O primeiro será você.”

“Eu?” chateou-se “Por quê?”

“Porque é o mais alto. Agora vire-se.” Ele revirou os olhos e obedeceu.

Os gêmeos Hale levantaram-se e se espalharam pelo jardim. “Hei,” gritou Rose “Só vale até aqui.” Disse, indicando uma pequena área de pedras.

“Ta certo” concordamos.

“Pronto.” Disse Alice, terminando de girar Edward que tentava se localizar “Tem que achar e reconhecer.”

“Certo.” Disse ele ainda meio perdido.

Alice saiu de perto dele e correu pra trás de Jasper, que bufou irritado. Eu sorri, ele estava muito perto de mim e tateava o nada em busca de pessoas. Ele quase tocou em mim, mas tratei logo de sair de lá e ir pra junto dos outros.

Alice soltava risadinhas histéricas e Jasper ficava bravo por ela denunciá-lo. Edward saiu rápido em direção a eles e quase pegou Jasper.

Rose gargalhou. “A Alice devia ser proibida de jogar isso!”

Alice lhe mandou a língua, escapando rapidamente de Edward. Ele rosnou quando sentiu só o vento no lugar onde ela deveria estar. Eu estava achando aquilo tudo muito engraçado, já que ele nunca me pegaria onde eu estava.

Eu havia subido pra cima da borda da fonte. Eu podia cair, certo, mas ser pega não. Desci dali e corri até Edward, lhe dando um tapinha de leve no seu ombro. Ele quase pegou minha mão e eu senti muita vontade de rir. “Não foi dessa vez” gargalhei.

Ele bufou.

“Vamos fazer o seguinte,” disse ele “Quem eu pegar agora, será quem nos procurará no esconde-esconde”

Alice estava pensativa. “Certo. Esconde-esconde é legal” quando ela terminou de falar e foi sair do lugar onde estava, ele levantou o braço rapidamente pegando o pulso dela em puro reflexo. Foi tão rápido que chegou a ser chocante.

Ela o encarou incrédul, provavelmente pensando que todo aquele draminha inicial foi armação. Ele tirou o lenço da cara sorridente e apontou pra parede. “Até vinte.”

Ela bufou e foi pra parede: “1, 2...”

Eu gargalhei e saímos todos correndo a fim de achar um lugar legal pra se esconder. Então tive uma idéia genial.

“Claro!” comemorei em voz alta. “A arvore do labirinto!”

Saí correndo em direção. “Espere!” gritou Edward, ele correu e me alcançou. “Venha!” disse, pegando minha mão e me levando pro labirinto. Nem entramos na primeira dobradura e a Alice gritou: “Vinte! Aí vou eu!”

Saímos correndo feito dois idiotas em direção ao centro, gargalhando dos nossos quase tombos. Quando chegamos lá, estávamos ofegando e cansados. Nos atiramos no banco e tentávamos recuperar nossas respirações.

“Nunca.corri.tanto.em minha. Vida!” disse, ofegando.

Ele riu “Você está fora de forma!” revirei os olhos.

Ficamos uns minutos em silencio e então comentei: “Você estava bem mal humorado hoje.”

Ele riu “Era pra Alice parar de fazer perguntas.”

Eu ri. “Funcionou, ela ficou com medo de você.”

“Normal.”deu de ombros “Precisamos conversar.” Disse ele.

“Eu sei...” murmurei olhando em seus lindos olhos verdes.

“Eu... Eu não sei o que fazer.” Disse ele “Eu não sei bem o que te falar.”

Eu gargalhei, nervosa “Aconteceu, sabe? Nenhum dos dois não queria.”

“É, a gente queria... Então, deu.” Ele sorriu “Acabou, fim de papo!” Disse ele,  desconfortável.

E aí, ficou novamente um silencio chato. Os dois soltavam risadinhas nervosas as vezes; Eu não conseguia tirar da cabeça nosso primeiro beijo. Algo nele me puxava, como um imã muito potente. Eu não sei bem tudo que tinha ali, eu só sei que tinha química. Muita química.

“Eu acho que a nossa conversa não chegou ao fim” disse “Eu não acho que seja uma coisa que não vá se repetir de novo.”

“Por quê?” perguntou ele se virando abruptamente pra mim “Você quer me beijar de novo?”

“Não sei, você quer?” perguntei, nervosa.

Nos olhamos e ambos estavam com expressões cômicas no rosto. Era um misto de incerteza, nervosismo, apreensão... vontade, expectativa. Rimos.

“Isso acabou prejudicando nossa amizade...” disse Edward, calmamente “Não acho que vá continuar a mesma coisa agora.” Terminou olhando pro chão.

Suspirei. “Sempre vai ter um clima estranho.”

“Eu sinto muito, Bella” disse, me encarando nos olhos. “Mesmo.”

Eu ri “Sem problemas, não estou arrependida.”

Ele me encarou intensamente. “Eu também não estou arrependido.” Disse, segurando meu rosto entre suas mãos “Eu nunca quero que pense assim.”

Eu sorri torto. “Não penso.” Mordi o lábio inferior “Acredite.”

Um vento forte passou pela arvore e algumas pequenas flores caíram. A cena era de filme! O garoto segurando o rosto da menina que esperava ansiosa pelo contato dos lábios com uma chuva de flores douradas.

Ah, sim....

Aqueles lábios vindo na minha direção, me fazendo suspirar antecipadamente. Eles roçaram levemente em meu queixo, antes de me darem um selinho que foi interrompido pelo ruído estridente do meu celular.

“Droga!” rosnou Edward, se afastando.

“Sim?” atendi, irritada.

“Isabella!” rosnou meu avô do outro lado “Saia já desse labirinto! Venhapra casa.”

Olhei instantaneamente pra janelas da grande casa e bufei: “Estou indo, prepare um lanche pra eles.” Desliguei antes que ele pudesse reclamar. Não ia abrir mãos dos meus amigos agora.

“Seu avô nos viu?” perguntou Edward, apavorado.

Não respondi. Dei um jeito de sair do labirinto e encontrar todos os outros sentados a fonte, com cara de tédio.

“Olha só onde eles estavam!” riu Rose.

“Cansei de procurar vocês.” Disse, Alice, chateada.

“Nunca acharíamos vocês ali” tagarelou Jazz.

“Vamos comer alguma coisa, gente.” Disse, entrando em casa.

“Que bicho a mordeu?” ouvi Jazz sussurrar pra Edward.  PLAFT. Uau, isso foi um tapão. “O mesmo que mordeu você, entendi...” comentou. PLAFT. “Para com isso, cara!” reclamou. Palft.

“Imbecil” murmurou Edward.

Alice riu musicalmente e Rose me alcançou. “Parem de briigar!” disse Alice.

“Que aconteceu?” perguntou ela.

“Nada” rosnei “Meu avô atrapalhou.”

“Esse velho incomoda até quando não quer...” riu ela.

“Ele queria.” Revirei os olhos “Estava me espiando. Acho que todos os homens da família Cullen são controladores. Me enche o saco!” resmunguei, caminhando mais rápido e entrando na sala primeiro.

Um desanimo desumano me atingiu. Minha cabeça pesava e eu sentia vontade de dormir e não acordar até essas semanas passarem logo.  Mal entrei na cozinha e vi a empregada terminando de colocar a mesa com um prato a mais: o do meu avô. Que se encontrava na ponta nos encarando seriamente.

“Isabella, sente-se aqui” apontou pra uma cadeira ao lado direito dele. “Perto de mim.” Sorriu presunçoso “Onde eu posso lhe enxergar de perto” meio que rosnou.

Suspirei. Eu cedia tão fácil a ele. Me sentei ali e os outros ocuparam seus lugares na mesa, sem eu me importar muito com isso, já que olhos verdes estonteantes se sentaram de frente pra mim. Eu sorri timidamente e meu avô resmungou alguma coisa desagradável.

O lanche foi silencioso e desagradável, meu avô emanava uma energia negativa intensa e desagradável, eu sentia uma tristeza enorme por isso. Ele era infeliz.

"Baby, baby, baby oooh, my baby, baby, baby noo, my baby, baby, baby oooh.
I thought you`d always be mine mine."

Ele se assustou com o barulho “Desligue isso logo, Isabella!”

“É Bella!” corrigi, contrariada “Alô?”

“Eu mandei você desligar, não atender.” Revirei os olhos. Edward riu “Acha engraçado, garoto?” perguntou irritado, Edward engoliu seco.

Bellinha, meu anjo!” rosnei.

“Que Diabos você quer, Phil?”

“Sempre tão agradável... Um desfile.” Sorriu.

Edward e meu avô discutam e os outros riam baixinho, com medo dele.

“Pra quem?” perguntei, meio aérea, ligada na briga.

“Victoria Srecert’s” disse, animado.

“Quando?”

“O cachê é bem alto...” sorriu ele “Festa área vip depois..”

“Quando vai ser, Phil?” perguntei, chateada com  a enrolação.

“Hoje.” Sorriu “As oito e meia da noite em Port Ageles.”

“Mas já são seiis!” resmunguei.

“Venha rápido, tenho sete entradas aqui.” Desligou.

“Temos um desfile essa noite em Port Angeles. Vou tomar banho e sair. Quem quer uma festa?”

Todos concordaram.

“Fora de cogitação. Você não vai.” Anunciou meu avô.

“Vô, é t r a b a l h o!” disse, irritadiça “Você não vai me privar.”

“Já disse que não.” Rebateu convicto.

“Certo. Então eu estou indo pra casa agora. Emmett está lá, não vou ficar sozinha.” Respondi me levantando.

“Maldição!” ele se irritou, pela primeira vez na vida “Você pode ir, então. Mas...” ele sorriu cínico “Só se eu for também.”

Eu engasguei e ouvi inúmeras frases de susto também. Ele havia pirado. E ele só estava dizendo isso porque sabia que eu não ia gostar de levá-lo a uma festa.

“Tudo bem.” Sorri, fria “Jazz, avise Emmett que saímos em quinze minutos, eu vou tomar um banho rápido. Coloquem roupas sociais, galera.” Anunciei.

É, eu acho que eles morreram com essa declaração, mas não me importo. Vou desfilar e não quero nem saber. Meu avô se chocou, não achou que eu fosse tão longe com isso.  Afinal, seria bem constrangedor ele me ver de lingerie. Meu avo e muito velho podia ter um enfarte ou fazer um fiasco.

Não, um fiasco não...

Tomei um banho rápido e bem quente, fazendo todos os meus músculos relaxarem. Saí de lá e coloquei um vestido preto, tomara que caia brilhoso e rodado até perto dos joelhos. Não era curto, mas destacava meu corpo. Coloquei um scarpan e conferi minha depilação da virilha. Odiava desfilar de lingerie.

Sequei meu cabelo e o deixei natural, passando só um gloss na boca. Me maquiariam lá mesmo.

Alice e Rose, estavam prontas no sofá da sala. Ao que tudo indica elas vestiram vestidos meus, porque a Rose não tinha aquele vestido roxo e nem a Alice aquele Verde musgo. Dior e Chanel. Odeio elas.

“Cadê os rapazes?” perguntei pras chapadas – literalmente: elas estavam de chapinha no cabelo.

“Foram por ternos e já vão vir...” disse Alice.

“Se seu avô for, Vera não poderá ir, certo?” perguntou Rose.

“Certo.” Sorri, largamente.

Meu avô estava descendo as escadas com um elegantíssimo terno perfeito pra ele.

“Vamos, Isabella?” perguntou.

“Sim.” Sorri “Dêem seus nomes na portaria” disse as garotas “Já avisei a Phil. Todos os nomes estão lá, menos o da Vera...” sorri, má. Meu avô arqueou uma sobrancelha pra mim.

“Posso ir com você?” perguntou Edward, entrando na sala “Não quero chegar lá com esses doidos.”

“Até que o garoto pensa...” murmurou meu avô. Olhei-lhe feio.

“Pode.” Sorri. Ele jogou as chaves do carro pra Alice que lhe mandou a língua.

Saí de lá na frente, indo direto pra minha Mercedes. “Nada de limusines!” anunciei.

Meu avô bufou. “Ok, eu dirijo.”

“Não.” Contrariou Edward “Eu dirijo.”

Ei, de onde saiu toda aquela petulância?

“Nem pensar!” rosnou meu avô.

“Eu dirijo.” Determinei “O carro é meu. Entrem logo!”

Eles brigaram pelo banco passageiro. Eu já estava prestes a arrancar com o carro quando Rose saiu correndo de dentro de casa e disse que viria conosco, sentando-se no banco do carona..

Eles dois bufaram e sentaram-se no banco traseiro. Crianças...

“Olha o que eu trouxe.” Sorriu ela, animada, me mostrando uma sacola e disfarçadamente uma peruca morena.

“O quê?” sussurrei, indignada “Essa noite eu sou a Isabella!”

“Não!” ela disse, se achando muito esperta “Até a meia noite você é Isabella, depois você será a Natasha.”

“Por quê?” resmunguei não querendo saber.

“Porque você fará o social dela.” Sorriu “E esse vestido preto fica perfeito com botas cano longo e uma maquiagem pesada.”

Desviei de um carro e acelerei vendo a pista vazia. Eu rezava pra achar um caminhão pra poder me enfiar embaixo.

“Não me incomode, garoto.” Dizia meu avô tentando pegar a sacola dos pés da Rose.

“Hei!” ela disse, afastando-lhe a sacola “Que você quer com isso?”

“Saber o que tem dentro.” Disse, dando de ombros e espichando a mão.

“Velho intrometido!” resmungou Edward. Ele o encarou friamente e lhe deu um tapa na nuca “Ai!”

Edward quando ia lhe devolver foi parado por uma frase: “Eu sou idoso, faça isso e vai preso.”

Rosnou. Eu ri. Olhei pra frente e acelerei. Quanto antes terminar isso, melhor.

*

Eu entrei com o lingerie mais mini que poderia existir em toda a coleção. Confesso que até me constrangi, mas era minha profissão, certo? Ela era azul, com rendas grossas na frente, um corpete todo em azul turquesa e meias da mesma cor. Era o espartilho mais lindo que tinha ali.

Contive uma risadinha quando passei pelo meu avô que me encarava vermelho. Querendo e tirar dali pelos cabelos, provavelmente. Notei também a encarada do Edward. Ele estava babando. Sorri e virei, voltando pra o camarim. Essa era a minha ultima, graças a Deus!

Meu avô queria meu fígado cru quando eu sair dali, claro que Emmett não deixou, porém ele queria meu coração assado pra comer. Claro, eles começaram a brigar e eu tratei de fugir com a Rose pra ter uma noite da Nath. Nada foi como eu esperava e eu acabei trancada do lado de fora de um clube noturno ridículo e muito chateada.

“Como não posso entrar?” perguntei, brava, na entrada.

“Você pode. Eles não.” Apontou pra Rose, Jazz, Alice, Emm e Edward,.  Vovô eu tinha deixado na festa da Victória.

“Como não? Eles estão comigo! Eles entram.” Disse, irritada.

“Sem essa, Natasha, você não está com essa bola toda.” Resmungou o homem.

“Como assim? Todos entram!” bati o pé.

“Não, só você, garota. Vocês estão atrapalhando!” reclamou ele, irritadiço.

“Ou vão todos, ou nenhum vai.” Disse, batendo o pé e ficando de perfil.

Eu havia ganhado com essa, o cara nunca iria me dispensar e...

“Tchau, Natasha!” disse, batendo fortemente a porta do local.

Oh, maravilha! Odeio minha vida.

“Obrigada, grande e importante Isabella!” ironizou Emmett “Estamos ferrados. Era pra fazer social aí”

“Eu sou a Natasha” corrigi “Se eu fosse a Isabella, eles me deixariam passar com a torcida do Yankees.”

Uma ficha caiu na cabeça de todos. Rosnei. “Sem essa! Eu já tive que trocar de roupa em um banheiro publico!”

“Ahh, Bellinha, você vai deixar ele falar assim com você?” disse, Alice, com cara de má.

“É, Bella!” sorriu Emmett “Ele faltou com o respeito.”

“Não.” Cruzei os braços.

“Por favor, Bellinha” implorou Jazz “Não te incomodo mais por nada.”

“É, Bellls” sorriu Rose.

“Por favor, Bella!” pediu Edward com os olhinhos de cachorro.

“Odeio vocês!” me rendi.

.

.

.

“E.VOU.MATAR.vocês!” rosnei pela milionésima vez “Vocês vão me pagar muitas bebidas essa noite por isso!”

“Calma, Bella” consolou Alice “Ninguém está vendo você.”

“É, Bella!” riu Emmett, debochado “Era isso ou o ponto de ônibus.”

“Cadê sua namorada?” perguntei, de dentro da cabine TELEFÔNICA! Sim, estava mesmo me trocando dentro de uma. Uau, eu podia ser comparada ao supermen. Ao infinito e além, uíí. Ok, chega de sarcasmo.

“Em casa.” Resmungou “Você não a deixou vir.”

“Ótimo.” Sorri, saindo de lá. Eu estava vestida de Isabella. Sem a peruca ou maquiagem forte demais, scarpans e não botas e aquele cinto vermelho. Bem melhor! Saí de lá, desfilando.

“Gata.” Riu Emmett, “Arrase eles.”

Revirei os olhos e marchei até porta de entrada. Bati e esperei, o cara me encarou e engoliu seco, me analisando. Eu sorri, querendo vomitar por dentro. Detesto brutamontes.

“Oi.” Dei meu melhor sorriso angelical “Eu sou amiga da Natasha.”

“O-o-oi.” Ele gaguejou. Otário.

“Ela me disse que você não deixou nossos amigos entrarem” disse, pondo as mãos na cintura e o encarando de cenho franzido “Só que daí eu pensei:” Um homem tão legal como esse segurança aparenta ser não faria isso, certo?”Então eu vim perguntar se era verdade.” Disse, dando meu melhor sorriso.

É, eu estava no ramo errado. Eu deveria ser atriz, não cantora e/ou modelo.

Ele me encarou meu chocado e sorriu bobamente pra mim. “Não!” seu sorriso parecia que ia rasgar o roso. Éca. “Eu só estava brincando com ela. Hehe” risada escrota! Eles riram atrás de mim “Podem passar.”

“Obrigada, querido” sorri.

O homem ficou olhando pra minha bunda, eu sei, porque eu ouvi Emmett xingar ele atrás de mim e Edward por um braço na minha cintura, irritado.

“Quem manda ser gatinha?” riu ele quando eu bufei.

Suspirei e ignorei. Eu não podia acreditar que Emmett havia me feito entrar ali. Era um karaokê e  pior: só de hip hop.  Flo Rida tava bombando aqui!

“Emmett!” rosnei “Nós somos roqueiros! Não happers!”

“Isso é blck music. Dã.” Corrigiu, Emm.

“Seja mente aberta, Bella!” riu Jazz.

“Pois é!” sorriu Alice “Experimentar coisas diferentes é legal.” Sorriu, dando uma piscada.

Legal, ela sabe bem, não é? Experimentou o Jazz...Quer coisa mais diferente que isso?

Eu juntei toda a paciência que eu tinha e saí, deixando todos pra trás.

“Vou fazer social, sim” resmunguei, amarga “Vocês vão ver. Vou beber até vomitar!”

Saí dali indo em direção ao bar. Cortei caminho por entre algumas pessoas e me sentei. O que eu escolho? Tequila, vodka, cerveja...hmmm... Qual embebeda mais rápido?

“Bella” chiou uma vozinha do meu lado “Quanto tempo.”

“Victória.” Sorri, sem vontade.

Ela se apoiou no balcão pra me encarar melhor. Me examinando de cima a baixo. “Não sabia que freqüentava esses lugares.”

“Não sabia que fazia diferença pra você.” Respondi, distraída. Chamando a atenção do bartender.

Ela gargalhou “Não faz mesmo.” Deu de ombros me olhando “Mas é engraçado te ver em um bar.”

O bartender chegou e ela tentou passar a minha frente, ela ia pedir e o filho da puta nem tinha me visto ainda. “Ei, cara” chamei, contrariada “Eu chamei primeiro.”

Ele me encarou e arregalou os olhos, sorrindo largamente. Ele saiu sem nem dar tchau pra ela que me olhou irritada. “Quero tequila.” Sorri pra pessoa familiar. Eu o conhecia, de onde não sei, mas conhecia.

“Já te trago.” Disse, saindo.

“Esqueci que você tem privilégios.” Riu ela.

“Não tenho, garota” resmunguei “Eu só chamei primeiro.”

“Tudo culpa do brilho genético.” Sorriu, me ignorando.

“Antes brilho genético do que brilho nenhum.” Sorri presunçosa pra ela.

“Não  tenho brilho porque não me interesso.” Deu de ombros, indiferente.

“Bom você se contentar com essa situação.”

“Aqui está, Natasha.” Quase engasguei quando o bartender me chamou de Natasha.

“QUEM?” gritei, exasperada “Meu nome é Isabella.”

“Ah” sorriu sem graça “Me enganei, desculpe. Achei você parecida com uma conhecida minha.”

Eu sorri, simpática. “Qual o seu nome?” ainda assustada, perguntei.

“Alec”

OH, GOD! Ele era o carinha que me seguiu, claro. Lhe cumprimentei com um aperto de mãos. “Prazer.”

“É todo meu!” sorriu animado “Não é sempre que uma top model aparece por aqui. Sabe qual são as probabilidades?”

Eu gargalhei.

“Eu tenho que achar meu irmão, Alec. Bom te conhecer.”

“Igualmente.”

Ei, esse não surtou quando eu falei com ele...Quem sabe?

“Tchau, Victória” sorri, indiferente. Ela me olhou sugestivamente e ignorou.

E agora,” começou o apresentador do karaokê disse “Nós queremos agradecer uma presença aqui.” Caralho, caralho, caralho. “Uma pessoa de grande renome no mundo” que não seja eu, que não seja eu, que não seja eu. “A Isabella Swan!”

É Cullen, Porra!” gritei.

“O quê?”

“Estou muito feliz, ûorra!!” agradeci, sorridente, comemorando de forma rdícula no final.

“Pois então cante pra nós!” sorriu ele “Venha!”

“Não.” Sorri com uma luz me cegando na cara. “Não precisa.”

Avistei mesmo amigos rindo da minha cara num canto. Emmett quase se mijava rindo de mim.

“Venha!” disse ele, me chamando de novo “Nós somos amadores.”

CANTA! CANTA! CANTA! CANTA! CANTA! CANTA! CANTA!” gritava um coro de pessoas. Me empurraram pro palco, subi muito desajeitada ali e o cara me entregou o microfone.

“Agora, conosco no clube mais badalado de Port Angeles” desde quando algo aqui é badalado? “Isabella Swan!”

É Cullen, porra!

“Bom,” sorri, simpática, avistando meu alvo. Ele ria de mim. Puto, não perde por esperar. Credo! Estou desbocada hoje. “Primeiro quero agradecer a todos! São uns fofos por me deixarem cantar.” Fiz uma pausa “Mas como eu me sinto insegura no palco, queria chamar meu irmão pra cantar comigo. Sabe como é? Vou me sentir melhor.”

Emmett engasgou, ficou vermelho roxo e marchou até aqui.

“Então vamos cantar!” ele sorriu. “DJ larga o som!”

A musica começou e eu quis morrer. Eu tive até que rir da animação do Emmett e as letras foram passando no televisor de tela plana na nossa frente. Adooooro Kardinal e Rihanna. Let’s go numba 1. Ri disso.

Numba 1 – Kardinall Feat. Rihanna

(http://www.youtube.com/watch?v=DvznomizYnw)

The tide is high 
But I'm holding on
I'm gonna be your numba 1
I'm gonna want numba 1

Cantei, rebolando timidamente. Queria estrangular Emmett!


(Emmett Offishall)
She just my one time lover
Pretty little thing
Nothin but a pretty woman 
That i'd fling
She even knows 
She want to be 
The queen to my king
She ain't nothin 
But where I ...
Someone that I would use 
To boss my 
She wouldn`t know
She 
On the left on the rest 
Numba 2 on my mind
There no way 
She could be my girl
She steady while tryin 
To come into my world

Ele cantou muito rápido, e eu já estava empolgada fazia tempos! Comecei a cantar com mais desenvoltura e ri do coro de fundo que ele fez. 


The tide is high 
But I'm holding on
I'm gonna be your numba 1
I'm gonna want numba 1

Rebolei até um pouco do percurso enquanto ele cantava e fazia simbolos de ‘manos vida louca’ durante o percurso. Fora o fato dele trocar todos os “Kardinal offishiall” que tinham ali, pra Emmett offishiall.



(Emmett Offishall)
She just my trophy piece
Only i i
Never ever want to call her
Never ever want to bring her 
Around my friends
She'd be cryin on the phone 
But she know who i am

Voice to the people
Family says I leave her
I don't have time 
For the play play
She a good chick yo 
But i'm married to the 
Related 
To the related to the paper
Tryin to get my name 
Put it on the skyscraper
Theres no way 
She could be my wife
She steady while 
Tryin' to come into my life

The tide is high 
But I'm holding on
I'm gonna be your numba 1
I'm gonna want numba 1

Agora era  aparte que eu mais cantava na musica inteira e Emmett continuava atraindo a atenção com o seu carisma gigante. Ri dele enquanto cantava ele veio pra minha volta, rebolar.


Those other girls 
Ain't nothing like me
Just give me the chance 
And boy you will see that
I'm not the kind of girl 
Who just gets down like that


(Emmett Offishall)
On the rim 
I ain't gonna front you
The box to the a lot 
Hound dogs on the hunt
You the push 
To the to a letter push roll
You the artist and the 
But you aint what I want
I want this this tryin 
Get in the business
Just tryin walk visit ...
Theres no way 
You could get that ring
But i hear ... in the place


The tide is high 
But I'm holding on
(The tide is high)
I'm gonna be your numba 1 
(Numba 1)
I'm gonna want numba 1

The tide is high 
But I'm holding on 
(Holding on)
I'm gonna be your numba 1
I'm gonna want numba 1

“Isabella Swan…” ria ele no microfone, como se anunciasse a banda “The Vampires…”

Eu gargalhei.

“Muito bem!”  aplaudiu o apresentador “E aí, galera? Vocês gostaram?”

Eles gritaram um SIIIIM puxado e bateram palmas. Tive que rir e abracei meu grandão. Ele tinha talento. “Eu te amo, Bella” disse, ele me abraçando pelos ombros e andando comigo pra perto dos outros “Desculpa não te defender hoje.”

“Eu também te amo, Emmettzão!” sorri “Muito!”

“Eu vi sua ex.” Sorri, contrariada pro Edward “Ela estava me provocando.”

Ele revirou os olhos.

“Eu já tinha visto.”

Right round - Flo Rida feat. Kesha

(http://www.youtube.com/watch?v=Re2FQZK54oA)

“Quer dançar?” ele perguntou. Eu puxei ele pela camisa pra perto da Victória. “Isso é um sim? Perguntou divertido.

O ignorei e me virei de costas pra ele, rebolando com uma mão acima da cabeça. Adorava dançar. Edward não tinha dado sinal de vida ainda, eu ia me virar pra xingá-lo, mas ele colocou as mãos na minha cintura e começou a dançar comigo. No meu ritmo.

“You spin my head right round, right round, when you go down, when you go down down (Você faz minha cabeça dar voltas, quando você desce,desce)” ele murmurou rouco no meu ouvido. Eu ri e me virei pra ele.

“I do? (eu faço?)” perguntei.

“Yes, you do.(sim, você faz.).” Disse, me apertando mais a ele. Eu senti seu peito definido bater forte contra mim. Ai, Deus. Por que eu nunca tinha reparado nisso antes?

Eu acho que a nossa proximidade era tão grande que ele poderia ouvir meu coração descompassado. Sério. Aquilo era tão estranhamente bom; contato físico era uma coisa nova entre nós. Não éramos daqueles casais de melhores amigos que vivem a abraços e selinhos, até porque a imprensa cairia em cima – e o Emmett, também.

Ele passou uma mão de cima a baixo nas minhas costas, fazendo sua pele fria entrar em contato com o quente de minha nuca e me arrepiar. Suspirei. Aquilo era perfeito. Mas ele não deveria ser meu melhor amigo?  Edward riu de minha cara, provavelmente, e colocou uma perna por entre as minhas, me fazendo descer. Ao ritmo dele

Seu perfume ia direto pro meu sistema nervoso e eu estava pirando. Aquilo não era um sentimento amistoso. Nada era amistoso depois do beijo. Droga! Por que eu não conseguia o ver como amigo? Por quê? Será que é tão difícil ter uma amizade entre homem e mulher?

Eu não podia jogar tudo pra cima e deixar rolar, droga! Não quero perder quase quatro anos de amizade. Não eu não posso fazer isso. Senti um flash me cegar. Mas nem aqui?

“Eu amei essa!” sorriu o fotógrafo.

“Você ama sua cabeça?” perguntei, puta da cara.

“Amo, p-porque?” ele quis saber, meio assustado.

“Porque vai ficar sem ela se não me entregar isso agora e se comentar sobre isso com alguém.” Assobiei, furiosa.

Ele me entregou a maquina e saiu rapidamente dali. Eu suspirei.

“Melhor sairmos daqui.” Disse pro Edward. “Desculpe por isso.”

Ele me olhou estranho e concordou com a cabeça. Eu saí dali e um desanimo enorme me encontrou. “Eu estou indo pra festa do desfile. Nos vemos outro dia.”

Saí dali rapidamente, sem dar mais explicações. Eu precisava ficar sozinha. Edward me tirava de órbita e pensar assim era complicado. Senti vontade de chorar, muita vontade.  Saí do clube tão rápido quanto entrei e dei um sorriso triste pro porteiro dali. Por que  tudo é tão difícil pra mim? Por que eu só não posso ser como as outras pessoas? Victória disse que eu tinha privilégios por ter brilho genético, mas será que ela já parou pra pensar que talvez eu quisesse minha mãe viva aqui comigo ao invés de privilégios?

Eu só queria paz! Paz, paz, paz. São só três letras e representam tantas coisas pra mim.  Que droga! Eu quero uma vida normal, ou só uma vida, ninguém nunca vai entender. Nunca vai ver o que eu sou de verdade. Nem eu sei quem eu sou de verdade.

Enxuguei uma lágrima que estava caindo dos meus olhos e entrei no salão da festa. Ninguém me barrou ali. Meu avô estava num canto afastado, observando alguma coisa que eu não identifiquei. Os paparazzis me encontraram entrando na festa e vieram pra cima de mim.

“Isabella!! Por que demorou tanto pra chegar?” perguntou uma.

“Teria a ver com o seu namorado misterioso?” questionou outra.

“Qual é nome dele? Estão juntos a quanto tempo?” outro quis saber.

Botei um sorriso angelical na minha face e comecei a ignorar as outras perguntas feitas.

“Bom,” comecei simpática “Eu não tenho namorado.” Ri, não tinha mesmo.

“E o vocalista da Heroes?” ela falou como se a banda fosse famosa. Tive até que rir.

“Não, não. Nunca namoramos.” Sorri “Eu preciso sair.”

Eles me cercaram, eu estava sentindo claustrofobia!  Estava quase beirando o pânico.

“Mas vocês não pretendiam namorar? Não vá! Espere, só mais uma pergunta, só mais uma pergunta.”

“Sem mais perguntas.” Afirmou meu avô, me tirando de lá, e me empurrando pra dentro do carro.  Graças a Deus! Vovô Cullen serviu pra alguma coisa.

“Não vou nem dizer o que eu estou pensando sobre você ter me deixado sozinho lá.” Disse ele, irritadiço.

“Não estava sozinho, Hellen estava lá.” Dei de ombros. “Não seria tão má.”

“Eu nunca gostei dela.” Disse, por fim, olhando pra frente e acabando com o assunto.

 É, acho que deixar ele solitário por lá magoou seus sentimentos. Mas agora que eu deveria fazer? Comemorar o fato dele possuir, ou lamentar tê-los ferido? 

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Notas finais do capítulo

You spin my head right round, right round, when you go down, when you go down down...*dancinhaestiloEmmett*

Ok, abstraiam, mas eu tive que por pq foi a priemria coisa que me veio a cabeça depois de postar o capítulo! Eu estava tão radiante quee tiiiiive que cantar



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